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4/22/15 1 Vírus profliliansoares@gmail.com Dependem de uma célula viva para se reproduzir Cada partícula é constituída de um ácido nucléico (DNA ou RNA), recoberto por uma camada proteíca (cápside) Variam entre 10 e 200 nm, maioria tem estrutura helicoidal e isométricas (em alimentos= estrutura icosaédrica) Classificam-se de acordo com a natureza do ácido nucléico viral: RNA (alimentos) ou DNA Vírion= partícula viral completa (ácido nucléico e capsídeo proteíco). Veículo de transmissão de um hospedeiro para outro Não necessitam de alimento potencialmente perigoso como meio de transmissão Não se reproduzem no alimento (como as bactérias) Multiplicação ocorre dentro da célula parasitada, necessitam da via metabólica da célula hospedeira para replicarem-se Características gerais dos vírus São agentes infecciosos acelulares que, fora das células hospedeiras, são inertes, sem metabolismo próprio, mas internamente, seu ácido nucléico torna-se ativo, podendo reproduzir-se Características gerais dos vírus Alguns sobrevivem ao congelamento e ao cozimento, e radiações ionizantes Em condições experimentais: enterovírus sobreviveram na carne moída por mais de 8 dias, T= 23-24º C, não afetados por bactérias de deterioração - Não foram capazes de sobreviver na superfície de frutas - Poliovírus sobreviveu ao cozimento, fritura, assado e vapor Fontes mais comuns: produtos marinhos (moluscos ) Transmitido de pessoa a pessoa, de pessoa para o alimento e das pessoas para as superfícies que entram em contato com o alimento Em geral, contaminam o alimento através da higiene pessoal e práticas inadequadas do manipulador de alimentos. 4/22/15 2 Bacteriófagos Ou fagos, são vírus que invadem a célula bacteriana, levando a lise da bactéria (fagos liticos), sendo inofensivos aos seres humanos, animais e plantas. Estão presentes, em grande número, na água e em alimentos de várias origens. Cada fago é específico para uma determinada espécie de bactéria sendo incapazes de infectar outras Possuem atributos que são atrativos para aqueles que buscam novos modos para controlar os patógenos de origem alimentar e microrganismos deterioradores O potencial dos fagos para controle de patógenos de origem alimentar é citado em estudos com Salmonella spp., Campylobacter spp., Campylobacter jejuni, Escherichia coli e Listeria monocytogenes Bacteriófagos VIROSES TRANSMITIDAS PELO ALIMENTO Viroses intestinais – transmitidas pelo alimento : destaca-se o vírus da Hepatite A e E, o Norovírus e o Rotavírus EUA viroses correspondem 2% dos surtos de origem alimentar Resistentes condições de tempo e temperatura, e apresentam graus variados de resistência às radiações ionizantes Necessitam de altas temperaturas e tempo longo para serem eliminados Contaminação: primária ou secundária 4/22/15 3 HEPATITE A Período Incubação: médio 30 dias, podendo variar 15 a 45 dias DI desconhecida presume-se de 10 a 100 partículas virais Sintomas mais comuns: sensação de fraqueza generalizada, fadiga, febre, anorexia e náuseas, evoluindo para dores abdominais,vômitos e, em fase mais adiantada icterícia, urina escura Gravidade depende idade - idosos apresentam taxa de mortalidade mais elevada (inferior a 1%) Principais alimentos envolvidos: moluscos crus, saladas cruas, sanduíches, doces confeitados, leite, suco de laranja, água e gelo, qualquer alimento que não receba tratamento adicional de calor. O vírus suporta temperaturas de 60º C por 30 min. A infecção é provocada por um RNA vírus de fita simples (enterovírus) e a transmissão por via fecal-oral. HEPATITE E Quadro clínico similar a Hepatite A PI – de 15 a 64 dias (média de 26 a 42 dias), evolução é benigna, autolimitante, não provocando doença hepática Adultos jovens mais suscetíveis que crianças Gestantes taxa de mortalidade superior- 20% (último trimestre) O primeiro surto relatado no continente americano ocorreu no México em 1986 Principais alimentos envolvidos: moluscos crus, saladas cruas, água e gelo Principal agente etiológico da Hepatite Não A e não-B, entericamente transmissível RNA vírus de fita simples, a transmissão por via fecal-oral POLIOMIELITE São excepcionalmente resistentes: sobrevivem em água não tratada por 160 dias, em solo por 120 dias e em mariscos por 90 dias. Erradicada desde 1989 Principais alimentos envolvidos: leite cru, saladas cruas, água, mariscos Virose do sistema nervoso, hospedeiro natural o homem, habitat o intestino 4/22/15 4 NOROVÍRUS (Vírus Norwalk) 1968 - identificado pela primeira vez após surto em Norwalk, Ohio - EUA Sintomas: 1 a 2 dias após consumo alimento contaminado. Mais comuns: náuseas, vômitos, diarréia, febre, dor abdominal Mais comuns em adultos do que em crianças Evolução clínica favorável- sintomas desaparecem de 12 h a 3 dias DI= desconhecida, provávelmente pequena Surtos locais de grandes aglomerações: creches, prisões, outros Alimentos envolvidos: água; mariscos e frutos do mar em concha (especialmente crus ou cozidos a vapor); hortaliças cruas; frutas frescas e saladas. Normalmente os alimentos (não moluscos) são contaminados por manipuladores infectados ROTAVÍRUS Período de incubação de 2 dias após o consumo alimento contaminado DI presumível é de 10 a 100 partículas virais (excretada 108 a 1010 partículas/ mL de fezes Os sintomas mais comuns são vômitos (durante 3 dias), diarréia aquosa (pode persistir por 3 a 8 dias), dor abdominal e febre Alimentos envolvidos: principalmente água e gelo Principalmente em crianças com idade inferior a 5 anos Associada a diarréia dos viajantes Mais comum nos meses de inverno MEDIDAS PREVENTIVAS - Lavar as mãos com água quente e sabão após utilizar o banheiro e antes de preparar uma refeição ou comê-la - Cozinhar bem os frutos do mar antes de ingeri-los - Lavar e sanitizar os vegetais crus antes de consumi-los - Não lançar esgotos sanitários nos rios, lagos ou mar - Proibir manipuladores com sintomas de infecção de preparar ou mesmo tocar os alimentos
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