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ANÁLISE DA LICITAÇÃO NA MODALIDADE PREGÃO ELETRÔNICO PARA AQUISIÇÃO DE MEDICAMENTOS DA PREFEITURA DE MATELÂNDIA-PR. Área Temática: Contabilidade Pública Modalidade: Artigo Científico Karla Fernanda Cozer (UNIVEL- União Educacional de Cascavel) kah_cozer@hotmail.com Leandro Roberto Ribeiro (UNIVEL- União Educacional de Cascavel) lr.ribeiro@yahoo.com.br Ruy Fernandes da Silva Costa (UNIVEL- União Educacional de Cascavel) ruyfcosta@hotmail.com Tânia Paula Oro (UNIVEL- União Educacional de Cascavel) taniapaula.oro@hotmail.com Resumo A Contabilidade Pública influência na administração tanto direta como indireta, pois esta serve como instrumento de gestão, controle dos atos e fatos, até mesmo para defesa do Patrimônio Público, trazendo transparência através da Lei da Responsabilidade Fiscal (LRF), tendo que o gestor público prestar contas mensalmente ao Tribunal de Contas do Estado. A Licitação tem como objetivo o menor preço e a contratação mais vantajosa de serviços ou materiais, com fornecedores qualificados. Diante disso, tem-se como tema da presente pesquisa a Contabilidade Pública. O objetivo da pesquisa é analisar o procedimento licitatório 05/2015 da modalidade Pregão Eletrônico para aquisição de Medicamentos no ano de 2015, no Município de Matelândia-Pr. A metodologia da pesquisa foi descritiva onde foi apresentado o fato ocorrido como também um estudo de caso, através de análise documental onde apresentou de forma clara e objetiva para que fosse possível chegar aos resultados obtidos. Este estudo vem mostrar a sociedade que a licitação é de grande importância para aquisição de material de consumo, prestação de serviço, realização de obras, locação de equipamentos e de imóveis, trazendo sempre a transparência. Conclui-se que na Prefeitura de Matelândia-Pr, a licitação 05/2015 ocorreu conforme a Lei n° 8.666/93 e a Lei n° 10.520/02, pois a comissão de licitação seguiu o que está previsto na legislação, bem como os Princípios da Administração Pública e os Princípios da Licitação. Palavras chave: Contabilidade Pública, Licitação de Medicamentos, Transparência, Lei n° 8.666/93, Lei n° 10.520/02 1 Introdução A Administração Pública é um conjunto de órgãos que trabalham em pró da sociedade este conjunto de órgãos está direcionado em diversos setores que são: Saúde, Educação, Esporte, Cultura, Assistência Social entre outros. Estes têm por finalidade zelar pelo bem estar dos cidadãos, ou seja, o bem estar da sociedade, para isto deve-se seguir os princípios básicos da administração que são: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência, conforme o Art° 37 da Constituição Federal. Em busca de promover o bem-estar social, o Estado necessita desenvolver uma serie de ações e atuar diferentemente em inúmeras áreas, visando em seus atos cumprir suas obrigações em atender o bem público sempre pela via do direito. Conforme o Instituto Brasileiro de Direito Público (2005) a política seja brasileira ou em âmbito internacional deve estar direcionado para o cumprimento de direitos fundamentais, os quais são essenciais e comuns em toda sociedade quando se trata de um Regime Democrático. A Administração Pública se divide em Direta e Indireta sendo que ambas podem usufruir de licitações para aquisição de bens ou serviços, pois em ambos os casos é utilizado o recurso público, sempre com o objetivo da supremacia do interesse público, não podendo violar os princípios e as leis e tratando com igualdade os concorrentes no ato da licitação. Licitação é o procedimento administrativo que tem por objetivo selecionar entre fornecedores qualificados, aquele que apresentar proposta mais vantajosa, ou seja, a de menor valor para a Administração Pública. São poucas as pessoas que se interessam em saber como os órgãos públicos agem no dia a dia, portanto, no intuito de levar conhecimento para essas pessoas, esta pesquisa visa demonstrar uma pequena, porém, importante etapa que é realizada pelos mesmos, sendo, a contratação para Aquisição de Medicamento que é feita através de um Procedimento Licitatório, que busca entre várias propostas selecionar a que seja mais vantajoso para a administração publica, ou seja, a de menor valor. Portanto este artigo busca responder de que forma tem sido realizado o Procedimento Licitatório para aquisição de Medicamentos na modalidade Pregão eletrônico 05/2015, no Município de Matelândia-Pr. Para a realização deste trabalho utilizou-se como fonte de pesquisa o Município de Matelândia-Pr, no ano de 2015 onde foi analisando se a comissão de Licitação está agindo dentro do que diz a Lei 8.666/93 “Lei de Licitações e Contratos Administrativos”, de 21 de junho de 1993, e suas alterações como também a Lei n° 10.520 “Lei do Pregão”, de 17 de julho de 2002. 2 Fundamentação Teórica 2.1 Administração Pública A Administração Pública pode ser definida em diversos sentidos, segundo Meirelles (2010, p. 65): Administração pública, em sentido formal, é o conjunto de órgãos instituídos para consecução dos objetivos do Governo; em sentido material, é o conjunto das funções necessárias aos serviços públicos em geral; em acepção operacional, é o desempenho perene e sistemático, legal e técnico, dos serviços próprios do Estado ou por ele assumidos em beneficio da coletividade (MEIRELLES, 2010,p.65). Segundo NBCASP 2012, administração Pública Direta constitui o conjunto dos órgãos integrados na estrutura central de cada poder das pessoas jurídicas de direito público com capacidade política (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). Administração Pública Indireta constitui o conjunto de entidades que vinculados a um órgão da Administração Direta, prestam serviços públicos ou de interesse público e proporcionarão ao Estado a satisfação de seus fins administrativos, devendo conter as seguintes características: Personalidade Jurídica, Criação por Lei especifica, Possuir patrimônio próprio e Vinculado aos órgãos da administração direta (NBCASP 2012, pág. 83). Conforme o Art° 37 da CF (Constituição Federal), a administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos seguintes princípios: Legalidade: Baseia-se no Art. 5º da CF, que diz que "ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei", ou seja, a administração pública pode fazer apenas o que a Lei permite ou determina. Impessoalidade: Deve-se atuar sempre de forma imparcial, buscando o interesse coletivo sem favorecimento ou promoção pessoal. Moralidade: O administrador deve trabalhar com bases éticas na administração, lembrando que não pode ser limitada na distinção de bem ou mal. Publicidade: É a divulgação oficial do ato da Administração. A publicação dos assuntos é importante para a fiscalização, o que contribui para ambos os lados, tanto para o administrador quanto para o público, sendo através de tais divulgações que a população pode observar com transparência como e onde está sendo gasto os recursos do governo. Eficiência: A Administração Pública deve buscar atingir os resultados desejados, como também a redução de custos e melhor aproveitamento dos recursos. 2.2 Contabilidade Pública Contabilidade Pública é a contabilidade que é aplicada ao Setor Público, sendo regulamentada pela Lei n° 4.320/64, de 17 de Março de 1964, também pela NBCASP (Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicada ao Setor Público) onde começou a mudar trazendo inovações da contabilidade internacional e mais recentemente a portaria MF 184/2008 regulamentado o Manual Técnico de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, que define as normas para a União, Estados, Municípios e para o Distrito Federal, na esfera públicapara instrumentalização na prestação de contas. O objetivo da contabilidade conforme a NBCASP é: [...] é fornecer aos usuários informações sobre os resultados alcançados e os aspectos de natureza orçamentária, econômica, financeira e física do patrimônio da entidade do setor público e suas mutações, em apoio ao processo de tomada de decisão; a adequada prestação de contas; e o necessário suporte para a instrumentalização do controle social. (NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO, 2008, p. 7). Rege em ser transparente em seus atos, passando informações necessárias e úteis, tendo que prestar contas ao Tribunal de Contas do Estado, mantendo papel essencial nos órgãos públicos, trazendo novas demandas para que a escrituração pública apresente capacidade elevada de exigibilidade profissional. A Contabilidade Pública possibilita um amplo controle e eficácia nas tomadas de decisões, pois esta decisão afetará o orçamento, financeiro e o patrimônio do órgão público, onde se deve agregar a governança, permitindo a execução orçamentária. 2.3 Orçamento Público O orçamento é um importante instrumento de planejamento de qualquer entidade, seja ela pública ou privada, e representa o fluxo previsto de ingressos e aplicações de recursos em determinado período (MCASP, 2012, p. 46). A etapa do planejamento e contratação abrange de modo geral a fixação da despesa e a previsão da receita. Conforme artigo 165 da CF de 1988, os instrumentos de planejamento compreendem o PPA (Plano Plurianual), a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e a LOA (Lei Orçamentária Anual). Conforme Kohama (2013, p. 41), o PPA é classificado com um plano de médio prazo, que tem como objetivo ordenar as ações do governo onde busca atingir os objetivos e metas fixados para um período de quatro anos, ao nível do governo Federal e também de quatro anos ao nível dos governos estaduais e municipais. Conforme Art. 165, da Constituição Federal: § 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. § 4º Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional. É aprovado por lei quadrienal, tendo vigência do segundo ano de um mandato majoritário até o final do primeiro ano do mandato seguinte. Nele constam, detalhadamente, os atributos das políticas públicas executadas, tais como metas físicas e financeiras, público- alvo, produtos a serem entregues à sociedade, etc. De acordo com Kohama (2013, p. 42), a LDO por sua vez tem por finalidade a elaboração dos orçamentos anuais, compreendo o orçamento fiscal, orçamento de investimento das empresas e orçamento da seguridade social, adequando às diretrizes, objetivos e metas da administração pública que estão estabelecidos no plano Plurianual. Conforme Art. 165, da Constituição Federal: § 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. § 3º O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária. Conforme § 1º, do artigo 4º da Lei de Responsabilidade Fiscal: § 1o Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes. Este anexo de riscos Fiscais corresponde ao demonstrativo em que se destacam os passivos contingentes e outros riscos que possam provocar um aumento do endividamento e consequentemente impactar negativamente as contas públicas. A LOA tem como objetivo programar as ações a serem executadas, visando alcançar os objetivos determinados, ou seja, é o instrumento utilizado para a consequente materialização do conjunto de ações e objetivos que foram planejados visando ao melhor atendimento e bem-estar da coletividade (KOHAMA 2013). Conforme Art. 165, a lei orçamentária anual compreenderá: I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. Há que se considerar a restrição de que a Lei Orçamentária Anual só poderá incluir novos projetos após adequadamente atendidos os em andamento e contempladas as despesas de conservação do patrimônio público, nos termos em que dispuser a LDO. 2.4 Receita Pública Na contabilidade Pública, receita Pública é todo o ingresso ou recolhi mento feito através dos cofres públicos: taxas, contribuições, impostos entre outras formas de recolhimento onde este tende a atender ás despesas públicas. Conforme a Lei n° 4.320/64 classifica em Receita Orçamentária e Receita Extra-orçamentária. Receita Extra-orçamentária é recurso financeiro temporário, não integra na LOA o estado é um mero depositário, e a sua restituição não tem que ser autorizada pelo Legislativo. Receita Orçamentária é o que está disponível de recursos financeiros que ingressam no ano, aumentando o saldo financeiro, constituindo elemento novo para o Patrimônio da entidade, é para despesas ocorridas na saúde, educação, transporte entre outros que é dever do Estado e Município. A classificação da Receita econômica conforme o art. 11 da Lei n° 4320/84 é classificada em Receita Corrente e Receita de Capital. Os estágios da Receita são etapas que ocorrem para que os órgãos públicos possam saber qual é a estimativa, que é o planejamento, execução e controle/avaliação. Conforme o art. 12 da Lei Complementar n° 101/2000, o planejamento dispõe de uma provisão que é feita sendo: Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas . Planejamento é a previsão do que se pretende arrecadar, uma estimativa dos recursos que o Estado ou Município vai recolher, identificando as fontes de recolhimento e fazendo a mensuração delas. Na fase de execução, de acordo com o art, 53 da Lei n° 4.320/64, o lançamento é o que estima o valor a ser arrecadado, o valor competente que reconhece o crédito fiscal e inscreve o débito, podendo ser direto, por declaração ou de homologação. Já a Arrecadação é o ato da entrega realizada pelos devedores e pelos contribuintes do Estado ou do Município, onde estes liquidam suas dividas com o Governo, pertencendo ao regime de caixa esta entrada de ingressos. Conforme determina o art. 56 da Lei n° 4.320/64, a fase do recolhimento é o valor ou produto que depoisde arrecadado é transferido ao governo, ou seja, é transferido aos cofres públicos, seguindo o princípio de unidade de tesouraria. Controle e Avaliação é o ato realizado pela administração pública, pelos órgãos fiscalizadores e pela sociedade, segundo o Manual da Receita Nacional (2008, p. 45) o controle do desempenho da arrecadação deve ser realizado em consonância no âmbito da fiscalização das receitas e combate á sonegação, as ações de recuperação de créditos nas instâncias administrativas e judiciais. 2.5 Despesas Públicas As Despesas Públicas são os gastos gerados para a realização de bens e serviços desenvolvidos pelos órgãos públicos ou para compromissos assumidos pelos órgãos públicos para poder cumprir as necessidades da sociedade com a dotação orçamentária autorizadas na Lei Orçamentária. As despesas públicas são classificadas em despesas orçamentárias e extra- orçamentárias. As despesas extra-orçamentárias não necessitam de autorização do legislativo, não estão previstas na LOA, e apresentas saídas de recursos financeiros transitórios. Tem-se como exemplo o pagamento de restos a pagar. Conforme a Lei n° 4.320/64, as despesas orçamentárias são as fixadas na LOA ou na Lei de Créditos Adicionais, onde estas despesas necessitam ser aprovadas pelo legislativo, e obedecer as fases da despesa, que é a fixação, empenho, liquidação e pagamento, devendo ser reconhecido pelo regime de competência, independente da data do pagamento. Planejamento é a fixação das despesas orçamentária, após a autorização do legislativo por meio da LOA. A execução transcorre em três estágios que são Empenho, Liquidação e Pagamento. Empenho, segundo o art. 58 da Lei n° 4.320/64, é aquele que compete ao Estado o pagamento após a entrega dos produtos ou serviços, e após a emissão fica criado a obrigação do pagamento. Para cada empenho criado é emitido um documento chamado “nota de empenho” onde este indica o nome do credor, valor, qual é o produto ou serviço e qual órgão que emitiu. Os empenhos podem ser classificados como Ordinário, Estimativo ou Global. O empenho ordinário é aquele que é pago de uma vez só com valor fixo; o empenho estimativo é para despesas em que não se pode determinar o valor, sabe que todo mês tem aquela despesa mais não se sabe o valor, exemplo a água ou energia elétrica; e o empenho global é para despesas contratuais ou de valor determinado. Liquidação, segundo o art. 63, § 1° e § 2° da Lei n° 4.320/64, consiste em verificar o direito do credor tendo como base as notas fiscais ou documentos comprobatórios do valor. Esta verificação consiste na origem do objeto a ser pago, a quem se paga o valor e ainda verificação do material ou serviço entregue. Após a verificação será emitido a ordem de pagamento pelo profissional da contabilidade. Controle e Avaliação é a fiscalização realizada pelos órgãos de controle e pela sociedade, tem como objetivo avaliar se estão sendo cumpridas as metas que foram projetadas pelo PPA, comprovando a eficácia da gestão orçamentária. 2.6 Licitação A Licitação é o ato de obrigatoriedade nos órgãos públicos, que visa selecionar a melhor proposta. Segundo Angélico (1993 p. 80): Licitação é o procedimento administrativo destinado a selecionar, entre fornecedores qualificados, aquele que apresentar proposta mais vantajosa para a Administração. Rege a licitação os princípios da publicidade, igualdade, probidade administrativa, da vinculação ao edital, do julgamento objetivo, legalidade, impessoalidade, moralidade. O procedimento licitatório de acordo com a Lei n° 8.666/93 referente às normas para licitações e contratos da Administração Pública, divide-se nas seguintes modalidades: concorrência, tomada de preços, convite, concurso e leilão. Salvo os casos em que ocorre a dispensa de licitação ou inexigibilidade, que são contratações diretas. Concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto (Lei n° 8.666/93, art. 22 § 1°). A Concorrência possui ainda as seguintes características: Ampla participação; Divulgação: 45 dias (empreitada integral, melhor técnica ou técnica e preço) ou 30 dias (demais) entre a última publicação e a apresentação das propostas; Julgamento por comissão; Admite pré-qualificação dos licitantes; Admite qualquer tipo de licitação; Sistema de Registro de Preços. Devendo ser utilizada em obras e serviços de engenharia acima de R$ 1.500.000,00; Compras e serviços acima de R$ 650.000,00; Compras e alienações de bens imóveis da Administração (exceto os adquiridos por procedimentos judiciais ou dação em pagamento). A Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação (Lei n° 8.666/93, art. 22 § 2°). A Tomada de Preços se diferencia da Concorrência nos seguintes aspectos: é a licitação entre interessados previamente registrados, enquanto que na concorrência se admite a participação de qualquer proponente, registrado ou não; O prazo de divulgação é menor, sendo de apenas 15 dias, enquanto que na concorrência é de 30 dias; É adotada para compras, serviços e obras em que os preços são inferiores aos da concorrência. Esta modalidade é utilizada para contratações em que o valor estimado esteja entre R$ 150.000,00 a R$ 1.500.000,00 para execução de obras e serviços de engenharia e entre R$ 80.000,00 a 650.000,00 para aquisição de materiais e outros serviços. Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 03 pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 horas da apresentação das propostas (Lei n°8.666/93, art. 22 § 3°). Caracteriza-se por ser a modalidade de licitação mais simples, sendo realizada para obras e serviços de engenharia em que o valor estimado seja de até R$ 150.000,00 e para aquisição de bens ou outros serviços até o valor de R$ 80.000,00. Segundo a Lei n° 8.666/93, art. 22 § 4°, Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 dias. O julgamento conforme Lei n° 8.666/93 art. 51 § 5° será feito por uma comissão especial integrada por pessoas de reputação ilibada e reconhecido conhecimento da matéria em exame, servidores públicos ou não. Esta modalidade é destinada quando a Administração tem interesse em selecionar trabalho técnico, científico, projeto arquitetônico ou artístico, ou seja, para trabalhos que exijam determinadas capacidades personalíssimas. Qualquer interessado poderá participar da licitação, devendo somente atender as exigências do Edital. Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação (Lei n° 8.666/93, art. 22 § 5°). Para as contratações de serviços ou a compra de produtos o órgão público deve realizar a licitação, mas em alguns casos com razões legais pode-se fazer a contratação direta, onde está se divide em Dispensae Inexigibilidade. A Lei n° 8666/93 trata em seus artigos 17 e 24 sobre a situação da dispensa de licitação e no artigo 25 sobre inexigibilidade Art. 26. As dispensas previstas nos §§ 2o e 4o do art. 17 e no inciso III e seguintes do art. 24, as situações de inexigibilidade referidas no art. 25, necessariamente justificadas, e o retardamento previsto no final do parágrafo único do art. 8o desta Lei deverão ser comunicados, dentro de 3 (três) dias, à autoridade superior, para ratificação e publicação na imprensa oficial, no prazo de 5 (cinco) dias, como condição para a eficácia dos atos. Parágrafo único. O processo de dispensa, de inexigibilidade ou de retardamento, previsto neste artigo, será instruído, no que couber, com os seguintes elementos: I - caracterização da situação emergencial ou calamitosa que justifique a dispensa, quando for o caso; II - razão da escolha do fornecedor ou executante; III - justificativa do preço. IV - documento de aprovação dos projetos de pesquisa aos quais os bens serão alocados. A Dispensa se dá em razão do interesse público justificado, por exemplo, requisito de bens imóveis, da dação de pagamento, doação, permuta, e vários outros requisitos como em caso de calamidade pública, só se pode aderir a esta modalidade conforme expressa a lei. Conforme Hely Lopes Meirelles (2008 p. 287) (...) a licitação é inexigível em razão da impossibilidade jurídica de se instaurar competição entre eventuais interessados, pois não se pode pretender melhor proposta quando apenas um é proprietário do bem ensejado pelo Poder Público, ou reconhecidamente capaz de atender às exigências da Administração no que concerne a realização do objeto do contrato. A Inexigibilidade se dá quando houver inviabilidade de competição, quando o fornecedor é exclusivo na região e pela falta de outros competidores, este caso geralmente ocorre quando a contratação de serviços que são prestados com exclusividade. 2.7 Pregão Presencial e Eletrônico A modalidade pregão é destinada para contratação de produtos e serviços comuns, onde é padrão de desempenho e qualidade pode ser objetivo, ou seja, definido no edital com uma simples explicação das especificações usuais do mercado sendo claro e preciso de acordo com o art. 1° a Lei n° 8.666/93. O que define a modalidade de licitação é a característica do objeto e não o valor como previsto para a contratação das modalidades de convite, tomada de preço e concorrência esta são disciplinadas pela Lei n° 8.666/93 (TOLOSA FILHO, 2010). O quadro a seguir apresenta as principais características do Pregão Presencial e do Pregão Eletrônico. Pregão Presencial Pregão Eletrônico Forma de Disputa Sessão pública com a presença Física do Licitante. Sessão pública, a distância, por meio de sistema que promova a comunicação pela Internet. Comunicação, Pregoeiro e Licitante. Feita em sessão pública de forma transparente a todos os participantes. Feita de Forma eletrônica, a fim de que todos tenham conhecimento. É vedado o contato particular. Credenciamento Antes da abertura do Pregão, exibindo os documentos de representação legal. Somente participam os licitantes cadastrados e que possuam senha de acesso ao sistema eletrônico. Seleção da empresa p/ a fase de lances A de valor mais baixo e com valor até 10% acima.Não havendo três ofertas nestas condições participarão até o máximo de três, mesmo com valor acima. Todos os licitantes participarão da etapa de lances, independentemente do valor da proposta. Etapa de Lances Será oferecido pelo critério de menor preço, sendo que o lance ofertado deverá ser menor que o último oferecido. O licitante somente poderá oferecer lance inferior ao ultimo por ele ofertado e registrado pelo sistema. Não é obrigatório oferecer lance inferior ao menor lance do pregão. Forma de Apresentação dos Lances São verbais e sucessivos, não existe um prazo pré-determinado para cada lance ou para o termino desta etapa. Os licitantes são incentivados a oferecer novas ofertas até que se alcance o melhor preço. Encaminhados via eletrônica. Esta fase em regra obedece a um tempo ordinário, em que todos os licitantes poderão oferecer lances. Decorrido o prazo ordinário, inicia-se automaticamente o prazo randômico por um período que vai de 1 segundo a 30 minutos, aleatoriamente determinado pelo sistema sendo automaticamente encerrada a sessão. Negociação Conhecida a melhor oferta o pregoeiro poderá negociar diretamente com o proponente para obter melhor preço. O pregoeiro poderá encaminhar, pelo sistema eletrônico, contraproposta ao licitante que tenha apresentado lance mais vantajoso, para que seja obtida melhor proposta. Habilitação Encerrada a etapa de lances, o pregoeiro procederá à abertura do envelope contendo os documentos de habilitação do licitante que apresentou a melhor proposta. Concluída a etapa de lances, será verificada, pelo pregoeiro, a habilitação do licitante que tenha oferecido o melhor preço, conforme exigências do edital. A análise da habilitação será feita por meio eletrônico, sistema de credenciamento ou via fax, conforme previsto no edital. Recurso Declarado o vencedor, o pregoeiro abrirá a oportunidade para que os interessados possam na sessão pública manifestar a intenção de interpor recursos. Havendo manifestação será concedido prazo de 3 dias para apresentação das razões e mais 3 para apresentação das contra razões. Declarado o vencedor, qualquer licitante poderá durante a sessão publica, de forma imediata e motivada, em campo próprio do sistema, manifestar sua intenção de recorrer, sendo-lhe concedido o prazo de 3 dias para apresentar as razões do recurso, ficando os demais licitantes, intimados para, apresentarem contra razões por igual prazo, que começará a contar do término do prazo do recorrente. Adjudicação Não havendo manifestação de recurso, o pregoeiro adjudicará o objeto da licitação ao vencedor. Havendo recurso, a adjudicação será feita pela autoridade competente. Não havendo manifestação de recurso, o pregoeiro adjudicará o objeto da licitação ao vencedor. Havendo recurso, a adjudicação será feita pela autoridade competente. Homologação È atribuição exclusiva da autoridade competente. É imprescindível a publicação deste ato na imprensa oficial È atribuição exclusiva da autoridade competente. É imprescindível a publicação deste ato na imprensa oficial Quadro 1- Comparação de Pregão Presencial X Pregão Eletrônico. Fonte: Peixoto, 2006, p. 143. Sendo algumas fases iguais para o Pregão Eletrônico ou o Presencial, mas trás algumas diferencias com características inconfundíveis, é uma modalidade que vem sendo utilizada para substituir as outras modalidades como o convite ou a tomada de preços, pois não é obrigatória, mas deve ser prioritário sendo aplicável para qualquer valor ou bem estimado. Conforme a Lei n° 10.520 de 17 de julho de 2002 diz o seguinte: Art. 1º Para aquisição de bens e serviços comuns, poderá ser adotada a licitação na modalidade de pregão, que será regida por esta Lei. Parágrafo único. Consideram-se bens e serviços comuns, para os fins e efeitos deste artigo, aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado. Sendo que o Decreto Federal n° 5.450, de 31 de maio de 2005, regulamenta o pregão eletrônico, onde este é feito através do meio eletrônico, internet, sendo muito mais acessível para pessoas jurídicas estarem participando e gerando assim uma maior competitividade. Para esta modalidade é adotado o menor preço, as especificações técnicase os parâmetros mínimos de desempenho como as demais condições que é definido pelo edital, onde no edital publicado é que constará se o processo será presencial ou de forma eletrônica. 3 Metodologia Para esta pesquisa foi utilizado como metodologia a pesquisa descritiva, pois segundo Lakatos e Marconi (2001), esse tipo de estudo analisa as características de um fato ocorrido, avaliando os resultados obtidos, podendo estabelecer relações entre as variáveis, sem comprometer ou alterar o efeito resultante. Segundo Beuren (2009) a pesquisa do tipo estudo de caso caracteriza-se principalmente pelo estudo concentrado de um único caso. Esse estudo é preferido pelos pesquisadores que desejam aprofundar seus conhecimentos a respeito de determinado casos específicos. Tendo uma abordagem qualitativa, por meio de um estudo de caso. O estudo realizado ocorreu no município de Matelândia–Pr, na modalidade do pregão eletrônico para aquisição de medicamentos no ano de 2015. Os dados obtidos foram por meio de análise documental junto ao departamento de licitações da prefeitura. 4 Apresentação e análise dos resultados Os dados utilizados para a realização dessa pesquisa foram analisados e fornecidos pelo Departamento de Compras e o Departamento de Licitação, do Município de Matelândia- Pr, onde estes Departamentos forneceram a documentação e informações necessárias para a análise. Esta análise foi feita sobre o processo licitatório, referente à aquisição de Medicamentos para a Secretaria de Saúde no ano de 2015, onde estes Medicamentos foram fornecidos a comunidade de Matelândia-Pr. 4.1 Dados do Município Conforme o Site Municipal (www.matelandia.pr.gov.br) o Município de Matelândia localiza-se no Oeste Paranaense, as margens da Rodovia Federal BR 277, e destaca-se pelo fato de seu território conter parte do Parque Nacional do Iguaçu. A cidade conta com uma população estima pelo IGBE 2013 de 17.026 habitantes. O nome Matelândia é a junção dos termos "Matte" e "Lândia" (de origem inglesa “land=terra”) sendo em homenagem à família Mattjie, que em 1918 conseguiu concessão de vasta área de terras, incluindo esta região. Em 31 de julho de 1950, Benjamin Luiz Biazuz, originário do município de Flores da Cunha, Rio Grande do Sul, e mais as famílias de Francisco Donadel, Antônio Menoncin, Avelino Molon e Gentil Picolli, chegaram à região e fundaram um núcleo que não tardou em ser sede do distrito. O primeiro filho de Matelândia-Pr é Rubi Menoncin. Sua Emancipação Político-administrativa foi em 25 de julho de 1960, portanto, o Município comemorou seus 56 anos em 2016. Atualmente o Município tem como representante político o Prefeito Rineu Menoncin juntamente com seu Vice Enio Oliveira. O Paço Municipal esta localizado na Avenida Duque de Caxias, n° 800 – Centro. Para o bom andamento da Administração Publica a Prefeitura conta com 11 Secretarias, sendo elas: Administração e Recursos Humanos; Agricultura, Pecuária e Turismo Rural; Desenvolvimento Social e Habitação; Educação e Cultura; Esportes e Lazer; Fazenda e Orçamento; Gabinete; Indústria e Comércio; Meio Ambiente e Recursos Hídricos; Saúde; Viação, Obras e Serviços Urbanos. O Departamento de Licitações está alocado dentro da Secretária de Fazenda e Orçamento, representado por 2 (dois) funcionários, sendo: Diretora do departamento e Pregoeira e Chefe da seção de Licitações e Pregoeiro. Destes funcionários um foi aprovado em concurso público e o outro tem cargo comissionado. 4.2 Análise dos dados A primeira fase do processo licitatório deu inicio quando a Secretaria de Saúde solicitou através de Ofício que fosse realizado os devidos trâmites para a aquisição de medicamentos. Junto com o pedido estava uma estimativa de quais e quantos medicamentos seriam necessários para atender a população no período de 12 meses. Conforme o artigo 3° da Lei n° 12.520/02, os responsáveis pela primeira fase estão agindo de acordo com a Lei. O termo de referência é o segundo passo onde constam informações detalhadas sobre os medicamentos que se tem o interesse de adquirir, como também um orçamento detalhado, sendo uma exigência conforme o art. 8°, inciso II do Decreto n° 3.555, que regulamentam as licitações. Foi exigido também no mínimo 3 (três) orçamentos de empresas do ramo de medicamentos, para poder chegar a uma média dos preços de mercado, e com base nos valores gerados pelos orçamentos foi estipulado o valor máximo a ser pago pelo órgão público. Realizado um oficio apresentando os preços e a justificativa do motivo de se licitar, este oficio passa pelo setor de contabilidade e pelo jurídico, para que estes possam dar o parecer para dar continuidade ao processo licitatório. A aquisição dos medicamentos após a licitação foi feita pela Secretaria de Saúde, onde foi liquidado e pago com recursos desta Secretaria. Este procedimento segue conforme o Art. 38 da Lei n° 8.666/93. Conforme o art. 51° da Lei n° 8.666/93 e art. 3° da Lei n° 10.520/02 é escolhida modalidade do processo e o tipo de regime, que neste caso é a modalidade pregão eletrônico e o tipo menor preço por item. Decidida à modalidade do processo, foi iniciada a preparação do edital que atende a Lei da Licitação e a Lei do Pregão, e após o parecer jurídico do edital foi publicado o aviso de licitação. Após a publicação do edital no jornal de circulação do Município, no site da Prefeitura e no Diário Oficial dos Municípios, os interessados na licitação fizeram o credenciamento pela internet no site Bolsa de Licitação e Leilões (http://bll.org.br/). Neste credenciamento foram anexados os documentos exigidos, não ocorrendo contato direto com o pregoeiro e com a comissão da licitação. No dia da licitação todos os licitantes que possuíam cadastrados e senha ao acesso eletrônico participaram da licitação fazendo os seus lances, e a cada lance ofertado o participante foi imediatamente informado de seu recebimento e respectivo horário de registro e valor, tudo conforme a Lei n° 10.520/02. O Pregão Eletrônico foi realizado no dia 02/03/2015 com início às 09:00 horas pelo Site Bolsa de Licitações e Leilões onde foi conduzido pelo pregoeiro via internet. Classificadas as propostas de preços iniciou-se a fase de lances, onde os proponentes ofereceram seus lances sucessivos e podendo conceder apenas lance inferior ao último por ele ofertado e registrado pelo sistema. Com o encerramento da fase de lances o pregoeiro encaminhou por meio do sistema eletrônico a contraproposta ao proponente que apresentou o lance mais vantajoso para obter uma melhor proposta, a negociação foi realizada por meio do próprio sistema. Encerrada a fase de lances e negociação, o pregoeiro verificou a proposta classificada em primeiro lugar quanto à compatibilidade do preço em relação ao estimado para contratação e examinou a documentação referente à habilitação do proponente conforme especificações do edital. Encerrada a fase de habilitação e constatando-se que os proponentes atenderam as exigências do edital e, por conseguinte apresentaram documentação em regularidade, foram declarados, portanto, vencedores do certame. Feito isto, qualquer proponente poderia durante a sessão pública manifestar interesse em interpor recurso onde seria concedido prazo de 3 dias para apresentar suas razões, ficando os demais intimados para apresentarem contra-razões em igual prazo, se assim quiserem. Não havendo manifestação dos proponentes quanto à interposição de recurso, acarretou na decadência desse direito, portanto o pregoeiro adjudicou o objeto aos vencedores e encaminhou para a autoridade competente para realizar a homologação. É imprescindível a publicação deste ato na imprensa oficial. O quadro a seguir demonstra de uma forma resumida, toda fase do processolicitatório da modalidade pregão eletrônico, informando se houve ou não irregularidade em todo o seu processo, com base na Lei n° 8.666/93 e art. 3° da Lei 10.520/02. Pregão Eletrônico 05/2015 Lei Atende á Lei Observações Justificativa da necessidade de contratação pela autoridade competente. Lei 8.666/93 Art. 38°; Lei 10.520/02 Art. 3° inciso I. Sim Os procedimentos foram realizados conforme Lei, trazendo o ofício 277/2014 da secretaria solicitante. Orçamento elaborado pelo órgão ou entidade promotora da licitação, relativo aos bens e serviços a serem licitados e planilhas de custos. Lei 8.666/93 Art. 40°, § 2o inciso II; Lei 10.520/02 Art. 3° inciso II. Sim Procedimento realizado conforme Lei e disponibilidade de recurso da secretaria. Autorização de abertura de licitação. Lei 8.666/93 Art. 38°; Lei 10.520/02 Art. 3° inciso IV Sim Autorização concedida pelo representante governamental, conforme exigido em Lei. Elaboração de Minuta de Edital e Minuta de Contrato. Lei 8.666/ 93 Art. 40° § 2o inciso III; Lei 10.520/02 Art. 4° inciso I, II, III e IV; Sim Realizado conforme Lei e disponível no Portal da Transparência do Município. Credenciamento. Lei 10.520/02 Art. 4° inciso V e VI Sim Realizado via eletrônica e conforme moldes exigidos nos artigos citados. Fase de lances. Lei 10.520/02 Art. 4° inciso VII, VIII, IX, X, XI, XII Sim Realizado via eletrônica conforme artigos da Lei. Habilitação. Lei 10.520/02 Art. 4° inciso XIII e XVI. Sim Enviada por e-mail pelos arrematantes e posteriormente por correio juntamente com as amostras para análise junto da secretária solicitante. Interposição de Recurso. Lei 10.520/02 Art. 4° inciso XVIII, XIX e XX. Sim Realizado via eletrônica conforme exigido em Lei, entretanto não houve interesse das partes em interpor recurso quanto a este pregão. Adjudicação e Homologação. Lei 8.666/ 93 Art. 43°, inciso VI; Lei 10.520/02 Art. 4° inciso XXI e XXII. Sim De acordo com o que institui os artigos, após analisado todas as etapas e verificado que está conforme foi homologada mediante assinatura do prefeito no dia 22/04/2015. Quadro 2- Resumo do Processo Licitatório Fonte: Das Autoras (2016) Diante dos fatos relatados acima e a análise que foi realizada juntamente ao Pregão Eletrônico 05/2015, pode-se afirmar que o Departamento de Licitações com a comissão responsável pela licitação atendeu aos requisitos e princípios das Leis Federais n° 8.666/93 e n° 10.520/02 para a aquisição de Medicamentos que a Secretaria de Saúde solicitou para atender a população do Município. 5 Considerações finais Este trabalho teve como propósito analisar o processo de licitação da Prefeitura Municipal de Matelândia–Pr, na modalidade pregão eletrônico para a aquisição de medicamentos para distribuição gratuita e utilização nas unidades básicas de saúde. Verificou-se que o processo licitatório está seguindo o que consta na Lei Federal de Licitações n° 8.666/93 e a Lei dos pregões n° 10.520/02, a partir da análise realizada junto ao processo nota-se que o mesmo ocorre dentro das normas e princípios que o regem, sendo apresentada a fase interna e externa, a solicitação da secretaria responsável, disponibilidade orçamentária, edital de convocação, julgamento, homologação, adjudicação e assinatura do contrato. Também se observou os pontos positivos e negativos do pregão 05/2015. Como aspecto positivo tem-se a escolha pelo pregão eletrônico, que gera o aumento de participantes e consequentemente a redução dos valores iniciais do edital, como também a facilidade para se encontrar os editais que são publicados, todos estão disponíveis no site do município no portal da transparência e assim o licitante interessado pode adquiri-lo por meio eletrônico. Já como ponto negativo tem-se que ele toma mais tempo em relação ao Pregão Presencial, como a espera pela documentação dos proponentes que é entregue via correio e também o fato de que os participantes pedem desclassificação dos valores por ele arrematado tendo que passar os itens para os próximos proponentes acarretando mais demora na finalização do mesmo. Portanto, conforme citado acima se pode dizer que o objetivo geral do trabalho foi alcançado, sendo possível analisar o processo licitatório para aquisição de medicamentos, além da economia na realização do pregão eletrônico, a transparência com a publicação do edital e demais atos relacionados ao processo. 6 Referências ANGÉLICO, João. Contabilidade Pública, São Paulo: Atlas, 1994. AZEVEDO. Ricardo Rocha. Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, São Paulo: Tecnodata, 2010. BEUREN, Ilse Maria et al. Como elaborar trabalhos monográficos em contabilidade: São Paulo: Atlas , 2006. BRASIL, Constituição Federal. (1964). Lei Complementar nº. 4.320 de 17 de Março de 1964. 3ª edição, São Paulo: Atlas: 1980. BRASIL, Constituição Federal (1988). Lei nº 8.666, de 21 de Junho de 1993, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências. BRASIL, Constituição Federal (1988). Lei Complementar n° 101 de 04 de Maio de 2000. BRASIL, Constituição Federal (2005). Lei Complementar 101, Lei de Responsabilidade Fiscal. Paraná, 2005 BRASIL, Constituição Federal. Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público. 2° Edição, Brasília, 2009. BRASIL, Constituição Federal. Normas Brasileiras de Contabilidade ao Setor Público. NBCs 16.1 a 16.11/ Conselho Federal de Contabilidade, 2012. BRASIL, Despesas Públicas: Manual de Procedimentos. Brasília: Secretaria do Tesouro Nacional, 2008. BRASIL, Receitas Públicas: Manual de Procedimentos. Brasília: Secretaria do Tesouro Nacional, 2004. IBRAP, Instituto Brasileiro de Administração Pública. Lei de Licitações, 10° ed. São Paulo: IBRAP, 2010. KOHAMA, Heilio, Contabilidade Pública, Teoria e Prática, 13° ed. São Paulo: Atlas, 2013. MEIRELLES, Hely Lopes. In Direito Administrativo Brasileiro. 34ª. ed. São Paulo: Malheiros, 2008. MEIRELLES, H. L.; AZEVEDO, E. A.; ALEIXO, D. B.; FILHO, J. E. B. Direto administrativo brasileiro. 36. ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2010. MUNICÍPIO DE MATELÂNDIA. Disponível em: http://www.matelandia.pr.gov.br/. Acesso em 13 de Agosto de 2016 PEIXOTO, Ariosto Mila. Pregão Presencial e Eletrônico. Campinas: Prime, 2006. TOLOSA FILHO, Benedicto De. (2010) Pregão Uma Nova Modalidade de Licitação, 4° Edição, Rio de Janeiro.
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