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Aula 6 2.3 Os processo germânico, canônico e comum medieval 1088- Criação da Universidade de Bolonha Irnérius - Archote do direito, um dos fundadores da Uni. De Bolonha. Estudioso do direito e do processo romano, era um monge e um acadêmico. Tinha acesso a textos romanos que estavam arquivados nos mosteiros, levando-os então para as universidades. Nesse contexto ainda não havia a imprensa, não havia textos, livros impressos. Estudantes faziam anotações às margens dos textos originais, essas anotações são as chamadas glosas; Irnérius funda então a escola dos glosadores; os estudiosos do direito romano estudavam por meio das glosas. Bulgaro , Assentino, Jeovane Bassiano foram discípulos de Irnérius e principais glosadores. Glosadores faziam uma formulação conceitual originária do processo romano e faziam uma breve comparação com a situação processual vigente, ou seja, com a situação processual do processo romano barbárico. Acúrsio foi outro glosador e discípulo de Irnérius: Achava que se devia enfatizar a prática forense do processo romano barbárico. Funda a escola dos pós-glosadores. Essa escola visava buscar nos textos romanos a aplicação para o processo romano barbárico em vigor na época. Ambas as escolas se dedicavam ao estudo dos textos romano-germânicos e o faziam por meio das glosas. Baldo, Ferrari e Bartolo de Salso ferato foram discípulos de Acúrsio. Textos e pareceres de Bartolo de Salso Ferato eram tidos como fontes do direito. Após 1088, já na Baixa Idade Média a igreja passa a ter participação no Estado. Disputa de poder politico entre Estado e Igreja. Disputa de predomínio entre processo canônico e o processo romano. Surge o processo romano canônico, resultado dessa disputa de predomínio. “ A esse processo ( romano barbárico), em que se adaptaram as regras costumeiras do tempo ao direito construído pelos glosadores, pós-glosadores, comentaristas e práticos com a cooperação sobre modo influente dos canonistas, costuma-se chamar romano-canônico” (Moacir Amaral Santos). Leis são criadas para disciplinar o comercio que acabava de renascer. As primeiras normas foram chamadas de estatutos comunais, eles regulavam a vida nas cidades, nas comunas. Nesse período surgem as grandes corporações de oficio. Para editar normas era necessário um Estado centralizado que tivesse um monarca. Isso provocou a queda do sistema feudal. Encaminhado o feudalismo para seu fim, a edição das normas começou a repercutir no Processo. Surge outro Processo, o Comum Medieval. Processo comum medieval: Processo romano canônico acrescido dos estatutos, das normas, que surgiram a partir do momento em que os Estados sofrem um processo de centralização politica Chamado de “comum” porque se aplicava a todas as causas para as quais não houvesse uma legislação especial. Era um processo que se aplicava a todas as causas, desde que não fosse derrogado por uma legislação especial. Era inteiramente escrito, exageradamente formalista, com um numero infindável de recursos e que nunca se encerrava. Surge na Igreja o papa Clemente V que cria o Processo sumário, este tinha a finalidade de desburocratizar o processo comum dando-lhe mais celeridade. Evolução histórica do direito processual O processo romano O direito processual após a queda de Roma Após a queda de Roma a evolução historia do direito processual passa por 3 períodos: Praxismo: Surge no sec. XV e vai até 1807, nesse ano se dá a edição do código civil e código de processo civil da França. Se caracteriza pelo estudo prático do Processo, sendo que havia a ausência de leis, o estudo do Processo era feito através de modelo passados de pai para filho. A atividade de um processualista desse período era a descrição de modelos. Características: Ausência de leis, estudo do processo através de modelos. Procedimentalismo. Período da reconstrução cientifica e autonomia do saber sobre o Processo.
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