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Estudo de caso depressão

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INTRODUÇÃO
O estudo foi produzido durante o período da prática hospitalar na disciplina de Saúde Mental no CAPS. Chamada de “o mal do século”, a Depressão deve atingir entre 15% e 20% da população mundial, no mínimo uma vez na vida. De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), até o ano de 2020 ocupará o 2º lugar de doença que mais gerará ônus; O termo depressão, pode designar um estado afetivo normal, um sintoma, uma síndrome ou várias doenças. Sendo assim, a depressão é caracterizada por um estado prolongado de tristeza e desinteresse pela vida.
Desta forma, observou-se a necessidade de abordar sobre este assunto dentro do CAPS, uma vez que a Depressão permanece uma das causas mais comuns de acolhimento de adultos e idosos, o que na maioria o número de pacientes levado a óbito é elevado por não diagnosticarem no começo dos sintomas. 
Por fim, a finalidade deste estudo de caso será explanar essa patologia bastante acometida no CAPS, dentre suas formas de diagnóstico, quadro clínico, tratamento e afins.
2 OBJETIVO
Objetivo Geral:
Apresentar estudo de caso sobre um dos mais comuns casos de transtorno psiquiátrico, a Depressão, abordando suas particularidades e compartilhando conhecimentos adquiridos durante a pesquisa e realização do mesmo.
Objetivos específicos:
Abordar epidemiologia desse transtorno;
Comentar sobre as possíveis causas e fisiopatologia da depressão;
Esclarecer quais os principais sintomas mencionados na literatura;
Elucidar como se realiza o diagnóstico e tratamento desse transtorno;
Sistematizar uma assistência de enfermagem humanizada voltada para o cliente do estudo de caso.
.
3 ESTUDO DA PATOLOGIA 
3.1 CONCEITO
O termo depressão, antes chamado de melancolia, termo usado há mais de 25 séculos. No início do século XIX Pinel introduziu o termo melancolia ou delírio considerando uma insanidade mental parcial. Na 6a. edição do tratado Kraepelin que foi modificado o termo para depressão-psicose maníaco depressiva. Atualmente é denominado pela Associação Psiquiátrica Americana no DSM-IV como Transtorno de Humor, que tem a necessidade de ser identificado e tratado. Esse transtorno não está relacionado ao caráter do indivíduo e é inerente a sua vontade, a gravidade e frequência dos sintomas variam de indivíduo para indivíduo.
A depressão se subdivide em 3 tipos:
Depressão maior: É caracterizado por um ou mais casos sem história de episódios maníacos, misto ou hipomaníacos;
Dismítico: Caracteriza-se por sintomas que duram no mínimo 2 anos. É um transtorno menos grave, mas de maior duração;
Sem outra especificação: Inclui transtornos com características depressivas que não satisfazem os critérios para outros tipos de depressão.
3.2 FISIOPATOLOGIA
São encontradas alterações nas diversas regiões encefálicas que poderão mediar a expressão da doença: o córtex pré-frontal, a amígdala, o córtex anterior do cíngulo e o hipocampo, entre outros, apresentam alterações volumétricas e da atividade. O hipocampo apresenta também alterações segmentares ou da sua forma, indiciando um papel especial na fisiopatologia da depressão.
 O eixo hipotálamo-hipófise-suprarrenal encontra-se hiperativo em cerca de metade dos doentes; a alteração associada será uma resistência do receptor glicocorticóide, e pensa-se que a etiopatogenia da depressão pode ser diferente consoante esteja ou não presente o stress. Sabe-se também da correlação entre citocinas inflamatórias e humor depressivo, e novos dados demonstram que a imunidade celular poderá ser manipulada no sentido de prevenir os efeitos do stress. A hipótese monoaminérgica é ainda hoje a base dos tratamentos recomendados.
Apesar da etiologia ser desconhecida, raramente existe apenas uma causa para a depressão, normalmente, são várias causas juntas de desencadeiam a doença;
Desequilíbrio na função química do cérebro;
Hereditariedade;
Causas ambientais.
3.3 QUADRO CLÍNICO
O cliente com diagnóstico de Depressão apresenta um ou mais desses seguintes sintomas:
Cansaço extremo
Fadiga
Irritabilidade
Angústia
Ansiedade acentuada
Baixa autoestima
Insônia ou hipersônia
Falta de interesse por atividades que antes davam prazer
Pensamentos pessimistas
Pensamentos frequentes sobre a morte
Comportamentos compulsivos
Dificuldade de concentração
Disfunções sexuais
Sensação de impotência 
EXAMES DIAGNÓSTICOS 
O diagnóstico requer a presença de 5 ou mais sintomas característicos desse transtorno. Não existem testes clínicos para a depressão, por isso usam-se habitualmente entrevistas detalhadas e questionários para se fazer o diagnóstico.
Segundo o DSM IV, alguns critérios são levados em consideração para a realização do diagnóstico da depressão: 
Humor deprimido na maior parte do dia;
Interesse ou prazer acentuadamente diminuídos por todas as atividades na maior parte do dia;
Perda ou ganho significativo de peso sem estar em dieta, diminuição ou aumento do apetite;
Insônia ou hipersônia;
Agitação ou retardo psicomotor;
Fadiga ou perda de energia;
Sentimento de inutilidade ou culpa excessiva;
Capacidade diminuída de pensar ou concentra-se, ou indecisão;
Pensamento de morte recorrentes, ideação suicida recorrente sem um plano específico, tentativa de suicídio ou plano específico para cometer suicídio.
3.5 TRATAMENTO
O tratamento inclui: conselhamento psiquiátrico, medicamentos antidepressivos, psicoterapia e eletroconvulsoterapia.
A depressão pode durar semanas ou mesmo anos. E uma vez que o indivíduo passe por uma crise, corre maior risco de enfrentar episódio semelhante outra vez na vida. Na maioria das vezes, o tratamento é feito em conjunto pela equipe multiprofissional no CAPS. Existem diversos medicamentos antidepressivos, que ajudam a regular a química cerebral, e o psiquiatra escolherá segundo o histórico clínico e psíquico do cliente. O acompanhamento psicológico, que buscará levantar as causas do problema e como ele poderá ser destrinchado, é crucial inclusive porque os medicamentos podem demorar um tempo para fazer efeito.
4 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
4.1 HISTÓRICO DE ENFERMAGEM
M.E.N.M, 49 anos, feminino, solteira, natural de Santarém, estudou até o ensino fundamental o qual não completou, religião católica, possui 3 filhos. Foi acolhida dia 30/10/2017 pela enfermeira Conceição Siqueira e teve como acompanhante a cunhada. Encaminhada para o serviço do CRAS – São José Operário. Motivo da procura do serviço: estresse, insônia, tristeza, choro fácil, ideação suicida e planejamento (enforcamento), irritabilidade e isolamento. Antecedentes pessoais: hipertensão, faz uso de atenolol, não faz uso de drogas lícitas e ilícitas, tem insônia, teve AVC em 2007, teve parto cesáreo difícil a eclampsia. Já fez uso de medicamento controlado, mas não lembra o nome. Relata que teve um neomorto em 2007, perdeu o pai em 2010, o filho de 20 anos por acidente de moto, após as perdas passou a ter mudança de humor, irritabilidade, isolamento social, atualmente com ideação suicida e fica muito tempo sozinha. Personalidade anterior: tinha bom relacionamento com as pessoas. Antecedente familiar: desconhece doenças psiquiátricas na família. Condições de moradia: mora com a mãe em um quarto separado e possui 2 moradores. Renda familiar de 1 salário mínimo.
4.2 EXAME PSÍQUICO 
Ao exame psíquico foram avaliadas as características gerais, personalidade demonstrada pelo cliente, ou seja, todos os aspectos de como o mesmo se apresentou durante a consulta.
Ao exame psíquico foram avaliadas as características gerais, personalidade demonstrada pelo cliente, ou seja, todos os aspectos de como o mesmo se apresentou durante a consulta.
Quanto as características gerais, mostrava-se vestida adequadamente para o clima, sem tatuagens visíveis, com higiene preservada, sonolenta, nível de consciência normal, verbaliza de forma orientada em tempo e espaço, conteúdo e velocidade da fala normais, lúcida e triste. Humor deprimido e com perda total do interesse e afastamentode todas as atividades regulares e prazerosas observada a partir da morte do pai e houve piora após a morte do filho. Durante o exame não foi identificado distúrbios relacionados a memória, pois a cliente demonstrou recordar-se de eventos passados com facilidade, também, não houve comprometimento na inteligência da cliente, pois a mesma entendia as perguntas feitas pelo médico e respondia de forma coerente. A cliente tem consciência acerca da doença e da necessidade de auxílio.
4.3 PLANO ASSISTENCIAL DE ENFERMAGEM
	DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
	RESULTADOS ESPERADOS
	INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM
	Insônia relacionado a depressão evidenciado por dificuldade para iniciar o sono. (D:4/C:1)
	Cliente verbalizará que entende o distúrbio do sono. 
Cliente identificará as intervenções apropriadas para promover o sono. 
Cliente dirá que houve melhora do padrão de sono, que se sente melhor e mais descansado.
	Auxiliar e eliminar situações estressantes antes de dormir. 
Ouvir queixas subjetivas referentes à qualidade do sono. 
Identificar o que interrompe o sono e a frequência que ocorre.
	Regulação de humor prejudicada relacionado a função social prejudicada evidenciado por afastamento e irritabilidade. (D:9/C:2)
	Cliente demonstrará melhora na condição de fatores que prejudicam sua vida social.
Cliente apresentará melhora na irritabilidade.
	Estimular a criação de novas atividades de lazer para serem realizadas pela cliente no local onde está inserido.
Trabalhar estratégicas de reinserção social da cliente. 
	Sobrecarga de estresse relacionado a condição situacional evidenciado por aumento de impaciência e estresse excessivo. (D:9/C:2)
	Cliente apresentará estresse diminuído ao seguir firmemente as prescrições e paciência melhorada com relação a fatores estressores.
	Encorajar a expressão de sentimentos sobre fatores estressores;
Escutar as manifestações de estresse;
Auxiliar o paciente a identificar estratégias pessoais de enfrentamento.
	Pesar complicado caracterizado por depressão, relacionado a morte de pessoas significativas. (D:9/C:2)
	Espera-se que o cliente apresente um melhor enfrentamento da situação de perda.
	Encorajar a expressão de sentimentos sobre a perda;
Escutar as manifestações de pesar;
Encorajar a discussão de experiências anteriores da perda;
Fazer declarações empáticas sobre a perda;
Auxiliar o paciente a identificar estratégias pessoais de enfrentamento.
	Risco de suicídio relacionado a transtorno psiquiátricos. (D:11/C:3)
	Espera-se que o risco de suicídio seja diminuído e que haja maior sentimento de esperança no cliente com relação a sua atual condição.
	Determinar a presença e o grau de risco suicida;
Envolver o cliente no planejamento do seu próprio tratamento;
Interagir com o cliente de tempo em tempo para transmitir atenção e abertura e oferecer numa oportunidade para que ele fale sobre seus próprios sentimentos;
Facilitar o acesso a serviços de saúde mental.
Auxiliar a família e as pessoas significativas a compreenderem o que está acontecendo com a cliente.
5 PROGNÓSTICO
O prognóstico da depressão depende muito do diagnóstico precoce e de uma boa adesão do cliente ao tratamento tanto terapêutico quanto medicamentoso. Em suma, o prognóstico da doença é bom devido ser curável. Neste caso é ruim devido a ideação suicida, planejamento de sua morte, tristeza e pesar profundo por conta da perda de pessoas significativas e por não ter sido demanda espontânea, o que indica que a cliente julga não ter tratamento para sua condição atual.
CONCLUSÃO
O desenvolvimento do presente estudo possibilitou uma análise de como é uma sistematização de assistência de enfermagem em pacientes com depressão. Além disso, permitiu uma pesquisa abrangente correlacionando sua fisiopatologia, quadro clinico e a competência do enfermeiro nos métodos que oferece condições para assegurar a prática clínica em seu tratamento.
Depressão não é frescura, e sim uma doença que precisa de muitos cuidados e atenção. Se não tratada corretamente, pode perdurar por muito tempo, com sério prejuízo à vida do paciente: trabalho, família e lazer, ficando comprometidos, juntamente com um risco maior de suicídio. 
É imprescindível a necessidade da humanização do cuidar na depressão ou como qualquer outra doença psiquiátrica. Conhecer o paciente, identificar suas necessidades é tarefa essencial para toda a enfermagem. O profissional deve estar alerta e ser sensível a pistas ocultas. É preciso uma atitude receptiva, disposição em escutar, observação acurada do comportamento e do conteúdo da comunicação, para que seu trabalho seja efetivo. 
REFERÊNCIAS
TAVARES, L.A.T. A depressão como mal-estar contemporâneo: medicalização e sistêmica do sujeito depressivo. 1ª edição. Editora Unesp, 2010. 
Moreira; Pereira; Santos; Oliveira. Depressão: um transtorno de humor. 2011
NANDA. Diagnósticos de Enfermagem. Edição 2015-2017. Editora Artmed. São Paulo.
PINHEIRO, Ana Maria. SAE Sistematização da Assistência de Enfermagem. 2ª edição. Editora Guanabara Koogan. Rio de Janeiro.

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