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Aula 13

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Jurisdição conflituosa e jurisdição voluntária
Espécies de jurisdição
A jurisdição é una e indivisível, pois a soberania é una, o termo “espécie” é para fins didáticos.
Quanto à matéria (objeto) pode-se classificar a jurisdição em:
Penal: É a jurisdição que versa sobre litígios de natureza pena, isto é, sobre conflitos de interesses qualificados por pretensão de natureza punitiva. Seu instrumento é o Código de Processo Penal; essas lides a que se refere a jurisdição penal são reguladas pelo código penal, pelo direito penal.
Penal militar: Atuação sobre interesses qualificados por pretensão de natureza punitiva previstos no código penal militar.
Penal comum: Versa sobre os demais litígios previstos no código penal comum.
Civil (não penal): É a jurisdição que versa sobre litígios nos quais podemos identificar conflitos de interesses qualificados por pretensão de natureza não punitiva, em termos de liberdade.
Eleitoral: Versa sobre os litígios decorrentes dos conflitos de interesses nos quais se identifica uma pretensão de natureza eleitoral.
Trabalhista: Versa sobre litígios envolvendo empregados e empregadores
Comum: Versa sobre os litígios de natureza não penal com exclusão dos litígios que se enquadram nas jurisdições anteriores. Principal instrumento é o Código Civil.
Quanto aos organismo judiciários que a exercem, a jurisdição se classifica em:
Especial: É exercida pelos órgãos jurisdicionais em reação aos quais o legislador constituinte considerando a natureza do litigio e as pessoas nele envolvidas, entendeu que deveriam constituir jurisdições especiais.
Comum: Versa sobre os litígios que não são julgados pela jurisdição especial.
Quanto à posição hierárquica dos organismos judiciários que a exercem, a jurisdição é classificada em:
Inferior (originária): É exercida pelos órgãos jurisdicionais que conhecem do litigio em primeiro lugar, assim é, os órgãos que vão julgar o litígios primeiramente, é exercida pelos juízes preponderantemente de primeiro grau de jurisdição.
Superior (recursal): É exercida pelos órgãos jurisdicionais que conhecem do processo em grau de recurso. É superior porque se coloca em posição superior ao órgão originário, vai julgar a causa em grau de recurso e não originariamente.
Quanto à fonte do direito com base na qual é proferido o julgamento, a jurisdição pode ser:
Por equidade: Aquela na qual o órgão jurisdicional está autorizado a julgar independentemente das prescrições legais, ou seja, não segue o principio da legalidade estrita.
Legal: Segue estritamente o principio da Legalidade, de modo que, o juiz, ao julgar o litígio, deverá necessariamente seguir as prescrições legais.
Jurisdição contenciosa e voluntária- Classificação quanto ao objeto.
Jurisdição contenciosa: Autêntica e verdadeira jurisdição, pois é aquela jurisdição que tem por objeto a composição dos conflitos de interesses. Suas características são:
Existência de partes: autor e réu. O autor deduz uma pretensão ao estado-juiz em relação ao réu.
Sempre terá a possibilidade da instauração do contraditório. Essa instauração se dá perante o juiz, este ouvirá o autor seguido do réu, em nome da busca da justiça mediante a aplicação da Lei.
Imparcialidade do juiz: 
Coisa julgada: Sempre há a coisa julgada na jurisdição contenciosa, pois é com ela que formalmente a jurisdição alcança sua razão de ser, ou seja, a composição do litígio.
Jurisdição voluntária (graciosa): Versa sobre interesses não conflitantes. O juiz atua como uma parcela do poder estatal soberano em uma situação em que, a princípio, não há conflito, pois determinados interesses privados repercutem para o Estado. EX. nascimento de uma pessoa, o registro dessa pessoa é uma interferência do Estado; o óbito de alguém também tem interferência do Estado, pois precisa de uma certidão de óbito; a constituição de uma empresa tem interferência estatal, pois é necessário fazer um registro na junta comercial. Características:
Não há partes, pois não há um autor pedindo uma tutela jurisdicional em relação ao réu. Aqui há INTERESSADOS.
Não há contraditório, uma vez que não há conflito. 
Parcialidade do juiz, o juiz age em proveito do beneficiário da jurisdição voluntária, ele vai verificar o que é melhor para o interessado.
Ausência de coisa julgada, se não há conflito não há porque ter uma palavra definitiva do Estado sobre quem tem razão.
Ambas, voluntária e contenciosa, são exercidas pelos órgãos jurisdicionais, pelos juízes.

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