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e seus fatores de risco Aula 08 - 2017 O CÂNCER COMO UMA DOENÇA GENÉTICA O Que é o Câncer? É um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum a proliferação desordenada de células que invadem os tecidos e órgãos espalhando-se (metástase) para outras regiões do corpo. O câncer pancreático é um dos mais graves de todos os cânceres. - cerca de 45.000 novos casos todos os anos nos EUA 4ª causa principal de morte por câncer, matando mais de 38.000 pessoas por ano. A maioria das pessoas com câncer pancreático sobrevive menos de 6 meses após o diagnóstico; apenas 5% sobrevivem mais de 5 anos. Razão da letalidade desse câncer: propensão a se disseminar rapidamente para os linfonodos e outros órgãos. A maioria dos sinais/sintomas não surge até o câncer estar avançado e ter invadido outros órgãos Quando a atriz Angelina Jolie revelou que fez uma cirurgia para a retirada dos seios em função do risco de um câncer de mama, esse assunto tomou conta não só da mídia, mas também gerou várias dúvidas na maioria das pessoas. Segundo os médicos, com base nos exames realizados, Angelina tinha 87% de risco de desenvolver o câncer de mama por causa de uma mutação genética. Quando o câncer ocorre como parte de uma síndrome de câncer hereditário, a mutação inicial causadora do câncer é herdada através de linhagem germinativa e, portanto, já presente em todas as células do corpo. Entretanto a maior parte dos cânceres é esporádica, porque as mutações ocorrem em uma única célula somática, que depois se divide e prossegue para desenvolver o câncer. Os diferentes tipos de câncer correspondem aos vários tipos de células do corpo. Existem diversos tipos de câncer de pele porque a pele é formada de mais de um tipo de célula. Se o câncer tem início em tecidos epiteliais como pele ou mucosas ele é denominado carcinoma. Se começa em tecidos conjuntivos como osso, músculo ou cartilagem é chamado de sarcoma. CÂNCER DE MAMA Estatística Células cancerosas: rápida taxa de divisão habilidade de invadir novos territórios celulares alta taxa metabólica forma anormal. Órgão Tecido Tecido infiltrado Célula Célula cancerosa Agente cancerígeno O que é câncer? Tecido alterado Tumor ESTÁGIOS de evolução da célula até chegar ao tumor 3 1 2 3 Multiplicação acelerada Célula cancerosa Invadem tecido vizinho Desprendem-se Metástase Como o organismo se defende? Capacidade de reparar o DNA danificado Ação de enzimas na transformação e eliminação de substâncias cancerígenas Integridade do sistema imunológico Mecanismos de defesa O câncer é O câncer é O câncer é Todo tumor é hereditário ? contagioso ? incurável ? câncer ? O CÂNCER É HEREDITÁRIO? Em geral, não. Existem raros casos que são herdados, tal como o retinoblastoma, um tipo de câncer de olho que ocorre em crianças. No entanto, existem alguns fatores genéticos que tornam determinadas pessoas mais sensíveis à ação dos carcinógenos ambientais, o que explica por que algumas delas desenvolvem câncer e outras não, quando expostas a um mesmo carcinógeno. TODO TUMOR É CÂNCER? Não. A palavra tumor corresponde ao aumento de volume observado numa parte qualquer do corpo. Quando o tumor se dá por crescimento do número de células, ele é chamado neoplasia - que pode ser benigna ou maligna. Ao contrário do câncer, que é neoplasia maligna, as neoplasias benignas têm seu crescimento de forma organizada, lenta, e apresenta limites bem nítidos. Elas tampouco invadem os tecidos vizinhos ou desenvolvem metástases. O lipoma e o mioma são exemplos de tumores benignos. O que causa câncer ? Fatores externos Fatores internos Predisposição genética Meio ambiente Fatores de risco Alimentação 35% Comportamento sexual e reprodutivo 7% Infecção 10% Exposições ocupacionais 4% Exposição excessiva ao sol 3% Álcool 3% Radiações 1% Outras causas 7% Tabaco 30% 30% das mortes por câncer 90% das mortes por câncer de pulmão 25% das mortes por doença coronariana 85% das mortes por doença pulmonar obstrutiva crônica 25% das mortes por doença cerebrovascular Fumo O fumo é responsável por Quanto se fuma no Brasil Nº de fumantes 30,6 milhões sendo 32,6% dos fumantes com mais de 15 anos Esôfago Estômago Cólon e reto Mama Próstata Tipos de cânceres relacionados aos hábitos alimentares Evitar Alimentos preservados em nitritos (salsichas, presunto, mortadela, embutidos em geral etc.) Defumados e churrascos (alcatrão) Alimentos preservados em sal Alimentos ricos em gordura animal Alimentos mofados (aflatoxina) Alimentos que protegem contra o câncer Verduras Frutas Legumes Cereais Como se alimenta o brasileiro? Consumo insuficiente de verduras, frutas e cereais Consumo excessivo de gorduras Consumo variável de vitaminas por região Alcoolismo Efeito prazeroso Repetição Dependência Problemas sociais Acidentes de trânsito e de trabalho Homicídios Abandono de família Suicídios Violência Álcool atua sobre o sistema nervoso central, levando a modificação de comportamento Doenças relacionadas ao alcoolismo Câncer 2 a 4% de mortes por câncer 50 a 70% de mortes por câncer de língua, faringe e esôfago Forte efeito conjugado com o tabagismo no câncer de esôfago e de boca Cirrose Pancreatite Hipertensão arterial Alucinações Defeitos físicos e mentais em bebês de mães alcóolatras Consumo de álcool no Brasil De 3 a 6% da população brasileira consome álcool regularmente Uso entre adolescentes 18,6% dos alunos do 1º e 2 º grau 64% utilizaram pelo menos uma vez Radiação solar excessiva Radiação solar (ultravioleta) UVA envelhecimento cutâneo precoce potencializa a ação cancerígena dos UVB UVB câncer de pele destruição e envelhecimento cutâneo precoce Camada de ozônio Sol Altitude Exposição ao sol Chapéu e roupas Óculos escuros Guarda-sol Horário adequado Filtro solar Como se proteger Raios X Energia nuclear Mineração de urânio e outros Explosão atômica Radiações ionizantes Cerca de 30% dos cânceres humanos provavelmente estão relacionados à dieta e à nutrição, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Estudos mostram que pelo menos 33% dos casos de câncer de mama, e 66% dos registros de tumores de cólon e reto, no Brasil, poderiam ser prevenidos com dieta saudável. Existem alimentos que contêm níveis significativos de agentes cancerígenos. Os nitritos e nitratos usados para conservar alguns tipos de alimentos, como picles, salsichas e outros embutidos e alguns tipos de enlatados, se transformam em nitrosaminas no estômago. Câncer e chimarrão O Rio Grande do Sul é o principal estado do Brasil em casos de câncer de esôfago. Estudos recentes mostram que a temperatura e a quantidade consumida da bebida transformam esse hábito em um importante fator de risco para doença. Os prejuízos começam quando se leva a bomba de chimarrão ao fundo da língua, pois o calor intenso provoca queimaduras na parede do esôfago. Enzimas ligadas ao processo inflamatório decorrente produzem radicais livres, capazes de reagir com os genes responsáveis pela proliferação das células, o que pode desregular o ciclo celular e dar início ao tumor. A doença mata cerca de 90% dos pacientes cerca de 6 meses depois do diagnóstico, em parte devido a agressividade do tumor e ao diagnóstico tardio. O governo calcula que cerca de 260 mil mortes poderiam ser evitadas todos os anos caso o brasileiro mantivesse uma alimentação saudável. A PREVENÇÃO DO CÂNCER As recomendações provenientes destas pesquisas são importantes para a população em geral, e para as pessoas com risco aumentado de cânceres específicos, devido à história familiar ou ao hábito de fumar. Tem se evidenciado que a vitamina A protege contra o câncer da cavidade bucal, faringe, laringe e pulmão, e é possível que a vitamina E diminua o risco de se desenvolver o câncer, devido aos seus conhecidos e comprovados efeitos antioxidantes. Em estudo de meta análise em 40 publicações concluiu-se que os cereais em grãos e os alimentos produzidos com farinhas de cereais integrais diminuíram o risco de adquirir 20 tipos de câncer que são os mais frequentes. Os cereais e farinhas refinados não demonstraram nenhum efeito protetor. Quando uma pessoa, ou um casal, quer saber: 1- se um determinado problema que existe na família poderá acontecer de novo; 2- se o casal tem história de consanguinidade (parentesco entre eles, como no casamento entre primos); 3- se deseja ter filhos mais tarde do que o habitual; 4- se apresenta história de infertilidade. Em geral começam procurando o médico da família, ou o ginecologista. A consulta com o médico geneticista costuma acontecer depois. O geneticista procura, então, estabelecer um diagnóstico da situação: Estuda o casal, analisa a história familiar, examina o resultado dos exames já realizados, pondera a necessidade de efetuar exames mais específicos, procura definir as soluções que serão apresentadas ao casal. Casos médico-legais ou privados, referentes à paternidade duvidosa, troca de crianças... Crianças a serem adotadas, para as quais se pretende determinar a probabilidade de virem a apresentar afecções hereditárias. Pares de gêmeos que se apresentam para determinação de zigosidade (se são mono ou dizigóticos). Diagnósticos pré-natal de afecções genéticas, nos países em que o aborto provocado é legal quando o exame pré-natal revela que a criança teria alta probabilidade de vir a ser afetada. Etapas do Aconselhamento Entrevista de aconselhamento Determinação do tipo de herança Cálculo dos riscos Acompanhamento Quando solicitar exame cromossômico? Malformações congênitas múltiplas: síndromes já conhecidas síndromes ainda não conhecidas 2 ou mais malformações congênitas. Sinais indicativos de aberrações dos cromossomos sexuais. Pessoa normal com filho portador de aberração cromossômica estrutural (translocação). FIM DO SEMESTRE
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