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Aula 19

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5. Teoria da ação como Direito Potestativo:
Chiovenda dizia que a ação era o poder jurídico de realizar a condição necessária para a atuação da vontade da lei. Ação era um direito de poder. Enquanto para Adolf Vach a ação é um direito movido contra o Estado, para Chiovenda a ação era um poder exercido contra o adversário.
6. Teoria da ação em sentido abstrato ou teoria abstracionista da ação.
Surge para responder aquelas dúvidas em relação à circunstância de a ação ser autônoma em relação ao direito material, mas ser subordinada a ele, ou seja, a ação só se realiza no caso concreto. Preconiza que a ação existem em abstrato, ela não se verifica em concreto, não se configura no momento em que o juiz profere a sentença dizendo que o autor tem razão, ela se verifica independente da resposta que o Estado dê, ela é um direito consectário ao direito de petição, todo e qualquer cidadão tem o direito de ação, até o nascituro, a ação é um direito de todos que antecede o processo, todos tem direito usando ou não usando a ação, é um direito subjetivo público, autônomo e abstrato. A ação é um direito subjetivo porque é um direito do autor, e cabe ao autor, subjetivamente, analisar se vai ou não usar esse direito; é público porque é oponível ao Estado, o cidadão o exerce contra o Estado e também porque é regulado por normas de direito público; é autônomo porque é desvinculado do direito material, mesmo que o autor não tenha direito material seu favor poderá mover a ação; abstrato pois sua verificação não está condicionada à verificação em concreto da razão do autor, não importa que o juiz reconheça na sentença a razão do autor.
Para Adolf Vach a ação é um direito publico, autônomo e concreto, concreto porque para ele a ação dependia do reconhecimento da razão do autor pelo juiz.
O direito de ação é uma modalidade do direito de petição, ele tem natureza processual.
7. Diferenças entre as teorias concretistas e abstratas:
A principal diferença está no papel que o juiz desempenha no processo, sobretudo no momento de julgar a lide. O papel do juiz concretista se limita a dois aspectos:
verificação dos requisitos formais do processo ou pressupostos processuais. Entendendo que os requisitos não estão presente o juiz não passa para o segundo passo e encerra o processo, do contrario vai para o segundo... 
Análise dos requisitos materiais do processo ou condições da ação. Presentes as condições da ação, considera-se que o autor tem razão. 
Já o juiz abstracionista:
Primeiramente analisa os pressupostos processuais, se não estão presentes ele encerra o processo, se estão presentes o juiz passa para o segundo passo...
 Verifica se estão presentes as condições da ação. Se tudo está presente ele passa para a terceira fase...
 O exame do mérito, onde vai verificar se o autor tem ou não razão, se o autor tem ou não o direito que afirma possuir. 
8. Classificação das ações
a) Classificação romana:
Segundo essa classificação, as ações se classificavam em reais, pessoais, reipersecutórias, penais e mistas.
As reais eram aquelas onde se estava a discutir um direito de natureza real, como a propriedade de uma terra.
As pessoais eram aquelas onde se estava a discutir um vinculo de natureza obrigacional. 
As reipersecutórias eram aquelas onde se buscava a persecução, a perseguição da coisa, do bem.
As penais eram aquelas onde se buscava aplicar ao réu uma sanção de natureza penal.
As mistas eram ações nas quais se identificava uma mescla de mais de uma das ações anteriores
b) Classificação dos praxistas
Para elas as ações se classificavam em:
Ordinárias: Aquelas que tinham um procedimento comum a todas as demais as ações
Sumária: Aquelas que em face de alguma peculiaridade deveriam ter um procedimento mais célere que as ações ordinárias.
Sumaríssimas: Aquelas que também em face de alguma peculiaridade deveriam ter um procedimento ainda mais célere que aquele previsto para as ações sumárias, seria uma peculiaridade que o legislador reconhecia.
Adolf Vach dizia que ambas classificações anteriores não classificavam ações, pois segundo ele, a classificação romana classifica o direito material que se está discutindo no processo, já a classificação dos praxistas classifica o procedimento. Para Vach deve-se classificar a ação a partir da tutela que o autor pede, dessa forma ele formula sua classificação sistemática ou cientifica das ações ou demandas.

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