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POTENCIAL DE AÇÃO NEURONAL Prof. Samia Murayama Potencial de Ação • A corrente elétrica criada pelo neurônio para passar as mensagens neurais é um fenômeno físico e químico. Para estuda-lo, devemos antes compreender a estrutura da membrana de um neurônio. • Na membrana celular do neurônio existe a presença de uma estrutura proteica chamada bomba de Na/K que tem uma função de jogar constantemente íons Na para fora do neurônio e íons K para dentro. • Para cada 3 íons Na jogados fora a bomba coloca 2 íons K para dentro. Tanto o Na quanto o K são íons positivos, ou seja, possuem cargas elétricas positivas. Potencial de Ação • Assim a bomba tende a acumular mais cargas positivas fora do neurônio. • Também na membrana celular do neurônio existem proteínas voltadas para o interior do neurônio que são carregadas negativamente. • Isso tudo faz com que o lado interno do neurônio fique negativo em relação ao lado externo , ou seja, o meio externo possui mais cargas positivas que o meio interno. • Esse processo de acúmulo de mais cargas positivas do meio externo em relação ao meio interno cria um fenômeno físico chamado de ddp, ou diferença de potencial. Potencial de Ação • Todo lugar em que existe uma ddp pode se criar uma corrente elétrica. • Ë possível se medir essa diferença de cargas (ddp) e o valor dessa diferença no neurônio é de -70 mV (milivolts), valor negativo já que, como vimos, o interior do neurônio é negativo (tem menos cargas positivas) em relação ao exterior. • Quando o neurônio vai passar a informação, como no caso da dor na mão, ele cria uma corrente elétrica que modifica esse potencial de repouso. • Corrente elétrica se caracteriza pela corrida de cargas de um lado para outro. • Para se criar a corrente, ocorre a abertura de canais específicos na membrana do neurônio que permitem a entrada dos íons Na que estavam fora. • A entrada ou corrida desses íons com carga positiva, daí corrente elétrica, faz com que o interior do neurônio, que era negativo em -70 mV, fique positivo em até +90 mV • Esse processo em que se sai de uma polaridade negativa para uma positiva é chamado despolarização e a alteração de negativo para positivo no interior do neurônio com a corrida das cargas dos íons Na, caracteriza a corrente elétrica que vai passar a mensagem no neurônio. • A despolarização caracteriza a primeira fase do potencial de ação. • Após a corrente passar, o neurônio tenta voltar ao normal, ou seja, ao potencial de repouso. • Para isso o neurônio começa a jogar carga positiva fora. Como a carga que havia sido armazenada era o K, é esse íon que começa a sair em grande quantidade. • Em certo momento também começa a sair os íons Na que haviam entrado e essa grande saída de cargas positivas faz com que novamente a polaridade do neurônio fique negativa. • Esse processo é chamado de repolarização, já que há o retorno à polaridade negativa. • Mas o neurônio joga tanto K e Na fora que fica mais negativo do que antes, de -70 mv (repouso) ele chega a -100 mv, o que caracteriza uma hiperpolarização negativa do neurônio. • Esse estado em que o neurônio está muito negativo é chamado de período refratário e se caracteriza pela incapacidade da célula de responder a qualquer estímulo e dura normalmente apenas alguns milésimos de segundos. • Quando o neurônio atinge a hiperpolarização negativa ocorre um sinal celular que todos os canais se fechem, e com isso a bomba de Na/K faz com que as cargas se equilibrem e voltam ao potencial de repouso de -70 mv e nesse ponto ele está pronto para novamente receber um impulso
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