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Semana 6

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA VARA FEDERAL DE FLORIANÓPOLIS DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE SANTA CATARINA- SC.
JOÃO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº..., expedida pelo..., inscrita no CPF/MF sob o nº..., endereço eletrônico, domicílio, residente, por seu advogado, com endereço profissional, para fins do artigo 77, inc. V do CPC, vem propor: 
AÇÃO POPULAR COM TUTELA DE URGÊNCIA
pelo procedimento especial , em face de SENHOR SENADOR DA REPUBLICA, com domicílio no prédio do Senado Federal, na Esplanada dos Ministérios – DF, pelos fatos e fundamentos que passa a expor: 
DOS FATOS
Recentemente, mais precisamente em abril de 2009, foi amplamente divulgado pela internet em todo o Brasil, obra que esta se iniciando no gabinete do Senador, em valores que custarão aos cofres públicos a quantia que ultrapassará R$1,000,000,00 (um milhão de reais). 
Das notícias, vê que se partiu ordem do gabinete do Senador para que seja realizada licitação para a reforma do gabinete, envolvendo a compra de vários itens voluptuários, como bem demonstra a reportagem, o que não é negado pelo parlamentar, vindo este apenas a justificar no clima instável de Brasília e na necessidade de perfeitas condições de atendimento. 
Vemos assim que os objetos da licitação ainda não foram adjudicados, destarte, portanto, ainda não tendo sido assinado os contratos. 
DOS REQUISITOS DA TUTELA DE URGÊNCIA
Segundo o art. 300 do Código de Processo Civil trata acerca dos requisitos da tutela de urgência e sua inteligência diz que a tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
Isto posto, a veiculação em diversos meios de comunicação, inclusive com a confissão do Senador de que gastou dinheiro, marca assim, inarredavelmente a prova inequívoca do fato, bem como atenta vergonhosamente contra a moralidade administrativa, princípio constitucional expresso no art. 37, da Constituição Federal de 1988. 
Ademais, uma vez terminado o presente certame e assinado o contrato, ainda haveria outros problemas, senão aliado a extrema dificuldade de reembolso por parte do político, mas também as questões dos direitos de terceiros de boa-fé, pois, uma vez feito aquisições e obras, os contratados não mais terão a obrigação de devolver os valores recebidos. 
Sendo assim, imperioso o deferimento de medida liminar com o fim de suspender o certame. 
DO DIREITO 
É a ação popular uma verdadeira ação da cidadania. A Constituição da República Federativa do Brasil no seu art. 5, LXXIII, estabelece que qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência. 
Ademais, os requisitos legais para a sua propositura encontram-se presentes na lei 4717/65, conforme transcritos abaixo em artigos fundamentadores. 
Art. 1º Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a anulação ou a declaração de nulidade de atos lesivos ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Municípios, de entidades autárquicas, de sociedades de economia mista (Constituição, art. 141, § 38), de sociedades mútuas de seguro nas quais a União represente os segurados ausentes, de empresas públicas, de serviços sociais autônomos, de instituições ou fundações para cuja criação ou custeio o tesouro público haja concorrido ou concorra com mais de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita ânua, de empresas incorporadas ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios, e de quaisquer pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas pelos cofres públicos
Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos casos de: 
        d) inexistência dos motivos;
Art. 6º A ação será proposta contra as pessoas públicas ou privadas e as entidades referidas no art. 1º, contra as autoridades, funcionários ou administradores que houverem autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o ato impugnado, ou que, por omissas, tiverem dado oportunidade à lesão, e contra os beneficiários diretos do mesmo. 
DA COMPETÊNCIA 
Segundo os ensinamentos ao art. 5, da lei 4717/65 e seus parágrafos, a origem do ato impugnado, é competente para conhecer da ação, processá-la e julgá-la o juiz que, de acordo com a organização judiciária de cada Estado, o for para as causas que interessem à União, ao Distrito Federal, ao Estado ou ao Município.
        § 1º Para fins de competência, equiparam-se atos da União, do Distrito Federal, do Estado ou dos Municípios os atos das pessoas criadas ou mantidas por essas pessoas jurídicas de direito público, bem como os atos das sociedades de que elas sejam acionistas e os das pessoas ou entidades por elas subvencionadas ou em relação às quais tenham interesse patrimonial.
        § 2º Quando o pleito interessar simultaneamente à União e a quaisquer outras pessoas ou entidade, será competente o juiz das causas da União, se houver; quando interessar simultaneamente ao Estado e ao Município, será competente o juiz das causas do Estado, se houver.
        § 3º A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações, que forem posteriormente intentadas contra as mesmas partes e sob os mesmos fundamentos.
        § 4º Na defesa do patrimônio público caberá a suspensão liminar do ato lesivo impugnado. 
Isto posto, envolvendo interesse da União que, inclusive pode vir a atuar ao lado do autor na presente ação, será competente o foro federal, contudo, sem privilégio de foro, conforme dispõe o egrégio Supremo Tribunal de Justiça, súmula 33, a incompetência relativa não poderá ser decretada de ofício. 
DOS REQUISITOS DA AÇÃO POPULAR
Como reconhecido instrumento da cidadania, à ação popular imprescinde da demonstração do prejuízo material, posto visar também os princípios da administração pública, principalmente no caso citado acerca do princípio da moralidade. 
Acerca do tema, prisão por dívida alimentícia, esse entendimento, a 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, concedeu Habeas Corpus a um homem detido por não pagar à ex-mulher uma dívida acumulada durante cinco anos de quase R$ 200 mil.
A relatora ministra Nancy Andrighi, porém, defendeu que exigir o pagamento de todo esse montante, sob pena de restrição da liberdade, configura excesso, além de medida incompatível com os objetivos da prisão civil por dívida alimentar, que é garantir a sobrevida do alimentado. “Embora se possa ainda admitir a iminência do risco alimentar, este, em algumas situações, pode ser minorado, ou mesmo superado, de forma digna, com o próprio labor”, disse a ministra.
Segundo os ensinamentos de Cahali: “a decretação da prisão deve fundar-se na necessidade de socorro urgente e de subsistência”. 
Neste ponto importante salientar o que dispõe o recurso extraordinário nº, 170.168, in verbis: 
DOS PEDIDOS 
Da concessão da medida de urgência para sustar quaisquer atos das licitações cujos objetos atenderão as despesas objeto dessa Ação Popular, bem como qualquer ato que se digne a pagar tais despesas com recurso público. 
Citação por carta precatória do Réu.
A oitiva do ilustre Ministério Público Federal
A intimaão da União para querendo se manifestar
A procedência do pedido com anulação de quaisquer atos administrativos tomados pelo demandado na presente ação visando as despesas objeto dessa ação popular, bem como caso já tenha havido alguma despesa, o ressarcimento por parte do Réu, com comunicação ao MPF para as devidas ações penais de improbidades administrativas que entender pertinentes. 
Condenação dos Réus aos ônus de sucumbência
DAS PROVAS
Requer que sejam admitidas todos os meios de provas e também aquelas que já se encontrampré-constituídas nos autos.
Local / Data 
Advogado / OAB 
Assinatura

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