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PAR Q em academias

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18/03/2015 08h35 - Atualizado em 18/03/2015 08h49 
Lei que não exige atestado médico a alunos de academias recebe críticas
Cardiologista ressalta a importância da avaliação médica e afirma que ela 
é indispensável para que uma pessoa inicie a prática de exercícios físicos
http://globoesporte.globo.com/eu-atleta/saude/noticia/2015/03/lei-que-nao-exige-atestado-medico-alunos-de-academias-recebe-criticas.html
Concordam que apenas pela aparência não é fácil dizer que alguém tem problemas cardíacos ou se tem problemas das articulações e ossos, salvo se estiver bem alterado ou descompensado? Pela sua aparência, não conseguimos saber se tem ou não limitações para a prática do exercício físico/esportes.
Há mais de 25 anos, na província de Columbia, no Canadá, os médicos do esporte decidiram criar um questionário simples para servir de triagem do grande número de esportistas que participam apenas das corridas de rua, o conhecido PAR-Q (questionário de prontidão para a atividade física). Como são respostas individuais e dependem da sinceridade de cada um, servem apenas de alerta superficial, pois não é levado para ninguém, nem a algum profissional. 
Foi aprovada na cidade de São Paulo e depois repetida “ipsis litteris” em algumas cidades e estados do Brasil, uma lei que diz não ser mais necessário o atestado médico ou mesmo a avaliação médica para se frequentar academias. Sem nenhuma consulta a médicos e educadores físicos, nem sequer se deu conta da existência e superior vigência de Lei Estadual Paulista, que obriga Atestado Médico para utilizar academias. Essa lei que está sendo reproduzida Brasil afora recomenda o uso do PAR-Q fora do contexto que foi criado, apenas para corridas de rua, com milhares de participantes e sem que ninguém tenha condições da saber se fizeram avaliação médica.
O PAR-Q tanto que não foi validado para outras situações que a American Heart Association resolveu preparar outro questionário, agora mais detalhado e com mais de 50 questões curtas (respostas sim e não), mas bem abrangentes e em tamanho de uma única lauda, o “AHA/ACSM Health/Fitness Facility Pre-participation Screening Questionnaire” (questionário do AHA/ACSM para estratificação pré-participação em programas de atividades físicas). O órgão ainda informa que esse questionário deve ser revisto por um médico.
Está claro para o nosso esportista/atleta que a atividade física e esportiva deve produzir saúde e qualidade de vida. Cair na armadilha dessa estranha lei que todos devem combater, com o seu caquético questionário PAR-Q, e mesmo outros questionários que, por melhores que sejam, e alguns o são, não substituem a avaliação de um médico especialista, senão seu valor diagnóstico médico se perde.
Ainda lembro, as academias induzem o cliente a assinar um termo de responsabilidade (que não tem sido validado no juízo de pequenas causas). O teste ergométrico físico e submáximo de uma academia deveria ser feito somente após a avaliação médica (com seu atestado), pois não é raro surgirem problemas como arritmia e até elevação da pressão arterial durante sua realização. Essa é uma situação para a qual sempre alertamos os pacientes, pois se exercitar é o objetivo maior para que se produzam benefícios e não riscos para a saúde.
* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.

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