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QUESTOES OBJETIVAS D PENAL 2 BIM CORRECAO EM AULA 20160503 1847

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UNIVERSIDADE VILA VELHA - UVV ES
CURSO DE DIREITO
DIREITO PENAL – PROF. ANDRÉ LUIZ GOMES PALHANO
01 Reinaldo, ao jogar futebol profissional, pratica violência esportiva contra um dos jogadores do time adversário. É correto afirmar que 
A) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> caberá à Federação de Futebol definir, em processo próprio, se a agressão constitui crime a ser punido na esfera administrativa. 
B) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> Reinaldo cometeu crime de lesões corporais culposas, previsto no artigo 129, parágrafo 6º do Código Penal. 
C) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> somente haverá crime a ser punido quando houver excesso do sujeito ativo, agindo Reinaldo com a intenção deliberada de desobedecer às normas esportivas, gerando resultados lesivos. 
D) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> Reinaldo agiu em legítima defesa, o que constitui causa de exclusão da antijuridicidade e de culpabilidade. 
02 De acordo com a doutrina penal,é crime instantâneo de efeitos permanentes: 
A) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> extorsão mediante seqüestro. 
B) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> seqüestro. 
C) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> bigamia. 
D) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> lesão corporal gravíssima. 
     
03 Se diante de um determinado fato delitivo, verificar-se que há dolo na conduta inicial e culpa no resultado final, pode-se dizer que se configurou um crime 
A) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> preterdoloso. 
B) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> doloso puro. 
C) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> doloso misto. 
D) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> culposo misto. 
     
04 João pretende matar seu vizinho, e não esconde seu sentimento, dizendo a todos do bairro seu intento delitivo. Comete João algum crime? 
A) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> Não, a cogitação não é punida no Direito Penal. 
B) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> Sim, crime de ameaça. 
C) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> Sim, crime de homicídio tentado. 
D) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> Não, porque não há crime de lesões corporais tentado. 
     
05 ''Crime putativo'' é 
A) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> o fato típico em que a conduta do sujeito ativo se confunde com a conduta, também ilícita, do sujeito passivo. 
B) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> aquele em que o sujeito ativo pressupõe, por negligência, que não há fato ilícito, quando, a vítima consente com a conduta. 
C) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> todo o crime praticado por menores inimputáveis. 
D) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> aquele no qual o agente imagina, por erro, que está cometendo uma conduta ilícita prevista no nosso ordenamento jurídico, quando o fato não é considerado crime. 
06 São causas que excluem o crime e a culpabilidade, respectivamente: 
A) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> estado de necessidade / legítima defesa. 
B) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> legítima defesa / inimputabilidade. 
C) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> desconhecimento da lei / exercício regular de direito. 
D) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> erro de proibição inevitável / erro de tipo. 
07 Sobre o momento consumativo do crime, assinale a alternativa falsa: 
A) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> nos crimes materiais, a consumação ocorre com o evento ou resultado; 
B) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> nos crimes culposos, só há consumação com o resultado naturalístico; 
C) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> nos crimes formais a consumação ocorre com a própria ação, já que não se exige resultado naturalístico; 
D) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> nos crimes permanentes, a consumação se protrai no tempo, desde o instante em que se reúnem os seus elementos até que cesse o comportamento do agente; 
E) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> nos crimes omissivos impróprios, a consumação ocorre com a simples omissão do agente. 
     
08 Ao surpreender o adolescente Fabinho no interior de seu pomar tentando subtrair alguns frutos, o lavrador José Pereira, armado com uma espingarda cartucheira municiada com sal grosso, o colocou para fora antes mesmo de sofrer qualquer prejuízo. Em seguida, acreditando estar autorizado pelo ordenamento legal a castigá-lo fisicamente pelo fato de ter invadido sua humilde propriedade, efetuou contra ele um disparo, provocando-lhe lesões corporais leves. O agente não responderá pelo delito tipificado no artigo 129 do Código Penal porque a hipótese caracteriza: 
A) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> erro de proibição direto; 
B) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> erro de proibição indireto; 
C) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> erro de tipo acidental; 
D) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> erro de tipo essencial; 
E) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> erro sobre pressuposto fático da legítima defesa. 
09 Antunes, um rico empresário, contratou os serviços do segurança Pedro para proteger seu patrimônio e integridade física. No contrato firmado entre ambos destacava-se a cláusula que obrigava Pedro a expor-se ao limite, arriscando a própria vida, para salvar o patrão de perigo direto e iminente. Todavia, durante uma viagem de rotina, o monomotor particular do empresário, pilotado por ele próprio, sofreu uma pane e os dois passaram a disputar o único pára-quedas existente na aeronave. Valendo-se de seu vigor físico, o segurança contratado impôs-se facilmente frente a seu opositor e logrou êxito em abandonar o aparelho, determinando, em consequência, a morte trágica do contratante. A conduta de Pedro: 
A) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> embora típica, não é ilícita, tendo ele agido sob o amparo da excludente do estado de necessidade; 
B) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> é típica, ilícita e culpável, devendo responder pelo crime de homicídio uma vez que sua posição de garantidor impede a alegação de qualquer justificativa legal; 
C) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> embora típica, não é ilícita, tendo ele agido sob o amparo da excludente da legítima defesa; 
D) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> é atípica, pois falta o elemento subjetivo do crime de homicídio, que é o dolo específico de matar; 
E) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> é típica, ilícita e culpável, devendo responder pelo crime de homicídio porque tinha o dever contratual de enfrentar o perigo. 
10 A, 17 anos, pratica atos de execução do crime de homicídio. Antes de ocorrer a morte, impede que o resultado se produza. A hipótese configura: 
A) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> crime consumado 
B) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> tentativa 
C) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> desistência voluntária 
D) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> arrependimento posterior 
E) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> inexistência de crime 
     
11 A, imputável, inicia a execução de um crime; antes da consumação, por deliberação própria, deixa de prosseguir os atos delituosos. A hipótese caracteriza: 
A) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> arrependimento eficaz 
B) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> tentativa 
C) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> desistência voluntária 
D) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> consumação 
E) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> exaurimento 
     
  
13 A tentativa é incompatível com o crime: 
A) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> permanente 
B) <!--INPUT TYPE="radio"NAME="Q1" VALUE="A"--> instantâneo 
C) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> de dano 
D) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> de perigo 
E) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> complexo
14 No crime qualificado pelo resultado, tem-se: 
A) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> dolo no antecedente e dolo no conseqüente 
B) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> culpa no antecedente e culpa no conseqüente 
C) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> culpa no antecedente e dolo no conseqüente 
D) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> dolo no antecedente e culpa no conseqüente 
E) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> responsabilidade objetiva 
15 Bruno, previamente ajustado com Eduardo, subtrai dinheiro de entidade paraestatal, valendo-se da facilidade que lhe proporciona o cargo que nela exerce, circunstância entretanto desconhecida de Eduardo. Mais tarde, em local seguro, dividem o produto do crime, quando são surpreendidos pela Polícia e presos em flagrante, sendo apreendido todo o dinheiro subtraído, enfim devolvido à vítima. Entende-se que 
A) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> Bruno e Eduardo cometeram peculato consumado. 
B) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> Bruno cometeu peculato e Eduardo cometeu furto, consumados. 
C) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> Bruno e Eduardo cometeram furto tentado. 
D) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> Bruno e Eduardo cometeram furto consumado. 
E) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> Bruno cometeu apropriação indébita e Eduardo cometeu furto. 
16 Na hipótese de legítima defesa, 
A) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> é possível seu reconhecimento em favor de quem atua contra excesso de outra legítima defesa, praticado pelo oponente. 
B) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> é exigível que a pessoa que se defende tenha antes procurado evitar a situação de confronto. 
C) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> é necessária a consciência da injustiça da agressão por parte do agressor. 
D) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> a sua modalidade chamada putativa constitui excludente de ilicitude. 
E) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> quando resultar a morte do agressor, o excesso doloso que eventualmente lhe deu causa implica automaticamente na configuração do homicídio privilegiado. 
     
17 Em tema de concurso de pessoas, 
A) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> comunicam-se as circunstâncias objetivas ainda que o partícipe delas não tivesse conhecimento. 
B) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> responde pelo resultado quem, sem o dever de impedi-lo, mas podendo fazê-lo, se omitiu, assentindo com sua produção. 
C) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> no caso do infanticídio, a elementar estado puerperal jamais se comunica ao partícipe homem, que será condenado, se for o caso, por crime de homicídio. 
D) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> uma vez provado ausente o vínculo subjetivo entre os agentes, havendo incerteza quanto a quem imputar o resultado lesivo, devem todos ser absolvidos se um deles utilizou meio absolutamente impróprio para produzi-lo. 
E) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> é necessário que o executor material da infração tivesse conhecimento da atuação dos demais, que agiram com o propósito de auxiliá-lo a viabilizar o resultado lesivo. 
18 Quem, mentalmente são, pratica fato típico e antijurídico em estado de inconsciência, porque culposa ou voluntariamente sob influência do álcool, 
A) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> pode ser submetido a pena ou a medida de segurança, esta pelo prazo mínimo de um a três anos. 
B) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> pode ter a pena reduzida de um a dois terços. 
C) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> deve ter a pena reduzida de um a dois terços. 
D) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> deve ser submetido exclusivamente a medida de segurança. 
E) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> é apenado normalmente, por força da adoção da teoria da ''actio libera in causa''. 
19 Em relação aos fatos que podem, em tese, configurar os chamados crimes agravados pelo resultado, 
A) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> por ele só responde o agente que o tiver causado com dolo, direto ou eventual. 
B) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> por ele responde quem objetivamente lhe tenha dado causa, ainda que sem dolo ou culpa. 
C) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> o agente que dolosamente o produziu responde, na verdade, por crime autônomo, se existente e que corresponda a tal resultado. 
D) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> o agente é apenado segundo as regras do crime continuado, considerado o fato conseqüente como continuação do antecedente. 
E) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> responde o partícipe, mesmo que tal resultado não lhe fosse nem sequer previsível, porque o crime é uma unidade lógica e a responsabilidade de todos deve ser igual. 
     
20 A maioridade penal começa 
A) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> à zero hora do dia em que a pessoa completa dezoito anos de idade. 
B) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> à hora correspondente à de seu nascimento, no dia do décimo-oitavo aniversário. 
C) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> à meia-noite do dia do décimo-oitavo aniversário. 
D) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> ao meio-dia do dia primeiro de março, se a pessoa completaria dezoito anos no dia vinte e nove de fevereiro e o ano não for bissexto. 
E) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> ao meio-dia do dia do décimo-oitavo aniversário, na hipótese de ser desconhecida a hora exata do nascimento. 
21 A relação de causalidade 
A) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> é imprescindível nos crimes formais. 
B) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> é dispensável nos crimes materiais. 
C) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> é normativa no crimes omissivos impróprios ou comissivos por omissão. 
D) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> não está regulada, em nosso sistema, pela teoria da equivalência dos antecedentes causais. 
E) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> não fica excluída pela superveniência de causa relativamente independente. 
22 São pressupostos da culpabilidade 
A) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> a imputabilidade e a previsibilidade do resultado. 
B) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> a possibilidade de conhecer a ilicitude do fato e a falta de dever de cuidado. 
C) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> a exigibilidade de conduta diversa e a previsibilidade do resultado. 
D) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> a imputabilidade e a exigibilidade de conduta diversa. 
E) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> a falta de dever de cuidado e a imputabilidade 
     
23 Detido no exato momento em que, de arma em punho, anunciava roubo em agência do Banco do Brasil, quando ainda nada havia subtraído, Pedro, reincidente, de 20 anos de idade, foi, por fim, considerado incurso nos arts. 157, 2o, I, c.c art. 14, II, ambos do Código Penal. No caso, a redução da pena pela tentativa deve ser de 
A) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> 1/3 em razão das circunstâncias previstas no art. 59 do Código Penal. 
B) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> 2/3 em virtude do iter criminis percorrido. 
C) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> 2/3 em função da menoridade do réu. 
D) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> 1/3 em razão da reincidência do acusado. 
E) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> 1/3 em decorrência do iter criminis percorrido.24 Tentativa branca consiste: 
A) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> na investida agressiva, utilizando-se o agente dos próprios punhos; 
B) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> na inexistência de lesão na vítima; 
C) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> na execução obstada por uma norma penal em branco; 
D) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> em levar a efeito investida fracassada com instrumento cortante, perfurante ou pérfuro-cortante. 
25 Constituem elementos do fato típico culposo, exceto: 
A) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> resultado voluntário; 
B) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> previsibilidade objetiva; 
C) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> tipicidade; 
D) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> resultado. 
26 Pode ser sujeito passivo do delito de atentado violento ao pudor: 
A) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> somente a mulher; 
B) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> qualquer pessoa maior de catorze e menor de dezoito anos; 
C) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> qualquer pessoa, homem ou mulher, com qualquer idade; 
D) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> somente o homem. 
     
27 Quando o agente, disparando arma de fogo em direção a seu desafeto, mas, errando o alvo, vem a atingir pessoa não visada, pode-se dizer que ocorreu: 
A) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> Erro sobre pessoa; 
B) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> Erro na execução; 
C) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> Erro sobre objeto; 
D) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> Erro provocado por terceiro. 
28 Assinale a alternativa CORRETA:
Paulo resolve atirar em José que está conversando com Afonso. E mesmo prevendo que poderá atingir o terceiro (Afonso), não desiste do seu intento e atira, acertando-o. Responderá pelo crime a título de: 
A) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> dolo direto. 
B) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> dolo alternativo. 
C) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> dolo eventual. 
D) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> culpa inconsciente. 
E) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> dolo indireto. 
     
29 Assinale a alternativa CORRETA:
O arrependimento posterior do agente, nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, implica em redução da pena se: 
A) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> houver apreensão da coisa pela polícia, 
B) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> ocorrer devolução por coação moral ou física 
C) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> decisão judicial determinar a reparação. 
D) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> houver ressarcimento por terceiro. 
E) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> houver restituição ou reparação pessoal do agente. 
30 João subtrai uma furadeira pertencente a seu vizinho José, sem que este saiba disto, com o intuito de usá-la para pendurar um quadro na sala de sua casa, devolvendo-a intacta, minutos depois, no mesmo lugar. José descobre tal fato. Na hipótese, ocorreu 
A) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> apropriação indébita - art. 168, caput, do Código Penal. 
B) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> furto simples - art. 155, caput, do Código Penal. 
C) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> furto de uso, que é fato atípico. 
D) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> roubo simples - art. 157, caput, do Código Penal. 
31 Conforme está expresso em nosso Código Penal para ser caracterizada a figura do estado de necessidade torna-se necessário que o perigo ao qual está submetido o agente seja 
A) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> iminente e não atual. 
B) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> atual e não iminente. 
C) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> atual ou iminente. 
D) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> idêntico, em termos de atual ou iminente, ao da legítima defesa. 
32 A, imputável, comete o crime de furto. No dia seguinte ao recebimento da denúncia, restitui o objeto ao proprietário. O fato é: 
A) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> Irrelevante 
B) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> Atenuante 
C) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> Arrependimento posterior 
D) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> Tentativa 
E) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> Extinção da punibilidade 
33 A, imputável, jamaicano, sem assimilar a cultura brasileira, agindo como se estivesse em seu país, pratica conduta definida como crime, no Brasil. Na Jamaica, tal conduta é lícita. O fato configura erro de 
A) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> Tipo 
B) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> Fato 
C) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> Proibição 
D) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> Crime impossível 
E) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> Crime consumado
34 A, imputável, inicia atos de execução de um crime; antes de ocorrer o resultado, deixa de praticar os demais atos para atingir a consumação. A consumação não acontece.A hipótese configura: 
A) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> tentativa 
B) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> arrependimento posterior 
C) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> desistência voluntária 
D) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> arrependimento eficaz 
E) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> crime impossível 
35 Uma pessoa vai à praia com seu filho menor e, desejando refrescar-se nas águas do mar, pede a alguém que está ao lado para dar uma olhada na criança,recebendo desse um rápido assentimento. Enquanto a mãe dá seu mergulho, a criança corre, entra na água e morre afogada, porque a pessoa que deveria vigiá-la resolve dormir ao sol. Esta pessoa responderá pelo crime de: 
A) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> homicídio doloso; 
B) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> omissão de socorro; 
C) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> homicídio culposo; 
D) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> sua conduta será atípica, cabendo à mãe qualquer responsabilidade penal; 
E) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> homicídio preterdoloso. 
36  O erro sobre elementos constitutivos do tipo legal de crime:
a ( ) isenta de pena, se inevitável.
b ( ) exclui o dolo.
c ( ) exclui a ilicitude.
d ( ) exclui a culpabilidade.
e ( ) diminui a pena de um sexto a um terço, se evitável.
37 Erasto, por erro derivado de culpa, pensa que um ladrão se encontra em seu quintal e efetua disparos de arma de fogo contra ele, certo de que agia em legítima defesa de sua propriedade. Ao se aproximar da vítima verificou
que não era um ladrão, mas seu vizinho que fora visitá-lo. No caso, a
situação pode ser definida como:
a) culpa consciente
b) culpa imprópria
c) dolo específico
d) culpa própria
38 Julieta, desejando a morte de Romeu, ministra-lhe uma dose de veneno.
Arrependida, porém, ministra-lhe, ato contínuo, um antídoto, o que evita
que a morte ocorra. Apesar disso, vem a vítima a sofrer conseqüências
lesivas em seu organismo. Nesse caso, pode-se dizer que:
a) houve tentativa perfeita
b) configura-se caso de desistência voluntária
c) tipificou-se o delito de lesões corporais dolosas
d) Julieta deve responder por tentativa de homicídio
39 O CP dita determinadas regras gerais sobre assuntos que, muitas vezes,
são tratados por outras leis. Exemplos de tais assuntos são a ordem
tributária, o tóxico, a imprensa, o sistema financeiro e outros. Tal
hipotética contradição se traduz no conflito aparente de normas, que, no
nosso caso, será solucionado pela preponderância do princípio da:
a) absorçãob) especialidade
c) alternatividade
d) subsidiariedade
40 O filho intervêm, energicamente, a favor da mãe, diante das ameaças que
o pai, embriagado fazia a sua esposa. O pai bêbado não se conforma. Vai até
o guarda-roupa, retira de lá uma espingarda e, pelas costas, aciona várias
vezes o gatilho contra o próprio filho. Nada acontece. A mãe, pressentindo
aquele desfecho, havia retirado da arma todos os cartuchos. O pai cometeu:
a) crime falho
b) tentativa perfeita
c) crime impossível
d) tentativa imperfeita
41 Na visão de Damásio de Jesus, na teoria finalista da ação, crime é o
fato típico e ilícito. Portanto, segundo ele, a culpabilidade não faz parte
do conceito de crime, sendo mero pressuposto de aplicação da pena. Assim,
são requisitos da culpabilidade:
a) imputabilidade, exigibilidade de conduta diversa e potencial consciência
da ilicitude.
b) imputabilidade, culpa e possibilidade de conhecimento do ilícito
c) imputabilidade, dolo e exigibilidade de conduta diversa
d) dolo, culpa e preterdolo
42 Segundo a legislação penal e a doutrina, a alternativa correta é:
a) a legítima defesa é causa especial de diminuição de pena
b) pode haver legítima defesa contra legítima defesa
c) a legítima defesa é uma circunstância atenuante
d) pode-se agir em legítima defesa putativa.
43 João, pretendendo matar José, atira em sua direção mas, por erro de
pontaria, atinge Pedro, causando a morte deste último, que estava ao lado
de José. Trata-se de:
a) erro de execução (aberratio ictus)
b) erro sobre o objeto (error in objecto)
c) erro sobre a pessoa (error in persona)
d) resultado diverso do pretendido pelo agente
44 A tentativa é inadmissível no crime:
a) doloso
b) material
c) unissubsistente
d) omissivo impróprio
45 Confrontando o arrependimento eficaz com a desistência voluntária, no
campo penal, é correto dizer que:
a) enquanto o arrependimento eficaz se volta para evitar o resultado de uma
ação delituosa já praticada, a desistência voluntária se dirige contra a
continuidade do processo de execução de uma ação típica começada
b) enquanto o arrependimento eficaz isenta o agente dos atos típicos
anteriormente praticados, a desistência voluntária não produz essa isenção
c) somente quanto aos efeitos punitivos as duas figuras se equivalem à
tentativa
d) ambos produzem uma redução de pena de um a dois terços
46 O termo "ofendículos", em tema de legítima defesa, significa:
a) sujeitos ativos atingidos pela legítima defesa
b) sujeitos passivos atingidos pela legítima defesa
c) ofensa inicial ao bem jurídico atingido, a qual motiva a legítima defesa
d) aparato para defender o patrimônio ou qualquer bem jurídico de ataque ou
ameaça
47 A coação moral irresistível é causa de:
a) extinção de punibilidade
b) exclusão de culpabilidade
c) exclusão da antijuridicidade
d) diminuição especial da pena
48 Patrício da Silva lesiona levemente Carlos Sá, que é conduzido ao Hospital por um terceiro. No trajeto, o veículo transportador veio a colidir com outro, por imprudência de seu guiador, resultando na morte de Carlos Sá. Pode-se afirmar que:
a)Patrício responderá pelo homicídio culposo; 
b)Patrício e o guiador do veículo são co-autores dos crimes; 
c)Patrício não responderá pela lesão em virtude da mesma haver sido absorvida pela morte de Carlos Sá (homicídio); 
d) Patrício não responderá pelo homicídio em razão de se tratar de causa superveniente relativamente independente.
49 Márcia Má, pretendendo matar o filho, deixa de amamentá-lo. Qual o tipo de crime que praticou?
a) ( ) Comissivo propriamente dito;
b) ( ) Omissivo próprio;
c) ( ) Comissivo por omissão;
d) ( ) Nenhuma das alternativas acima.
50 Danilo Danado, coloca veneno na alimentação de João Coitado e, quando este está se alimentando, é vitimado por um raio, vindo a falecer em conseqüência disto. Consoante a teoria da causalidade, é correto classificar a causa da morte como sendo:
a) ( ) Causa concomitante absolutamente independente;
b) ( ) Causa preexistente absolutamente independente;
c) ( ) Causa superveniente absolutamente independente;
d) ( ) Causa superveniente relativamente independente.
 
51 Ainda com relação à teoria da causalidade é incorreto afirmar que:
a) ( ) A causa preexistente, absolutamente independente, que, por si só, produz o resultado, não pode ser imputada ao agente;
b) ( ) A causa superveniente relativamente independente em relação à conduta do agente deve ser imputada a ele;
c) ( ) A causa preexistente relativamente independente em relação à conduta do agente não pode ser imputada a ele;
d) ( ) A causa concomitante, absolutamente independente, que, por si só, produz o resultado não pode ser imputada ao agente;
52 Avalie as afirmativas que se seguem e, logo após, assinale a seqüência correta.
I – Nos crimes materiais, de ação e de resultado, o momento consumativo é o da produção deste.
II – Nos crimes permanentes, a consumação se protrai no tempo, desde o instante em que se reúnem os seus elementos constitutivos típicos, até que cesse o comportamento do agente.
III – Nos crimes formais, a consumação ocorre no momento da produção do resultado ilícito.
IV – Nos crimes culposos não há possibilidade de identificar o momento consumativo.
a)apenas as afirmativas "I" e "II" estão corretas.
b)apenas as afirmativas "I" , "II" e "III" estão corretas.
c)apenas as afirmativas "III" e "IV" estão corretas.
d)todas as afirmativas estão corretas.
 
53 O homicídio praticado sob coação a que o agente poderia resistir implica no reconhecimento:
a)-( ) De causa que isente o agente de pena;
b)-( ) De causa que privilegia o agente;
c)-( ) De circunstância que atenua a pena do agente;
d)-( ) De causa que qualifica o homicídio. 
54 A., com dolo de homicídio, fere mortalmente B., que é levado a um hospital. Operado em condições de emergência, B. tinha boas probabilidades de sobrevivência, não fosse por insuficiência renal de que era portador havia vários anos, e que determinou complicações no pós-operatório, causa imediata de sua morte.De acordo com nosso Código Penal, A: 
A.( ) Responde por homicídio tentado. 
B.( ) Responde por homicídio consumado. 
C.( ) Responde por lesão corporal grave. 
D.( ) Responde por lesão corporal seguida de morte (homicídio preterdoloso). 
55 Da janela de seu apartamento, no 10o andar de edifício de classe média alta, A. percebe um garoto riscando a lataria de seu novo automóvel, estacionado na calçada fronteira. Irritado, apanha seu revólver (devidamente legalizado) e dispara um tiro na direção do garoto. Não tem, efetivamente, intenção de matar ou mesmo ferir o menino, mas, em sua exaltação, qualquer desses resultados lhe é indiferente. Atingido na cabeça, o garoto morre.Em nossa legislação penal, a hipótese configura: 
A.( ) Dolo direto. 
B.( ) Dolo eventual. 
C.( ) Culpa consciente. 
D.( ) Preterdolo. 
56 Uma "pegadinha" de popular programa de TV consistia em convidar uma "vítima" para visita a um sítio ecológico, onde, a certa altura, um ator, fantasiado de gorila, saltava inopinadamente de trás de um arbusto, grunhindo e gesticulando como se fosse atacar o incauto. Este, em geral, fugia apavorado, arrancando gargalhadas dos espectadores. Uma das "vítimas", porém, mesmo assustada, conseguiu apanhar um porrete, com ele desferindo violento golpe na cabeça da "fera", que desabou no solo. A violência do golpe provocou concussão cerebral, com risco de vida para o ator, que, todavia, recuperou-se totalmente.Considerando que a 'vítima" da brincadeira julgava mesmo estar diante de perigoso animal, a hipótese configura, na sistemática da nossa lei penal: 
A.( ) Erro na execução ("aberratio ictus"). 
B.( ) Resultado diverso do pretendido ("aberratio delicti"). 
C.( ) Erro sobre a ilicitude do fato (erro de proibição). 
D.( ) Erro de tipo.
 
57 Ulisses seqüestrou a adolescente Penélope com o fim de obter certaquantia como resgate, levando-a para o Estado do Rio.  Uma semana após, Ulisses descobriu que seqüestrara a pessoa errada e que Penélope era moça pertencente a família muito pobre.  Diante disto, espontaneamente, libertou Penélope, ilesa, sem nada receber.  Ocorre que, enquanto Ulisses mantinha Penélope privada de sua liberdade, outra lei entrou em vigor, dispondo de modo mais severo quanto à punição do crime.
Assinale a alternativa correta.
 A.  A lei posterior será aplicada no caso narrado, pois "extorsão mediante
seqüestro" é crime permanente.
B.  O fato praticado por Ulisses tipifica-se como crime impossível.
C.  No caso, não será aplicada a lei mais severa, pois a Constituição somente admite a retroatividade de lei posterior mais benéfica.
D.  De acordo com o Código Penal, Ulisses responderá por tentativa de
"extorsão mediante seqüestro".
58 "A" desejando matar "B" vai a sua casa e, pela madrugada penetra no quarto onde "B" dormia, descarregando o revólver que portava. Em seguida se retira. Submetido a exame cadavérico os legistas concluem que "B" morrera em razão de um enfarto horas antes de ser atingido por "A".
a)Houve Homicídio doloso com a qualificadora do meio que tornou e impossibilitou a defesa da vítima
b) Houve Homicídio tentado
c) Deu-se crime impossível por impropriedade do objeto material
d) Deu-se violação a cadáver
59 Culpa consciente é aquela em que:
a) o agente prevê o resultado e, conscientemente, assume o risco de produzi-lo
b) o agente prevê o resultado mas, espera, sinceramente, que ele não ocorrerá
c) o agente não tem previsão quanto ao resultado, mas apenas a previsibilidade do mesmo
d) o agente não tem previsão quanto ao resultado, mas, conscientemente, o considera previsível
e) o agente tem previsão quanto ao resultado e, mesmo assim, atua, pouco importando se ele ocorrerá ou não
60 O Código Penal prevê em seu artigo 14, parágrafo único, que a tentativa deve ser punida com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços. O critério para tal diminuição de pena é aferido:
(A)   pelos antecedentes do réu.
(B)   Pela gravidade do delito.
(C)   Pela intensidade do dolo.
(D)   Pela personalidade e conduta social do réu.
(E)   Pelo percurso entre o início da execução do crime e sua consumação.
61 Sandra, jovem de dezessete anos de idade, inabilitada para conduzir veículo automotor, com a devida autorização de seu genitor senhor Getúlio D. Za Tento, saiu para passear com o veículo de propriedade do pai e dirigindo em alta velocidade atropelou Maria das Dores, causando-lhe lesões corporais gravíssimas as quais causaram a morte da vítima. Acerca da situação hipotética proposta, é correto afirmar à luz do Código Penal, que Getúlio responderá por:
 a lesões corporais dolosas seguidas de morte (crime comissivo por omissão).
 b homicídio doloso (crime omissivo).
 c homicídio doloso (crime comissivo por omissão).
 d homicídio culposo (crime comissivo por omissão). 
 e homicídio culposo (crime comissivo).
62 Em matéria de direito penal, julgue os itens apresentados.
I. A omissão é penalmente irrelevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. 
II. A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. 
III. É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima, ainda que o erro derive de culpa e o fato seja punível como crime culposo. 
IV. O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime. 
V. O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço. 
Estão corretos os itens contidos em 
 a II, IV e V, apenas.
 b I, II, III, IV e V.
 c I, II, III e IV, apenas.
 d IV e V, apenas.
 e III, IV e V, apenas.
63 No que concerne aos elementos do crime, é correto afirmar que 
 a a inexigibilidade de conduta diversa constitui causa supralegal de exclusão da ilicitude. 
 b o dolo e a culpa integram, respectivamente, a tipicidade e a culpabilidade, segundo a teoria finalista da ação. 
 c o chamado princípio da insignificância exclui a tipicidade formal da conduta. 
 d a coação moral irresistível constitui causa de exclusão da antijuridicidade. 
 e o consentimento do ofendido pode conduzir à exclusão da tipicidade.
64 José, juiz de direito do Tribunal de Justiça de São Paulo, depara-se com um processo em que figura na condição de ré uma grande amiga de infância de sua filha. Não havendo causa de impedimento ou suspeição, separa o processo para proferir, com calma, na manhã seguinte, uma sentença condenatória bem fundamentada, pois sabe que sua filha ficaria chateada diante de sua decisão. Ocorre que, por descuido, esqueceu o processo no armário de seu gabinete por 06 meses, causando a prescrição da pretensão punitiva. Considerando a hipótese narrada, é correto afirmar que a conduta de José: 
 a é atípica, sob o ponto de vista do Direito Penal;
 b configura a prática do crime de prevaricação, pois presente o elemento subjetivo da satisfação de sentimento pessoal;
 c configura a prática do crime de condescendência criminosa; 
 d configura a prática do crime de prevaricação, bastando para tanto o dolo genérico;
 e configura a prática do crime de corrupção passiva. 
65 Mário, ao chegar em casa, deparou-se com uma tragédia. Seu filho, André, um jovem de 20 anos, manuseava, sem o cuidado devido, uma arma de fogo pertencente a seu pai, quando esta acidentalmente disparou e o projétil veio a atingir uma funcionária da casa. Sabendo que o disparo fora acidental, mas temendo pelas consequências do lamentável episódio para a vida de seu filho, optou Mário por não procurar as autoridades policiais. Ao contrário, ao anoitecer, transportou o corpo para um terreno baldio existente no seu bairro e ali o deixou. Ocorre que a funcionária em questão, na verdade, estava apenas ferida e acabou sendo encontrada e levada para o hospital. 
Sobre as condutas de Mário e André, é correto afirmar que:
 a Mário deve ser punido pelo crime de ocultação de cadáver e André pelo de lesão corporal culposa.
 b Mário deve ser punido pelo crime de ocultação de cadáver e André pelo de homicídio na forma tentada.
 c Mário deve ser punido pelo crime de ocultação de cadáver, na forma tentada, e André pelo de lesão corporal, também na forma tentada.
 d Mário deve ser punido pelo crime de ocultação de cadáver, e André deve ser punido pelo de homicídio, também na forma tentada.
 e Mário não deve ser punido pela prática de crime e André deve ser punido pela prática do crime de lesão corporal culposa. 
66 Assinale a alternativa correta no tocante às previsões relati​vas aos crimes no Código Penal.
 a Para a omissão ser considerada penalmente relevan​te, é suficiente que o omitente possa agir para evitar o resultado.
 b Diz-​se o crime tentado, quando, iniciada a preparação, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.
 c O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui a culpabilidade e isenta de pena o autor do crime.
 d O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-​la de um sexto a um terço. 
 e Se o fato criminoso é cometido em estrita obediência à ordem manifestamente ilegal de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem.
67 Manoel estava cortando uma laranja com um canivete em seu sítio, distraído, quando seu primo, Paulo, por mera brincadeira, veio por trás e deu um grito. Em razão do susto, Manoel virou subitamente, ferindo Paulo no pescoço, provocando uma lesão que o levou a óbito. Logo,Manoel:a não praticou crime, pois agiu por ato reflexo.
 b praticou o crime de homicídio culposo.
 c praticou o crime de homicídio doloso por dolo direto.
 d praticou crime de homicídio doloso por dolo eventual.
 e praticou crime de lesão corporal seguida de morte.
68 Assinale a opção correta a respeito dos institutos da desistência voluntária, do arrependimento eficaz e do arrependimento posterior.
 A A voluntariedade e a espontaneidade da interrupção da execução do crime são requisitos caracterizadores fundamentais das hipóteses de desistência voluntária.
 B Conforme previsto no CP, a consequência penal do arrependimento eficaz é a mesma do arrependimento posterior.
 C Caso a restituição da coisa ou a reparação do dano se dê até o recebimento da denúncia, configurar-se-á o arrependimento posterior. Caso se dê após o recebimento da denúncia e até a sentença, a restituição ou reparação será considerada circunstância atenuante.
 D No arrependimento posterior, o agente pratica todos os atos executórios, e, arrependido, assume nova conduta, visando impedir que o resultado inicialmente almejado se concretize.
 E De acordo com o artigo pertinente do CP, a restituição da coisa, quando cabível e desde que feita até o recebimento da denúncia, é condição indispensável para a redução da pena em razão do arrependimento posterior, mas a recusa do ofendido em receber a coisa de volta inviabilizará a referida causa de diminuição da pena.
69 A respeito do dolo e da culpa, é correto afirmar que
 a na culpa consciente o agente prevê o resultado e admite a sua ocorrência como consequência provável da sua conduta.
 b no dolo eventual o agente prevê a ocorrência do resultado, mas espera sinceramente que ele não aconteça.
 c a imprudência é a ausência de precaução, a falta de adoção das cautelas exigíveis por parte do agente.
 d a imperícia é a prática de conduta arriscada ou perigosa, aferida pelo comportamento do homem médio.
 e é previsível o fato cujo possível superveniência não escapa à perspicácia comum.
70 Após uma violenta discussão, A resolve matar B afogado e joga seu desafeto de cima de uma ponte. B acaba por morrer após bater a cabeça no pilar da ponte e não por afogamento. Assinale a alternativa correta:
 a A deve responder dolosamente pela morte de B, já que o resultado concreto (realização do perigo) corresponde à realização do plano do autor.
 b A deve responder culposamente, tratando-se o resultado de um desvio causal regular e previsível, incompatível com o dolo do autor (representação do resultado como ocorreu).
 c A deve responder dolosamente, já que o resultado é causa superveniente relativamente independente da conduta do autor, tendo esta produzido o resultado “por si só”. A doutrina chama a hipótese de “troca de dolo”, constituindo a situação uma mudança do objeto do dolo.
 d A deve responder culposamente, já que sua conduta foi imprudente (culpa consciente). Trata-se na hipótese do chamado aberratio causae ou “culpa geral”.
71 Complete corretamente as frases abaixo assinalando a alternativa correta.
I- Configura-se o crime _____________, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal. 
II- Configura-se o crime _____________, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo. 
III- Configura o crime _____________, quando por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, a finalização e consumação do ato típico, antijurídico e culpável é afetada. 
IV- Configura – se o crime _____________, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia.
 a I. doloso; II. culposo. III. impossível; IV. consumado
 b I. consumado; II. doloso; III. impossível; IV. Culposo 
 c I. impossível; II. consumado; III. culposo; IV. doloso
 d I. culposo, II. impossível, III. doloso; IV. Consumado
72 O elemento subjetivo derivado por extensão ou assimilação decorrente do erro de tipo evitável nas descriminantes putativas ou do excesso nas causas de justificação amolda-se ao conceito de 
 a culpa imprópria. 
 b dolo eventual. 
 c culpa inconsciente. 
 d culpa consciente. 
 e dolo direto. 
73 Com referência ao crime tentado, à desistência voluntária e ao crime culposo, julgue o próximo item.
No direito penal brasileiro, admite-se a compensação de culpas no caso de duas ou mais pessoas concorrerem culposamente para a produção de um resultado naturalístico, respondendo cada um, nesse caso, na medida de suas culpabilidades.
( ) Certo ( ) Errado
74 A respeito do dolo e da culpa, é correto afirmar que
a) na culpa consciente o agente prevê o resultado e admite a sua ocorrência como consequência provável da sua conduta.
b) no dolo eventual o agente prevê a ocorrência do resultado, mas espera sinceramente que ele não aconteça.
c) a imprudência é a ausência de precaução, a falta de adoção das cautelas exigíveis por parte do agente.
d) a imperícia é a prática de conduta arriscada ou perigosa, aferida pelo comportamento do homem médio.
e) é previsível o fato cujo possível superveniência não escapa à perspicácia comum.
75 Referente à Teoria Geral do Crime, é correto afirmar:
a) O erro de tipo essencial invencível exclui o dolo, mas permite a punição de crime culposo, se previsto em lei.
b) O estado de necessidade agressivo ocorre quando o ato necessário se dirige contra a coisa que promana o perigo para o bem jurídico defendido.
c) No caso de excesso culposo da legítima defesa, embora o agente somente possa resultar punido com a pena do crime culposo, quando prevista em lei esta estrutura típica, a vontade deste é dirigida ao resultado, de modo que age, na realidade, dolosamente, mas, por erro vencível ou evitável, não sabe que transpôs os limites legais da causa de justificação e exercita defesa desnecessária.
d) Nas discriminantes putativas, quando o erro recair sobre os limites ou o alcance da justificativa, estaremos diante do erro de tipo permissivo.
e) Tanto a legítima defesa como o estado de necessidade possuem o caráter de agressão autorizada a bens jurídicos, com diferença, entretanto, de que no estado de necessidade ocorre uma ação predominantemente defensiva com aspectos agressivos, ao passo que na legítima defesa se dá uma ação predominantemente agressiva com aspectos defensivos.
76 Gisele trafegava em velocidade compatível com a via quando teve seu veículo abalroado pelo carro de Luiz. Como ele estava embriagado, evadiu-se do local deixando Gisele com ferimentos insignificantes. Esta chamou a polícia rodoviária que atendeu à ocorrência indo ao local do acidente. Chegando lá os oficiais entenderam por bem colocar a jovem na viatura e levá-la até o pronto-socorro mais próximo a fim de afastar qualquer suspeita de ferimentos internos. No trajeto até o pronto-socorro foram atingidos pela caminhonete de Bernardo, que vinha em alta velocidade e furou um sinal vermelho. Pela intensidade do choque Gisele veio a óbito no local do acidente em razão de traumatismo craniano provocado pela segunda batida.
Sabendo que não foi feita prova que pudesse atestar a alcoolemia de Luiz, assinale a alternativa correta.
a Bernardo vai responder por homicídio culposo.
b Luiz vai responder por homicídio doloso, porque estava embriagado.
c Luiz vai responder por homicídio culposo e por dirigir embriagado.
d Luiz vai responder pela evasão do local do sinistro e pela lesão corporal leve sofrida por Gisele.
e Luiz vai responder por homicídio culposo já que a primeira batida possui nexo de causalidade com o resultado final.
77 Assinale a alternativa correta.
 a A compensação de culpa deve ser aplicada para efeito de responsabilização do resultado lesivo causado no direito penal pátrio.
 b A culpa inconsciente ocorre quando o agente prevê o resultado, mas espera que ele não ocorra.
 c Para caracterização da conduta típica culposa basta a inobservância do dever de cuidado doagente.
 d O dolo alternativo consiste na vontade e consentimento do agente a produzir um ou outro resultado.
78 Sobre o crime doloso e o crime culposo, é incorreto afirmar que:
a Dolo é a consciência e a vontade na realização da conduta descrita em um tipo penal.
b O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei.
c Haverá dolo eventual quando o agente não quiser diretamente a realização do tipo, mas aceitá-la como possível ou até provável, assumindo o risco da produção do resultado.
d Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver causado ao menos culposamente.
e A coação moral irresistível exclui o dolo.
79 Dadas as assertivas abaixo, assinale a alternativa correta. 
Segundo a doutrina, é correto afirmar: 
I. No dolo eventual, une-se o assentimento à assunção do risco, a partir da posição do agente que tem consciência de que pode ocorrer o resultado e assim mesmo age. Na culpa consciente, assoma ao espírito do agente a possibilidade de causação do resultado, mas confia ele que esse resultado não sucederá. A distinção é relevante, por exemplo, nos casos de homicídio. 
II. No crime material ou de ação e evento, o fato praticado tem relevância penal se, à ação praticada, une-se, por nexo de causalidade, um resultado exterior destacado da ação e considerado consequência essencial à configuração típica. 
III. Nos crimes em que o dano se destaca da ação, e esta se desenrola por uma trilha conduzente à produção do resultado danoso, o legislador pune essa ação, mesmo que não venha a efetivamente atingir o resultado, criando-se, todavia, uma situação perigosa ao bem jurídico, que não foi lesado apenas por razões independentes da vontade do agente, pois a ação era potencialmente lesiva. Eis a definição do crime de perigo abstrato. 
IV. Em síntese, o tipo penal reproduz, de forma paradigmática, a ação tal como é na realidade, ou seja, caracterizada por um significado axiológico como menosprezo a um valor digno de tutela. Havendo plena congruência entre ação, nos seus elementos objetivos, subjetivos e valorativos, e o que se descreve no modo abstrato no tipo penal, dá-se a adequação típica.
a) Está incorreta apenas a assertiva I.
b) Está incorreta apenas a assertiva II.
c) Está incorreta apenas a assertiva III. 
d) Estão incorretas todas as assertivas.
e) Estão corretas todas as assertivas.
80 Com relação ao estudo do dolo e da culpa no Direito Penal, assinale a afirmativa incorreta. 
a) O Código Penal não apresenta o conceito de crime culposo, tratando-se de tipo aberto, devendo o juiz, no caso concreto, promover um juízo de valor. 
b) São elementos do crime culposo: conduta voluntária, inobservância de um dever objetivo de cuidado; resultado lesivo não querido, tampouco assumido, pelo agente; nexo causal entre a conduta descuidada e o resultado; previsibilidade; tipicidade. 
c) Na culpa consciente, o agente prevê o resultado e pratica a conduta acreditando que ele não irá ocorrer; na culpa inconsciente, embora previsível o resultado, o agente não o prevê.
d) Para a teoria causal, no dolo há um elemento de natureza normativa, qual seja, a consciência do ilícito (dolo normativo). 
e) A doutrina brasileira, de forma amplamente majoritária, admite a coautoria nos crimes culposos, inclusive a participação. 
81 Em direito penal: 
I. Reconhecida a tentativa, a pena há de ser diminuída na proporção inversa do iter criminis percorrido pelo agente. 
II. A causalidade, nos crimes comissivos por omissão, não é fática, mas jurídica, consistente em não haver atuado o omitente, como devia e podia, para impedir o resultado. 
III. O crime culposo comissivo por omissão pressupõe a violação por parte do omitente do dever de agir para impedir o resultado. 
IV. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, exclui a punibilidade e se confunde com o desconhecimento da lei. 
Está correto o que se afirma APENAS em
 a I, II e III.
 b I, II e IV.
 c II, III e IV.
 d III e IV.
 e I e III.
82 A respeito das fases do iter criminis, assinale a opção correta.
 A O crime de concussão é classificado pela doutrina como material, não bastando, portanto, para sua consumação, a mera exigência de vantagem indevida para si ou para outrem, direta ou indiretamente.
 B Configura-se tentativa imperfeita ou crime falho se o agente esgota todos os atos executórios e, por circunstâncias alheias a sua vontade, o crime não se consuma.
 C Dado o princípio da alteridade, a atitude meramente interna do agente não pode ser incriminada, razão pela qual não se pune a cogitação.
 D No direito brasileiro, os atos preparatórios não são puníveis em nenhuma circunstância, nem mesmo como tipo penal autônomo.
 E O crime de falsificação de documento público é crime material e, portanto, somente se consuma por ocasião do dano provocado pela aludida falsificação.
83 Um agente alvejou vítima com disparo e, embora tenha iniciado a execução do ilícito, não exauriu toda a sua potencialidade lesiva ante a falha da arma de fogo empregada, fugindo do local do crime em seguida.
Nessa situação hipotética, a atitude do agente configura
A tentativa perfeita ou crime falho, pois a execução foi concluída, mas o crime não se consumou.
B arrependimento eficaz, uma vez que ele, após ter esgotado todos os meios de que dispunha, evitou que o resultado acontecesse.
C crime impossível por absoluta ineficácia do meio empregado para a realização do crime visado.
D tentativa imperfeita, pois ele não conseguiu praticar todos os atos executórios necessários à consumação, por interferência externa.
E a desistência voluntária, pois ele, voluntariamente, desistiu de prosseguir na execução.
84 O Código Penal (CP) estabelece que o crime é tentado quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. A partir dessa definição, é correto afirmar que é admitida a tentativa na infração penal
A habitual, como, por exemplo, no crime de submeter criança ou adolescente à prostituição.
B culposa própria, como, por exemplo, no crime de homicídio culposo.
C omissiva própria, como, por exemplo, no crime de deixar a autoridade competente, sem justa causa, de ordenar a imediata liberação de adolescente ao tomar conhecimento da ilegalidade da apreensão.
D preterdolosa, como, por exemplo, no crime de lesão corporal seguida de morte.
E instantânea, como, por exemplo, no crime de desobediência cometido na forma comissiva.
85 Humberto e Cristina, casados há 3 anos, já não vivem aquela felicidade dos tempos de namoro. Muitos problemas financeiros e o ciúme incontrolável do marido fizeram com que Cristina decidisse separar-se de Humberto, que não concorda e não quer se separar de sua mulher. Certo dia, Cristina fez as malas e foi embora, morar com sua mãe. Humberto, enfurecido e inconformado, decidiu atear fogo à casa da mãe de Cristina. Arremessou uma mecha acesa pela janela da casa, que, no momento, estava vazia. O fogo alastrou pelo sofá, mas foi apagado pelos vizinhos antes de tomar conta de toda a casa. 
Com base na narrativa, pode-se afirmar que Humberto responderá por
 a incêndio doloso consumado.
 b incêndio culposo, com causa de aumento de pena.
 c tentativa de incêndio doloso.
 d tentativa de incêndio culposo.
 e incêndio doloso qualificado.
86 A respeito do crime consumado e do crime tentado, da desistência voluntária, do arrependimento eficaz e do arrependimento posterior, considere: 
I. Há desistência voluntária quando o agente, embora tenha iniciado a execução de um delito, desiste de prosseguir na realização típica, atendendo sugestão de terceiro. 
II. A redução de um a dois terços da pena em razão do reconhecimento do crime tentado deve ser estabelecidade acordo com as circunstâncias agravantes ou atenuantes porventura existentes. 
III. Há arrependimento eficaz, quando o agente, após ter esgotado os meios de que dispunha para a prática do crime, arrepende-se e tenta, sem êxito, por todas as formas, impedir a consumação. 
IV. Em todos os crimes contra o patrimônio, o arrependimento posterior consistente na reparação voluntária e completa do prejuízo causado, implica a redução obrigatória da pena de um a dois terços. 
V. Há crime impossível quando a consumação não ocorre pela utilização de meio relativamente inidôneo para produzir o resultado. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
 a I. 
 b I e II.
 c III e IV.
 d IV.
 e II e V.
87 Sobre a aplicação dos elementos da teoria geral do delito, assinale a alternativa correta. 
 a Adamastor, tomado por ciúmes e agindo com animus necandi, desferiu três disparos de arma de fogo calibre .38 contra Bento, que atualmente namora sua ex-companheira Catarina. O primeiro tiro atingiu a região lateral esquerda do pescoço da vítima, enquanto os demais se alojaram na região inferior de sua perna esquerda, próximo ao joelho. Logo após os disparos, contudo, o próprio autor, assustado com o desfecho de sua ação, contatou o SAMU e o Hospital de Pronto Socorro, a fim de que a vítima fosse socorrida e recebesse atendimento médico de urgência, o que efetivamente veio a ocorrer em face do pronto atendimento de uma ambulância. Em que pese não ter corrido risco de vida, Bento recebeu alta médica após permanecer internado durante 45 dias. Pelo exposto, é correto tipificar a conduta de Adamastor como um crime de lesão corporal grave. 
 b O erro quanto à pessoa e o erro na execução do crime fazem com que o agente responda pelos resultados típicos alcançados, não sendo levadas em consideração as condições e características das vítimas que efetivamente pretendia atingir. 
 c A legítima defesa putativa própria caracteriza-se por uma intepretação equivocada do agente em relação às circunstâncias reais de uma determinada situação fática, fazendo-o acreditar que está sofrendo (ou na iminência de sofrer) uma agressão injusta, e seu reconhecimento tem como consequência legal o afastamento da ilicitude da conduta, ainda que tal equívoco interpretativo decorra de culpa do próprio agente. 
 d Quando reconhecido que a conduta delitiva decorre de coação irresistível ou do cumprimento de ordem de superior hierárquico não manifestamente ilegal, o agente que a praticou terá sua pena diminuída de um sexto a um terço. 
 e Reconhecida a intenção do coautor de participar de crime menos grave, o juiz deverá aplicar-lhe a pena em relação ao mesmo crime dos demais acusados, diminuindo-a, todavia, de um sexto até a metade. 
88 A, cidadão americano, vem para o Brasil em férias, trazendo alguns cigarros de maconha. Está ciente que mesmo em seu país o consumo da substância não é amplamente permitido, mas, como possui câncer em fase avançada, possui receita médica emitida por especialista americano para utilizar substâncias que possuam THC. Ao passar pelo controle policial do aeroporto, é detido pelo crime de tráfico de drogas. Nesta situação, é possível alegar que A encontrava-se em situação de erro de:
 a tipo.
 b tipo permissivo.
 c proibição direto.
 d proibição indireto.
 e tipo indireto.
89 Maria, a fim de cuidar do machucado de seu filho que acabou de cair da bicicleta, aplica sobre o ferimento da criança ácido corrosivo, pensando tratar-se de uma pomada cicatrizante, vindo a agravar o ferimento. A situação descrita retrata hipótese tratada no Código Penal como:
 a erro de proibição.
 b erro na execução.
 c estado de necessidade.
 d exercício regular de direito.
 e erro de tipo.
90 Em matéria de direito penal, julgue os itens apresentados.
I. A omissão é penalmente irrelevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. 
II. A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. 
III. É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima, ainda que o erro derive de culpa e o fato seja punível como crime culposo. 
IV. O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime. 
V. O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço. 
Estão corretos os itens contidos em 
 a II, IV e V, apenas.
 b I, II, III, IV e V.
 c I, II, III e IV, apenas.
 d IV e V, apenas.
 e III, IV e V, apenas.
91 Se o agente oferece propina a um empregado de uma sociedade de economia mista, supondo ser funcionário de empresa privada com interesse exclusivamente particular, incide em
 a erro sobre a pessoa.
 b descriminante putativa.
 c erro de tipo.
 d erro sobre a ilicitude do fato inevitável.
 e erro sobre a ilicitude do fato evitável.
92 Em matéria de erro, correto afirmar que
 a o erro sobre a ilicitude do fato exclui a culpabilidade, por não exigibilidade de conduta diversa
 b o erro sobre elemento constitutivo do tipo penal não exclui a possibilidade de punição por crime culposo. 
 c o erro sobre a ilicitude do fato, se evitável, isenta de pena.
 d o erro sobre elemento constitutivo do tipo penal exclui a culpabilidade.
 e o erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena, considerando-se as condições ou qualidades da vítima, e não as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime.
93 Considere que João, maior de dezoito anos de idade, tenha praticado crime de natureza grave, sendo, por consequência, processado e, ao final, condenado. Considere, ainda, que, no curso da ação penal, tenha sido constatado pericialmente que João, ao tempo do crime, tinha reduzida a capacidade de compreensão ou vontade, comprovando-se a sua semi-imputabilidade. Nessa situação, caberá a imposição cumulativa de pena, reduzida de um terço a dois terços e de medida de segurança.
 ( ) Certo ( ) Errado
94 Marcos, de cinquenta anos de idade, com histórico bem documentado de esquizofrenia paranoide, assim que entrou em casa, após um dia de trabalho, encontrou a esposa com o amante e os matou com uma faca de cozinha. Após o crime, Marcos tentou esconder os corpos em um buraco cavado no jardim e eliminou os sinais de sangue do interior de sua residência.
Tendo como referência a situação hipotética apresentada acima, julgue o seguinte item.
Por ser portador de esquizofrenia paranoide, Marcos deve ser considerado inimputável e deverá ser submetido a medida de segurança.
 ( ) Certo ( ) Errado
95 Assinale a única alternativa correta.
 a É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo do resultado do crime, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
 b É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
 c É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, havia sido, ao tempo da ação ou da omissão, civilmente interditado.
 d É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, ao tempo da ação ou da omissão, não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
96 São pressupostos da culpabilidade
 a a falta de cuidado, a previsibilidade do resultado e a exigibilidade deconduta diversa.
 b a imputabilidade, a possibilidade de conhecimento da ilicitude e a falta de cuidado.
 c a previsibilidade do resultado, a imputabilidade e a falta de cuidado.
 d a possibilidade de conhecer a ilicitude, a exigibilidade de conduta diversa e a falta de cuidado.
 e a imputabilidade, a possibilidade de conhecer a ilicitude e a exigibilidade de conduta diversa. 
97 A doença mental, a perturbação de saúde mental e o desenvolvimento mental incompleto ou retardado
 a refletem na culpabilidade, de modo a excluí-la ou a atenuá-la. 
 b excluem a ilicitude da conduta.
 c isentam sempre de pena.
 d extinguem a punibilidade.
 e excluem a tipicidade.
98 É adequado afirmar que
a o estado de necessidade, a legítima defesa, o estrito cumprimento do dever legal a obediência hierárquica e o exercício regular de direito excluem a ilicitude.
b a embriaguez total, proveniente de caso fortuito ou força maior, exclui a tipicidade; 
c a coação física irresistível exclui a culpabilidade;
d a imputabilidade do agente, a possibilidade dele conhecer a ilicitude de seu comportamento e a exigibilidade de conduta diversa são pressupostos da culpabilidade. 
99 Caracteriza-se a autoria colateral na hipótese de dois agentes, imputáveis, cada um deles desconhecendo a conduta do outro, praticarem atos convergentes para a produção de um delito a que ambos visem, mas o resultado ocorrer em virtude do comportamento de apenas um deles.
 ( ) Certo ( ) Errado
100 Acerca do concurso de agentes, assinale a opção correta conforme a legislação de regência e a jurisprudência do STJ.
 a A ciência da prática do fato delituoso caracteriza conivência e, consequentemente, participação, mesmo que inexistente o dever jurídico de impedir o resultado.
 b Em um crime de roubo praticado com o emprego de arma de fogo, mesmo que todos os agentes tenham conhecimento da utilização do artefato bélico, somente o autor do disparo deve responder pelo resultado morte, visto que não se encontrava dentro do desdobramento causal normal da ação delitiva. Nesse caso, não há que se falar em coautoria no crime mais gravoso (latrocínio).
 c Não se admite o concurso de agentes no crime de porte ilegal de arma de fogo, haja vista que somente o agente que efetivamente porta a arma de fogo incorre nas penas do delito. 
 d É admissível, segundo o entendimento doutrinário e jurisprudencial, a possibilidade de concurso de agentes em crime culposo, que ocorre quando há um vínculo psicológico na cooperação consciente de alguém na conduta culposa de outrem. O que não se admite nos tipos culposos é a participação.
 e O falso testemunho, por ser crime de mão própria, não admite a coautoria ou a participação do advogado que induz o depoente a proclamar falsa afirmação. 
101 Clécius Almeida induz o adolescente Carlos Sátiro, de dezessete anos de idade, a praticar o delito de roubo tendo como vítima a senhora Sandra Costa. Para convencer Carlos, Clécius lhe disse ser conhecido da vítima, por isto não poderia participar diretamente do crime, contudo permaneceria por perto, sem ser visto, e lhe daria cobertura no caso de um eventual problema. Diante disto, Carlos acaba por roubar o relógio e o dinheiro da senhora Sandra. No caso proposto, Clécius responde pelo resultado na condição de:
 a autor mediato.
 b partícipe material.
 c partícipe moral.
 d coautor.
 e coator moral.
102 Após praticar latrocínio, tendo matado mãe e filho menor dentro de um supermercado, Júlio foi detido por populares no momento em que tentava evadir-se do local do crime e, em seguida, linchado em praça pública. 
Considerando essa situação hipotética e os institutos da autoria e da participação delitiva, assinale a opção correta.
 A A participação de cada um dos envolvidos no linchamento de Júlio será objeto de instrução criminal, sendo desnecessária a descrição minuciosa da participação de cada um dos intervenientes, sob pena de inviabilização da aplicação da lei.
 B Denomina-se autoria por convicção a conduta das pessoas que, ao terem saído do supermercado e assistido ao início do linchamento de Júlio, tenham decidido participar das agressões.
 C Os intervenientes no linchamento devem ser considerados partícipes, dada a inviabilidade da individualização das condutas.
 D As penas de todos os que forem acusados e devidamente condenados pelo linchamento de Júlio serão agravadas pelo fato de o crime ter sido praticado sob a influência de multidão em tumulto.
 E Para o julgamento da prática coletiva do crime de linchamento, é insignificante a existência de vínculos psicológicos entre os integrantes da multidão.
103 Segundo o conceito restritivo, é autor aquele que
 a tem o domínio do fato.
 b realiza a conduta típica descrita na lei.
 c contribui com alguma causa para o resultado.
 d age dolosamente na prática do crime.
 e pratica o fato por interposta pessoa que atua sem culpabilidade.
104 Joaus, Joseh e Pedrus acertaram, mediante prévio ajuste, a prática de um crime de furto qualificado em residência. Pedrus escolheu a residência e emprestou seu veículo para o transporte dos objetos furtados. Joaus arrombou a porta da residência indicada por Pedrus e entrou. Joseh entrou em seguida. Joaus e Joseh recolheram todos os objetos de valor, colocaram no veículo e fugiram do local. Nesse caso,
 a Joaus, Joseh e Pedrus foram coautores.
 b Joaus foi autor, Joseh partícipe e Pedrus autor mediato.
 c Joaus e Joseh foram partícipes e Pedrus foi autor imediato.
 d Joaus, Joseh e Pedrus foram autores.
 e Joaus e Joseh foram coautores e Pedrus partícipe.
105 Assinale a alternativa incorreta:
 a O conceito restritivo de autor pode ser complementado pelas teorias objetivo-formal e objetivo-material. A primeira, em linhas gerais, define autor como sendo aquele que realiza a ação típica ou alguns de seus elementos. Já a segunda, diferencia o partícipe do autor, por considerar que este contribui de forma mais relevante para a consecução do fato delituoso do que o partícipe; 
 b Agdo, Joab e Avalon são amigos de longa data. Entretanto, ultimamente Agdo e Joab passaram a cobiçar a esposa de Avalon, a bela Aleutas. Sem nada confessarem entre si sobre o desejo que passaram a nutrir pela moça, cada um passa a engendrar a morte de Avalon. No mesmo dia, Agdo e Joab se posicionam armados, em locais diferentes, a espera que Avalon deixe sua residência. E assim, quando Avalon sai à rua, Agdo e Joab atiram repetidamente e ambos atingem Avalon, sem um atirador perceber os tiros e a presença do outro. Pode-se afirmar neste caso que, em se tratando de autoria colateral, não há concurso de agentes; 
 c Agdo, Joab e Avalon, amigos de longa data, são atores da companhia de teatro “Saltimbancos”, e apresentam a mesma peça há dois anos. Entretanto, Agdo acabou se apaixonando pela esposa de Avalon, Aleutas. A fim de retirar Avalon literalmente de cena, Agdo passou a tramar contra a vida dele. Decide que trocará as balas de festim por munição real, do revólver usado na cena em que Joab dispara contra Avalon. E assim o faz. Durante o espetáculo, Agdo entrega a Joab o revólver carregado desta feita com munição real, e este ao disparar a arma contra Avalon, horrorizado, percebe que o sangue que passa a jorrar não é o cenográfico, vindo Avalon a morrer. Pode-se afirmar neste caso que, se adotado o conceito de autor preconizado pela teoria objetivo-formal, Agdo poderá ser considerado autor mediato do homicídio de Avalon;
 d Agdo, Joab e Avalon são amigos de longa data, sempre saem juntos para beber e jogar sinuca. Entretanto, ultimamente Agdo apaixonou-se pela formosa esposa de Avalon, Aleutas. Assim, visando por fim a vida de Avalon, Agdo passa a engendrar seu plano criminoso. Aproveitando-se de mais uma saída ao bar com seus amigos, Agdo espera que Joab vá até o banheiro, para então se aproximar de Avalon e instigá-lo contra Joab, afirmando que Joab confessou-lheestar apaixonado por Aleutas e a queria para si. Assim, Agdo sabendo que Joab é policial e anda sempre armado, passa a instigar Avalon a dar uma surra em Joab quando este voltar do banheiro. Quando Joab volta, Avalon, tomado pelo ciúme, apodera-se de um taco de sinuca e avança contra Joab, que acaba por disparar e matar Avalon. Pode-se afirmar que neste caso, a fim de superar o que dispõe a teoria da acessoriedade limitada, há que se adotar necessariamente o conceito de autoria mediata para que Agdo responda pela morte de Avalon; 
 e No concurso de pessoas não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime. Assim, se Agdo, reincidente, pratica um crime de roubo com Joab, que é primário, apenas para Agdo incidirá a agravante da reincidência.
106 No que concerne à teoria do domínio do fato, ao conceito de autoria mediata, ao erro e às causas de exclusão da ilicitude, assinale a opção correta.
 a Se, por hipótese, Joaquim furtar bem de Américo, supondo estar praticando um ato de vingança contra Emílio, ocorrerá erro na execução.
 b Supondo que Júlio deseje agredir Camilo, mas, por erro de representação, fira Reinaldo, seu próprio irmão, incidirá, nessa hipótese, em relação ao crime praticado, a agravante de parentesco. 
 c O erro determinado por terceiro pode configurar hipótese de autoria mediata, embora a autoria mediata não ocorra somente nos casos em que o executor material do delito atue sem dolo ou sem culpabilidade.
 d Conforme a teoria do domínio do fato, não há nenhuma utilidade no conceito de autoria mediata, porque o domínio da vontade, elemento especial dessa modalidade de autoria, insere-se no elemento geral da figura da autoria — que é o próprio domínio do fato —, podendo-se, por isso, concluir que autor mediato é o mesmo que mandante.
 e No âmbito da dogmática jurídico-penal, não se admite legítima defesa contra legítima defesa putativa.
107 Glauco andava de bicicleta numa estrada rural. Caiu do veículo e teve fratura exposta do osso de uma das pernas. João e José passaram pelo local, viram Glauco caído e pedindo auxílio, mas deixaram de socorrê-lo, apesar de poderem fazê-lo sem risco pessoal. Responderão pelo crime de omissão de socorro
 a João como autor e José como co-autor, não se caracterizando a participação. 
 b João e José como partícipes, não se caracterizando a co-autoria. 
 c João como autor e José como partícipe, não se caracterizando a co-autoria.
 d José como autor e João como partícipe, não se caracterizando a co-autoria.
 e João e José como autores isolados, não se caracterizando o concurso de agentes.
108 Com relação à legítima defesa, segundo o disposto no Código Penal, é correto afirmar que
 a um dos requisitos para sua caracterização consiste na exigência de que a repulsa à injusta agressão seja realizada contra direito seu, tendo em vista que se for praticada contra o direito alheio estar-se-á diante de estado de necessidade
 b considera-se em legítima defesa aquele que pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se
 c a legítima defesa não resta caracterizada se for praticada contra uma agressão justa, ainda que observados os demais requisitos para sua caracterização.
 d um dos requisitos para sua caraterização consiste na necessidade que a injusta agressão seja atual e não apenas iminente.
 e o uso moderado dos meios necessários para repelir uma agressão consiste em um dos requisitos para caracterização da legítima defesa, ainda que essa agressão seja justa.
109 Considere: 
I. Cícerus aceitou desafio para lutar. 
II. Marcus atingiu o agressor após uma agressão finda. 
III. Lícius reagiu a uma agressão iminente. 
Presentes os demais requisitos legais, a excludente da legítima defesa pode ser reconhecida em favor de
 a Lícius, apenas.
 b Cícerus e Marcus.
 c Cícerus e Lícius.
 d Marcus e Lícius.
 e Cícerus, apenas
110 Ao passar próximo ao estoque de uma loja de roupas, um dos vendedores viu que havia ali um incêndio de grandes proporções. Naquela situação, correu em direção à porta do estabelecimento que, por ser estreita, estava totalmente obstruída por um cliente que entrava no local. Desconhecendo o incêndio e achando que estava sofrendo uma agressão, o cliente reagiu empurrando o vendedor, que lhe desferiu um soco. Os empurrões do cliente, assim como a agressão do vendedor produziram recíprocas lesões corporais de natureza leve. Na hipótese, é CORRETO afirmar.
 a que o vendedor agiu em estado de necessidade e o cliente, em legítima defesa putativa.
 b que o vendedor agiu em estado de necessidade putativo e o cliente, em legítima defesa.
 c que o vendedor agiu em legítima defesa e o cliente, em estado de necessidade.
 d que o vendedor agiu em legítima defesa putativa e o cliente, em estado de necessidade putativo.
111 Não há crime quando o agente pratica o fato:
I. Em estado de necessidade. 
II. Por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, ao tempo da ação ou da omissão, sendo inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
III. Em legítima defesa. 
IV. Em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. 
A sequência correta é:
 a a) Apenas a assertiva II está correta.
 b Apenas as assertivas I e II estão corretas.
 c Apenas as assertivas III e IV estão corretas.
 d Apenas as assertivas I, III e IV estão corretas.
112 Analise a opção CORRETA. 
 a O excesso exculpante na legítima defesa busca eliminar a antijuridicidade, vale dizer, o fato, embora típico, deixa se ser ilícito. 
 b No que se refere ao instituto do estado de necessidade, para que se possa diferenciar o estado de necessidade justificante e exculpante, pode-se destacar as denominadas teorias unitária e diferenciadora, sendo que para a unitária, todo estado de necessidade é justificante, ou seja, tem a finalidade de eliminar a ilicitude do fato típico praticado pelo agente.
 c Para que se possa reconhecer o instituto consentimento do ofendido, doutrina enumera alguns requisitos que deverão ser preenchidos pelo agente, dentre eles que o ofendido seja capaz de consentir; que o bem sobre o qual recaia a conduta do agente seja indisponível, que o consentimento tenha sido dado posteriormente à conduta do agente.
 d A estrutura da culpabilidade na concepção finalista preconizada por Welzel ficaria com o seguinte conteúdo, qual seja, a imputabilidade; dolo e culpa e exigibilidade de conduta diversa. 
113 Imagine que João e Pedro, ambos enfermeiros, são desafetos de longa data. Em determinado dia em que João estava concentrado, aplicando uma injeção em um paciente de nome José, Pedro aproxima-se sorrateiramente e desfere facada contra João, com o fim de provocar lesão. Posteriormente, descobre-se que João, no momento em que recebeu o golpe desferido por Pedro, estava inoculando em José poderoso veneno, intencionalmente, a fim de matá-lo – posto que fora “contratado” por familiares de José para tirar-lhe a vida. A ação criminosa de João foi interrompida pelo golpe de Pedro. Em suma: sem saber que José estava a sofrer atentado contra a vida, Pedro acabou salvando-o e, ao mesmo tempo, executou seu plano de ofender a integridade física de João, que sofreu lesão leve. Diante dessa hipótese, é correto afirmar que
 a à luz estritamente do quanto determina o texto do CP, não se exige prévia ciência da situação de risco do direito para que se considere a ação de Pedro praticada em legítima defesa, com o que ficaria afastada a ilicitude de sua conduta.
 b Pedro atuou circunstanciado por erro acerca de causa de justificação, em defesa putativa de bem jurídico de terceiro, com o que deve ser aplicada a pena do crime culposo de lesão corporal.

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