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UNISEB Centro Universitário Metodologia da Alfabetização 12/5/2014 Profa. Me. Letícia Fonseca Castro Retomada da aula anterior UNISEB Centro Universitário Módulo UNISEB Centro Universitário Os Portadores de Texto e os Suportes de Texto no Movimento da Alfabetização Unidade 5 4.2 • O que são portadores de texto? 4 ** Portador de texto: adotado para denominar qualquer objeto que apresente algo que possa ser lido, ou seja, qualquer objeto que contenha um texto impresso. Mensagem social Os Portadores de Texto 5 Os Portadores de texto • Kleiman (1996): a principal característica do leitor proficiente é sua flexibilidade na leitura. • Ensino: deve oferecer condições, indicativas de uma riqueza de recursos disponíveis, que permitam levar o leitor à flexibilidade e à proficiência. • Portadores de texto na alfabetização: recurso/estratégia que possibilita o trabalho com diversos tipos de textos. 6 Os Portadores de texto Atividades com portadores de texto: 1) Intencionalidade por parte do professor, que objetiva guiar os conhecimentos prévios dos alunos; 2) Levar os alunos a se interessar por diferentes meios propagadores da escrita e ajudá-los a pensar e a interpretar as intenções do autor ou do grupo que encomendou e veiculou determinado tipo de texto. 7 Os Portadores de texto ** Ato de leitura – dois elementos: 1. A pessoa que lê; e 2. O objeto que está sendo lido. IMPORTANTE É imprescindível identificar o objeto como algo que serve para ler, atuar sobre o objeto e também interpretar a sua mensagem social. 8 Os Portadores de texto • “Quando a criança define um portador de texto enquanto um objeto que serve para ler, supõe-se que ela já descobriu alguns usos da escrita. Por isso, quanto maior a vivência da criança com o material escrito, maior será a sua facilidade em compreender as funções da linguagem”. (MOREIRA, 1992) 9 Os Portadores de texto A criança descobre os usos significativos da leitura partindo de seus esquemas de assimilação, construindo pontes entre as suas atividades familiares com a linguagem escrita e as novas atividades que a escola exige. Papel valioso destinado à escola = percepção dos propósitos da escrita 10 Os Portadores de texto Processos: Passo a passo para trabalhar com portadores de texto. 1. Identificação do portador; 2. Reconhecimento dos atributos utilizados na identificação do portador; 3. Especificação das funções do portador; 4. Predição do conteúdo do portador. 11 1. Identificação do portador Escola: não pode desconsiderar as condições concretas de vida da família da criança. ... E nem se limitar aquilo que é conhecido pela criança Propor novas formas de entendimento. 12 1. Identificação do portador • A maioria dos portadores de texto faz parte da vida das crianças fora da escola. Exemplo: Receitas de bolo, revistas em quadrinhos, livros infantis, instruções de jogos, folhas de talão de cheque, jornais, cartas, folhetos de orações de igrejas,rótulos de leite em pó ou achocolatados etc. h t t p : / / w w w . r e c e i t i n h a s . c o m . b r 13 2. Reconhecimento dos atributos utilizados na identificação dos portadores de texto. • Meios usados pela criança para chegar à identificação do portador de texto. • Professor pode refletir sobre as pistas ou atributos que a criança conhece e que a levam a identificar o portador. • Exemplo: uma criança pode identificar um portador de texto por meio de atributos inerentes ao próprio objeto (cor). 14 3. Especificação das funções do portador • Graus distintos de dependência entre texto e objeto (ex: caixa de remédio para a criança e para o adulto). • As funções de um portador de texto dependem do grau de percepção do leitor quanto ao seu uso (ex: receita de bolo para criança que nunca viu seu uso – o que vale é o bolo). • Variados graus de percepção dos usos ou das funções dos portadores. • Função social do texto (compreensão do portador como suporte material do texto) h t t p : / / w w w . u l b r a t v . c o m . b r 15 • Refere-se ao conhecimento que a criança elabora previamente em relação ao objeto portador, e que, em geral, pode estar diretamente associado ao nome do objeto. Exemplo: o fato de a criança saber, mesmo antes de conseguir ler, que o nome de um remédio está impresso em sua caixa. • Escola: deve contribuir para que a criança “leia” não somente o nome do portador mencionado, mas também os elementos pertencentes ao contexto social desse portador. Contribuir para que ela entenda a função social dos portadores de texto. 4. Predição do conteúdo do portador 16 Os Portadores de Texto ** As concepções construídas pelas crianças sobre as funções e os sentidos de uso da escrita evoluem de uma interpretação externa para uma interna. ** Para interpretar o ato de ler como um expediente funcional, e não como uma atividade autocontida, é extremamente relevante a mediação do adulto e a valorização atribuída por ele à leitura. 17 Os Portadores de Texto ** Instrumentos relevantes no movimento alfabetizador. ** Atraem a atenção da criança, criando um sentido a mais no que tange ao incentivo de querer compreender o texto que se encontra no objeto. ** O uso intencional do portador de texto, por sua vez, chama a atenção para o conteúdo da escrita, que, se bem trabalhado, permite a compreensão da função social, a qual atende a um determinado portador de texto. 18 Os Portadores de Texto ** Quando se leva o aluno a compreender o conteúdo e a função social dos portadores de texto, realiza-se um trabalho inteligente e reflexivo de pensar sobre o que reside nas entrelinhas dos textos. ** O aluno é capaz de entender a qual ideologia visa servir o texto que lhe é portado. 19 Os Portadores de Texto ESCOLA 1) Não pode ignorar a relevância do trabalho com portadores de texto. 2) Deve centrar forças na formação de sujeitos realmente capazes de ler e de escrever sobre os significados sociais do mundo em que vive, objetivando, desse modo, a concretização de uma aprendizagem mais efetiva e não alienada. 20 Leitura também é coisa de criança Programa Letra Viva/MEC 21 • Movimento de alfabetização: crianças devem compreender o nosso sistema de notação (alfabético). • É importante que as crianças conheçam as letras, sua organização, sinais de pontuação, letra maiúscula ou minúscula, ortografia etc. • O sentido de aprender todo esse sistema de notação: discurso que tem condições e situações de uso concretas e sociais, e no qual a escrita possa ser utilizada. A arte de escrever e enviar cartas: uma proposta de alfabetização 22 Instrumentos para inserir a criança no universo letrado: 1. Cartas; 2. Correspondências; 3. Diários; 4. Bilhetes etc. ** Carta e bilhete: estimulam coesão e coerência (crianças). IMPORTANTE: a criança deve encontrar sentido na atividade Os Portadores de Texto 23 O professor deve estabelecer um ambiente de necessidade, de curiosidade, para que os alfabetizandos depositem um conteúdo emocional em seu fazer, ou seja, para que a ação de escrever uma carta seja prazerosa. h t t p : / / w w w . s i m p l e s m e n t e b e i j a f l o r . c o m 24 Os Portadores de Texto1. Local e data: consigna o lugar e o tempo da produção, ou seja, a cidade em que você mora e o dia em que o texto foi escrito; 2. Destinatário: representa o destino da carta, a pessoa que deve ler a carta; 3. Assunto ou corpo: parte do texto em que se desenvolve a mensagem; é o espaço para dizer o que se quer falar; 4. Despedida: um beijo, um abraço, um até logo ao receptor; 5. Remetente: escrita do nome. Exemplo pág 305 – Amigo secreto h t t p : / / 2 . b p . b l o g s p o t . c o m 25 A estrutura de uma carta - Texto epistolar • AZENHA, M.G. Imagens e letras. Os possíveis acordos de Ferreiro e Luria.São Paulo: Ática, 1995. • FERREIRO, E. Os processos construtivos da apropriação da escrita. In: FERREIRO, E.; PALACIO, M.G. (Orgs.). Os processos de leitura e escrita. Novas perspectivas. Porto Alegre: Artmed, 1990. Referências Bibliográficas 26 • FRANCHI, E. Pedagogia da Alfabetização. São Paulo: Cortez, 2006. • ZORZI, J. Aprender a escrever: a apropriação do sistema ortográfico. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998. FRANCHI, E. Pedagogia da Alfabetização. São Paulo: Cortez, 2006. Referências Bibliográficas 27 Referências Bibliográficas • MOREIRA, N. Portadores de texto: concepções de crianças quanto a atributos, funções e conteúdo. In: KATO, M. A. (Org.). A concepção da escrita pela criança. Campinas: Pontes, 1992. 28
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