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MODELO EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR FEDERAL RELATOR DA 5° TURMA ESPECIALIZADA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO DE JANEIRO
Processo nº 0100372-32.2012.4.02.5112
		INAIR DE SOUZA PEREIRA, já qualificado nos autos em epígrafe, vem muito respeitosamente perante esta Egrégia Turma, por intermédio de seus advogados, ante o acórdão publicado em 27/06/2017, que julgou improcedente a pretensão autoral, motivando tal entendimento ao fato de que as gratificações objeto da demanda teriam sido destinadas apenas aos militares do Distrito Federal, por, permissa vênia, considerar tal decisão omissa em violação ao que dispõem o art. 489 § 1º, III, IV e V do CPC, interpor:
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
	
Na forma do art. no art. 1.022 do CPC e pelos fatos e fundamentos abaixo expostos:
DA TEMPESTIVIDADE:
Como o acórdão em comento foi publicado em 27/06/2017, tem-se que o prazo de cinco dias úteis do recurso ora interposto (art. 1.023 do CPC c/c art. 219 do CPC) finda em 04/07/2017 tornando como consectário insofismável a tempestividade do indigitado.
2- DA DECISÃO:
Em suma, o acórdão julgou improcedente a pretensão autoral de revisão dos proventos decorrentes do decreto 28.371/2007 sob o fundamento de que a se aplicaria tão somente aos militares do Distrito Federal ( SIC) :
ADMINISTRATIVO.  APELAÇÃO  CÍVEL.  MILITAR  DO  ANTIGO  DISTRITO  FEDERAL. EQUIPARAÇÃO À REMUNERAÇÃO DOS POLICIAIS MILITARES E BOMBEIROS DO ATUAL DISTRITO FEDERAL. DECRETO 28.371/2007. IMPOSSIBILIDADE. 1. Apelação cível contra sentença que julga improcedente o pedido de revisão de seus proventos a fim de incluir o adicional remuneratório previsto no Decreto n° 28.371/2007, bem como o pagamento dos valores atrasados. 2. A teor do disposto no §2º do art. 65 da Lei nº 10.486/2002, somente as vantagens concedidas por esse diploma legal foram estendidas aos militares do antigo Distrito Federal, motivo pelo qual a GCEF, a VPE, a GRV e a antecipação de remuneração do Decreto n° 28.371/2007 não são devidas no presente caso. Precedentes: STJ 2ª Turma, AgRg no REsp 1422942, Rel. Min. MAURO CAMPBELL MARQUES, DJE 19.8.2014; TRF2, 6ª Turma Especializada, ApelReex 201451171850412, Rel. Des. Fed. GUILHERME CALMON NOGUEIRA DA GAMA, E-DJF2R 10.7.2015; TRF2, 7ª Turma Especializada, ApelReex201251010487967, Rel. Des. Fed. JOSÉ ANTÔNIO NEIVA, E-DJF2R 16.12.2013; TRF2, 8ª Turma Especializada, AC 200951010143003, Rel. Des. Fed. MARCELO PEREIRA DA SILVA, E-DJF2R 26.3.2015. 3. O Decreto n° 28.371/2007 destinou-se apenas a incluir na folha de pagamento de setembro de 2007 oreajuste que seria concedido pela Medida Provisória nº 401/2007, posteriormente convertida na Lei nº 11.663/2008, antecipando a remuneração de novembro daquele ano, não concedendo, por se tratar de norma secundária, qualquer reajuste de vencimento. Ademais, o aumento concedido pela Medida Provisória nº 401/2007 versava somente sobre a Gratificação de Condição Especial de Função Militar (GCEF) e o valor da Vantagem Pecuniária Especial (VPE), parcelas que os militares do antigo Distrito Federal não fazem jus  (TRF2, 5ª Turma Especializada, ApelReex 201451011573724, Rel. Des. Fed. ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES, E-DJF2R 23.2.2016). 4. A correspondência entre regimes remuneratórios necessita de disposição legal expressa e as Leis nº 10.874/2004, nº 11.134/2005, nº 12.086/2009 e o Decreto n° 28.371/2007 não fazem qualquer referência aos militares do antigo Distrito Federal para concessão dos benefícios pleiteados. 5. Apelação não provida. A
( Grifo nosso) 
Contudo, concessa a vênia a este órgão jurisdicional e seus membros que decerto compõem o escol da jurisdição pátria, pode-se perceber indubitável omissão em indigitado decisum, como se vê abaixo.
3-DA OMISSÃO:
3.1-Da omissão quanto aos precedentes invocados pela Embargante ( art. 489 § 1°,VI do CPC) :
Primeiramente, verifica-se que a veneranda sentença aduz pela improcedência da pretensão autoral, entendendo que a equiparação instituída pela lei 10.486/02 se restringiria as vantagens nela esmiuçadas, sem contudo, tecer argumentos de distinção ou superação do paradigma do STF no RE AG. REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 795.191, que não reconheceu qualquer questão constitucional na equiparação prevista no art. 65 § 2º da Lei 10.486/02, não havendo, portanto, segundo o próprio guardião da norma paradigma qualquer violação a seu enunciado de súmula n ° 339.
Ocorre que no atual processo civil pátrio, ao adotar o sistema de precedentes e mesmo em antanho, com a observância da máxima efetividade da norma constitucional contida no art. 93 IX da CRFB, que pugna pela adequada motivação das decisões jurisdicionais, é dever do órgão jurisdicional, ao não se perfilar a jurisprudência apontada pelas partes aduzir os motivos de sua não adoção, em homenagem a boa fé, a proteção da confiança e a segurança jurídica ( art. 927 § 4° do CPC	) e ao próprio escopo social da jurisdição.
Nesta toada, tem-se o que dispõem o art. 489 § 1° VI do CPC que classifica como não fundamentada a decisão que não seguir o precedente invocado pelas partes, sem que adote as técnicas do distinguishing ou overruling.
Neste sentido, ao que parece, tentou este Preclaro Juízo operar o distinguishing quanto ao julgado do Egrégio STJ no julgamento dos EMBARGOS de DIVERGÊNCIA em RESP nº. 1.121.981-RJ, julgado este que reconhecera a equiparação que serve de esteio argumentativo do Embargante.
Ocorre que não só não houve menção aos julgados preconizados pela Embargante, como tais técnicas ( distinguishing e overruling) não são possíveis no presente caso.
Tal afirmação se dá visto que a jurisprudência do STJ pacificou-se no sentido de reconhecer a vinculação jurídica remuneratória entre os militares do "atual" e do antigo DF, consoante o deliberado nos EMBARGOS de DIVERGÊNCIA em RESP nº. 1.121.981-RJ julgado em 08.05.13 pela TERCEIRA SEÇÃO daquele E.Tribunal, cujo precedente de azo ao INFORMATIVO n. 0521, assim redigido:
TERCEIRA SEÇÃO - DIREITO ADMINISTRATIVO. EXTENSÃO DA VPE CRIADA PELA LEI 11.134/2005 AOS MILITARES DO ANTIGO DISTRITO FEDERAL
A vantagem pecuniária especial (VPE) criada pela Lei 11.134/2005 e devida aos militares da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do atual Distrito Federal deve ser estendida aos inativos e pensionistas do antigo Distrito Federal. Isso porque o art. 65, § 2º, da Lei 10.486/2002 assegurou aos militares inativos e pensionistas integrantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do antigo DF as vantagens previstas para os policiais militares do atual DF. Percebe-se, assim, que a Lei 10.486/2002 estabelece uma vinculação jurídica permanente entre os militares do antigo e do atual DF, sendo todos igualmente remunerados pela União. A intenção do legislador, ao estabelecer essa vinculação entre os servidores deste e do antigo DF, não foi outra senão a de conferir as vantagens que porventura fossem criadas para os servidores deste distrito àqueles do antigo, até por medida de efetiva justiça. Dessa forma, é desnecessária a menção expressa no art. 1º da Lei 11.134/2005 de que a VPE também deve ser paga aos militares do antigo DF. 
(EREsp 1.121.981-RJ, Rel. Min. Alderita Ramos de Oliveira, julgado em 8/5/2013)
Fonte: Jurisprudência do STJ (Informativo nº 0521)
Vê-se, portanto, que a questão em torno da equiparação legal havida entre as duas categorias, militares do antigo e do (atual) DF, está cristalizada por meio da jurisprudência supra apontada.
Outrossim, por ocasião do julgado suso indicado, a Ministra relatora ALDERITA RAMOS DE OLIVEIRA, com precisão que é peculiar, definiu:
“(…) a interpretação do sistema legislativo a que estão submetidos tais servidores, sobretudo do artigo 65 da Lei nº 10.486/02, não permite outra conclusão senão a extensão das vantagens conferidas pela lei nova aos servidores do Distrito Federal aos servidores do antigo Distrito Federal, não por isonomia, mas pela vinculação jurídicaexistente entre eles.”
Excelência tal entendimento, cuja fundamentação era exata e precisamente, a equiparação objeto da pretensão da Embargante foi submetida ao Pretório Excelso no AG. REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 795.191 (Rel. MIN. LUIZ FUX), cuja decisão, unânime, negou provimento ao recurso da União nos seguintes termos:
“(...) o Tribunal de origem decidiu a questão atinente à possibilidade de se conceder aos militares inativos e pensionantes do antigo Distrito Federal, especificamente policiais e bombeiros militares, a cognominada Vantagem Pecuniária Especial–VPE, com amparo na interpretação da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Leis nº 10.486/2002 e nº 11.134/2005). Portanto, não há se falar em aumento de vencimentos com fundamento na isonomia.” ( grifo nosso)
Com essa decisão, o STF endossa o entendimento do STJ (3ª Seção) consubstanciado no EREsp. nº 1.121.981/RJ, no sentido de reconhecer a equiparação vencimental entre os militares (e pensionistas) do antigo e atual DF.
Assim, percebe-se a total identidade entre os precedentes aduzidos pela Embargante com o caso em comento, como se pode verificar do esquema:
	EREsp. Nº 1.121.981/RJ e RE AG. REG. NO RE 795.191.
	Processo n°0012201-06.2017.4.02.5151/01 
INAIR DE SOUZA PEREIRA x UNIÃO
	Beneficiários: Militares do “ antigo” Distrito Federal e suas pensionistas (
	Beneficiário: militar do “ antigo” DF
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	 Fundamentação: a equiparação de vencimentos entre militares do “ atual” DF com os do “ antigo” DF fundada no art. 65 § 2 ° da lei 10.486/02 (
	Fundamentação: a equiparação de vencimentos entre militares do “ atual” DF com os do “ antigo” DF fundada no art. 65 § 2 ° da lei 10.486/02.
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	A equiparação é mera aplicação do art. 65 § 2º da lei 10.486 não se aplicando a súmula 339, não sendo, segundo o STF, matéria constitucional (
	A equiparação é mera aplicação do art. 65 § 2º da lei 10.486 não se aplicando a súmula 339
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	A vantagem objeto da pretensão do precedente é fundada em lei posterior a lei 10.486/02 (
	A vantagem objeto da pretensão da demanda é fundada em lei posterior a lei 10.486/02. 
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Assim, ante a total identidade entre os precedentes em comento e o caso em tela, sabe-se que resta impossível a distinção entre a presente demanda e os referidos paradigmas.
Tal fato também se dá em relação a superação ( overruling) visto que pelos julgados serem recentes e proferidos pelas cortes de sobreposição pátrias – inclusive no STJ em sede de Embargos de Divergência com o fito de pacificar a matéria- a modificação de tal entendimento violará os princípios da segurança jurídica, proteção da confiança e da isonomia, axiomas estes de observância obrigatória na adoção do órgão jurisdicional da técnica de overruling, consoante o que obtempera o art. 927 § 4° do CPC.
3.2- Da omissão quanto ao enfrentamento de todos os argumentos capazes de infirmar a conclusão do Juízo ( art. 489 § 1°, IV):
Embora este Ilmo. Juízo tenha analisado no bojo de sua respeitável decisão as regras atinentes a interpretação, esqueceu-se, permissa a vênia que a lei possui interpretação Ope Legis por força da Lei Complementar 95 / 98.
Nesse sentido, tem-se a dita “ lei das leis “ a lei complementar 95 de 1998 que dispõem de forma indubitável em seu art. 7 ° que o artigo primeiro de cada legislação é que haverá de trazer a temática por ela disciplinada e mais, preconiza referido dispositivo a impossibilidade de disciplina concomitante por lei posterior, salvo se esta advém para complementação ( e a contrário senso para revogação) conforme se verifica da literalidade de tal dispositivo:
Art. 7º O primeiro artigo do texto indicará o objeto da lei e o respectivo âmbito de aplicação, observados os seguintes princípios:
I - excetuadas as codificações, cada lei tratará de um único objeto;
II - a lei não conterá matéria estranha a seu objeto ou a este não vinculada por afinidade, pertinência ou conexão;
III - o âmbito de aplicação da lei será estabelecido de forma tão específica quanto o possibilite o conhecimento técnico ou científico da área respectiva;
IV - o mesmo assunto não poderá ser disciplinado por mais de uma lei, exceto quando a subseqüente se destine a complementar lei considerada básica, vinculando-se a esta por remissão expressa.
Ora 	Excelências, nesse sentido tem-se que o artigo 1° da lei 10.486/02, expressamente tutela a remuneração dos militares do Distrito Federal, bem como sua composição, sendo induvidoso, portanto, ser este o objeto da norma em comento.
Como consectário lógico, aceita a premissa teórica de que a lei 10.486/02 trata genericamente da remuneração dos militares do Distrito Federal e que tal lei determinou a equiparação entre os militares que ora atuam na atual capital federal com aqueloutros que atuaram na vetusta Guanabara consoante o disposto no art. 65 § 2° de tal diploma, só se pode entender de acordo com o que dispõem o art. 7°, IV da lei complementar 95/98 que as leis posteriores só podem lhes servir de complemento, tendo como norte a equiparação determinada pela lei de regência, visto que nenhuma delas se coaduna com hipóteses de revogação de tal regramento
	4- DOS PEDIDOS:
Ante o exposto, REQUER a V. Exa.:
i – seja conhecido o presente recurso eis que tempestivo e obediente às regras processuais;
ii. sejam supridos:
a omissão acerca da eficácia, in casu, do art. 65 §2º da Lei 10.486/02, bem como, art. 40, §1º da Lei Complementar nº. 73/93, a interpretação Ope Legis do art. 7° da LC 95/98, bem como a eficácia, in casu, do previsto no art. 927 § 4º do NCPC.
as obscuridades apontadas acerca da EQUIPARAÇÃO vencimental entre os militares (e pensionistas) do antigo e ‘atual’ DF, consubstanciado no REsp n. 1.083.066 e EREsp n. 1.121.981 (STJ), RE n. 795.191 (STF).
Termos em que pede deferimento.
Rio de Janeiro, 03 de Julho de 2017.
Welington Dutra – Advogado
OAB/RJ 155.434	
Gustavo Santos Gomes de Souza– Advogado
 OAB/RJ 176.033
________________________________________________________________________
Avenida Rio Branco, 147 Gr. 1809 – Centro - Rio de Janeiro – RJ – CEP: 20040-006 Tels.: (21) 2508-6712 / 2507-2602 – E-mail: araujoesouzaadv@gmail.com

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