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História Natural das Doenças

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História Natural das Doenças :
Conjunto de processos interativos compreendendo as inter-relações do agente, do suscetível e do meio ambiente que afetam o processo global e seu desenvolvimento, desde as primeiras forças que criam o estímulo patológico no meio ambiente ou em qualquer outro lugar, passando pela resposta do homem ao estímulo, até as alterações que levam a um defeito, invalidez ou morte.
Vertente epidemiológica:
“inter-relações do agente, do suscetível e do meio ambiente que afetam o processo global e seu desenvolvimento, desde as primeiras forças que criam o estímulo patológico no meio ambiente ou em qualquer outro lugar”
CONFIGURAÇÃO DO RISCO:
Força do estímulo patogênico
 X
 Fatores de risco
 X
 Tempo
Vertente patológica : 
“Resposta do homem ao estímulo, até as alterações que levam a um defeito”:
-Interação estímulo suscetível
-Alterações bioquímicas, fisiológicas e histológicas.
-Sinais e sintomas
-Cronicidade
Desenlace :
“invalidez ou morte”
Remoção dos fatores causais
-convalescença
-saúde
PERÍODO DE PRÉ -PATOGENESE :
-Fatores sociais
-Fatores ambientais
-Fatores genéticos
Fatores sociais: Conjunto de todos os fatores que não podem ser classificados como componentes genéticos ou agressores físicos, químicos e biológicos.
 -fatores sócio–econômicos: Há uma associação inversa entre a capacidade econômica e a probabilidade de se adquirir doença ou morrer prematuramente
 -fatores sócio –políticos: instrumentação jurídico –legal; decisão política; higidez política; participação consentida e valorização da cidadania; participação comunitária efetivamente exercida; transparência de ações e acesso à informação.
 -fatores socioculturais: passividade ante o poder exercido com incompetência ou má fé; alienação com relação aos direitos e deveres da cidadania; transferência irrestrita para os profissionais da política da responsabilidade pessoal pelo social; participação passiva como beneficiários do paternalismo do Estado ou oligárquico; incapacidade de se organizar para reivindicar.
 -fatores psicossociais: marginalidade / exclusão social; relações parentais instáveis; condições de trabalho estressantes ou extenuantes; promiscuidade; falta de cuidados maternos na infância; competição desenfreada; agressividade presente nos grandes centros urbanos; desemprego estrutural.
Fatores ambientais: Conjunto de todos os fatores que mantém relações interativas com o suscetível e com o agente etiológico incluindo-os sem se confundir com os mesmos.Quanto ao aparecimento podem ser:
- agentes presentes no meio ambiente de forma habitual, em convivência natural ou tradicional com o homem.
- agentes pouco comuns e que, mercê de situações novas ou por modificações na maneira de viver, por má administração ou manipulação inábil de meios e recursos ou ainda por importação passam a se fazer presentes, como agentes, em algum evento epidemiológico.
- agentes que explodem em situações anormais de grande monta, como são as macroperturbações ecológicas, os desastres naturais e as catástrofes.
Fatores genéticos : Provavelmente determinam ou influenciam na maior ou menor susceptibilidade das pessoas quanto à aquisição de doenças. Embora percebido estatisticamente, este fator é ainda objeto de estudos.
Multifatoriedade: A estruturação dos fatores condicionantes da doença não é um simples resultado de justaposição. A associação dos fatores é sinérgica, isto é, dois fatores estruturados aumentam o risco de doença mais do que faria sua simples soma.
PERÍODO DE PATOGENESE: 
Interação estímulo suscetível; 
Alterações bioquímicas, histológicas e fisiológicas
HORIZONTE CLÍNICO : fronteira imaginária que separa os estágios anteriores do aparecimento de : Sinais e sintomas
Interação estímulo suscetível: Embora não tenhamos ainda um quadro nosológio instalado, todos os fatores necessários para a ocorrência da doença estão presentes e interagindo.
Alterações bioquímicas, histológicas e fisiológicas: A doença já está implantada no organismo. Embora não se percebam manifestações clínicas, já existem alterações histológicas subclinicas de caráter genérico e já se podem notar alterações em exames clínicos e laboratoriais orientados.
Denominamos HORIZONTE CLÍNICO ao momento em que o processo avança até que surjam os primeiros sinais e sintomas. Algumas situações não atingem este estágio e outras podem passar diretamente a estágios mais graves.
Estágio clínico: 
- Sinais e Sintomas: a doença passa a exibir o resultado das alterações histológicas através de manifestações perceptíveis. A doença evolui então para o estágio de desenlace, podendo evoluir para a cura, para a invali - 
dez ou para a morte. 
Período de desenlace:
- Cronicidade
Cronicidade: A doença se perpetua ou pelo menos prolonga a sua presença no organismo, seja pelos mecanismos iniciais, pelo desencadeamento de outros mecanismos, pela presença de lesões e seqüelas, as quais podem abrir as postas para outras doenças ou apenas causa déficit funciona prolongado ou permanente.
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