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METODOLOGIA DA MUSCULAÇÃO – SDE 0124 UNESA – 2017.2 Conteúdo Programático 1. BASES FISIOLÓGICAS DO TREINAMENTO DE FORÇA. 1.1.Fatores que envolvem a força muscular 1.2.Adaptações ao treinamento de força. 1.3 Estímulos para hipertrofia 2. ANÁLISE DOS PRINCIPAIS EXERCÍCIOS 2.1. Análise Cinesiológica dos principais exercícios 2.2. Variações possíveis nos exercícios 2.3. Principais cuidados Conteúdo Programático 3. MONTAGEM DE PROGRAMA 3.1 - Análise das necessidades; 3.2 - Variáveis agudas do treinamento de força; 4. MÉTODOS DE TREINAMENTO 4.1. Principais métodos de treinamento. 4.2. Estruturação temporal dos métodos de treinamento. Musculação A ação muscular ou musculação consiste no rompimento das fibras musculares, onde no descanso elas se refazem maiores e mais fortes. Exercício resistido com pesos, esta atividade causa um impacto na massa óssea que gera micro lesões na mesma, estimulando a matriz óssea a absorver mais cálcio. Protege contra lesões e aumenta a durabilidade de articulações e tendões. Exercício anaeróbico, quando praticado em alta intensidade, é o que mais aumenta a liberação de GH e Testosterona (hormônios) no organismo. Objetivos: Aumento de força Aumento de massa muscular Condicionamento físico Treinamento funcional Melhora da condição cardíaca Aumento da explosão muscular Ganho de força isométrica Inibição do sistema de OTG Tolerância ao lactato Aumento da massa óssea Aumento da liberação hormonal Tipos de ações musculares podem ser: Isométrico Isotônico Isocinético Concêntrico Excêntrico Dinâmico de resistência variável Dinâmico de resistência invariável BASES FISIOLÓGICAS e MECÂNICAS DO TREINAMENTO DE FORÇA. Fatores que envolvem a força muscular: �Corte transversal do músculo; �Unidade motora e Recrutamento; �Ângulo de inserção muscular; �Frequência de Estimulação; �Velocidade de contração; �Comprimento Muscular. FATORES MECÂNICOS QUE AFETAM NA FORÇA MUSCULAR - Área de secção transversal fisiológica Quanto maior a área de corte maior será a força. FATORES MECÂNICOS QUE AFETAM NA FORÇA MUSCULAR - Ângulo de inserção do músculo Ângulo de tração x Aproveitamento da força. FATORES MECÂNICOS QUE AFETAM NA FORÇA MUSCULAR - Relação comprimento x tensão A tensão total presente em um músculo é a soma da tensão ativa e passiva, quando esta existir. Comprimento (% do Comp. de Repouso) 50 100 150 Active Tension Passive Tension Total Tension FATORES MECÂNICOS QUE AFETAM NA FORÇA MUSCULAR - Relação força x velocidade Quando o músculo desenvolve tensão concêntrica contra uma carga elevada, a velocidade do encurtamento deverá ser relativamente baixa. Contra uma carga baixa, a velocidade do encurtamento deverá ser relativamente alta. Quando o músculo desenvolve tensão excêntrica contra uma carga elevada, a velocidade de estiramento tenderá a relativamente alta. Quanto mais alta for a carga mais alta tenderá a ser a velocidade. FATORES MECÂNICOS QUE AFETAM NA FORÇA MUSCULAR - Relação Tempo x Tensão Estímulo simples – intervalo suficiente para recuperação entre os estímulos. Somação ou Somação Incompleta – elaboração de uma forma aditiva de estímulos. Tetania ou Somação Completa – tensão máxima sustentada como resultado da estimulação repetitiva. FATORES MECÂNICOS QUE AFETAM NA FORÇA MUSCULAR FATORES MECÂNICOS QUE AFETAM NA FORÇA MUSCULAR - Pré-estiramento (ciclo excêntrico-concêntrico) Ação excêntrica seguida imediatamente de ação concêntrica. Treinamento Pliométrico • Caracterizado por movimentos onde uma contração excêntrica rápida precede a concêntrica (pré-estiramento) • •Com o treinamento os atletas podem melhorar a capacidade de utilizar o pré- estiramento para a potencialização da força na fase concêntrica • É fundamental pois apresenta padrão de movimento e tipo de contração específicos para a maioria da modalidades esportivas FATORES MECÂNICOS QUE AFETAM NA FORÇA MUSCULAR - Efeitos da fadiga As características da fadiga muscular incluem: 1. a duração na capacidade de produção de força muscular; 2. na velocidade de encurtamento; 3. no relaxamento prolongado das unidades motoras entre os períodos de recrutamento. A fadiga absoluta - É quando a fibra muscular torna-se incapaz de desenvolver tensão ao ser estimulada por seu axônio motor, podendo também ocorrer no neurônio motor, tornando-o incapaz de gerar um potencial de ação. Adaptações ao treinamento de força. • Adaptação ao treinamento = Processo fisiológico através do qual o corpo se adapta ao exercício. • Adaptação Aguda = Mudança imediata na variável examinada. • Adaptação Crônica = Reação do corpo ao estímulo repetido de exercício durante um programa de treinamento. • Obs: Estar familiarizado com as adaptações agudas e crônicas facilita a prescrição de exercício, e o planejamento dos programas de treinamento. Adaptações ao treinamento de força. • As adaptações seguem um padrão temporal específico. • A quantidade de adaptação já ocorrida dever ser considerada para comprovar a eficácia do programa de treinamento. • O aumento de rendimento é inversamente proporcional ao estado de treinamento. BASES FISIOLÓGICAS DO TREINAMENTO DE FORÇA. Adaptações ao treinamento de força BIOENERGÉTICA • Fontes de energia para a atividade muscular. • Produção anaeróbia = Sistema fosfocreatina e Glicólise Anaeróbia. • Produção aeróbia = fosforilação oxidativa. • Obs: O treinamento de força tem foco na melhoria do metabolismo anaeróbio e, em menor extensão , o metabolismo aeróbio. Bioenergética • A ATP é a fonte de energia imediata para as ações musculares. • A ATP e a fosfocreatina (PC) estão disponíveis para uso imediato (dentro do músculo). 30 segundos ou menos. • Principal sistema a fornecer durante eventos de grande potência e curta duração. Glicólise Anaeróbia ou Fonte de Energia com Ácido Láctico • Glicogênio Estocado dentro do musculo. • Quebra da glicose resulta na produção de duas ATPs. • Produz uma soma de energia maior do que o sistema ATP-PC. • É o mecanismo principal para o fornecimento de ATP nos períodos de exercício que têm duração de aprox. 1 a 3 min. • Ex: Séries de alta intensidade com 10 a 12RM e um pequeno tempo de repouso(30 a 60 segundos). Fonte de Energia pelo Oxigênio • O sistema de fosforilação oxidativa pode metabolizar carboidratos e gorduras. • Em longos períodos de jejum e sessões prolongadas de exercícios as proteínas podem ser metabolizadas (acima de 10%). • Durante exercícios físicos de esforços máximos, o músculo metaboliza quase que somente carboidratos se estes estiverem disponíveis. Estruturais Hipertrofia Fibras Recrutamento Coordenação intramuscular Coordenação intermuscular Alongamento- Encurtamento Reflexo miotático Elasticidade Hormonais Equilíbrio anabólico Hormônio de crescimento Testosterona Nervosos Cortisol HIPERTROFIA • Adaptações musculares: hipertrofia (↑ área de secção transversa), hiperplasia (↑ nº fibras musculares) * Hipertrofia: aumento da área de secção transversa → Hipertrofia aguda ⇒ deslocamento de fluido → Hipertrofia metabólica ou sarcoplasmática ⇒ aumento do conteúdo sarcoplasmático • Hipertrofia miofibrilar ou tensional ⇒ síntese de novas miofibrilas⇒ ↑ síntese de proteínas (actina e miosina)⇒ ↑ no. sarcômeros em paralelo H I P E R T R O F I A Miofibrilas Tecido conjuntivo Vascularização Fibras Musculares Tamanho Número Tamanho Número? HIPERTROFIA • Hipertrofia miofibrilar ou tensional ⇒ síntese de novas miofibrilas ⇒ ↑síntese de proteínas (actina e miosina) Sobrecarga funcional aumentada ⇒ hipertrofia muscular ↑↑↑↑ tensão⇒⇒⇒⇒ ↑↑↑↑ resposta hipertrófica Microlesão induzida por esforço intenso HIPERTROFIA − tensão⇒ ↑ incidência de microlesões Microlesões teciduais: desarranjo da organização espacial dos sarcômeros ⇒ ↑ expressão genética de fatores de crescimento locais. * Tensão X comprimento muscular HIPERTROFIA Tensão x Tipo de contração ⇒maior microlesão em regimes excêntricos → maior hipertrofia??? Contração excêntrica e lesão muscular HIPERTROFIA Tensão X Tipo de contração ⇒maior microlesão em regimes excêntricos → maior hipertrofia ⇒ “faixa ótima de tensão” em regimes conc./exc.→ 65 a 85% 1RM HIPERTROFIA • Tensão/hipertrofia X nº repetições ⇒ 6 a 12 rep. → “faixa ótima de tensão” Intensidade x número de repetições máximas HIPERTROFIA Tensão/hipertrofia X tipos de fibras musculares ⇒maior hipertrofia em fibras Tipo II REPOSTA HIPERTRÓFICA DE FIBRAS TIPO I e II HIPERTROFIA ⇒maior hipertrofia em fibras Tipo II ⇒ “faixa ótima de tensão” → maior recrutamento das fibras Tipo Iix(b) * maior recrutamento de fibras IIb na fase excêntrica Fatores determinantes do aumento da força em função do tempo de treinamento HIPERTROFIA Hipertrofia e ↑ força x tempo de treinamento 8 primeiras semanas ⇒ ↑ recrutamento motor (fator neural) → aumentos posteriores ⇒ hipertrofia muscular (fatores estruturais) EFICÁCIA DOS EXERCÍCIOS PARA OS DIVERSOS GRUPOS MUSCULARES* * Análises por meio de IEMG Tabela - Máxima ativação de unidade motora por IEMG (eletromiografia) EXERCÍCIO % IEMG Peitoral maior Supino declinado c/ halteres 93 Supino declinado c/ barra 89 Flexão de braços entre 2 bancos 88 Supino reto com halteres 87 Supino reto com barra 85 Crucifixo reto 84 Peitoral menor Supino inclinado c/ halteres 91 Supino inclinado c/ barra 85 Crucifixo inclinado 83 Supino reto com halteres 87 Supino inclinado (barra smith) 81 Tabela - Máxima ativação de unidade motora por IEMG (eletromiografia) EXERCÍCIO % IEMG Deltóide medial Elevação lateral inclinado 66 Elevação lateral em pé 63 Elevação lateral sentado 62 Elevação lateral no cabo 47 Deltóide posterior Crucifixo inverso em pé 85 Crucifixo inverso sentado 83 Crucifixo inverso no cabo 77 Deltóide anterior Desenvolvimento pela frente c/ halteres 79 Elevação frontal em pé com halteres 73 Desenvolvimento pela frente sentado com barra 61 Tabela - Máxima ativação de unidade motora por IEMG (eletromiografia) EXERCÍCIO % IEMG Bíceps braquial (porção longa) Rosca scott com barra 90 Rosca alternada inclinado 88 Rosca direta com barra (pegada fechada) 86 Rosca alternada com halteres 84 Rosca concentrada com halteres 80 Rosca direta com barra (pegada aberta) 63 Rosca direta na barra W (pegada aberta) 61 Tabela - Máxima ativação de unidade motora por IEMG (eletromiografia) EXERCÍCIO % IEMG Tríceps braquial (porção lateral) Tríceps testa inclinado com barra 92 Tríceps na polia alta (barra triangular) 90 Mergulho entre 2 bancos 87 Tríceps na polia alta unilateral (pegada inversa) 85 Tríceps francês com a corda 84 Tríceps francês unilateral sentado (pegada neutra) 82 Supino fechado 72 Tabela - Máxima ativação de unidade motora por IEMG (eletromiografia) EXERCÍCIO % IEMG Grande dorsal Remada curvada 93 Remada alternada 91 Remada cavalinho 89 Puxador pela frente 86 Remada sentado 83 Reto femoral Agachamento (90°) 88 Cadeira extensora 86 Agachamento hack (90°) 78 Leg press (110°) 76 Agachamento na barra smith (90°) 60 Tabela - Máxima ativação de unidade motora por IEMG (eletromiografia) EXERCÍCIO % IEMG Bíceps femoral (isquiotibiais) Flexão de joelho em pé 82 Cama flexora 71 Cadeira flexora 58 Stiff ou peso morto 56 Semitendíneo Cadeira flexora 88 Flexor de joelho em pé 79 Cama flexora 70 Stiff ou peso morto 56 Tabela - Máxima ativação de unidade motora por IEMG (eletromiografia) EXERCÍCIO % IEMG Gastrocnêmio (gêmeos) Gêmeos burrinho 80 Gêmeos em pé unilateral 79 Gêmeos em pé 68 Gêmeos sentado 61
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