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A GRÉCIA CLÁSSICA HISTÓRIA DA ARTE E ARQUITETURA I – PROF.ª CLARISSA BORGES Teresina , 17de março de 2017 Grécia Clássica AULA DE HOJE ... I- Aspectos culturais, Religiosos e filosóficos da Grécia. As cidades-estados: Esparta e Atenas III- Período Clássico: Arquitetura dos templos A polis grega: acrópole e ágora Ordens Clássicas IV- Atividade de classe Exercício de fixação visual sobre as ordens clássicas. Grécia Clássica 1. GRÉCIA, O BERÇO DA CIVILIZAÇÃO 1.1 A religião: a Mitologia • A religião era politeísta e possuía uma rica mitologia, com monstros e heróis dirigidos pela benevolência ou pela fúria de seus deuses. • Os deuses gregos eram tão falhos quanto qualquer ser humano. Eram divindades antropomórficas, com características humanas: defeitos e qualidades, fraquezas e paixões. • Estavam a serviço dos homens, a diferença entre os humanos e eles era de que os deuses eram imortais. Pintura em cerâmica de Apolo e Artemis. Museu do Louvre - Paris Grécia Clássica 1. GRÉCIA, O BERÇO DA CIVILIZAÇÃO 1.1 A religião: a Mitologia • A mitologia era uma forma de explicar os fenômenos que não compreendiam. Além de ser uma possibilidade de transmitirem conhecimentos populares, essas histórias eram transmitidas oralmente de geração para geração. Os deuses eram associados a fenômenos naturais. Zeus, por exemplo, possuía como arma um raio, sendo as tempestades o efeito de sua ira. Grécia Clássica 1. GRÉCIA, O BERÇO DA CIVILIZAÇÃO 1.1 A religião: a Mitologia HERÓIS : Seus deuses se envolviam em grandes aventuras, para tanto precisavam da participação dos heróis, considerados intermediários entre os homens e os deuses, por ser o resultado da união entre um deus e uma mortal (ou vice- versa). Exemplos: Hércules, Teseu, Perseu, etc. Grécia Clássica 1. GRÉCIA, O BERÇO DA CIVILIZAÇÃO 1.1 A religião: a mitologia DEUSES : Correspondiam a 12 divindades concentradas no Monte Olimpo, onde moravam. Geralmente eram associados a fenômenos naturais. Por exemplo: Os terremotos eram explicados pelo mau-humor de Poseidon que batia com sua arma, um tridente, no fundo do mar. Grécia Clássica 1. GRÉCIA, O BERÇO DA CIVILIZAÇÃO 1.1 A religião: a Mitologia MITOS: São as histórias e lendas, sobre vários deuses, heróis, titãs, monstros, ninfas e centauros. Exemplo: Minotauro, Medusa, Os doze trabalhos de Hércules, Caixa de Pandora, Cavalo de Tróia, etc. O Cavalo de Tróia: estratégia decisiva grega para a conquista da cidade fortificada de Troia. Grécia Clássica 1. GRÉCIA, O BERÇO DA CIVILIZAÇÃO 1.1 A religião: a mitologia A ARTE era uma possibilidade de homenagear seus deuses. Através da POESIA e do TEATRO as histórias da mitologia eram propagadas e educavam o povo. As ESCULTURAS eram uma forma louvar os deuses e imortalizar os semideuses. Assim, possuíam um cuidado especial com a estética, pois acreditavam que um belo corpo seria a representação externa de uma boa alma. Pintura em um vaso da morte do Minotauro por Teseu Grécia Clássica 1. GRÉCIA, O BERÇO DA CIVILIZAÇÃO 1.2 Humanismo: Democracia, filosofia e ciência DEMOCRACIA: • Sistema político criado por Clístenes e concretizado por Péricles, em 508 a. C., na cidade de Atenas. • Representava uma alternativa à tirania, propondo reformas que concediam a cada cidadão um voto, apenas nas assembleias regulares relativas a assuntos públicos. Grécia Clássica 1. GRÉCIA, O BERÇO DA CIVILIZAÇÃO 1.2 Humanismo: Democracia, filosofia e ciência DEMOCRACIA: • Criação de um conselho de cidadãos, a Bulé (poder executivo). Além disso, a Eclesia (poder legislativo) e o Helieu e Areópago (tribunais judiciais). • Tinha limitações: só os cidadãos tinham direitos políticos (40 mil). Ficava de fora a grande maioria da população, metecos (estrangeiros) e escravos (maioria da população). As mulheres estavam de fora deste sistema e os seus direitos nunca foram reconhecidos. Grécia Clássica 1. GRÉCIA, O BERÇO DA CIVILIZAÇÃO 1.2 Humanismo: democracia, filosofia e ciência FILOSOFIA “A filosofia teve início a mais de dois mil e quinhentos anos na Grécia Antiga. Apesar de conviverem em cidades- nações diferentes e adversárias entre si, os gregos conseguiram produzir uma unidade em relação à língua, religião e cultura que impulsionou o grande salto da ciência na Idade Antiga. Essa grande capacidade intelectual ocasionou um progresso das diversas áreas do conhecimento, as artes, a literatura, a música e a própria filosofia.” (Miriam Ilza Santana) Pensador, escultura de Rodan Grécia Clássica 1. GRÉCIA, O BERÇO DA CIVILIZAÇÃO 1.2 Humanismo: democracia, filosofia e ciência FILOSOFIA Pode ser DIVIDIDA nos seguintes períodos: • Pré-socrático: compreender através da RAZÃO a origem das mudanças na natureza e no ser humano ao longo do tempo. • Socrático: o elemento de pesquisa caminha em direção ao HOMEM EM SI. • Helenístico: surge de um CONJUNTO DE DISCIPLINAS que, além de trabalhar com a natureza e o estudo das leis do raciocínio, procuravam também dar ênfase a felicidade e a ensinar as pessoas a encontrarem a maneira correta de direcionarem a própria vida. “Só sei que nada sei.” (Sócrates) Grécia Clássica 1. GRÉCIA, O BERÇO DA CIVILIZAÇÃO 1.2 Humanismo: democracia, filosofia e ciência CIÊNCIA • Na Grécia, a especulação científica nasceu, aos poucos, da Filosofia. Os primeiros "cientistas” foram os primeiros filósofos gregos. Preocupados em achar explicações racionais para o mundo e seus fenômenos sem recorrer aos mitos e à religião. • Começou a ser estabelecida por Aristóteles, quando fundou sua própria escola, chamada "Liceu”, no ano 335 a.C. Era um centro de estudos dedicados principalmente à observação da natureza, às ciências naturais. Escultura de Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C) Grécia Clássica 1. GRÉCIA, O BERÇO DA CIVILIZAÇÃO 1.3 As cidades-estado: Atenas e Esparta • As cidades-estados ou “polis” surgiram em torno de 800 a.C. • A prática do comércio levou estas populações a explorarem e colonizarem as terras na região do Mar Egeu e Asia Menor, formando essas cidades. • O isolamento (condições geográficas) dessas cidades possibilitou a formação de características políticas, econômicas, sociais e religiosas próprias. • Eram autônomas, ou seja, não estavam submetidas a nenhuma outra cidade, cada uma contava com sua própria administração • As mais importantes forma Atenas e Esparta. Grécia Clássica 1. GRÉCIA, O BERÇO DA CIVILIZAÇÃO 1.3 As cidades-estados: Atenas e Esparta ATENAS • Alto grau de desenvolvimento cultural e social. • Democracia aristocrática. • Liga de Delos (Guerra do Peloponeso-431 a 404 a.C). ESPARTA • Simplicidade, frugalidade, abstenção de conforto e luxo. • Autodisciplina, guerreiros. • Oligarquia militarista. • Liga do Peloponeso (Guerra do Peloponeso -431 a 404 a.C). Grécia Clássica 1. GRÉCIA, O BERÇO DA CIVILIZAÇÃO 1.3 As cidades-estados: Atenas e Esparta Ruínas da cidade- estado de Esparta Ruínas da cidade- estado de Atenas com sua Ácropole. Grécia Clássica 3. PERÍODO CLÁSSICO (500 a 338 a.C.) 3.1 A assunção de Atenas No governo de Péricles foram erguidas a maior parte das construções e a Acrópole ganhou sua forma: uma colina rochosa de topo plano, onde foram edificados o Parthenon, o Erecteion e o Propileus. A cidade de Atenas alcançou o seu auge no Período Clássico da Grécia Antiga quando era o principalcentro urbano localizado na região da Ática. Era considerada também um centro artístico, estudantil e filosófico, sendo a sede da Academia de Platão e do Liceu de Aristóteles. Grécia Clássica 3. Período Clássico 3.2 A pólis grega: acrópole e ágora. A pólis era basicamente agrícola e seu território tinha vasta área de cultivo, com um pequenino centro urbano, onde ficavam: A- Acrópole B- Ágora C-Zona rural D - Porto. A B C D Estrutura básica da Pólis Grega, ilustração de José Vergara Grécia Clássica 3. Período Clássico 3.2 A pólis grega: acrópole e ágora. ACRÓPOLE: Fortificação amuralhada, situada no ponto mais alto da região, serviam originalmente como proteção contra invasões. Posteriormente passou a abrigar atividades administrativas civis ou religiosas (Santuário para o culto aos deuses). A B C D E F G A- PARTENON B- SANTUÁRIO DE ÁRTEMIS BRAURÔNIA C- TEMPLO DE ATENA NIKÉ D- PROPILEUS E- ESTÁTUA DE ATENA PROMACHOS F-ERECTEION G-ALTAR DE ATENA ACRÓPOLE DE ATENAS Grécia Clássica 3. PERÍODO CLÁSSICO 3.2 A pólis grega: acrópole e ágora. A- PARTENON : mais famoso templo dedicado a Atena, com uma estátua de ouro e marfim da divindade. B- SANTUÁRIO DE ÁRTEMIS BRAURÔNIA: abrigava uma estátua de madeira dessa deusa guerreira que protegia também as mulheres grávidas. C- TEMPLO DE ATENA NIKÉ: venerava-se Niké, deusa grega da vitória. D- PROPILEUS: entrada monumental da Acrópole E- ESTÁTUA DE ATENA PROMACHOS: Era feita de bronze e poderia ser vista do mar. F-ERECTEION: templo dedicado a Erectônio, personagem mitológico que tinha corpo de cobra da cintura para baixo. G-ALTAR DE ATENA: animais eram sacrificados para servirem de oferenda à deusa guerreira e protetora da cidade. Atena combatendo Encélado, pintura em prato grego, c. 525 a.C. Museu do Louvre. Grécia Clássica 3. Período Clássico 3.2 A pólis grega: acrópole e ágora. PLANIMETRIA DA ACRÓPOLE DE ATENAS Grécia Clássica 3. PERÍODO CLÁSSICO 3.2 A pólis grega: acrópole e ágora. ÁGORA: Praça central da Pólis que abrigava o mercado e outros edifícios públicos. Este lugar era utilizado, também, como praça de reunião dos cidadãos, que iam até ali para decidir sobre medidas a serem tomadas na Pólis. Reconstrução da Ágora de Atenas baseada em vestígios arqueológicos. Grécia Clássica 3. PERÍODO CLÁSSICO 3.2 A pólis grega: acrópole e ágora. Função política: sede do governo e administração da cidade (Bulé, Helieu, Eclésia) Função religiosa: templos e estátuas de deuses Função econômica: mercado com lojas fixas para comércio, ofícios e artesanato Função cívica: zona de discussão livre e aberta a participação de todos os cidadãos interessados, valorizando a arte de falar em público FUNÇÕES DA ÁGORA Grécia Clássica 3. PERÍODO CLÁSSICO 3.2 A pólis grega: acrópole e ágora. ALGUNS EDIFÍCIOS 1- Stoa central 2- Odeón 3- Stoa de Átalo 4- Buleuterio 5-Tolo de la Boulé 6- Templos 7- Altares 8- Stoa de Pecilo 1 2 3 4 6 5 6 7 8 ÁGORA Grécia Clássica 3. PERÍODO CLÁSSICO 3.2 A pólis grega: acrópole e ágora. Na ágora, as ESTOAS eram áreas com pórticos colunados, cobertos e retangulares que serviam para locais de encontros públicos e privados, conferências e jantares. ÁGORA Estoa de Átalo, museu de Ágora - Antigua. Grécia Clássica 4. Arquitetura: o desenvolvimento das ordens clássicas 4.1 O conceito de ordem e as razões de seu uso GREGOS : Ordem era uma forma de organizar de maneira harmônica e perfeita as partes e o todo das edificações . USADA para compor um conjunto esteticamente significativo e relacionado com a ORDEM DO UNIVERSO. HISTÓRIA DA ARQUITETURA: Ordem é o que está associado a regularidade, proporção, repetitividade ou coordenação modular geométrica. A ORDEM DO UNIVERSO seria POSSÍVEL através de elementos essenciais como: proporcionalidade, a modulação e a harmonia na composição das edificações. GRAMÁTICA COMUM Grécia Clássica 4. Arquitetura: o desenvolvimento das ordens clássicas 4.2 Ordem Dórica • Primeira e a mais simples das ordens arquitetônicas. • Regras rígidas, elegância formal e equilíbrio de proporções, austera e robusta. • Não tem base e sobre o fuste com caneluras, são instalados capitéis muito simples que suportam uma arquitrave, larga e maciça, sem rebuscamentos. • As colunas possuem grandes diâmetros e possuem caneluras com arestas vivas. • Altura da coluna 5x maior que o seu diâmetro. SEM BASE FUSTE COM CANELURAS CAPITEL SIMPLES COMPOSTO POR UMA GOLA ARQUITRAVE LISA CORNIJA FRISOS SOBRE ARQUITRAVE ESTILÓBATA Grécia Clássica 4. Arquitetura: o desenvolvimento das ordens clássicas 4.2 Ordem Jônica • Delgada e nos causa a sensação de leveza e delicadeza. • Fuste com caneluras, mas sem arestas vivas. • Capitéis ornamentados com volutas que faziam referência a pergaminhos ou chifre de carneiro. • Altura da coluna é 9x maior que seu diâmetro. • Coluna apoiada numa base simples, plinto. • O friso é enfeitado por uma série contínua de baixos-relevos. BASE COM PLINTO FUSTE COM CANELURAS CAPITEL COM VOLUTAS ARQUITRAVE COM TRÊS FAIXAS HORIZONTAIS FRISOS COM ALTO RELEVO CORNIJA ESTILÓBATO Grécia Clássica 4. Arquitetura: o desenvolvimento das ordens clássicas 4.3 Ordem Coríntia • Surgiu a partir do séc. V a. C. • O capitel apresenta uma decoração exuberante ricamente esculpida representando as folhas de acanto que podiam estar associadas as volutas jônicas. • Fuste é estriado com caneluras semicilíndricas sendo ainda mais esbelto do que a jônica (a altura é 11x maior que o diâmetro) • Base com plinto. BASE COM PLINTO FUSTE COM CANELURAS SEMICILÍNDRICAS S CAPITEL COM FOLHAS DE ACANTO ARQUITRAVE COM FAIXAS HORIZONTAIS CORNIJA ESTILÓBATA Grécia Clássica 4. Arquitetura: o desenvolvimento das ordens clássicas Ordem Jônica Ordem Dórica Ordem Coríntia Arquitetura do Período Arcaico e Grécia Clássica ATIVIDADE DE CLASSE Exercício de fixação visual: Façam desenhos de colunas representando cada ordem grega escrevam, de forma sucinta, as principais características de cada uma delas. Obrigado!
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