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Evolução dos Procedimentos Jurídicos Romanos

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Aula 4
Período legis actiones
Periodo per formulas (formulário): Vai de 149 a.c. até o sec III da era cristã 
- A fórmula era um documento escrito que os interessados solicitavam ao pretor, expunham o litigio e o pretor, por sua vez, veria se tinha uma fórmula correspondente ao litigio. Isso quando houvesse um litigio entre estrangeiros ou entre estrangeiros e romanos.
- Um litigio entre romanos ere resolvido pelo procedimento da legis actiones, que era um procedimento inteiramente oral
- Lei Aebutia: Regulamentou, positivou o sistema da fórmula em 149 a.c.
- Com as duas lex Julia o sistema formulário passa a ser aplicado para todas as demandas no estado romano.
- Sistema formulário era menos formalista que o sistema da legis actiones para que os estrangeiros pudessem entender o latim, já que esse procedimento era voltado, primeiramente, para eles. Esse procedimento era preponderantemente oral, não era inteiramente porque a fórmula era escrita, mas os demais atos eram orais.
- Agora, a parte já poderia ser orientada por um jurista, surgindo então o jurista profissional.
- O procedimento do período formulário continuava se dividindo em duas fases: 
} in Iuri : Se dava perante o pretor, o pretor ouvia a pretensão do autor, ouvia a resposta do réu e depois o autor pedia uma fórmula, documento que sintetizava o objetivo e o alcance do litigio, previa a legislação a ser aplicada e norteava a lide. As fórmulas faziam com que o direito romano nunca morresse, pois elas eram construídas dia a dia, então o direito estava em constante processo de produção, construção. A actio era a própria fórmula, se não tivesse fórmula não teria actio. Se o pretor entendesse que havia uma fórmula para aquele demanda teria o fenômeno da litiscontestatio ; também surgia na própria fórmula a nomeação do iudex ou arbiter , que iria julgar a causa. Com essa nomeação iniciava a fase in iudicium
- Diferença do período formulário para o período legis actiones: na legis a escolha do arbiter tinha que ser obrigatoriamente de comum acordo entre as partes. Já nessa situação se as partes não escolhessem de comum acordo, o iudex ou arbiter seria indicado pelo pretor. As partes também poderiam escolher um colegiado de iudex ou arbiter. Nesse período os iudex ou arbiter eram particulares remunerados pelas partes.
Fórmula: “Consistia a fórmula em um pequeno documento, fundado em modelo já publicado pelo pretor em seu edito, e que na ocasião, elaborada perante este magistrado, com a colaboração das partes e do próprio magistrado, destinava a concretizar por escrito as pretensões das partes e afixar missão do juiz, no mesmo documento indicado, para decidir a causa” (Moacir Amaral Santos).
} in iudicium: Se dava perante o iudex ou arbiter, ocorria a produção da prova e debates, neles as partes sozinhas ou com um jurista debatiam seu direito; após os debates havia a prolação da sentença pelo iudex ou arbiter.
- Características do período formular: 
1. Procedimento preponderantemente oral, pois somente a formula era escrita.
2. Procedimento menos formalista que o procedimento do período da legis actiones.
3. Procedimento que se dividia em duas fases, em in Iuri e in iudicium; sendo que na primeira, perante o pretor, se resolvia acerca da existência da fórmula (actio); e na segunda fase, perante o iudex ou arbiter, dava-se a produção da prova, os debates e a prolação da sentença.
4. O comparecimento das partes continuava sendo obrigatório, embora nesse período as partes já pudessem ser acompanhadas por juristas e procuradores.
5. Os atos processuais se desenvolviam com audiência e contrariedade recíproca entre as partes (origem do principio do contraditório).
6. A prova dos fatos incumbia a quem os alegava.
7. O juiz apreciava livremente as provas e com base nelas formava sua convicção, seu convencimento, (embrião do principio da livre convicção do juiz). 
8. No caso da procedência do pedido o iudex ou arbiter condenava o réu ao pagamento de uma soma em dinheiro, ainda que o objeto da ação fosse a entrega de uma coisa.
- Por volta de 295 d. c. no governo do imperador Diocreciano, se cria um novo sistema de processual chamado processo da cognitio extraordinária. A cognitio ordinária era o formulário (fórmula). 
Período da cognitio extraordinária- Sec. III 294 d.c
- Esse novo processo se destinava a processos específicos, especialmente processos que envolvessem o Estado romano. Diocreciano criou esse sistema para concentrar nas mãos de um único servidor do Estado romano o papel de conduzir o processo desde o inicio até o final, recebendo a pretensão, facultando a defesa, produzindo a prova, ouvindo os debates, proferindo a sentença e dando execução ao julgado, ou seja, ele cria a figura do juiz dentro do direito 
romano.
- Forte emprego da linguagem escrita nesse período.
- Procedimento: 
} Petição inicial que recebia o nome de libellus conventionis: Era escrita e encaminhada ao magistrado que ao recebe-la determinava a...
} Citação do réu, chamada litisdenuntiatio...
} Defesa do réu, chamada de libellus contradictiones/respontionis...
} Produção da prova, chamada probatio: Ouvia-se testemunhas, analisava-se documentos...
} Prolação da sentença, chamada sententia...
} Recurso (apelação), chamada de apellatio...
} Execução da sentença, chamada executio: É feita perante o próprio juiz da causa, que vai adotar medidas para constranger o réu a cumprir a sentença, porque o juiz age em nome do Estado, é uma forma de afirmar a soberania estatal.
Lembrar de comentar o porque do recurso

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