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Psicologia e Saúde do Trabalhador

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Aula 7: A Psicologia e a saúde do trabalhador
Objetivos:
1- Entender sobre o campo da saúde do trabalhador no Brasil;
2- Reconhecer as características da saúde pública e da saúde do trabalhador;
3- Identificar a atuação do psicólogo na saúde do trabalhador;
4- Conhecer as ações de assistência e promoção da saúde no trabalho.
Aspectos essenciais da saúde do trabalhador
O trabalho, as obrigações, as máquinas manuseadas e os ruídos frequentes, dentre outros fatores, são situações constantes para os trabalhadores de fábricas, instituições, organizações e outros espaços do trabalho, que lhes causam doenças.
Com o passar do tempo, e com as discussões estabelecidas em Congressos e encontros de profissionais da área da saúde, percebeu-se a necessidade de criar políticas públicas que viessem a amparar o trabalhador nas suas atividades laborais e de sobrevivência.
A partir de então, a saúde do trabalhador não passa a ser apenas uma atenção, mas sim uma obrigação do estado e dos municípios com aqueles que exercem suas funções diariamente.
Lei Orgânica da Saúde
A Lei Orgânica da Saúde (nº 8080/90), no seu parágrafo 3°, regulamenta a saúde do trabalhador da seguinte forma: 
“Entende-se por Saúde do Trabalhador, para fins desta lei, o conjunto de atividades que se destina, através de ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho” (CREPOP, 2008, p.21).
Lei nº 8080/90 Portanto, a Lei nº 8080/90 abrange: 
I - Assistência ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho ou portador de doença profissional e do trabalho; 
II - Participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde, em estudos, pesquisas, avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais à saúde existentes no processo de trabalho; 
III - Participação, no âmbito de competência do SUS, da normatização, fiscalização e controle das condições de produção, extração, armazenamento, transporte, distribuição e manuseio de substâncias, de produtos, de máquinas e de equipamentos que apresentam riscos à saúde do trabalhador;
 IV - Avaliação do impacto que as tecnologias provocam na saúde; 
V - Informação ao trabalhador e à sua respectiva entidade sindical e às empresas sobre os riscos de acidentes de trabalho, doença profissional e do trabalho, bem como sobre os resultados de fiscalizações, avaliações ambientais e exames de saúde, de admissão, periódicos e de demissão, respeitados os preceitos da ética profissional; 
VI - Participação na normatização, fiscalização e controle dos serviços de saúde do trabalhador nas instituições e empresas públicas e privadas; 
VII - Revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas no processo de trabalho, tendo na sua elaboração a colaboração das entidades sindicais;
 VIII - A garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao órgão competente a interdição de máquina, de setor de serviço ou de todo o ambiente de trabalho, quando houver exposição a risco iminente para a vida ou saúde dos trabalhadores (BRASIL, 1990 apud CREPOP, 2008, pp.21-22).
Hoje, a preocupação não é somente com o atendimento a esses trabalhadores. Os órgãos estaduais e municipais preocupam-se em dar assistência e vigilância aos trabalhadores em atividade.
O Ministério da Saúde criou em 2002 a Rede Nacional de Atenção Integrada à Saúde do Trabalhador , que integra a rede de serviços SUS.
Depois disso, foi possível criar, com a ajuda dos municípios, os Centros de Referência em Saúde do Trabalhador , “que devem desempenhar a função de suporte técnico, de coordenação de projetos e de educação em saúde para a rede do SUS da sua área de abrangência” (CREPOP, 2008, p.22). 
Os únicos profissionais considerados obrigatórios nos CERESTs são médicos, enfermeiros e auxiliares de enfermagem, sendo o restante de contratação facultativa. Sabe-se, no entanto, que apenas com os profissionais determinados obrigatórios pela lei não se pode oferecer um serviço de qualidade.
 Desta forma, deve haver uma conscientização nos líderes desses centros para um trabalho que traga de fato a saúde para o trabalhador.
Apesar de o psicólogo não ser um profissional obrigatório nos CERESTs, muitos destes têm contrato, pois consideram a saúde mental como primordial ao bem-estar do trabalhador.
Pode parecer que o psicólogo que trabalha com saúde do trabalhador se posicione somente dentro das organizações, vinculados ao processo de seleção, treinamento, avaliação de desempenho, dentre outras funções. Mas esta não é uma verdade, além de ser pouco esclarecida aos alunos.
Em diversos contextos de atuação, o psicólogo se deparará com problemas voltados à saúde do trabalhador. No ambulatório, poderá chegar um paciente em surto devido ao alto estresse no trabalho; na saúde coletiva, você pode atender uma comunidade que sofre dos mesmos problemas devido ao mercado que movimenta o capital daquela cidade, e assim por diante.
Saúde do trabalhador
O psicólogo voltado para a saúde do trabalhador pode atuar nas unidades de atenção básica, ambulatórios de especialidades, CAPS, hospitais e serviços de vigilância em saúde.
 Portanto, saúde do trabalhador não está vinculada ao psicólogo que quer trabalhar com Psicologia Organizacional, mas sim àquele que quer trabalhar com saúde. Então, pode-se dizer que está vinculada à ciência psicológica como um todo.
O psicólogo e a vigilância em saúde
Outro trabalho desenvolvido pelo psicólogo que trabalha com a saúde do trabalhador é o de vigilância com a saúde. Ele consiste em conhecer os procedimentos técnicos e científicos de algumas atividades e identificar quais podem causar mais danos aos trabalhadores.
 Promove, assim, um trabalho de conscientização e fiscalização, com o intuito de saber se as práticas saudáveis e de prevenção estão sendo cumpridas
Pode-se citar ainda que o psicólogo tem o dever de promover a educação desses trabalhadores, por meio de palestras, simpósios, encontros e congressos. Nesses encontros, deve esclarecer dúvidas sobre a saúde mental e física desses que desempenham atividades cotidianamente.
A partir das queixas e dos dados obtidos nos seus atendimentos e encontros, o psicólogo deve publicar manuais, artigos e periódicos, dentre outros materiais científicos, com a intenção de produzir conhecimento e tornar as informações mais acessíveis à população que trabalha.
Aspectos éticos do psicólogo
Quanto aos aspectos éticos do psicólogo que trabalha com a saúde do trabalhador, este deve priorizar o bem-estar dos seus pacientes, denunciando organizações e instituições que não forneçam condições dignas para o funcionário exercer suas funções.
Nestas denúncias, não devem ser privilegiados os interesses políticos e dos empregadores. O psicólogo deve respeitar seu código de ética e zelar pela integridade biopsicossocial dos trabalhadores.
Formação do psicólogo
Para o psicólogo que queira ter formação e preparo para este tipo de atuação, é muito importante que procure cursos de especialização ou de extensão, reconhecidos pelo CFP, que abordem os seguintes assuntos:
• Estresse;
• Depressão;
• Síndrome do pânico;
• Distúrbios cardiovasculares;
• LER/DORT;
• Fobias; 
• Diabetes.

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