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Principais alterações patológicas detectáveis PAPANICOLAU Equipe: ESTÁCIO LEMBRE-SE QUE: O EXAME GINECOLÓGICO ABRANGE BEM MAIS QUE A COLETA DE PAPANICOLAU, como, por exemplo, exame físico utilizando as semiotécnicas de inspeção e palpação, assim como o olfato, não abrangendo só a parte ginecológica como também as mamas, de acordo com a avaliação do profissional que estará prestando atendimento. Este exame é apenas uma das condutas para a detecção de alterações ginecológicas, dentre elas, o câncer do cólo do útero. PAPANICOLAU Também conhecido como PREVENTIVO; Foi criado pelo médico grego Georgios Papanicolau, na década de 40; Consiste em uma técnica de coleta de material citológico do colo do útero para a detecção de doenças que provocam algum tipo de alteração nas células desta região. REALIZAÇÃO DA COLETA PRECONIZAÇÃO DO SUS 5 INDICAÇÃO Quem tem indicação pelo SUS? QUEM PODE ATUAR NA COLETA Profissional capacitado e respaldado legalmente. PREPARAÇÃO DA CLIENTE PARA A COLETA ORIENTAÇÕES Não usar duchas e medicamentos vaginais durante 48 h antes da coleta; Não realizar exames vaginais 48 h antes da coleta; Evitar relações sexuais 48 h antes da coleta; Não usar anticoncepcionais locais ou espermicidas 48 h antes da coleta; Aguardar o 5º dia após o fim da menstruação. Estas orientações visam... Garantir a qualidade da amostra para não dificultar a análise ou prejudicar o diagnóstico! O material deve ser coletado em quantidade suficiente para garantir uma amostra satisfatória. Obs: Em casos particulares, como sangramento anormal, a coleta pode ser realizada. MATERIAL NECESSÁRIO, ORGANIZAÇÃO E ACOLHIMENTO CONSULTÓRIO Mesa ginecológica; Escada de dois degraus; Mesa auxiliar; Foco de luz branca com cabo flexível; Biombo ou local para troca de roupa; Cesto de lixo com pedal; Espaço físico adequado; MATERIAL NECESSÁRIO, ORGANIZAÇÃO E ACOLHIMENTO COLETA Espéculos de vários tamanhos (de preferência descartáveis, instrumental metálico deve ser esterelizado de acordo com a norma vigente); Balde com solução desincrostante em caso de instrumental não descartável; Lâminas de vidro com extremidade fosca; Espátula de Ayre; Escova endocervical; Par de luvas de procedimento; Pinça de Cherron; MATERIAL NECESSÁRIO, ORGANIZAÇÃO E ACOLHIMENTO COLETA (CONTINUAÇÃO) Solução fixadora, álcool a 96% ou polietilenoglicol líquido ou spray; Gaze; Recipiente adequado para acondicionamento das lâminas; Formulário de requisição para o exame citopatológico; Fita adesiva para identificação dos frascos; Lápis grafite ou preto; MATERIAL NECESSÁRIO, ORGANIZAÇÃO E ACOLHIMENTO COLETA (CONTINUAÇÃO) Avental/camisola (preferencialmente descartáveis); Lençóis (preferencialmente descartáveis). INICIANDO O PROCEDIMENTO... Preencha CORRETAMENTE o formulário de requisição do exame citopatológico; Preparo da lâmina, que deverá: Estar limpa (pode limpar com gaze, caso necessário); Ter bordas lapidadas e extremidade fosca, obrigatoriamente; Conter escrita na extremidade fosca as iniciais da mulher e seu número de registro na Unidade; Ter identificado os frascos porta lâminas. RECEBENDO A CLIENTE ANAMNESE Demonstre educação e segurança; Deixe a cliente à vontade e relaxada; Pergunte especificamente: Se já teve a 1ª relação sexual; Gravidez em caso afirmativo ou de suspeita, não colher material endocervical; Filhos normal ou cesariana; Se faz uso de contraceptivo oral ou algum medicamento qual; Uso de hormônio ou radioterapia pélvica; RECEBENDO A CLIENTE ANAMNESE Pergunte especificamente (continuação): Menarca; DUM; Sangramento durante o ato sexual; Submissão a exames intravaginais 48 h antes da coleta; Uso de med. vaginais ou espermicidas 48 h antes da coleta; Relação sexual 48 h antes da coleta; Queixas ginecológicas em geral (prurido, mau cheiro, secreção, dor...) IMPORTANTE Registrar as informações na requisição de exame citopatológico e no prontuário da Unidade de Saúde; O atendimento deve ser individual, garantindo presença de acompanhante quando a cliente desejar. Respeite a cliente e estabeleça uma relação de confiança! PROCEDIMENTO DE COLETA Lave e seque as mãos na técnica antes e após o procedimento; Solicitar a mulher que esvazie a bexiga e troque sua roupa pelo avental; Colocar a mulher na maca confortavelmente, em posição ginecológica (peça para que a mulher chegue o mais para baixo possível na maca); Cubra a mulher com lençol; Posicione o foco de luz; Calce as luvas de procedimento; PROCEDIMENTO DE COLETA Exponha somente a região a ser examinada; Observar atentamente os órgãos genitais externos; Avalie Distribuição de pêlos; Integridade do clitóris, meato uretral, grandes e pequenos lábios e ânus; Secreções vaginais; Sinais de inflamação; Veias varicosas e outras lesões (úlceras, fissuras, verrugas, tumorações); Características do odor; ANATOMIA PARTE EXTERNA COLOCAÇÃO DO ESPÉCULO Escolha o espéculo do tamanho adequado; Não é recomendado o uso de lubrificantes, exceto em casos especiais (mulheres idosas e com vagina extremamente ressecada). Recomenda-se molhar o espéculo com SF; Introduza o espéculo suavemente, em posição vertical, ligeiramente inclinado; Exponha completamente o colo do útero; Rotacione o espéculo deixando-o em posição transversa, de modo que a fenda da abertura fique na posição horizontal; COLOCAÇÃO DO ESPÉCULO Introduza o espéculo totalmente na vagina; Abra-o lentamente e com delicadeza. VIZUALIZAÇÃO: REGISTRE TUDO, SEMPRE! Inspecione e registre na requisição do exame citopatológico e no prontuário as características (cor, integridade...) das paredes vaginais e do colo do útero; Registro da inspeção do colo do útero: Normal, ausente/colo não vizualizado/ alterado – ectopia/ presença de secreção normal (esbranquiçada ou transparente, uniforme e inodora). Obs: Dificuldade de vizualizar o colo pedir que tussa, não tendo efeito chame profissional mais experiente. COLETA DO MATERIAL Realizada ectocérvice e endocérvice; Coleta dupla em lâmina única; O SUS não preconiza a coleta de fundo de saco vaginal, pois considera o material coletado de baixa qualidade para diagnóstico oncótico. Porém, alguns profissionais realizam coleta tríplice, por causa da grande incidência do câncer de vagina. COLETA DO MATERIAL ECTOCÉRVICE: Usa-se a espátula de Ayre, do lado que possui reentrância; Encaixe a ponta mais longa da espátula no orifício externo do colo, fazendo uma raspagem na mucosa ectocervical em movimento rotativo de 360º, em torno de todo o orifício cervical; Exerça pressão firme, mas tenha delicadeza para não agredir o colo e nem prejudicar a qualidade da amostra. COLETA DO MATERIAL ECTOCÉRVICE (CONTINUAÇÃO): Estenda o material de maneira uniforme, dispondo-o no sentido transversal, na metade superior da lâmina, perto da região fosca, devidamente identificada. Faça o esfregaço no lado da lâmina onde está a região fosca. COLETA DO MATERIAL ENDOCÉRVICE: Usa-se a escova endocervical; Introduza a escova e faça um movimento giratório de 360º percorrendo todo o contorno do orifício cervical; Colocar o material na metade inferior da lâmina no sentido longitudinal, de maneira uniforme e bem distribuída, fino e sem destruição celular; Fixar imediatamente por imersão em álcool ou spray. COLETAS EM SITUAÇÕES ESPECIAIS Mulher grávida: Pode ser feito em qualquer período da gestação, de preferência até o 7º mês; A coleta deve ser feita com espátula de Ayre e não utilizar escova de coleta endocervical. Mulher virgem: Não deve ser realizada na rotina; Condilomatose genitália externa, é indicativo da necessidade do exame do colo; Deve-se ter o devido cuidado e respeitar a vontade da mulher. COLETAS EM SITUAÇÕES ESPECIAIS Mulher submetida a histerectomia: Histerectomia total coleta de esfregaço de fundo de saco vaginal; Histerectomia subtotal rotina normal. Mulher com DST: Consultar rotina do SUS. FIXAÇÃO DO ESFREGAÇO O esfregaço deve ser fixado imediatamente; Observar a validade do fixador; Pode ser: Álcool 96% (RECOMENDADO); Spray de Polietilenoglicol; Polietilenoglicol líquido. Observar recomendações do SUS para utilizar o esfregaço da rotina da Unidade de Saúde. CONCLUSÃO DO PROCEDIMENTO Não fechar o espéculo totalmente, para não beliscar a mulher; Retirar delicadamente, levemente inclinado para cima, observando as paredes vaginais; Retirar as luvas; Auxiliar a mulher a descer da mesa; Solicitar que ela troque de roupa; Orientar sobre possível sangramento após a coleta, que cessará sozinho; Enfatizar a importância do retorno para o resultado e agendar de acordo com agenda da unidade. Obs: Consultar rotina de envio da amostra para o laboratório. EXAME GINECOLÓGICO Nunca é demais lembrar... É mais que a coleta de Papanicolau Consiste em: Exame físico (mamas e parte ginecológica), podendo evoluir, além do Papanicolau, de acordo com avaliação profissinal, para; Teste de pH vaginal; Teste de Whiff – KOH 10%+gota de conteúdo vaginal (teste das aminas ou do cheiro) – bacterioscopia. Teste do cotonete; Coleta de material para cultura de gonococos e pesquisa de clamídia; Exames de imagem (mamas e parte ginecológica); Colposcopia. PRINCIPAIS DOENÇAS DETECTÁVEIS O exame preventivo não tem o objetivo de identificar DST, embora muitas vezes seja possível a identificação do agente ou de efeitos citopáticos sugestivos da presença dos mesmos. Seu objetivo detectar alterações nas células do colo do útero e da vagina, sugestivas de lesões para câncer. VEJA: PRINCIPAIS SÍNDROMES CLÍNICAS Elencaremos as principais... Úlceras genitais: Sífilis Treponema pallidum; Cancro mole Haemophilus ducreyi; Herpes Herpes simplex; Donovanose Klebsiella granulomatis; Linfogranuloma venéreo Chlamydia trachomatis. PRINCIPAIS SÍNDROMES CLÍNICAS Elencaremos as principais... Corrimentovaginal/Vulvovaginite/Endocervite: Vaginose bacteriana Múltiplos; Candidíase Candida albicans; Gonorréia Neisseria gonorrhoeae ; Clamídia Chlamydiatrachomatis; Tricomoníase Trichomonas vaginalis; Outros: Verrugas genitais Papilomavírus humano (HPV); Dor pélvica Microbiota mista; PREVENÇÃO Faça higiene íntima adequada; Use preservativo; Reduza o número de parceiros; Vacine-se; Visite os serviços de saúde e faça exames regularmtente. Cuide-se! ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO Realizar atenção integral às mulheres; Realizar consulta de enfermagem, coleta de exame preventivo e exame clínico das mamas, solicitar exames complementares e prescrever, conforme protocolos ou outras normas técnicas estabelecidas pelo município, observadas as disposições legais da profissão; Realizar atenção domiciliar, quando necessário; Supervisionar e coordenar o trabalho da equipe de enfermagem; Manter materiais e insumos necessários para a realização dos procedimentos; Realizar atividades de educação permanente junto aos profissionais da equipe. REFERÊNCIAS Caderno de Atenção Básica nº 13, Brasília – DF/2006; Ministério da Saúde, Controle de cânceres do colo do útero.
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