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Roteiro aula Disciplina Direito Empresarial III Estácio de Sá 2017 01 Contratos bancários

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ATENÇÃO: MERO ROTEIRO RESUMIDO, 
QUE DEVE SER COMPLEMENTADO COM AS INFORMAÇÕES 
PRESTADAS EM SALA DE AULA E COM A LEITURA DA DOUTRINA. 
 
FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ DE VILA VELHA 
CURSO DE DIREITO 
DISCIPLINA DIREITO EMPRESARIAL III 
PROFESSORA FERNANDA BRASILEIRO DE ALMEIDA 
PERÍODO LETIVO 2017 01 
 
 
ROTEIRO AULA TEMA: 
CONTRATOS BANCÁRIOS 
 
 
4) CONTRATOS BANCÁRIOS 
 
4.1) INTRODUÇÃO 
 
✓ Sistema financeiro na CF/88: artigo 194 com a nova redação dada pela EC nº40/2003. 
 
✓ Atividade bancária: regulada pela Lei nº4.595/1964. 
 
✓ Conceito de instituições financeiras – artigo 17º da Lei nº4.595/1964: 
“Consideram-se instituições financeiras, para os efeitos da legislação em vigor, as pessoas 
jurídicas públicas ou privadas, que tenham como atividade principal ou acessória a coleta, 
intermediação ou aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda 
nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros. Parágrafo único. 
Para os efeitos desta lei e da legislação em vigor, equiparam-se às instituições financeiras as 
pessoas físicas que exerçam qualquer das atividades referidas neste artigo, de forma 
permanente ou eventual.” 
 
✓ Autorização para realizar atividades financeiras: Banco Central do Brasil ou decreto do 
Poder Executivo quando forem sociedades estrangeiras. Artigo 18 da Lei nº4.595/1964. 
 
✓ Forma empresarial destas sociedades: sociedade anônima, exceto quando forem 
cooperativas de crédito. Artigo 25 da Lei nº4.595/1964. 
 
✓ Conceito de contratos bancários: são as modalidades contratuais formalizadas pelos bancos 
no exercício da atividade bancária, ou seja, com a finalidade de coletar, intermediar ou 
aplicar recursos junto aos agentes econômicos. 
 
✓ Característica dos contratos bancários: há sempre a presença de um banco exercendo 
atividade bancária - nem todo contrato celebrado por um banco é um contrato bancário. 
 
✓ Submissão ao código de defesa do consumidor: Súmula 297 STJ “O Código de Defesa do 
Consumidor é aplicável às instituições financeiras.” 
 
✓ Objeto de consumo do consumidor: são vários, inclusive o serviço bancário - artigo 3º, §2º do 
CDC (dispositivo declarado constitucional pelo STF na ADI 2591): 
 
 
 
ATENÇÃO: MERO ROTEIRO RESUMIDO, 
QUE DEVE SER COMPLEMENTADO COM AS INFORMAÇÕES 
PRESTADAS EM SALA DE AULA E COM A LEITURA DA DOUTRINA. 
 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. LEGITIMIDADE RECURSAL 
LIMITADA ÀS PARTES. NÃO CABIMENTO DE RECURSO 
INTERPOSTO POR AMICI CURIAE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 
OPOSTOS PELO PROCURADOR GERAL DA REPÚBLICA 
CONHECIDOS. ALEGAÇÃO DE CONTRADIÇÃO. ALTERAÇÃO DA 
EMENTA DO JULGADO. RESTRIÇÃO. EMBARGOS PROVIDOS. 1. 
Embargos de declaração opostos pelo Procurador Geral da 
República, pelo Instituto Brasileiro de Política e Direito do 
Consumidor - BRASILCON e pelo Instituto Brasileiro de Defesa do 
Consumidor - IDEC. As duas últimas são instituições que 
ingressaram no feito na qualidade de amici curiae. 2. Entidades 
que participam na qualidade de amicus curiae dos processos 
objetivos de controle de constitucionalidade, não possuem 
legitimidade para recorrer, ainda que aportem aos autos 
informações relevantes ou dados técnicos. Decisões monocráticas 
no mesmo sentido. 3. Não conhecimento dos embargos de 
declaração interpostos pelo BRASILCON e pelo IDEC. 4. Embargos 
opostos pelo Procurador Geral da República. Contradição entre a 
parte dispositiva da ementa e os votos proferidos, o voto condutor 
e os demais que compõem o acórdão. 5. Embargos de declaração 
providos para reduzir o teor da ementa referente ao julgamento 
da Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 2.591, que passa a ter o 
seguinte conteúdo, dela excluídos enunciados em relação aos 
quais não há consenso: ART. 3º, § 2º, DO CDC. CÓDIGO DE DEFESA 
DO CONSUMIDOR. ART. 5o, XXXII, DA CB/88. ART. 170, V, DA 
CB/88. INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS. SUJEIÇÃO DELAS AO 
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE JULGADA IMPROCEDENTE. 1. As 
instituições financeiras estão, todas elas, alcançadas pela 
incidência das normas veiculadas pelo Código de Defesa do 
Consumidor. 2. "Consumidor", para os efeitos do Código de 
Defesa do Consumidor, é toda pessoa física ou jurídica que 
utiliza, como destinatário final, atividade bancária, financeira 
e de crédito. 3. Ação direta julgada improcedente. (ADI 2591 
ED, Relator(a): Min. EROS GRAU, Tribunal Pleno, julgado em 
14/12/2006, DJ 13-04-2007 PP-00083 EMENT VOL-02271-01 
PP-00055) 
 
 
4.2) DISCUSSÕES JUDICIAIS E ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL ACERCA DOS 
CONTRATOS BANCÁRIOS EM GERAL 
 
✓ Juros moratórios x juros remuneratórios. 
✓ Juros remuneratórios: limitados à 12% ao ano ou à taxa média de mercado? 
✓ Qual o limite dos juros moratórios? 
✓ Pode capitalização de juros? 
✓ Quando se configura a mora e quando ela não resta caracterizada? 
✓ Pode haver cobrança cumulada de comissão de permanência e correção monetária? 
✓ Ação de revisão contratual combinada com consignação em pagamento: depósito do valor 
total das parcelas ou apenas do valor incontroverso das parcelas? 
✓ Ação de consignação em pagamento: é possível discutir as cláusulas contratuais? 
ATENÇÃO: MERO ROTEIRO RESUMIDO, 
QUE DEVE SER COMPLEMENTADO COM AS INFORMAÇÕES 
PRESTADAS EM SALA DE AULA E COM A LEITURA DA DOUTRINA. 
 
RECURSO ESPECIAL Nº 1.246.622 - RS (2011/0069348-5) 
RELATOR: MINISTRO LUIS FELIPE SALOMÃO RECORRENTE: 
BANCO AYMORÉ CRÉDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO 
S/A ADVOGADOS : SIRLEI MARIA RAMA VIEIRA SILVEIRA E 
OUTRO(S) ISABELA BRAGA POMPILIO E OUTRO(S) RECORRIDO: 
CARLOS RAMÃO BORGES DAS NEVES ADVOGADO: MARIÂNGELA 
ROSA MACHADO E OUTRO(S) EMENTA DIREITO BANCÁRIO. 
RECURSO ESPECIAL. AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO 
BANCÁRIO. JUROS REMUNERATÓRIOS. TAXA PREVISTA NO 
CONTRATO RECONHECIDAMENTE ABUSIVA PELO TRIBUNAL DE 
ORIGEM. SÚMULA 7 DO STJ. CAPITALIZAÇÃO MENSAL DOS 
JUROS. AUSÊNCIA DE EXPRESSA PACTUAÇÃO CONTRATUAL. 
SÚMULAS 5 E 7/STJ. TARIFA PARA ABERTURA DE CRÉDITO E 
PARA EMISSÃO DE CARNÊ. LEGITIMIDADE. ABUSIVIDADE NÃO 
DEMONSTRADA. DESCARACTERIZAÇÃO DA MORA. COBRANÇA 
DE ACRÉSCIMOS INDEVIDOS. VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC 
NÃO CONFIGURADA. 1. Inexiste violação ao art. 535 do CPC 
quando o Tribunal de origem, embora sucintamente, pronuncia-se 
de forma suficiente sobre a questão posta nos autos, sendo certo 
que o magistrado não está obrigado a rebater um a um os 
argumentos trazidos pela parte caso os fundamentos utilizados 
tenham sido suficientes para embasar a decisão. 2. A Segunda 
Seção, por ocasião do julgamento do REsp 1.061.530/RS, 
submetido ao rito previsto no art. 543-C do CPC, Relatora Ministra 
Nancy Andrighi, DJe 10.3.2009, consolidou o seguinte 
entendimento quanto aos juros remuneratórios: a) as instituições 
financeiras não se sujeitam à limitação dos juros remuneratórios 
estipulada na Lei de Usura (Decreto 22.626/33), Súmula 596/STF; 
b) a estipulação de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano, 
por si só, não indica abusividade; c) são inaplicáveis aos juros 
remuneratórios dos contratos de mútuo bancário as disposições 
do art. 591 combinado com o art. 406 do CC/02; d) é admitida a 
revisão das taxas de juros remuneratórios em situações 
excepcionais, desde que caracterizada a relação de consumo e que 
a abusividade (capaz de colocar o consumidor em desvantagem 
exagerada - art. 51, §1º, do CDC) fique cabalmente demonstrada 
ante as peculiaridades do julgamento em concreto. 3. O Tribunal a 
quo, com ampla cognição fático-probatória, considerou 
notadamente demonstrada a abusividade da taxa de Documento: 
18691616 - EMENTA / ACORDÃO - Site certificado - DJe: 
16/11/2011 Página 1 de 2 Superior Tribunal de Justiça juros 
remuneratórios pactuada no contrato em relação à taxa média do 
mercado. Incidência da Súmula 7 do STJ. 4. A capitalização de 
jurosnão se encontra expressamente pactuada, não podendo, por 
conseguinte, ser cobrada pela instituição financeira. A inversão do 
julgado demandaria a análise dos termos do contrato, o que é 
vedado nesta esfera recursal extraordinária em virtude do óbice 
contido nas Súmulas 5 e 7 do Superior Tribunal de Justiça. 5. As 
tarifas de abertura de crédito (TAC) e emissão de carnê (TEC), por 
não estarem encartadas nas vedações previstas na legislação 
regente (Resoluções 2.303/1996 e 3.518/2007 do CMN), e 
ostentarem natureza de remuneração pelo serviço prestado pela 
ATENÇÃO: MERO ROTEIRO RESUMIDO, 
QUE DEVE SER COMPLEMENTADO COM AS INFORMAÇÕES 
PRESTADAS EM SALA DE AULA E COM A LEITURA DA DOUTRINA. 
 
instituição financeira ao consumidor, quando efetivamente 
contratadas, consubstanciam cobranças legítimas, sendo certo que 
somente com a demonstração cabal de vantagem exagerada por 
parte do agente financeiro é que podem ser consideradas ilegais e 
abusivas, o que não ocorreu no caso presente. 6. A cobrança de 
acréscimos indevidos a título de juros remuneratórios abusivos e 
de capitalização dos juros tem o condão de descaraterizar a mora 
do devedor. Precedentes. 7. Recurso especial parcialmente 
conhecido e nesta extensão, parcialmente provido, sem alteração 
nos ônus sucumbenciais fixados pelo Tribunal de origem. 
 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E BANCÁRIO. RECURSO ESPECIAL. 
AÇÃO REVISIONAL DE CLÁUSULAS DE CONTRATO BANCÁRIO. 
INCIDENTE DE PROCESSO REPETITIVO. JUROS 
REMUNERATÓRIOS. CONFIGURAÇÃO DA MORA. JUROS 
MORATÓRIOS. INSCRIÇÃO/MANUTENÇÃO EM CADASTRO DE 
INADIMPLENTES. DISPOSIÇÕES DE OFÍCIO. DELIMITAÇÃO DO 
JULGAMENTO. Constatada a multiplicidade de recursos com 
fundamento em idêntica questão de direito, foi instaurado o 
incidente de processo repetitivo referente aos contratos bancários 
subordinados ao Código de Defesa do Consumidor, nos termos da 
ADI n.º 2.591-1. Exceto: cédulas de crédito rural, industrial, 
bancária e comercial; contratos celebrados por cooperativas de 
crédito; contratos regidos pelo Sistema Financeiro de Habitação, 
bem como os de crédito consignado. Para os efeitos do § 7º do 
art. 543-C do CPC, a questão de direito idêntica, além de estar 
selecionada na decisão que instaurou o incidente de processo 
repetitivo, deve ter sido expressamente debatida no acórdão 
recorrido e nas razões do recurso especial, preenchendo todos os 
requisitos de admissibilidade. Neste julgamento, os requisitos 
específicos do incidente foram verificados quanto às seguintes 
questões: i) juros remuneratórios; ii) configuração da mora; iii) 
juros moratórios; iv) inscrição/manutenção em cadastro de 
inadimplentes e v) disposições de ofício. PRELIMINAR O 
Parecer do MPF opinou pela suspensão do recurso até o 
julgamento definitivo da ADI 2.316/DF. Preliminar rejeitada ante 
a presunção de constitucionalidade do art. 5º da MP n.º 
1.963-17/00, reeditada sob o n.º 2.170-36/01. I - JULGAMENTO 
DAS QUESTÕES IDÊNTICAS QUE CARACTERIZAM A 
MULTIPLICIDADE. ORIENTAÇÃO 1 - JUROS REMUNERATÓRIOS 
a) As instituições financeiras não se sujeitam à limitação dos juros 
remuneratórios estipulada na Lei de Usura (Decreto 22.626/33), 
Súmula 596/STF; b) A estipulação de juros remuneratórios 
superiores a 12% ao ano, por si só, não indica abusividade; c) São 
inaplicáveis aos juros remuneratórios dos contratos de mútuo 
bancário as disposições do art. 591 c/c o art. 406 do CC/02; d) É 
admitida a revisão das taxas de juros remuneratórios em 
situações excepcionais, desde que caracterizada a relação de 
consumo e que a abusividade (capaz de colocar o consumidor em 
desvantagem exagerada ? art. 51, §1º, do CDC) fique cabalmente 
demonstrada, ante às peculiaridades do julgamento em concreto. 
ORIENTAÇÃO 2 - CONFIGURAÇÃO DA MORA a) O 
ATENÇÃO: MERO ROTEIRO RESUMIDO, 
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PRESTADAS EM SALA DE AULA E COM A LEITURA DA DOUTRINA. 
 
reconhecimento da abusividade nos encargos exigidos no período 
da normalidade contratual (juros remuneratórios e capitalização) 
descarateriza a mora; b) Não descaracteriza a mora o 
ajuizamento isolado de ação revisional, nem mesmo quando o 
reconhecimento de abusividade incidir sobre os encargos 
inerentes ao período de inadimplência contratual. ORIENTAÇÃO 3 
- JUROS MORATÓRIOS Nos contratos bancários, não-regidos por 
legislação específica, os juros moratórios poderão ser 
convencionados até o limite de 1% ao mês. ORIENTAÇÃO 4 - 
INSCRIÇÃO/MANUTENÇÃO EM CADASTRO DE INADIMPLENTES 
a) A abstenção da inscrição/manutenção em cadastro de 
inadimplentes, requerida em antecipação de tutela e/ou medida 
cautelar, somente será deferida se, cumulativamente: i) a ação for 
fundada em questionamento integral ou parcial do débito; ii) 
houver demonstração de que a cobrança indevida se funda na 
aparência do bom direito e em jurisprudência consolidada do STF 
ou STJ; iii) houver depósito da parcela incontroversa ou for 
prestada a caução fixada conforme o prudente arbítrio do juiz; 
b) A inscrição/manutenção do nome do devedor em cadastro de 
inadimplentes decidida na sentença ou no acórdão observará o 
que for decidido no mérito do processo. Caracterizada a mora, 
correta a inscrição/manutenção. ORIENTAÇÃO 5 - DISPOSIÇÕES 
DE OFÍCIO É vedado aos juízes de primeiro e segundo graus 
de jurisdição julgar, com fundamento no art. 51 do CDC, sem 
pedido expresso, a abusividade de cláusulas nos contratos 
bancários. Vencidos quanto a esta matéria a Min. Relatora e o 
Min. Luis Felipe Salomão. II- JULGAMENTO DO RECURSO 
REPRESENTATIVO (REsp 1.061.530/RS) A menção a artigo de lei, 
sem a demonstração das razões de inconformidade, impõe o 
não-conhecimento do recurso especial, em razão da sua deficiente 
fundamentação. Incidência da Súmula 284/STF. O recurso 
especial não constitui via adequada para o exame de temas 
constitucionais, sob pena de usurpação da competência do STF. 
Devem ser decotadas as disposições de ofício realizadas pelo 
acórdão recorrido. Os juros remuneratórios contratados 
encontram-se no limite que esta Corte tem considerado razoável 
e, sob a ótica do Direito do Consumidor, não merecem ser revistos, 
porquanto não demonstrada a onerosidade excessiva na hipótese. 
Verificada a cobrança de encargo abusivo no período da 
normalidade contratual, resta descaracterizada a mora do 
devedor. Afastada a mora: i) é ilegal o envio de dados do 
consumidor para quaisquer cadastros de inadimplência; ii) deve o 
consumidor permanecer na posse do bem alienado 
fiduciariamente e iii) não se admite o protesto do título 
representativo da dívida. Não há qualquer vedação legal à 
efetivação de depósitos parciais, segundo o que a parte entende 
devido. Não se conhece do recurso quanto à comissão de 
permanência, pois deficiente o fundamento no tocante à alínea "a" 
do permissivo constitucional e também pelo fato de o dissídio 
jurisprudencial não ter sido comprovado, mediante a realização 
do cotejo entre os julgados tidos como divergentes. Vencidos 
quanto ao conhecimento do recurso a Min. Relatora e o Min. 
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Carlos Fernando Mathias. Recurso especial parcialmente 
conhecido e, nesta parte, provido, para declarar a legalidade da 
cobrança dos juros remuneratórios, como pactuados, e ainda 
decotar do julgamento as disposições de ofício. Ônus 
sucumbenciais redistribuídos. (REsp 1061530/RS, Rel. Ministra 
NANCY ANDRIGHI, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 22/10/2008, 
DJe 10/03/2009) 
 
A COMISSÃO DE PERMANENCIA E A CORREÇÃO MONETARIA SÃO 
INACUMULAVEIS. (Súmula 30 STJ, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 
09/10/1991, DJ 18/10/1991, p. 14591) 
 
Não é potestativa a cláusula contratual que prevê a comissão de 
permanência, calculada pela taxa média de mercado apuradapelo 
Banco Central do Brasil, limitada à taxa do contrato. (Súmula 294 
STJ, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 12/05/2004, DJ 09/09/2004, p. 
148) 
 
Os juros remuneratórios, não cumuláveis com a comissão de 
permanência, são devidos no período de inadimplência, à taxa 
média de mercado estipulada pelo Banco Central do Brasil, 
limitada ao percentual contratado. (Súmula 296 STJ, SEGUNDA 
SEÇÃO, julgado em 12/05/2004, DJ 09/09/2004, p. 149) 
 
Nos contratos bancários não regidos por legislação específica, os 
juros moratórios poderão ser convencionados até o limite de 1% 
ao mês. (Súmula 379 STJ, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 
22/04/2009, DJe 24/05/2013, DJe 05/05/2009) 
 
A simples propositura da ação de revisão de contrato não inibe a 
caracterização da mora do autor. (Súmula 380 STJ, SEGUNDA 
SEÇÃO, julgado em 22/04/2009, DJe 24/05/2013, DJe 
05/05/2009) 
 
Nos contratos bancários, é vedado ao julgador conhecer, de ofício, 
da abusividade das cláusulas. (Súmula 381 STJ, SEGUNDA SEÇÃO, 
julgado em 22/04/2009, DJe 24/05/2013, DJe 05/05/2009) 
 
A estipulação de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano, 
por si só, não indica abusividade. (Súmula 382 STJ, SEGUNDA 
SEÇÃO, julgado em 27/05/2009, DJe 08/06/2009) 
 
CIVIL E PROCESSUAL. BANCÁRIO. CARTÃO DE CRÉDITO. TAXA 
DE JUROS REMUNERATÓRIOS. AUSÊNCIA DE PREVISÃO 
CONTRATUAL. TAXA MÉDIA DE MERCADO. PRECEDENTES. 
COMISSÃO DE PERMANÊNCIA. AFASTAMENTO EM FACE DA 
COBRANÇA DE DEMAIS ENCARGOS DA MORA (SÚMULAS 30, 
294 E 296 DO STJ). 1. A jurisprudência do STJ firmou seu 
posicionamento no sentido de que em não havendo pacto de juros 
remuneratórios, prevalece a taxa média de mercado (SEGUNDA 
SEÇÃO, REsp 1112880/PR, Rel. Min. Nancy Andrighi, DJe 
19.5.2010). 2. Nos termos das Súmulas 30, 294 e 296 do STJ, a 
ATENÇÃO: MERO ROTEIRO RESUMIDO, 
QUE DEVE SER COMPLEMENTADO COM AS INFORMAÇÕES 
PRESTADAS EM SALA DE AULA E COM A LEITURA DA DOUTRINA. 
 
comissão de permanência é inacumulável com os demais encargos 
da mora. 3. Agravo regimental parcialmente provido para permitir 
a cobrança dos juros remuneratórios à taxa média de mercado. 
(AgRg no Ag 1095350/SE, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, 
QUARTA TURMA, julgado em 06/10/2011, DJe 13/10/2011) 
 
DIREITO COMERCIAL E BANCÁRIO. CONTRATOS BANCÁRIOS 
SUJEITOS AO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. PRINCÍPIO 
DA BOA-FÉ OBJETIVA. COMISSÃO DE PERMANÊNCIA. VALIDADE 
DA CLÁUSULA. VERBAS INTEGRANTES. DECOTE DOS EXCESSOS. 
PRINCÍPIO DA CONSERVAÇÃO DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS. 
ARTIGOS 139 E 140 DO CÓDIGO CIVIL ALEMÃO. ARTIGO 170 DO 
CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO. 1. O princípio da boa-fé objetiva se 
aplica a todos os partícipes da relação obrigacional, inclusive 
daquela originada de relação de consumo. No que diz respeito ao 
devedor, a expectativa é a de que cumpra, no vencimento, a sua 
prestação. 2. Nos contratos bancários sujeitos ao Código de 
Defesa do Consumidor, é válida a cláusula que institui 
comissão de permanência para viger após o vencimento da 
dívida. 3. A importância cobrada a título de comissão de 
permanência não poderá ultrapassar a soma dos encargos 
remuneratórios e moratórios previstos no contrato, ou seja: 
a) juros remuneratórios à taxa média de mercado, não 
podendo ultrapassar o percentual contratado para o período 
de normalidade da operação; b) juros moratórios até o limite 
de 12% ao ano; e c) multa contratual limitada a 2% do valor 
da prestação, nos termos do art. 52, § 1º, do CDC. 4. 
Constatada abusividade dos encargos pactuados na cláusula 
de comissão de permanência, deverá o juiz decotá-los, 
preservando, tanto quanto possível, a vontade das partes 
manifestada na celebração do contrato, em homenagem ao 
princípio da conservação dos negócios jurídicos consagrado 
nos arts. 139 e 140 do Código Civil alemão e reproduzido no art. 
170 do Código Civil brasileiro. 5. A decretação de nulidade de 
cláusula contratual é medida excepcional, somente adotada se 
impossível o seu aproveitamento. 6. Recurso especial conhecido 
e parcialmente provido. (REsp 1058114/RS, Rel. Ministra NANCY 
ANDRIGHI, Rel. p/ Acórdão Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, 
SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 12/08/2009, DJe 16/11/2010) 
 
PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AUTORA QUE, 
INCIDENTALMENTE, DURANTE A TRAMITAÇÃO DA REVISIONAL 
DE CONTRATO FIRMADO COM A RÉ, PROCEDE A DEPÓSITOS, A 
TÍTULO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO, DE MONTANTES 
QUE ENTENDE DEVIDOS. SUPERVENIENTE JULGAMENTO DE 
IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO FORMULADO NA EXORDIAL. 
PRETENSÃO DA AUTORA DE LEVANTAR O VALOR DEPOSITADO. 
DESCABIMENTO. DEVER DA PARTE DE PROCEDER COM 
LEALDADE E BOA-FÉ. 1. De fato, assim como possui o credor a 
possibilidade de exigir o cumprimento da obrigação, também é 
facultado ao devedor tornar-se livre do vínculo obrigacional, 
constituindo a consignação em pagamento forma válida de 
ATENÇÃO: MERO ROTEIRO RESUMIDO, 
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PRESTADAS EM SALA DE AULA E COM A LEITURA DA DOUTRINA. 
 
extinção da obrigação, a teor do art. 334 do CC/2002. Dessarte, o 
depósito em consignação tem força de pagamento, e a tutela 
jurisdicional tem o fito de propiciar seja atendido o direito 
material do devedor de liberar-se da obrigação e obter quitação, 
tendo feição de instituto de direito material. 2. A consignação em 
pagamento, não obstante seja efetuada no interesse do autor, 
aproveita imediatamente ao réu, que pode, desde logo, levantar a 
quantia depositada, ainda que insuficiente. O depósito efetuado 
representa quitação parcial e produzirá os seus efeitos no plano 
do direito material, e, sob o enfoque processual, impedirá a 
repropositura pelo todo, admitindo a acionabilidade pelo resíduo 
não convertido. 3. Como a recorrente efetuou depósito de 
montantes incontroversos, com a finalidade de afastar a mora, 
enquanto discutia, em juízo, cláusulas do contrato, é inconcebível 
que venha requerer o levantamento do valor, que 
reconhecidamente deve, ao argumento de que terá a recorrida a 
faculdade de cobrar os valores devidos, em execução ou ação de 
cobrança. 4. Recurso especial não provido. (REsp 1160697/MG, 
Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado 
em 28/04/2015, DJe 26/05/2015) 
 
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO (ART. 544 DO CPC). AÇÃO DE 
REVISÃO DE CLÁUSULA CONTRATUAL CUMULADA COM 
PRETENSÃO CONSIGNATÓRIA DE CONSIGNAÇÃO EM 
PAGAMENTO DO VALOR QUE ENTENDE DEVIDO. PEDIDOS DE 
AFASTAMENTO DA MORA, MANUTENÇÃO NA POSSE DO BEM E 
DE EXCLUSÃO OU ABSTENÇÃO DE INCLUSÃO DO NOME DO 
DEVEDOR NOS SERVIÇOS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO. TUTELA 
ANTECIPADA. SÚM. 7/STJ. DEPÓSITO DO VALOR 
INCONTROVERSO. IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO NÃO PROVIDO. 1. 
Não se conhece do recurso especial interposto com base na alínea 
"c" do permissivo constitucional quando a divergência não é 
demonstrada nos termos em que exigido pela legislação 
processual de regência (art. 541, parágrafo único, do CPC, c/c art. 
255 do RISTJ). No caso, a recorrente não comprovou a existência 
de similitude fática e jurídica entre os arestos confrontados. 2. Os 
requisitos autorizadores da concessão de tutela antecipada, 
previstos no artigo 273 do Código de Processo Civil, bem como de 
medida liminar, traduzem matéria fática, devidamente aferida 
pelo juiz natural, sendo defeso ao Superior Tribunal de Justiça o 
reexame dos aludidos pressupostos, em face do óbice contido na 
Súmula 7/STJ. Precedentes. 3. "Se não foi reconhecida, na ação 
revisional em curso, a abusividade dos encargos pactuados para o 
período da normalidade, é de se entender que os valores 
depositados pelo recorrente não são suficientes. Impossível, dessa 
forma, ter por afastada a mora" (AgRg no REsp 1373600/MS, Rel. 
Ministro SIDNEI BENETI, TERCEIRA TURMA, julgado em 
14/05/2013, DJe 05/06/2013. 4. Agravo regimental não provido. 
(AgRg no AREsp 463.769/MS, Rel. Ministro LUIS FELIPE 
SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 22/05/2014,DJe 
04/06/2014) 
 
ATENÇÃO: MERO ROTEIRO RESUMIDO, 
QUE DEVE SER COMPLEMENTADO COM AS INFORMAÇÕES 
PRESTADAS EM SALA DE AULA E COM A LEITURA DA DOUTRINA. 
 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM 
PAGAMENTO. DISCUSSÃO DO VALOR DO DÉBITO. 
POSSIBILIDADE. 1. A jurisprudência desta Corte firmou-se no 
sentido de ser possível a discussão do valor do débito em sede de 
ação de consignação em pagamento, ainda que para tanto seja 
necessária a revisão de cláusulas contratuais. 2. Agravo 
regimental a que se nega provimento. (AgRg no REsp 1179034/RJ, 
Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado 
em 28/04/2015, DJe 05/05/2015) 
 
Agravo regimental. Recurso especial. Ação revisional de contrato, 
cumulada com pedido de consignação em pagamento. 
Precedentes. 1. Admite-se cumular ação de revisão contratual com 
pedido de consignação em pagamento das parcelas consideradas 
devidas. 2. Agravo regimental desprovido. (AgRg no REsp 
609.296/MG, Rel. Ministro CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO, 
TERCEIRA TURMA, julgado em 02/08/2005, DJ 24/10/2005, p. 
310) 
 
 
4.3) ESPÉCIES DE CONTRATOS BANCÁRIOS 
 
A) Típicos: exercem atividade bancária propriamente dita. Relacionam-se com o crédito. 
Subdivisão: contratos bancários próprios (depósito, mútuo, desconto etc) e contratos bancários 
impróprios (alienação fiduciária em garantia, arrendamento mercantil ou leasing, faturização 
(fomento mercantil ou factoring) e cartão de crédito. Existe outra subclassificação: 
contratos bancários passivos (banco assume a posição de devedor) e contratos bancários ativos 
(banco assume a posição de credor). 
 
B) Atípicos: prestação de serviços acessórios aos clientes. Praticam operações correlatas ou 
acessórias à atividade bancária, como, por exemplo, o aluguel de cofre para a guarda de valores. 
 
4.4) CONTRATOS BANCÁRIOS PRÓPRIOS 
 
4.4.1) CONTRATO DE DEPÓSITO BANCÁRIO 
 
A) CONCEITO 
✓ Contrato por meio do qual uma pessoa entrega ao banco uma determinada quantia em 
dinheiro, cabendo ao banco restituí-la na mesma espécie, em data predeterminada ou 
quando o depositante solicitar. 
✓ Refere-se à operação passiva do banco – banco é devedor. 
✓ Nome popular 
 
B) PARTES 
✓ Depositante (cliente) e depositário (banco). 
 
C) PROVEITO ECONÔMICO DO BANCO 
 
D) RESGATE DO VALOR 
✓ Emissão de cheque, realização de DOC/TED e cartão de débito. 
 
 
ATENÇÃO: MERO ROTEIRO RESUMIDO, 
QUE DEVE SER COMPLEMENTADO COM AS INFORMAÇÕES 
PRESTADAS EM SALA DE AULA E COM A LEITURA DA DOUTRINA. 
 
E) CARACTERÍSTICAS 
✓ contrato real 
 
F) ESPÉCIES 
• depósito à vista = restituição do valor deve ser imediata. 
• depósito a pré-aviso = a restituição solicitada deve ser feita em prazo contratualmente 
estipulado. 
• depósito a prazo fixo = restituição só pode ser solicitada após uma determinada data fixada 
no contrato (é o contrato de poupança). 
 
4.4.2) CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE 
 
A) CONCEITO 
✓ Contrato pelo qual o banco põe à disposição do cliente uma quantia determinada de 
dinheiro, que ele poderá utilizar caso necessite. 
✓ Nome popular 
 
B) CARACTERÍSTICAS 
✓ contrato real 
 
C) PROVEITO ECONÔMICO DO BANCO 
✓ juros remuneratórios 
 
C) DISCUSSÕES JUDICIAIS – SÚMULA DO STJ 
 
O contrato de abertura de crédito, ainda que acompanhado de 
extrato da conta-corrente, não é título executivo. (Súmula 233 
STJ, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 13/12/1999, DJ 08/02/2000, p. 
264) 
 
O contrato de abertura de crédito em conta-corrente, 
acompanhado do demonstrativo de débito, constitui documento 
hábil para o ajuizamento da ação monitória. (Súmula 247 STJ, 
SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 23/05/2001, DJ 05/06/2001, p. 
132) 
 
A nota promissória vinculada a contrato de abertura de crédito 
não goza de autonomia em razão da iliquidez do título que a 
originou. (Súmula 258 STJ, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 
12/09/2001, REPDJ 23/10/2001, p. 215, DJ 24/09/2001, p. 363) 
 
O instrumento de confissão de dívida, ainda que originário de 
contrato de abertura de crédito, constitui título executivo 
extrajudicial. (Súmula 300 STJ, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 
18/10/2004, DJ 22/11/2004, p. 425) 
 
Para a repetição de indébito, nos contratos de abertura de crédito 
em conta-corrente, não se exige a prova do erro. (Súmula 322 
STJ, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 23/11/2005, DJ 05/12/2005, p. 
410) 
 
ATENÇÃO: MERO ROTEIRO RESUMIDO, 
QUE DEVE SER COMPLEMENTADO COM AS INFORMAÇÕES 
PRESTADAS EM SALA DE AULA E COM A LEITURA DA DOUTRINA. 
 
A pactuação das tarifas de abertura de crédito (TAC) e de emissão 
de carnê (TEC), ou outra denominação para o mesmo fato gerador, 
é válida apenas nos contratos bancários anteriores ao início da 
vigência da Resolução-CMN n. 3.518/2007, em 30/4/2008. 
(Súmula 565 STJ, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 24/02/2016, DJe 
29/02/2016) 
 
 
4.4.3) CONTRATO DE MÚTUO 
 
A) CONCEITO 
✓ Contrato bancário por meio do qualo banco disponibiliza para o cliente determinada quantia 
cabendo a este pagar ao banco o valor correspondente, com os acréscimos legais, no prazo 
contratualmente estipulado. 
 
B) CARACTERÍSTICAS 
✓ contrato real 
✓ contrato unilateral = o banco não assume nenhuma responsabilidade perante o cliente. 
✓ contrato que consiste em uma operação ativa do banco. 
 
C) DISCUSSÕES JUDICIAIS 
✓ Estipulação de taxas de juros remuneratórios. 
✓ Súmula 26 STJ: “O avalista do título de crédito vinculado a contrato de mútuo também 
responde pelas obrigações pactuadas quando no contrato figurar como devedor solidário.” 
✓ Ação judicial competente para cobrança dos valores = ação de execução judicial. 
✓ Débito em conta das parcelas do contrato: limitado a 30% da renda do devedor. 
 
D) JURISPRUDÊNCIA 
ACÓRDÃO EMENTA: CONSUMIDOR – AGRAVO DE 
INSTRUMENTO – EMPRÉSTIMO BANCÁRIO – DESCONTO EM 
CONTA CORRENTE – POSSIBILIDADE – ENDIVIDAMENTO 
COMPATÍVEL COM A RENDA DO AGRAVANTE – ILEGALIDADE 
NÃO DEMONSTRADA – EXIBIÇÃO DOS CONTRATOS – URGÊNCIA 
NÃO VERIFICADA – LIMINAR REVOGADA – RECURSO 
IMPROVIDO 1. Se mostra possível a contratação de empréstimo 
bancário com previsão de desconto das parcelas diretamente da 
conta-corrente do tomador, modalidade esta que via de regra 
permite o acesso a taxas de juros mais vantajosas para o cliente. 
2. Segundo os extratos bancários juntados aos autos, as parcelas 
de empréstimo descontadas mensalmente na conta-corrente do 
agravado equivalem a montante inferior àquele de 30% 
admitido por nossos Tribunais. 3. No tocante aos descontos 
procedidos pelo banco sob a rubrica “recuperação de crédito”, 
cumpre pontuar que, em princípio, a referida prática não se 
mostra ilegal ou abusiva, considerando que cumpre ao tomador 
do empréstimo, na data avençada para o pagamento da parcela, 
disponibilizar o numerário respectivo, conforme reconhecido 
pela jurisprudência pátria. 4. Existem nos autos elementos que 
revelam que o endividamento atual do agravante decorre de um 
longo processo de má gestão dos seus recursos financeiros ao 
longo do tempo, e não oriundo de um evento único e 
imprevisível, circunstância esta, que em princípio, afasta a 
ATENÇÃO: MERO ROTEIRO RESUMIDO, 
QUE DEVE SER COMPLEMENTADO COM AS INFORMAÇÕES 
PRESTADAS EM SALA DE AULA E COM A LEITURA DA DOUTRINA. 
 
urgência da medida pleiteada. 5. No que se refere ao pedido da 
pronta exibição dos contratos firmados entre o agravante e a 
instituição bancária agravada, não se observa a lesão grave e de 
difícil reparação a que estaria sujeito aquele em virtude da não 
apresentação dos respectivos instrumentos neste momento 
processual. 6. Recurso conhecido e improvido. Liminar revogada. 
(TJES, Classe: Agravo de Instrumento, 35159003660, Relator : 
FERNANDO ESTEVAM BRAVIN RUY, Órgão julgador: SEGUNDA 
CÂMARA CÍVEL, Data de Julgamento: 17/11/2015, Data daPublicação no Diário: 25/11/2015) 
 
AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO 
ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. CONTRATO DE ABERTURA DE 
CRÉDITO FIXO. TÍTULO APTO A EMBASAR A EXECUÇÃO. 
REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 7-STJ. 1. A 
jurisprudência desta Corte orienta que o contrato de mútuo 
bancário ou de abertura de crédito fixo, com disponibilização de 
valor e prazo de pagamento determinados, constitui título apto a 
embasar demanda executiva. 2. "Assentado pela instância 
ordinária que o título executivo que alicerça a ação de execução 
é um contrato bancário de crédito fixo, inviável, nesta instância 
especial, o reconhecimento de que se trata de um contrato de 
abertura de crédito rotativo (Súmula nº 7/STJ)" (AgRg no AREsp 
161.990/SP, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, 
julgado em 18/11/2014, DJe 24/11/2014). 3. Agravo regimental a que se nega 
provimento. (AgRg no AgRg no REsp 1141470/SP, Rel. Ministra MARIA ISABEL 
GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em 06/08/2015, DJe 13/08/2015) 
 
4.4.4) CONTRATO DE DESCONTO BANCÁRIO 
 
A) CONCEITO 
“Contrato por meio do qual o banco antecipa ao cliente um crédito por ele titularizado, mas 
ainda não vencido, descontando do valor principal os juros, comissão e despesas pela 
antecipação” (Thiago Ferreira Cardoso Neves) 
 
B) IMPORTÂNCIA DO CONTRATO PARA O EMPRESÁRIO 
 
C) MODUS OPERANDI 
✓ antecipação de crédito transferência dos títulos em favor do banco – endosso próprio 
✓ cobrança do crédito junto ao emitente 
 
D) PROVEITO ECONÔMICO DO BANCO 
✓ deságio 
 
E) CARACTERÍSTICAS DO CONTRATO 
✓ contrato real 
✓ contrato bilateral 
 
F) RESPONSABILIDADE PELO INADIMPLEMENTO DO TÍTULO 
✓ Opções do banco: 
a) cobrança judicial em face do emitente do título; 
b) cobrança judicial em face do endossante com base na titularidade do título – necessidade 
de protesto cambial; 
ATENÇÃO: MERO ROTEIRO RESUMIDO, 
QUE DEVE SER COMPLEMENTADO COM AS INFORMAÇÕES 
PRESTADAS EM SALA DE AULA E COM A LEITURA DA DOUTRINA. 
 
c) cobrança judicial em face do endossante com fundamento no contrato de desconto – 
protesto facultativo. 
 
G) JURISPRUDÊNCIA 
APELAÇÃO CÍVEL- AÇÃO ORDINÁRIA DE COBRANÇA JULGADA 
IMPROCEDENTE - RECURSO VISANDO A PROCEDÊNCIA DA 
AÇÃO- CONTRATO DE DESCONTO BANCÁRIO- DOCUMENTOS 
APTOS A COMPROVAR O CRÉDITO - RECURSO PROVIDO. O 
contrato de desconto bancário é a operação pela qual o cliente 
transfere ao banco títulos de responsabilidade de terceiros, e 
recebe em troca o valor correspondente, deduzida a 
remuneração do financiador. Pelo contrato de desconto 
bancário, o cliente sacador - credor originário do titulo - 
compromete-se a efetuar o pagamento, na hipótese do sacado 
não honrar a obrigação assumida. É da praxe bancária em 
operações de desconto de títulos, a autorização passada pelo 
endossante em contrato, para que a instituição bancária, diante 
da inadimplência do sacado, proceda ao débito em conta 
corrente do endossante. Evidenciado que a devedora, mediante 
regular operação bancária de desconto de duplicatas, teve creditado na 
sua conta corrente determinada quantia em dinheiro, obrigando-se a 
quitá-la em caso de não pagamento dos títulos descontados no seu 
vencimento, impõe-se a procedência da ação de cobrança que foi 
proposta com o fito de compeli-la a cumprir a obrigação assumida. 
(TJ-PR - AC: 1491574 PR Apelação Cível - 0149157-4, Relator: Roberto 
De Vicente, Data de Julgamento: 09/11/2004, 5ª Câmara Cível, Data de 
Publicação: 29/11/2004 DJ: 6755) 
AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO 
ESPECIAL. DIREITO EMPRESARIAL. DUPLICATA SEM CAUSA. 
ENDOSSO-TRANSLATIVO. PROTESTO INDEVIDO. AÇÃO 
ANULATÓRIA. LEGITIMIDADE PASSIVA DA INSTITUIÇÃO 
FINANCEIRA. REEXAME DE FATOS E PROVAS. 
INADMISSIBILIDADE. PREQUESTIONAMENTO. AUSENTE. DANO 
MORAL. QUANTUM INDENIZATÓRIO RAZOÁVEL. 1. A instituição 
financeira endossatária de duplicata sem causa responde 
perante o sacado no caso de protesto indevido nas hipóteses de 
endosso-translativo, possuindo legitimidade passiva para a ação 
de anulação do título e cancelamento do protesto. Precedentes 
específicos desta Corte. 2. Não conhecimento do recurso especial 
quando a decisão recorrida deixa de se manifestar acerca da 
questão federal suscitada. Súmulas 282 do STF e 211 do STJ. 3. A 
modificação do quantum fixado a título de compensação por 
danos morais só é feita em sede de recurso especial quando seja 
irrisório ou exagerado. 4. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 
(AgRg no Ag 1345770/SC, Rel. Ministro PAULO DE TARSO 
SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA, julgado em 28/02/2012, DJe 
07/03/2012) 
 
 
 
 
 
ATENÇÃO: MERO ROTEIRO RESUMIDO, 
QUE DEVE SER COMPLEMENTADO COM AS INFORMAÇÕES 
PRESTADAS EM SALA DE AULA E COM A LEITURA DA DOUTRINA. 
 
4.5) CONTRATOS BANCÁRIOS IMPRÓPRIOS 
 
4.5.1) CONTRATO DE ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA EM GARANTIA 
 
A) CONCEITO 
“O contrato de alienação fiduciária em garantia é um contrato instrumental em que uma das 
partes, em confiança, aliena a outra a propriedade de um determinado bem, móvel ou imóvel, 
ficando esta parte (uma instituição financeira, em regra) obrigada a devolver àquela o bem que 
lhe foi alienado quando verificada a ocorrência de determinado fato.” (André Luiz Santa Cruz 
Ramos) 
 
B) PARTES 
✓ Credor-fiduciário (instituição financeira) 
✓ Devedor-fiduciante 
 
C) MODUS OPERANDI 
✓ Bem a ser adquirido 
✓ Bem já de propriedade do devedor-fiduciante (Súmula 28 STJ). 
 
D) CARACTERÍSTICAS DO CONTRATO 
✓ Contrato típico. 
✓ Contrato instrumental – geralmente associado ao contrato de mútuo. 
✓ Necessário registro do seu instrumento público ou particular no órgão competente, sob pena 
de não valer contra terceiros: 
1) se bem imóvel = CRGI; 
2) se bem móvel não veículo = cartório de registro de títulos e documentos (CC, 1361, §1º); 
3) se veículo automotor = DETRAN ou CIRETRAN – Súmula 92 STJ. 
 
E) ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE BEM MÓVEL INFUNGÍVEL 
 
E.1) REGULAMENTAÇÃO 
✓ Regulamentação material: artigos 1361 a 1368 CC 2002. 
✓ Regulamentação processual: Decreto-lei nº911/69. 
 
E.2) CONSTITUIÇÃO DA PROPRIEDADE FIDUCIÁRIA 
✓ Requisito de eficácia perante terceiros da constituição da propriedade resolúvel: registro do 
contrato no Cartório de Registro de Títulos e Documentos do domicílio do devedor - 
instrumento público ou particular. (artigo 1361, § 1º CC). 
✓ Efeitos da constituição da propriedade resolúvel: desdobramento da posse – o 
devedor-fiduciante detém a posse direta e o credor-fiduciário detém a propriedade resolúvel 
e a posse indireta (artigo 1361, § 2º CC). 
✓ Se objeto veículo automotor: registro do contrato no DETRAN ou CIRETRAN – anotação do 
ônus no Certificado de Registro do Veículo - propriedade do veículo é da instituição 
financeira e não do possuidor (Súmula 92 STJ). 
 
E.3) CONTRATO 
✓ Dados do contrato: 
• valor total da dívida ou estimativa 
• prazo de pagamento 
• taxa de juros se houver 
• descrição da coisa objeto da transferência já que o bem é móvel infungível (artigo 1362 CC) 
 
ATENÇÃO: MERO ROTEIRO RESUMIDO, 
QUE DEVE SER COMPLEMENTADO COM AS INFORMAÇÕES 
PRESTADAS EM SALA DE AULA E COM A LEITURA DA DOUTRINA. 
 
E.4) OBRIGAÇÕES DO DEVEDOR-FIDUCIANTE 
• usar o bem de acordo com sua destinação 
• guardar e conservar a coisa por conta da sua condição de depositário 
• empregar as diligências necessárias para a guarda do bem 
• pagar as prestações do contrato de mútuo 
 
E.5) DÍVIDA VENCIDA E NÃO PAGA, MAS BEM RETOMADO EXTRAJUDICIALMENTE – 
PROVIDÊNCIAS DO CREDOR-FIDUCIÁRIO 
✓ Vender obrigatoriamente o bem a terceiro – artigo 1365 CC – nulidade cláusula em 
contrário. 
✓ Aplicar o preço auferido no pagamento do seu crédito e das despesas da cobrança. 
✓ Entregar o saldo, se houver, ao devedor (artigo 1364 CC). 
 
E.6) DÍVIDA VENCIDA E NÃO PAGA E BEM NÃO DEVOLVIDOEXTRAJUDICIALMENTE – 
PROVIDÊNCIAS DO CREDOR-FIDUCIÁRIO 
✓ Ação de busca e apreensão – Decreto-lei nº911/69. 
✓ Exigência prévia: constituir em mora o devedor – comprovação da mora – efeitos da mora. 
✓ Petição inicial ação e busca e apreensão. 
✓ Condições para concessão de pedido liminar na ação de busca e apreensão: comprovação da 
constituição em mora - notificação extrajudicial ou protesto - Súmulas 72 e 245 STJ – não há 
exigência de parcelas mínimas em atraso (REsp 1255179/RJ). 
✓ Pedido liminar concedido e apreendido o bem: 
• citação do devedor para pagar em 5 dias as prestações vencidas e vincendas; 
• se não realizado pagamento: consolida-se a propriedade e a posse plena e exclusiva do 
bem no patrimônio do credor, devendo a autoridade competente emitir novo documento no 
nome do credor e sem o ônus da propriedade fiduciária; 
• venda do bem – valor apurado – saldo devedor (Súmula 384 STJ). 
✓ Pedido liminar concedido e bem não localizado: 
• conversão da ação de busca e apreensão em ação de depósito (rito CPC) 
• antes havia possibilidade da prisão do devedor-fiduciante como depósito infiel 
• atualmente, STF entende que não cabe mais a prisão do depositário infiel. 
 
✓ Defesa devedor-fiduciante na ação de busca e apreensão: 
• 15 dias a contar da juntada do mandado de citação cumprido (REsp 1321052/MG, Rel. 
Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 16/08/2016, DJe 
26/08/2016); 
• Teoria do adimplemento substancial admitida com reservas (REsp 1255179/RJ, Rel. 
Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 25/08/2015, DJe 
18/11/2015); 
• Possibilidade de discussão judicial das cláusulas contratuais (AgRg no REsp 
1573729/SP, Rel. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA, QUARTA TURMA, julgado em 
23/02/2016, DJe 01/03/2016). 
 
E.7) ASPECTOS PENAIS 
✓ Artigo 168 CP – apropriação indébita. 
✓ Artigo 171,§2º, I, do CP – dispor de coisa alheia como própria. 
 
F) ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE BEM IMÓVEL 
✓ Regulamentação: artigos 22 e 23 da lei nº9514/97. 
✓ Constituição da alienação fiduciária: registro do contrato no CRGI. 
✓ Efeitos da constituição da alienação fiduciária: desdobramento da posse - devedor-fiduciante 
ATENÇÃO: MERO ROTEIRO RESUMIDO, 
QUE DEVE SER COMPLEMENTADO COM AS INFORMAÇÕES 
PRESTADAS EM SALA DE AULA E COM A LEITURA DA DOUTRINA. 
 
possuidor direto e o credor-fiduciário o possuidor indireto. 
✓ Com a quitação do contrato: resolve-se a propriedade fiduciária do imóvel, passando o bem a 
ser de propriedade do devedor-fiduciante. Com o documento de quitação emitido pelo 
credor-fiduciário o oficial do CRGI levantará a restrição existente na matrícula deste imóvel. 
✓ Se vencida e não paga a dívida: a propriedade fiduciária se consolida em nome do 
credor-fiduciário e tal situação é averbada no CRGI. Com isso, cabe ao credor-fiduciário 
promover o LEILÃO PÚBLICO para alienação do bem no prazo de 30 dias a contar da data da 
averbação no CRGI. Os recursos arrecados com a venda do bem serão usados para a 
quitação da dívida perante o credor-fiduciário. Havendo algum saldo, ele será repassado 
ao devedor-fiduciante. 
 
G) JURISPRUDÊNCIA 
 
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. 
ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. BUSCA E APREENSÃO. MORA. 
COMPROVAÇÃO. AUSÊNCIA. NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL. NÃO 
OCORRÊNCIA. REVISÃO DO JULGADO. APLICAÇÃO DA SÚMULA 
7/STJ. AGRAVO IMPROVIDO. 1. Nos contratos de alienação 
fiduciária em garantia regidos pelo Decreto-Lei n. 911/1969, a 
mora se configura automaticamente quando vencido o prazo para 
o pagamento (mora ex re), mas o deferimento da busca e 
apreensão tem como pressuposto a comprovação desse fato por 
meio de notificação extrajudicial do devedor fiduciante. Súmula n. 
72 do STJ. 2. Para a comprovação da mora é imprescindível que a 
notificação extrajudicial seja encaminhada ao endereço do 
devedor, ainda que seja dispensável a notificação pessoal. 
Precedentes. 3. Nas hipóteses em que o Tribunal a quo assenta a 
premissa fática de que a notificação não foi entregue no endereço 
da devedora, é impossível modificar-se esse entendimento em 
recurso especial, para concluir pela comprovação da mora, em 
atenção ao enunciado n. 7 da Súmula do STJ. 4. Agravo interno a 
que se nega provimento. (AgInt no AREsp 876.487/PR, Rel. 
Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado 
em 15/09/2016, DJe 26/09/2016) 
 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. BANCÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL 
NO RECURSO ESPECIAL. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA EM GARANTIA. 
AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO. DISCUSSÃO DE CLÁUSULAS 
CONTRATUAIS. POSSIBILIDADE. DECISÃO MANTIDA. 1. A 
Segunda Seção consolidou entendimento afirmando ser "possível 
a discussão sobre a legalidade de cláusulas contratuais como 
matéria de defesa na ação de busca e apreensão" (REsp n. 
267.758/MG, Relator Ministro ARI PARGENDLER, Relator para 
Acórdão Ministro ALDIR PASSARINHO JUNIOR, SEGUNDA SEÇÃO, 
julgado em 27/4/2005, DJ 22/6/2005, p. 222). 2. Agravo 
regimental a que se nega provimento. (AgRg no REsp 
1573729/SP, Rel. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA, QUARTA 
TURMA, julgado em 23/02/2016, DJe 01/03/2016) 
 
 
 
ATENÇÃO: MERO ROTEIRO RESUMIDO, 
QUE DEVE SER COMPLEMENTADO COM AS INFORMAÇÕES 
PRESTADAS EM SALA DE AULA E COM A LEITURA DA DOUTRINA. 
 
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. 
AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO. NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL. 
VALIDADE. REEXAME DE FATOS. SÚMULA Nº 7/STJ. PURGAÇÃO 
DA MORA. NÃO CABIMENTO. PAGAMENTO DA INTEGRALIDADE 
DO DÉBITO. DECRETO-LEI Nº 911/1969, COM REDAÇÃO DADA 
PELA LEI Nº 10.931/2004. DISPOSITIVO LEGAL VIOLADO. 
AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO. SÚMULA Nº 284/STF. DISSÍDIO NÃO 
DEMONSTRADO. 1. A notificação extrajudicial realizada e 
entregue no endereço do devedor é válida quando realizada por 
Cartório de Títulos e Documentos de outra comarca, mesmo que 
não seja aquele do domicílio do devedor. Precedentes. 2. Rever 
questão decidida com base no exame das circunstâncias fáticas da 
causa esbarra no óbice da Súmula nº 7 do Superior Tribunal de 
Justiça. 3. A jurisprudência da Segunda Seção, no julgamento do 
REsp nº 1.418.593/MS, DJe 27/5/2014, da relatoria do Ministro 
Luiz Felipe Salomão, consolidou o entendimento de que a 
purgação da mora somente se dará com o pagamento da 
integralidade, ou seja, as parcelas vencidas e vincendas da dívida. 
4. Se nas razões de recurso especial não há sequer a indicação de 
qual dispositivo legal teria sido malferido, com a consequente 
demonstração da eventual ofensa à legislação infraconstitucional, 
aplica-se, por analogia, o óbice contido na Súmula nº 284 do 
Supremo Tribunal Federal. 5. A divergência jurisprudencial, nos 
termos do art. 541, parágrafo único, do CPC/1973 e do art. 255, § 
1º, do RISTJ, exige comprovação e demonstração, esta, em 
qualquer caso, com a transcrição dos julgados que configurem o 
dissídio, a evidenciar a similitude fática entre os casos pontados e 
a divergência de interpretações, o que não restou evidenciado na 
espécie. 6. Agravo regimental não provido. (AgRg no AREsp 
786.714/SP, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, 
TERCEIRA TURMA, julgado em 14/06/2016, DJe 20/06/2016) 
 
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. 
CONTRATO DE ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. BUSCA E APREENSÃO. 
NOTIFICAÇÃO. SÚMULA Nº 7/STJ. PURGAÇÃO DA MORA. 
INSUBSISTÊNCIA DA SÚMULA Nº 284/STJ. LEI Nº 10.931/2004 QUE 
ALTEROU O DECRETO-LEI Nº 911/69. 1. Sob a nova sistemática legal, 
após decorrido o prazo de 5 (cinco) dias, contados da execução 
liminar, a propriedade do bem fica consolidada com o credor 
fiduciário, cabendo ao devedor efetuar o pagamento da 
integralidade do débito remanescentes para fins de obter a 
restituição do bem livre de ônus. 2. O tribunal de origem, 
apreciando a prova dos autos, concluiu pela validade da notificação 
do devedor, premissa cuja alteração é inviável por demandar 
incursãono acervo fático-probatório dos autos, a teor inclusive do 
óbice da Súmula nº 7/STJ 3. Agravo regimental não provido. (AgRg no 
AREsp 521.506/MS, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, 
TERCEIRA TURMA, julgado em 18/06/2015, DJe 03/08/2015) 
 
Cabe ação monitória para haver saldo remanescente oriundo de 
venda extrajudicial de bem alienado fiduciariamente em garantia. 
(Súmula 384 STJ, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 27/05/2009, DJe 
08/06/2009) 
ATENÇÃO: MERO ROTEIRO RESUMIDO, 
QUE DEVE SER COMPLEMENTADO COM AS INFORMAÇÕES 
PRESTADAS EM SALA DE AULA E COM A LEITURA DA DOUTRINA. 
 
EMENTA: PRISÃO CIVIL. Depósito. Depositário infiel. Alienação 
fiduciária. Decretação da medida coercitiva. Inadmissibilidade 
absoluta. Insubsistência da previsão constitucional e das normas 
subalternas. Interpretação do art. 5º, inc. LXVII e §§ 1º, 2º e 3º, da CF, 
à luz do art. 7º, § 7, da Convenção Americana de Direitos Humanos 
(Pacto de San José da Costa Rica). Recurso improvido. Julgamento 
conjunto do RE nº 349.703 e dos HCs nº 87.585 e nº 92.566. É ilícita a 
prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do 
depósito. (RE 466343, Relator(a): Min. CEZAR PELUSO, Tribunal 
Pleno, julgado em 03/12/2008, REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO 
DJe-104 DIVULG 04-06-2009 PUBLIC 05-06-2009 EMENT 
VOL-02363-06 PP-01106 RTJ VOL-00210-02 PP-00745 RDECTRAB v. 
17, n. 186, 2010, p. 29-165) 
 
DEPOSITÁRIO INFIEL - PRISÃO. A subscrição pelo Brasil do Pacto de 
São José da Costa Rica, limitando a prisão civil por dívida ao 
descumprimento inescusável de prestação alimentícia, implicou a 
derrogação das normas estritamente legais referentes à prisão do 
depositário infiel. (HC 87585, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, 
Tribunal Pleno, julgado em 03/12/2008, DJe-118 DIVULG 
25-06-2009 PUBLIC 26-06-2009 EMENT VOL-02366-02 PP-00237) 
 
Súmula Vinculante 25 STF - É ilícita a prisão civil de depositário infiel, 
qualquer que seja a modalidade do depósito. 
 
 
4.6) CONTRATO DE ARRENDAMENTO MERCANTIL OU LEASING 
 
A) DEFINIÇÃO 
É o contrato segundo o qual uma PESSOA JURÍDICA arrenda a uma pessoa física ou jurídica, por 
tempo determinado, um bem comprado pela primeira de acordo com as indicações da segunda, 
cabendo ao arrendatário a opção de adquirir o bem arrendado findo o contrato, mediante um 
preço residual previamente fixado. 
 
B) PARTES 
✓ Arrendadora: PJ do tipo S/A ou instituições financeiras – autorização pelo poder executivo 
federal, conforme normas do Banco Central – obrigatória expressão “arrendamento 
mercantil” na denominação. 
✓ Arrendatária: PF ou PJ – cliente. 
 
 
C) FINALIDADE 
✓ Locar bem geralmente de fácil depreciação financeira. 
 
D) OBJETO 
✓ Bem móvel ou imóvel. 
 
E) DESDOBRAMENTO DA POSSE 
✓ Arrendador: propriedade e posse indireta. 
✓ Arrendatário: posse direta. 
 
 
ATENÇÃO: MERO ROTEIRO RESUMIDO, 
QUE DEVE SER COMPLEMENTADO COM AS INFORMAÇÕES 
PRESTADAS EM SALA DE AULA E COM A LEITURA DA DOUTRINA. 
 
F) OPÇÕES AO FINAL DO CONTRATO 
• comprar o bem por um preço residual anteriormente pactuado; 
• devolver o bem ao arrendador e com isso o bem será vendido para com o valor pagar o 
residual e se houver sobra devolvê-la ao devedor; 
• pleitear a renovação do contrato mediante nova remuneração. 
 
G) VALOR RESIDUAL GARANTIDO – VRG 
• Conceito 
• Evolução jurisprudência STJ 
• Para o fisco era interessante descaracterizar o contrato de leasing porque assim deixaria de 
haver os incentivos fiscais concedidos ao arrendador. 
 
H) ESPÉCIES DE LEASING 
• Leasing financeiro ou financial leasing – é a modalidade pura de arrendamento 
mercantil. Envolve 3 partes: arrendatária (PF ou PJ) que é quem indica o bem a ser 
comprado e que fará seu uso através de pagamentos periódicos, com opção final de 
compra, devolução ou renovação; a arrendadora (sempre PJ) que é quem compra o bem 
e o aluga à arrendatária; a empresa fornecedora do bem, de quem a arrendadora adquire 
o objeto. Nesta modalidade é preciso que as prestações referentes à locação sejam 
suficientes para a arrendadora recuperar o custo de aquisição do bem, de modo que a 
opção de compra é feita por importância pequena. 
• Leasing operacional ou renting – é a espécie de contrato em que o objeto já pertence à 
empresa arrendadora, que o aluga à arrendatária. Esta se obriga ao pagamento de 
prestações pela locação, enquanto a arrendadora se compromete a dar assistência 
técnica. Nesta modalidade os objetos têm vida útil mais curta e os riscos de o bem se 
tornar obsoleto correm por conta da arrendadora. Neste contrato, de acordo com a 
Resolução 2309/96 do BACEN, o valor total das parcelas não pode ultrapassar 75% do 
custo do bem, de forma que o valor a ser pago, em caso de opção de compra, costuma ser 
considerável (diferença com o leasing financeiro). 
• Leasing back ou leasing de retorno – nesta espécie o proprietário do bem vende-o à 
arrendadora que por sua vez arrenda o bem ao antigo proprietário que passa a ser o 
arrendatário. Acontece quando o arrendatário necessita de capital de giro. Neste 
contrato existe também a possibilidade de reaquisição do bem ao final do contrato. 
 
 
I) INADIMPLEMENTO 
✓ Ação de reintegração de posse cumulada com cobrança das parcelas vencidas. 
✓ Providência prévia ao ajuizamento da ação: notificação extrajudicial. 
 
 
J) EXTINÇÃO 
✓ Decurso do prazo com a devolução do bem pelo arrendatário 
✓ Compra do bem pelo arrendatário 
✓ Inadimplemento do arrendatário 
✓ Falência da arrendadora 
 
 
L) CONTRATO DE ARRENDAMENTO MERCANTIL/LEASING X CONTRATO DE ALIENAÇÃO 
FIDUCIÁRIA EM GARANTIA 
✓ Leasing = locação com opção de compra – ação de reintegração de posse. 
✓ Alienação fiduciária em garantia = compra e venda com garantia – ação de busca e 
apreensão. 
ATENÇÃO: MERO ROTEIRO RESUMIDO, 
QUE DEVE SER COMPLEMENTADO COM AS INFORMAÇÕES 
PRESTADAS EM SALA DE AULA E COM A LEITURA DA DOUTRINA. 
 
M) DISCUSSÕES JUDICIAIS E JURISPRUDÊNCIA STJ 
 
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. 
ARRENDAMENTO MERCANTIL (LEASING). AÇÃO DE 
REINTEGRAÇÃO DE POSSE. SÚMULA N. 369 DO STJ. AUSÊNCIA DE 
COMPROVAÇÃO DA MORA. NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL QUE 
NÃO CHEGOU A SER ENTREGUE. SÚMULA N. 7 DO STJ. 
PRECEDENTE. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. 1. Segundo o 
enunciado n. 369 da Súmula do STJ, "no contrato de arrendamento 
mercantil (leasing), ainda que haja cláusula resolutiva expressa, é 
necessária a notificação prévia do arrendatário para constituí-lo 
em mora". Antes das alterações promovidas pela Lei n. 
13.043/2014 ao Decreto-lei n. 911/1969, essa comprovação da 
mora poderia ser efetuada alternativamente por dois meios 
distintos: i) por carta registrada expedida por intermédio de 
Cartório de Títulos e Documentos; ou ii) pelo protesto do título, 
realizado pelo Tabelionato de Protesto. 2. Nas hipóteses em que o 
acórdão recorrido estabelece, como premissa fática, que a 
notificação não chegou a ser entregue, a pretensão recursal 
esbarra no enunciado n. 7 da Súmula do STJ, porque a modificação 
do aresto impugnado exigiria a formação de nova convicção 
acerca desse aspecto fático, a partir do reexame das provas, o que 
é vedado em recurso especial. Precedentes. 3. Agravo regimental a 
que se nega provimento. (AgRg no AREsp 777.003/PR, Rel. 
Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado 
em 02/02/2016, DJe 05/02/2016) 
 
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. 
ARRENDAMENTO MERCANTIL (LEASING). RESCISÃO 
CONTRATUAL. VALOR RESIDUAL GARANTIDO (VRG) PAGO 
ANTECIPADAMENTE. DEVOLUÇÃO. RECURSO ESPECIAL 
REPETITIVO 1.099.212/RJ. AGRAVO PARCIALMENTE PROVIDO. 1. 
A Segunda Seção desta Corte já se posicionou no sentido de que: 
"Nas ações de reintegração de posse motivadas por 
inadimplemento de arrendamento mercantil financeiro, quando o 
produto da soma do VRG quitadocom o valor da venda do bem for 
maior que o total pactuado como VRG na contratação, será direito 
do arrendatário receber a diferença, cabendo, porém, se 
estipulado no contrato, o prévio desconto de outras despesas ou 
encargos contratuais." (REsp 1.099.212/RJ, Rel. Ministro 
MASSAMI UYEDA, Rel. p/ acórdão Ministro RICARDO VILLAS 
BÔAS CUEVA, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 27/2/2013, DJe de 
4/4/2013). 2. In casu, diante do inadimplemento do arrendatário 
e da rescisão do contrato, sem posterior opção de aquisição do 
bem arrendado, o col. Tribunal a quo condenou o banco a devolver 
as quantias relativas ao VRG, pagas antecipadamente. Todavia, na 
devolução dos referidos valores, deve-se observar as condições 
fixadas no julgamento do Recurso Especial 1.099.212/RJ. 3. 
Agravo regimental parcialmente provido. (AgRg no AREsp 
372.844/RJ, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, 
julgado em 06/08/2015, DJe 24/08/2015) 
ATENÇÃO: MERO ROTEIRO RESUMIDO, 
QUE DEVE SER COMPLEMENTADO COM AS INFORMAÇÕES 
PRESTADAS EM SALA DE AULA E COM A LEITURA DA DOUTRINA. 
 
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO AO 
ART. 535 DO CPC. CONTRATO DE ARRENDAMENTO MERCANTIL. 
CONCENTRAÇÃO DO PAGAMENTO NAS PRIMEIRAS PARCELAS. 
NÃO DESCARACTERIZAÇÃO DO LEASING. ENTENDIMENTO 
PACÍFICO DESTA CORTE SUPERIOR. 1. Não ocorre ofensa ao art. 
535 do CPC, quando o Tribunal de origem dirime, 
fundamentadamente, as questões que lhe são submetidas, 
apreciando integralmente a controvérsia posta nos presentes 
autos. 2. É pacífico o entendimento da Primeira Seção do Superior 
Tribunal de Justiça no sentido de que a existência de concentração 
no pagamento das primeiras prestações, acarretando um menor 
resíduo em aberto, não descaracteriza, por si só, o instituto do 
arrendamento mercantil (leasing). Precedente: REsp 959.387/RJ, 
Rel. Ministra Denise Arruda, Rel. p/ Acórdão Ministro Luiz Fux, 
Primeira Turma, DJe 24/08/2009. 3. Agravo regimental a que se 
nega provimento. (AgRg no Ag 1432504/MG, Rel. Ministro 
SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 26/08/2014, DJe 
02/09/2014) 
 
SÚMULA 263 - A COBRANÇA ANTECIPADA DO VALOR RESIDUAL 
(VRG) DESCARACTERIZA O CONTRATO DE ARRENDAMENTO 
MERCANTIL, TRANSFORMANDO-O EM COMPRA E VENDA A 
PRESTAÇÃO. (SÚMULA 263, SEGUNDA SEÇÃO, JULGADO EM 
08/05/2002, DJ 20/05/2002, P. 188) CANCELAMENTO DA 
SÚMULA: A SEGUNDA SEÇÃO, NA SESSÃO DE 10/09/2003, AO 
JULGAR O RESP 443.143/GO, DETERMINOU O CANCELAMENTO 
DA SÚMULA 263 DO STJ (DJ 24/09/2003, P. 216). 
 
SÚMULA 293 - A COBRANÇA ANTECIPADA DO VALOR RESIDUAL 
GARANTIDO (VRG) NÃO DESCARACTERIZA O CONTRATO DE 
ARRENDAMENTO MERCANTIL. (SÚMULA 293, CORTE ESPECIAL, 
JULGADO EM 05/05/2004, DJ 13/05/2004 P. 183) 
 
SÚMULA 369 - NO CONTRATO DE ARRENDAMENTO MERCANTIL 
(LEASING), AINDA QUE HAJA CLÁUSULA RESOLUTIVA EXPRESSA, 
É NECESSÁRIA A NOTIFICAÇÃO PRÉVIA DO ARRENDATÁRIO 
PARA CONSTITUÍ-LO EM MORA. (SÚMULA 369, SEGUNDA SEÇÃO, 
JULGADO EM 16/02/2009, DJE 25/02/2009) 
 
Súmula 564 - No caso de reintegração de posse 
em arrendamento mercantil financeiro, quando a soma da 
importância antecipada a título de valor residual garantido (VRG) 
com o valor da venda do bem ultrapassar o total do VRG previsto 
contratualmente, o arrendatário terá direito de receber a 
respectiva diferença, cabendo, porém, se estipulado no contrato, o 
prévio desconto de outras despesas ou encargos pactuados. 
(Súmula 564, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 24/02/2016, DJe 
29/02/2016) 
 
 
 
 
ATENÇÃO: MERO ROTEIRO RESUMIDO, 
QUE DEVE SER COMPLEMENTADO COM AS INFORMAÇÕES 
PRESTADAS EM SALA DE AULA E COM A LEITURA DA DOUTRINA. 
 
APELAÇÃO CÍVEL N.º 0000913-14.2015.8.08.0048 APELANTE: 
ana maria da silva Apelado: banco itau leasing s⁄a RELATOR: DES. 
ÁLVARO MANOEL ROSINDO 
BOURGUIGNON ACÓRDÃO APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO DE 
REINTEGRAÇÃO DE POSSE – ARRENDAMENTO MERCANTIL – 
INAPLICABILIDADE DA TEORIA DO ADIMPLEMENTO 
SUBSTANCIAL – CUSTAS PROCESSUAIS E HONORÁRIOS 
ADVOCATÍCIOS SUSPENSOS PELA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA 
GRATUITA – RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. 
1. A teoria do adimplemento substancial do contrato é aplicada 
naqueles casos em que há um inadimplemento que se refira a uma 
parcela mínima do conjunto de obrigações assumidas e já 
adimplidas pelo devedor. 2. No caso analisado, a apelante 
adimpliu com apenas 23 das 43 parcelas previstas, o que significa 
dizer que houve apenas 53,48% da dívida quitada. 3. O valor do 
débito, na hipótese, não se afigura ínfimo, ao contrário, equivale 
atualmente a cerca de 50% (cinquenta por cento) do valor 
avençado entre as partes inicialmente, tornando inviável a 
aplicação da teoria do adimplemento substancial do contrato. 4. 
Por estar amparada pela assistência judiciária gratuita, 
mantém-se a condenação da apelante ao pagamento de custas 
processuais e honorários advocatícios, porém na forma do art. 98, 
§3º do CPC⁄15. 5. Recurso conhecido e parcialmente 
provido. VISTOS, relatados e discutidos, estes autos em que 
estão as partes acima indicadas. ACORDA a Egrégia Segunda 
Câmara Cível, na conformidade da ata e notas taquigráficas que 
integram este julgado, à unanimidade de votos, conhecer do 
presente recurso e PROVÊ-LO PARCIALMENTE, nos termos do 
voto proferido pelo E. Relator. Vitória (ES), 27 de setembro de 
2016. DES. PRESIDENTE DES. RELATOR (TJES, Classe: 
Apelação, 48150008760, Relator: ÁLVARO MANOEL ROSINDO 
BOURGUIGNON, Órgão julgador: SEGUNDA CÂMARA CÍVEL, Data 
de Julgamento: 27/09/2016, Data da Publicação no Diário: 
05/10/2016) 
 
EMENTA APELAÇÕES CÍVEIS – AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE 
POSSE. ARRENDAMENTO MERCANTIL - DEVOLUÇÃO DO VALOR 
RESIDUAL GARANTIDO ANTECIPADO - NEGAR PROVIMENTO AO 
RECURSO INTERPOSTO POR VAL CORPORATION SERVIÇOS E 
TECNOLOGIA LTDA – DAR PARCIAL PROVIMENTO AO RECURSO. 
1 - Recurso interposto por Val Corporation Serviços e Tecnologia 
Ltda - Nos termos do art. 511 do CPC⁄73, o não recolhimento do 
preparo no ato da interposição do recurso implica o não 
conhecimento deste, por aplicação da pena de deserção, 
mormente se não acolhido o pedido de assistência judiciária 
gratuita formulado pelo Apelante. Não conhecer. 2 - O Superior 
Tribunal de Justiça quando do julgamento submetido à sistemática 
dos recursos repetitivos, firmou a seguinte tese: "Nas ações de 
reintegração de posse motivadas por inadimplemento de 
arrendamento mercantil financeiro, quando o produto da soma do 
VRG quitado com o valor da venda do bem for maior que o total 
pactuado como VRG na contratação, será direito do arrendatário 
ATENÇÃO: MERO ROTEIRO RESUMIDO, 
QUE DEVE SER COMPLEMENTADO COM AS INFORMAÇÕES 
PRESTADAS EM SALA DE AULA E COM A LEITURA DA DOUTRINA. 
 
receber a diferença, cabendo, porém, se estipulado no contrato, o 
prévio desconto de outras despesas ou encargos contratuais". 
(REsp 1099212⁄RJ, Rel. Ministro MASSAMI UYEDA, Rel. p⁄ 
Acórdão Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, SEGUNDA 
SEÇÃO, julgado em 27⁄02⁄2013, DJe 04⁄04⁄2013). 3 - No caso 
em julgamento, com a resolução do contrato de arrendamento 
mercantil por inadimplemento do arrendatário e a consequente 
reintegração do bem na posse da arrendadora, forçoso apurar se a 
somatória das importâncias pagas antecipadamente a título de 
valor residual garantido com aquela concernente à venda do bem 
arrendado é superior ao valor garantido no contrato, devendo 
ainda serem descontadas as parcelas em atraso e eventuais 
encargos e custos atinentes. 4 – Conhecer e dar parcial 
provimento ao Recurso interposto por Toyota Leasing do 
Brasil S⁄A – Arrendamento Mercantil para reformar em parte 
a sentença e determinar a devolução da diferença do produto 
da soma do VRG quitado com o valor da venda do bem, se este 
for maior que o total pactuado como VRG na contratação, a 
ser apurado em sede de liquidação, depois doprévio 
desconto de outras despesas ou encargos contratuais, 
acrescido de juros da Taxa Selic desde a data da devolução do 
bem, ocorrida em 22.10.2011 (conforme auto de reintegração 
de posse – fl. 39). ACÓRDÃO (TJES, Classe: Apelação, 
12111198276, Relator : ARTHUR JOSÉ NEIVA DE ALMEIDA, Órgão 
julgador: QUARTA CÂMARA CÍVEL, Data de Julgamento: 
19/09/2016, Data da Publicação no Diário: 26/09/2016) 
 
 
 
4.7) CONTRATO DE FACTORING OU FOMENTO MERCANTIL OU FATURIZAÇÃO 
 
A) CONCEITO 
“Prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de 
crédito, seleção de riscos, administração de contas a pagar e a receber, compra de direitos 
creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring).” 
Artigo 15, inc. III, da Lei nº 9.249/95 (lei a respeito do IR) 
 
Segundo Luiz Lemos Leite: “Factoring é uma atividade complexa, cujo fundamento é a prestação 
de serviços, ampla e abrangente, que pressupõe sólidos conhecimentos de mercado, de gerência 
financeira, de matemática e de estratégia empresarial, para exercer suas funções de parceiro dos 
clientes” (O contrato de factoring', in Revista Forense, 253/458-9, apud Arnaldo Rizzardo, 
Factoring , 3ª ed., São Paulo: Ed. Revista dos Tribunais, 2004, pág. 16). 
 
B) ESPÉCIES 
• conventional factoring = serviço de administração de crédito, serviço de seguro e serviço 
de financiamento. 
• maturity factoring = serviço de administração de crédito e serviço de seguro. 
 
C) MODUS OPERANDI 
✓ Cessão civil de crédito x endosso. 
 
 
ATENÇÃO: MERO ROTEIRO RESUMIDO, 
QUE DEVE SER COMPLEMENTADO COM AS INFORMAÇÕES 
PRESTADAS EM SALA DE AULA E COM A LEITURA DA DOUTRINA. 
 
D) DIREITO DE REGRESSO 
“(...) A faturizadora não tem direito de regresso contra a faturizada sob alegação de 
inadimplemento dos títulos transferidos, porque esse risco é da essência do contrato de 
factoring. Precedentes.(...)” (AgInt no AREsp 638.055/SP, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA 
TURMA, julgado em 17/05/2016, DJe 02/06/2016) 
 
E) CARACTERÍSTICAS 
• Submetido à Lei de Usura – para o STJ o factoring não possui, de acordo com a Lei 
nª4.595/1964, natureza de contrato bancário típico. 
• Cláusula de exclusividade: não contratar outro faturizador. 
• Cláusula de totalidade: transferência de todos os crédito do faturizado ao faturizador. 
• Cláusula de aprovação prévia. 
 
F) DISTINÇÃO ENTRE FACTORING E AGIOTAGEM 
✓ No contrato de factoring: são prestados os serviços de administração do crédito de maneira 
constante. 
✓ Na agiotagem: não há prestação de serviços. 
 
D) DISCUSSÕES JUDICIAS E JURISPRUDÊNCIA 
✓O devedor pode opor ao facturizador as exceções existentes contra o factorizado? De acordo 
com o STJ pode sim. (AgRg no AREsp 591952 / SP AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM 
RECURSO ESPECIAL 2014/0242713-4 – 4ª Turma STJ – j. 19/04/2016) 
 
✓O factorizador se não receber o valor do título deve cobrar de quem? Para o STJ deve cobrar do 
emitente do título e não contra a faturizada (REsp nº AgRg no AREsp 671067 / PR AGRAVO 
REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL 2015/0030483-8 – 3ª T STJ – j. 
23/02/2016). 
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. EMBARGOS À 
AÇÃO MONITÓRIA. CHEQUE. CONTRATO DE FACTORING. CESSÃO 
DE CRÉDITO (ART. 294 DO CÓDIGO CIVIL). EXCEÇÕES PESSOAIS. 
OPONIBILIDADE À FATURIZADORA. POSSIBILIDADE. 1. É possível 
a oposição de exceções pessoais à faturizadora, visto que recebe o 
cheque por força de contrato de cessão de crédito, cuja origem é - 
ou pelo menos deveria ser - objeto de análise, o que faz com que 
não se equipare a terceiros a quem o título pudesse ser 
transferido por endosso e cuja boa-fé os princípios da autonomia 
e abstração visam proteger. 2. Agravo regimental desprovido. 
(AgRg no REsp 1283369/RS, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE 
NORONHA, TERCEIRA TURMA, julgado em 04/02/2016, DJe 
18/02/2016) 
 
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. 
CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. OPOSIÇÃO DE EXCEÇÕES 
PESSOAIS. FACTORING. POSSIBILIDADE. ENUNCIADO Nº 83 DA 
SÚMULA DO STJ. INCIDÊNCIA. AUSÊNCIA DE SIMILITUDE FÁTICA. 
DIVERGÊNCIA NÃO RECONHECIDA. 1. A orientação desta Corte é 
no sentido de que as exceções pessoais originariamente oponíveis 
pelos devedores ao faturizado são oponíveis à faturizadora, nova 
credora. Precedentes. 2. A divergência jurisprudencial, nos termos 
do art. 541, parágrafo único, do Código de Processo Civil e do art. 
255, §2º, do Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça, 
exige similitude fática entre os acórdãos paradigmas e o 
ATENÇÃO: MERO ROTEIRO RESUMIDO, 
QUE DEVE SER COMPLEMENTADO COM AS INFORMAÇÕES 
PRESTADAS EM SALA DE AULA E COM A LEITURA DA DOUTRINA. 
 
impugnado, circunstância não evidenciada no caso concreto. 3. 
Agravo regimental não provido. (AgRg no AREsp 778.255/RJ, Rel. 
Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, 
julgado em 15/12/2015, DJe 04/02/2016) 
 
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E EMPRESARIAL. AUSÊNCIA DE 
PREQUESTIONAMENTO. ENUNCIADO N. 211 DA SÚMULA DO STJ. 
FACTORING. AUSÊNCIA DE RESPONSABILIDADE DA 
FATURIZADA PELA SOLVÊNCIA DO DEVEDOR DO TÍTULO DE 
CRÉDITO, MESMO QUE A TRANSFERÊNCIA DESTE TENHA SE 
OPERADO POR ENDOSSO. ARRANJO CONTRATUAL EM QUE O 
RISCO DO INADIMPLEMENTO É ASSUMIDO PELA 
FATURIZADORA. ASSUNÇÃO DE RISCO QUE SE CONSTITUI EM 
ELEMENTO ESSENCIAL DO CONTRATO. PRECEDENTES. 
VERBETES SUMULARES N. 7 E 83 DO STJ. AUSÊNCIA DE 
ARGUMENTOS APTOS A INFIRMAR OS FUNDAMENTOS DA 
DECISÃO AGRAVADA. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. 1. 
Inadmissível o recurso especial quanto à questão que, a despeito 
da oposição de embargos declaratórios, não foi apreciada pelo 
Tribunal a quo (enunciado n. 211 da Súmula do STJ). 2. A 
faturizadora não tem direito de regresso contra a faturizada 
sob alegação de inadimplemento dos títulos transferidos, 
porque esse risco é da essência do contrato de factoring. 
Precedentes. 3. O entendimento expresso no enunciado n. 7 da 
Súmula do STJ apenas pode ser afastado nas hipóteses em que o 
recurso especial veicula questões eminentemente jurídicas, sem 
impugnar o quadro fático delineado pelas instâncias ordinárias no 
acórdão recorrido. Precedentes. 4. Se o agravante não traz 
argumentos aptos a infirmar os fundamentos da decisão agravada, 
deve-se negar provimento ao agravo regimental. 5. Agravo 
regimental a que se nega provimento. (AgRg no AREsp 
671.067/PR, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA 
TURMA, julgado em 23/02/2016, DJe 04/03/2016) 
 
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. 
APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. 
IMPOSSIBILIDADE. FACTORING. UTILIZAÇÃO DOS SERVIÇOS 
DESTINADOS AO INCREMENTO DE ATIVIDADE PRODUTIVA. 
SÚMULA Nº 83/STJ. AGRAVO INTERNO IMPROVIDO. 1."Esta 
Corte já decidiu que a utilização do serviço de fomento 
mercantil como incremento da atividade produtiva não constitui 
mesmo relação de consumo" (AgRg no REsp 1564872/SP, Rel. 
Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA 
TURMA, julgado em 15/03/2016, DJe 29/03/2016). 
Incidência da Súmula 83 do STJ. Precedentes. 2. Agravo interno 
improvido. (AgInt no AREsp 898.557/MG, Rel. Ministro MARCO 
AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 01/09/2016, 
DJe 12/09/2016) 
 
FIM

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