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As Glândulas Reprodutoras
Capítulo 46 – Berne & Levy
	As gônadas governam o desenvolvimento, o amadurecimento e o apoio nutricional ás células germinativas. Nesse sistema, a regulação parácrina tem bastante importância, entre células de cada gônada, entre células germinativas e endócrinas e entre células maternas e fetais, contando com o princípio de feedback positivo. Há ainda a regulação feita pelo eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal através de peptídeos.
Diferenciação Sexual:
		Durante as 5 primeiras semanas de gestação, as gônadas masculina e feminina são indistinguíveis e seus tratos genitais ainda não estão formados. Uma linhagem celular da gônada indiferenciada se transforma em cells. nutridoras das cells. Germinativas, que promovem seu amadurecimento e guiam seus movimentos – as cells granulosas do folículo ovariano (nas mulheres) ou cells de Sertoli dos túbulos seminíferos testiculares (nos homens). Nas mulheres, estas cells são fonte de hormônios estrogênicos. Outra linhagem origina as cells teçais do ovário e as cells de Leydig dos testículos, responsáveis pela secreção de androgênicos.
	- Sexo genético: A sexualidade humana é determinada por 2 cromossomos sexuais, com características diferentes: X e Y. A presença do Y é um fator positivo e o único determinante mais constante da sexualidade masculina. O gene SRY, os autossômicos e o X são fundamentais para a masculinização completa. As cells de Leydig atuam na síntese de testosterona e as cells granulosas, na de estradiol, reguladas por SF-1 (fator esteroidogênico). O SF-1 também regula a transcrição de HLC de LH, ocitocina, inibina, GnRH, FSH, e prolactina. A gênese dos ovários normais necessita de 2 X ativos nas células germinativas e ausência de Y, além de contar com a participação de autossomos. Em todos os tecidos extragonadais da mulher, o outro X é inativado. Em um indivíduo XO, as características femininas prevalecem, mesmo com as gônadas defeituosas.
	- Sexo gonadal: As cells germinativas primordiais diferenciam-se no blastocisto de 5 dias de idade. Elas migram para a crista gonadal para formar uma gônada indiferenciada, formada de epitélio celômico. No homem, com 6 a 7 semanas gestacionais, formam-se os túbulos seminíferos (englobam cells germinativas), as cells de Leydig (início da produção de testosterona) e há a inibição da síntese de estrógenos pela aromatase. A medula do testículo progride e o córtex degenera. Na mulher, com 9 semanas de gestação, os 2 X são ativados nas cells germinativas e estas sofrem mitose levando a oogônia. A oogônia sofre meiose e é cercada por cells granulosas, estroma e cells intersticiais, formando os oócitos primários, que permanecem no diplóteno da meiose. O córtex predomina enquanto o centro medular regride, Começa a síntese de estrógenos que irão bloquear as ações masculinizantes dos andrógenos.
	- Sexo genital (fenotípico): A diferenciação dos dutos genitais e da genitália externa requer hormônios. As influências hormonais masculinas requerem hormônios enquanto as femininas são desenvolvidas pela falta deles. No homem, os dutos mesonéfricos originam o epidídimo, vasos deferentes, vesículas seminais e duto ejaculatório por estímulo da testosterona de cada testículo. (A testosterona não precisa ser convertida a DHT para agir aqui) Na mulher, os dutos mesonéfricos, regridem, os dutos de Muller progridem (no homem eles regridem graças à produção de hormônio anti-mülleriano – AMH); e então se diferenciam em tubas uterinas, útero, cérvix e vagina superior, sem a necessidade de hormônio ovariano. A genitália externa deriva do tubérculo genital, saliência genital, dobras uretrais ou genitais e seio urogenital. Em homens, esse processo depende de DTH e de receptores-alvo. Em mulheres normais ou na ausência de gônada, há formação de clitóris grandes e pequenos lábios e vagina inferior. Um hormônio luteinizante, a gonadotrofina coriônica, da placenta, estimula a produção de testosterona pelas cells de Leydig fetais. Os estrogênios atuam no molde e no tamanho final da genitália externa feminina. Outros aspectos da diferenciação sexual como o padrão cíclico mensal da mulher e as mamas não são evidentes ao nascimento. Os andrógenos podem influenciar a identidade sexual, há indivíduos que desenvolvem uma insensibilidade inicial a andrógenos, mesmo sendo XY.
	- Anormalidades da diferenciação sexual: Pode ser por anormalidade autossômicas ou em cromossomos sexuais. Indivíduos XY que não respondem a hormônios androgênicos desenvolvem testículos, genitália externa feminina e mamas. A presença de testículo é condicionada pelo cromossomo Y. indivíduos XX com superprodução e hormônios androgênicos das supra-renais, podem desenvolver genitália externa masculinizada. Em indivíduos XXY (Klinefelter), a espermatogênese e o desenvolvimento dos túbulos seminíferos são prejudicados. A duplicação dos genes de X, mesmo em indivíduos XY, leva ao desenvolvimento de ovários. O gene responsável por isso é o AHC.
Aspectos Comuns da Função Gonadal:
		
	- Via de síntese dos esteróides gonadais: Ambos os sexos usam a mesma via de biossíntese de esteróides no tecido gonadal, iniciada por colesterol, que pode ser sintetizado a partir de acetil-CoA. Andrógenos são os precursores obrigatórios dos estrógenos, convertidos pela enzima aromatase. O estradiol e a estrona são formados a partir de testosterona e androestenediona, respectivamente.
COLESTEROL(PREGNENOLONA(PROGESTERONA(TESTOSTERONA / ANDROESTENEDIONA(ESTRADIOL / ESTRONA
	- Outros produtos gonadais: Inibina é uma glicoproteína plasmática que inibe a secreção de FSH. A Ativina estimula a secreção de FSH. Folistatina inibe a Ativina. As 3 são também sintetizadas na hipófise. Há ainda a síntese de proteases, integrinas, colágenos e proteoglicanas.
	- Ações das gonadotropinas nas gônadas: O LH e FSH são reguladores coordenados hipofisários da função gonadal, atuando por feedback negativo. O LH estimula cells intersticiais (cells de Leydig e Teçais), principalmente para secretar andrógenos. O LH também age nas cells granulosas femininas. Ele se liga a um receptor na membrana plasmática que tem sua ação com base no mecanismo de ptn G, adenil ciclase e AMPc. O estímulo continuado das cells gonadais por LH reduz a responsabilidade ao hormônio pelo desligamento do receptor de LH e de sua ptn G transdutora e pela internalização do receptor (regulação para baixo). O LH aumenta a captação de colesterol e sua conversão a pregnolona, estimulando a reação P-450. O FSH age nas cells granulares ovarianas e nas cells de Sertoli ligando a um receptor parcialmente homólogo ao do LH, aumentando a concentração de AMPc, de aromatase, a síntese de estrógenos, de inibina e ampliando a sensibilidade das cells granulosas ao LH. Além de efeitos esteroidogênicos, o LH e o FSH aumentam a oxidação da glicose e o ácido lático local, levando á vasodilatação.

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