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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM GESTÃO EMPRESARIAL Fichamento de Estudo de Caso TATIANNE QUIMA MOREIRA Trabalho da disciplina Gestão de Operações, Produção e Serviços Tutor: Prof. Audemir Leuzinger de Queiroz Nova Friburgo/RJ 2017 Página 2 de 4 ZARA: Moda Rápida GHEMAWAT, Pankaj; NUENO, Jose Luis. ZARA: Moda Rápida; Havard Business School, nº 710 - P02; 21 de dezembro de 2006. O caso “Zara: moda rápida” descreve brevemente a estrutura da cadeia global de vestuário; apresenta, também, o perfil dos três principais concorrentes internacionais da Inditex; e, por último, se concentra na Inditex, no seu modelo de negócios e na expansão internacional da rede Zara. A cadeia global de vestuário fora caracterizada como um exemplo protótipo de cadeia global controlada pelo comprador aos mercados. A produção era muito fragmentada, 30% da produção global eram exportadas, a mão de obra era bastante intensiva, e a proximidade era importante. O comércio global de vestuário e têxteis continuava sendo regulado pelo Acordo Multifibras, que restringia importações a determinados mercados desde 1974. Por tradição, as empresas de comércio exterior tinham o papel principal de orquestrar os fluxos físicos de vestuários desde as fábricas de países exportadores até varejistas de países importadores (intermediários transfronteiriços). Independente ou não das funções transfronteiriças, os varejistas tinham um papel dominante na formatação das importações de países desenvolvidos, e uma concentração maior deles era considerada um dos principais propulsores do crescimento do comércio. Em 2000, os gastos no varejo com roupas ou vestuários alcançavam aproximadamente 900 bilhões de euros em todo mundo. Em relação aos principais concorrentes internacionais da Inditex, essa concorria com varejistas locais na maioria dos seus mercados, os analistas consideravam que seus concorrentes comparáveis mais próximos eram a GAP, a H&M e a Benetton. Todos os três tinham escopos verticais mais limitados do que o da Zara. A GAP e a H&M, que eram os dois maiores varejistas especializados em vestuários do mundo, à frente da Inditex, possuía a maioria das suas lojas, mas terceirizavam toda a produção. A Benetton, ao contrário, investira muito em produção, mas suas lojas eram administradas por licenciados. Os três concorrentes também se posicionavam de maneira diferente das redes Inditex com relação a produtos. A Inditex (Indústria de Diseño Textil) era uma varejista especialista global que desenhava, fabricava e vendia vestuário, sapatos e acessórios para mulheres, homens e crianças através da Zara e cinco outras redes ao redor do mundo. Ela empregava 26.724 pessoas e fica localizada na região da Galícia, na ponta noroeste da Espanha. Amancia Página 3 de 4 Ortega Gaona, fundador da Inditex, era filho de um ferroviário com uma empregada doméstica. A primeira loja Zara foi inaugurada numa sofisticada rua comercial em La Corunha em 1975, desde o seu início a marca se posicionou como uma loja que vendia “roupas de moda de qualidade média com preços acessíveis”. Ortega tinha um grande interesse por tecnologia da informação e com isso obteve contato com o Jose Maria Castellano, que mais tarde virou vice-presidente do conselho diretivo. Com os dois, a Zara continuou se difundir nacionalmente e abrir lojas fora da Espanha e fazer investimentos maciços em logísticas de fabricação e TI: incluindo a criação de um sistema de fabricação just-in-time, um armazém de 130.000 metros quadrados próximos à sede de Arteixo, nos arredores de La Corunha, e um sistema de telecomunicações avançado para conectar a sede aos locais de fornecimento, produção e venda. A Zara fabricava internamente seus produtos mais sensíveis à moda, seus estilistas monitoravam continuamente as preferências dos clientes e faziam encomendas a fornecedores internos e externos. A produção era feita em pequenos lotes, com integração vertical da fabricação dos itens de necessidade imediata, essa integração vertical ajudava a reduzir o “efeito chicote”. Além disso, a Zara era capaz de criar um design e ter produtos finalizados nas lojas dentro de quatro ou cinco semanas. Esse curto tempo reduzia intensidade do capital de giro e facilitava a fabricação contínua de novas mercadorias. Cada linha de produto tinha uma equipe criativa composta por estilistas, especialistas em sourcing e pessoal de desenvolvimento de produtos, a organização dessa equipe era bastante horizontal e dava prioridade em interpretar as tendências das passarelas adequadas para o mercado de massa. O design da marca ultrapassava o simples desenho, as equipes monitoravam continuamente as preferências dos clientes e usavam as informações sobre vendas em potencial com base num sistema de informação de consumo. As fábricas da Zara eram muito automatizadas, especializadas por tipo de peça e concentradas nas partes de capital intensivo do processo de produção. As peças eram enviadas de volta das oficinas aos complexos de fabricação da Zara, onde eram inspecionadas, passadas, dobradas, embaladas e etiquetadas antes de serem enviadas ao centro de distribuição contíguo. Em relação a esse último, o sistema consistia numa instalação de aproximadamente 400.000 metros quadrados em Arteixo e outros centro- satélites muito menos na Argentina, Brasil e México. A diretora de logística considerava ser um lugar que as mercadorias deveriam ser transferidas e não armazenadas. O objetivo da Zara era oferecer uma grande variedade de novas peças e acessórios de estilo por preços relativamente baixos em lojas sofisticadas com localizações nobres para atrair massas de clientes assíduos e com consciência de moda. As políticas de merchandising enfatizavam linhas de produtos amplas e de transformação rápida, com Página 4 de 4 conteúdos relativamente de alta moda e qualidade física razoável, mas não excessiva. Para os clientes, a rápida rotação do estoque evidentemente criava uma sensação de “compre agora, pois você não verá esse item depois.” As lojas da Zara funcionavam tanto como a cara da empresa para o mundo, quantas como fontes de informação. O tamanho, localização e tipo de loja definiam seu número de funcionários. Normalmente tinha um gerente para cada seção, com o líder da seção feminino sendo o gerente de loja. Os diretores principais tentavam fazer com que cada gerente tivesse a sensação de estar gerenciando um pequeno negócio. Por último, no que diz respeito a expansão internacional da Zara, esta, em 2001, era a mais internacionalizada das redes da Inditex, administrava 231 lojas em 18 países, fora a Espanha. A sua expansão começou em 1988, com a inauguração de uma loja em Porto, Portugal. A Zara adotava o mesmo sistema de negócios em todos os países em que operava, como, por exemplo, seu mix de marketing. As atividades internacionais da marca eram organizadas primariamente sob uma empresa controladora criada em 1988, a Zara Holding B. V. da Holanda, sob esta, estavam as operações de países que exerciam controle gerencial sobre as porções finais da cadeia de valores. Os planos da Inditex para 2002 incluíam a adição de 55 a 65 novas lojas Zara.
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