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Resumo expandido sobre o Principio da Conciliação no Novo CPC

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PRINCIPIO DA INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS
FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR SANTA BÁRBARA – FAESB
FIRMINO, Fábio Durante 1
RESUMO
	Neste artigo, não se pretende esgotar o tema, nem tampouco examinar de forma completa, uma vez que o tema traz informações existenciais do ato processual, o princípio da instrumentalidade é um instrumento utilizado para se atingir determinada finalidade. Ainda que com vício, se o ato atinge sua finalidade sem causar prejuízo às partes, não se declara sua nulidade. As petições iniciais, por exemplo, inauguram a fase postulatória e criam o caminho do processo com objetivo de resolver um conflito. Por conta da importância dessa peça, algumas formalidades são essenciais para sua elaboração.
Palavras chave: princípio da instrumentalidade, instrumentalidade das formas, atos e termos processuais.
INTRODUÇÃO
	O presente resumo expandido tem por estudo correlatar o princípio da Instrumentalidade das Formas, suas caraterísticas pressupõe que, mesmo que o ato seja realizado fora da forma prescrita em lei, se ele atingiu o objetivo, esse ato será válido. Os processos judiciais são compostos por uma sequência de atos não solenes, que não exigem uma forma determinada. Porém, em algumas situações, a lei traz regras gerais quanto a maneira de se montar a peça e que precisa ser seguida sob pena de, eventualmente, ocorrer a invalidade do ato. 
	O princípio da instrumentalidade, possui aplicação subsidiária em alguns ramos, exemplo na seara trabalhista, uma vez que é compatível com o processo do trabalho e dispõe que serão aceitos os atos que embora sejam realizados de outra forma, alcançam a sua finalidade, desde que a lei não preveja a falta de validade, pois o processo não é um fim em si mesmo, mas tão-somente um instrumento para que o Estado preste a jurisdição.
	Assim, a instrumentalidade das formas é o princípio que permeará o processo civil moderno, uma vez que é instrumento viabilizador da ordem jurídica e forte aliado na busca pelo acesso à justiça. Outrossim, a morosidade do Judiciário, aliada às tecnologias da informação, impulsiona o direito processual nesta era da informática. 
1 Formado em Administração e Graduando do Curso de Direito da FAESB; fabiodurannte@gmail.com;
METODOLOGIA
	A metodologia utilizada neste resumo expandido, foi por intermédio de pesquisas na internet com base em algumas leis que tratam o tema, edições de autores que aqui foram reveladas para trazer uma maior abrangência sobre o conteúdo minucioso, trabalhos com os mesmos teores de informações que me fizeram obter um entendimento no qual, foi usado como base a minha analogia. 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
	Inicialmente, destaca-se que o princípio da instrumentalidade das formas está previsto no diploma processual nos artigos 154, 244 e 249, §2º, do Código de Processo Civil, transcritos a seguir: 
Art. 154. Os atos e termos processuais não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir, reputando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial. 
Art. 244. Quando a lei prescrever determinada forma, sem cominação de nulidade, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade. 
Art. 249. O juiz, ao pronunciar a nulidade, declarará que atos são atingidos, ordenando as providências necessárias, a fim de que sejam repetidos ou retificados. §2º Quando puder decidir do mérito a favor da parte a quem aproveite a declaração da nulidade, o juiz não a pronunciará nem mandará repetir o ato, ou suprir-lhe a falta.
	Os atos processuais são, muitas vezes, condicionados a uma forma. Carnelutti define forma dos atos processuais como a determinação do que deve existir fisicamente para assegurar a existência jurídica de sua finalidade 
[...] quando se diz forma do ato se faz referência ao acontecimento físico, o qual muda o que era antes (situação inicial) no que é depois (situação final) do próprio ato e, assim dá corpo à vontade e opera a causa, que o move, já que tal acontecimento físico é o que se chama, na linguagem corriqueira, o fato, pode também se dizer que a forma do ato é o fato em que o ato se resolve [...] não se pode atribuir a ele um efeito jurídico sem determinar sua forma, do que resulta que toda atribuição da juridicidade a um ato se resolve em sua regulação; isto é, na prescrição do que deve existir fisicamente com o fim de que alguma coisa exista juridicamente. (CARNELUTTI, 2000, p.525).
	Já, conforme os ensinamentos de Luiz Wambier, Eduardo Tamamini e Flávio Almeida, as formas é a observância das solenidades de validação do ato processual
Denomina-se forma não apenas no aspecto exterior do ato, mas todo o conjunto de solenidades necessárias para a validação do ato processual, ou seja, aquilo que deve conter o ato para que surta efeitos desejados [...] o modo, o lugar e o tempo dizem respeito à formas dos atos processuais[...] (WAMBIER;TALAMINI; ALMEIDA ,2008.p 198) 
	A forma dos atos processuais pode estar regulada no que tange somente ao seu conteúdo abrindo margem para liberdade de aplicação do modo que se dá o ato. O princípio da liberdade das formas, ou liberdade de modo, esta atrelado ao princípio da congruência, quando se refere do modo ao conteúdo do ato, e ao princípio da correspondência, quando diz respeito ao modo do ato ao objeto. Carnelutti a respeito da liberdade das formas nos ensina: 
Pode ocorrer, então, que a forma dos atos esteja regulada somente do ponto de vista do conteúdo, de maneira que seja livre para o atuante o modo medial o qual se dá ao ato o conteúdo prescrito [...] a verdade é que, quando o conteúdo está determinado somente com o nome de ato, o fato nele consistir uma regulação formal (de conteúdo) é coisa que escapa à atenção e parece, por isso, que não se encontre estabelecido nenhum requisito de forma pela lei (CARNELUTTI, 2000, p.526-527) 
	Historicamente, as formas ganhavam mais importância do que o próprio ato em si, gerando uma “teatralização” no processo e métodos meramente formais sem arcabouço normativos do direito material, ou seja, sem a verdadeira importância do conteúdo. O princípio da instrumentalidade das formas, limitados pelo princípio da segurança jurídica, pressupõe que os atos processuais são um instrumento para o acesso à justiça, de modo que, prioriza-se o conteúdo e não a forma. O princípio supramencionado “busca afastar o culto exacerbado das formas, sem cair do extremo oposto.
	Conforme o art.139 cabe ao juiz determinar o saneamento dos vícios processuais. O art. 317 reforça tanto o princípio da instrumentalidade das formas quanto o princípio da primazia do julgamento de mérito ao enunciar que antes de pronunciar a decisão sem resolução de mérito o juiz concederá a parte uma oportunidade para corrigir o vício. Ainda se faz presente o princípio da cooperação, pois as partes e o juiz colaborarão para a apreciação do mérito. Veja que a primazia do mérito e a instrumentalidade das formas caminham juntas ao passo que, despreza-se o culto exacerbado das formas e prioriza-se o julgamento do mérito no tempo razoável conforme previsto no art. 4 do CPC/2015. Assim o Juiz sempre que possível possibilitará a correção do vício para apreciar o mérito e solucionar o litigo das partes. 
CONCLUSÃO 
	Neste estudo por intermédio de uma pesquisa rápida com base em alguns autores, livros, leis e trabalhos que possuem o mesmo teor, observo que o Magistrado deverá fazer uma ponderação entre a liberdade das formas e o princípio da segurança jurídica, até porque, toda possibilidade de aproveitamento de ato vicioso é condicionado à não prejuízo a parte e aos quesitos do art. 139. A lei prevê as hipóteses supramencionadas em que embora o ato esteja viciado ele não será descartado para também evitar o abuso dos juízes sob as formas processuais, levando em consideração que a forma é apenas um instrumento para se chegar a determinado fim.
	Nesta compreensão, a forma não é mais importante que o ato, rege-se a forma paraevitar imprevisibilidade e assim assegurar o princípio da segurança jurídica, tendo em vista que a liberdade total para a prática dos atos processuais sem regras para o tempo ou lugar das formas, por exemplo, geraria um impasse no processo, pois este, não acabaria num tempo razoável. Nesse sentido Cândido Rangel (DINAMARCO, 2005) presa pela simplificação do processo, pois, aquele processo estritamente formal dificulta a prestação jurisdicional eficiente.
REFERÊNCIAS
BRASIL, Lei nº 13.105 de 16 de março de 2015. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm>Acesso em: 18. Fev, 2016.
CARNELUTTI, Francesco. Instituições do processo civil. v, 1. São Paulo: Classic Book: 2000.
DINAMARCO. Cândido Rangel. A instrumentalidade do processo. 12 ed. São Paulo:
Malheiros, 2005.
MARQUES, José Frederico. Instituições de direito privado civil. v, 2. Campinas: Millennium, 2000. (a)

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