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Conteúdo adicional
Exames laboratoriais 
Maria Teresa Luis
Daniela Gomes
1110
Exame Orientações Método Valor de referência Comentários
Ácido ascórbico 
(plasma)
Não necessita de preparo Cromatografia líquida de alta 
eficiência (HPLC)
0,6 a 2 mg/dL
Ácido fólico (soro) Para todas as idades, jejum mínimo de 4 horas Imunoensaio competitivo 
quimioluminescente
Deficiente: < 3,4 ng/mL 
Limítrofe: de 3,4 a 5,4 ng/mL 
Normal: > 5,4 ng/mL
Ácido láctico (plasma) Não necessita de preparo Enzimático Sangue venoso: 5,7 a 22 mg/dL (0,63 a 2,44 
mmol/L)
O ácido láctico, medido antes e depois do exercício, permite avaliar a capacidade respiratória muscular 
e a perfusão tecidual
Ácido láctico (sangue 
arterial)
Não necessita de preparo Enzimático colorimétrico 4,5 a 14,4 mg/dL (0,5 a 1,6 mmol/L) Diagnóstico de acidose láctica
Avalia a capacidade respiratória celular
Medido antes e depois do exercício, o ácido láctico permite avaliar a capacidade respiratória muscular
Ácido oxálico (amos-
tra isolada, urina)
Três dias anteriores ao exame, o paciente não deve ingerir 
vitamina C na forma de cristais ou cápsulas ou em qualquer 
formulação farmacêutica
Oxalato na urina: colorimétri-
co, automatizado 
Creatinina na urina: picrato 
alcalino, automatizado
De 1 a 6 meses: 56 a 175 mg de oxalato/g de 
creatinina 
6 a 12 meses: 48 a 139 mg de oxalato/g de cre-
atinina 
1 a 2 anos: 40 a 103 mg de oxalato/g de creatinina 
2 a 3 anos: 32 a 80 mg de oxalato/g de creatin ina 
3 a 5 anos: 24 a 64 mg de oxalato/g de creatinina 
5 a 7 anos: 24 a 56 mg de oxalato/g de creatinina 
Acima de 7 anos: 16 a 48 mg de oxalato/g de 
creatinina
O oxalato urinário é derivado da dieta, particularmente do metabolismo do ácido ascórbico e da 
glicina
Ácido úrico (depura-
ção em soro e urina)
Colhido em 12 horas noturnas ou a critério médico
Para todas as idades, jejum mínimo de 3 horas
Para ácido úrico (soro e uri-
na): enzimático colorimétrico 
Para creatinina (soro e urina): 
cinético colorimétrico
A depuração de ácido úrico é mais bem inter-
pretada se comparada à de creatinina, a qual 
corresponde a 6 a 12%
Importante na caracterização das hipouricemias, uma vez que, em tais condições, o teste permite 
diferenciar a síntese reduzida do ácido úrico de excreção urinária aumentada
Ácido úrico (soro) Jejum mínimo de 3 horas Enzimático colorimétrico Mulheres: 2,4 a 5,7 mg/dL 
Homens: 3,4 a 7 mg/dL
Metabólito final das purinas no ser humano
Ácido úrico (urina) Realizado em urina colhida durante 24 horas Enzimático colorimétrico 0,25 a 0,75 g/dia Útil no diagnóstico das hiperuricosúrias
ACTH
(plasma)
A coleta deve ser feita preferencialmente até 2 horas após o 
horário habitual do paciente acordar
Até 2 anos, jejum mínimo de 3 horas 
Acima de 2 anos, jejum mínimo de 8 horas
Ensaio imunométrico quimio-
luminescente
Condições basais: até 46 pg/mL entre 7 e 10 
horas da manhã
O hormônio adrenocorticotrófico, ou corticotrofina (ACTH), um peptídeo de 39 aminoácidos 
produzido pela hipófise anterior, é o principal responsável pelo controle da produção de esteroi-
des pelo córtex adrenal
Albumina
(soro)
Jejum mínimo de 3 horas
A coleta deve ser feita de preferência pela manhã, em razão 
do efeito circadiano
Colorimétrico 3,5 a 5,2 g/dL Avaliação de estado nutricional e da função da síntese hepática. Suas concentrações diminuem 
na inflamação sistêmica
Alfa-1-antitripsina 
(soro)
Não necessita de preparo Imunonefelométrico De 88 a 174 mg/dL 
Obs.: os intervalos de referência podem variar 
dependendo da etnia do indivíduo testado
Fase aguda da inflamação
Alfa-1- glicoproteína 
ácida (soro)
Não necessita de preparo Imunonefelométrico 50 a 120 mg/dL Indicador de atividade inflamatória
Alumínio
(soro)
Jejum mínimo de 4 horas Espectrometria de absorção 
atômica, 
com forno de grafite e correção 
de fundo 
pelo sistema Zeeman, em 
ambiente com 
 controle de material particulado 
(sala limpa)
População em geral: até 10 mcg/L 
Pacientes em programa regular de hemodiálise: 
até 30 mcg/L* 
*Para pacientes com ferritina < 800 mcg/L e 
saturação de transferrina < 60%
Tem particular interesse nos indivíduos com insuficiência renal crônica mantidos em diálise por 
períodos prolongados e naqueles com nutrição parenteral prolongada
(continua)
1312
(continuação)
Exame Orientações Método Valor de referência Comentários
Alumínio (urina) Realizado em urina colhida durante 24 horas Espectrofotometria de ab-
sorção atômica com forno 
de grafite
0 a 32 mcg/24 horas Os indivíduos renais crônicos em hemodiálise podem desenvolver encefalopatia e osteodistrofia 
por presença de níveis séricos elevados de alumínio
Amilase, depuração 
em soro e na urina
Coleta em 12 ou 24 horas, jejum mínimo de 3 horas, 2 horas 
sem urinar
Cinético colorimétrico 1,2 a 3,8% (índice de depurações amilase/
creatinina)
Consiste na relação depuração de amilase/creatinina, sendo útil no diagnóstico da pancreatite 
aguda, na qual essa relação se encontra aumentada, e das macroamilasemias, nas quais se mostra 
diminuída
Amilase (soro) Jejum mínimo de 3 horas Cinético colorimétrico 28 a 100 U/L Diagnóstico de pancreatites e parotidites
Amônia
(plasma)
Não necessita de preparo Enzimático 17 a 31 mmol/L Útil na investigação de alguns erros inatos do metabolismo e em hepatopatias
Arginina vasopressina 
(plasma)
Não necessita de preparo Radioimunoensaio 1 a 13,3 pg/mL Estudo da reserva de hormônio antidiurético (ADH) em indivíduos com suspeita de diabete insípi-
do parcial ou total
Bicarbonato
(vários materiais)
Não necessita de preparo Potenciométrico indireto 23 a 27 mmol/L (sangue venoso) 
22 a 26 mmol/L (sangue arterial)
Avaliação do equilíbrio acidobásico
Bilirrubinas
(soro)
Em lactentes, a coleta deve ser feita antes da próxima 
mamada
Para todas as idades, jejum mínimo de 3 horas
Colorimétrico Adultos: 
Total : 0,20 a 1 mg/dL 
Direta: 0 a 0,20 mg/dL 
Indireta: 0,20 a 0,80 mg/dL 
Bilirrubina total de recém-nascido prematuro: 1 
dia: 1 a 8 mg/dL 
2 dias: 6 a 12 mg/dL, 3 a 5 dias: 10 a 14 mg/dL; 
bilirrubina total de recém-nascido a termo: 1 
dia: 2 a 6 mg/dL 
2 dias: 6 a 10 mg/dL 
3 a 5 dias: 4 a 8 mg/dL
Avaliação de hepatopatias, quadros hemolíticos e, em particular, icterícia do recém-nascido
Cálcio
(amostra isolada, 
urina)
O paciente não pode ingerir leite e derivados (queijo, iogurte 
e manteiga) 6 horas antes do exame (se for adulto) ou 3 
horas antes do exame (se for criança com dieta variada) 
Crianças que só se alimentam de leite podem fazer o teste 
sem restrições de dieta 
2 horas sem urinar
Cálcio na urina: colorimétrico 
Creatinina na urina: cinético 
colorimétrico
Relação cálcio/creatinina (mg/mg): 
Até 6 meses: < 0,8 dependente da dieta 
7 a 12 meses: < 0,6 dependente da dieta 
Acima de 1 ano: < 0,2 dependente da dieta
Metabolismo do cálcio
Cálcio ionizado
(soro)
Para todas as idades, jejum mínimo de 4 horas Eletrodo íon-seletivo Intervalo de referência: 1,11 a 1,40 mmol/L Em comparação com a dosagem de cálcio total, a determinação do cálcio ionizado oferece a 
vantagem de avaliar a fração do elemento fisiologicamente atuante
Cálcio
(soro)
Para todas as idades, jejum mínimo de 3 horas Colorimétrico Até 6 anos: 8,8 a 10,6 mg/dL 
Maiores de 6 anos: 8,6 a 10,3 mg/dL
No diagnóstico e no seguimento de distúrbios do metabolismo de cálcio e fósforo
Cálcio
(urina)
Realizado em urina colhida durante 24 horas Colorimétrico Crianças até 12 anos: até 4 mg/kg de peso 
corporal/dia 
Adultos: 55 a 220 mg/dia
Na avaliação do paciente com cálculo renal e, eventualmente, no seguimento de portadores de 
hiperparatireoidismo, lesões ósseas metastáticas, mieloma, intoxicação por vitamina D, acidose 
tubular renal, tireotoxicose, doença de Paget e sarcoidoseCalcitonina
(soro)
Para todas as idades, jejum mínimo de 3 horas Ensaio imunométrico qui-
mioluminescente de dupla 
identificação e que detecta 
calcitonina intacta
Adultos do sexo masculino: até 12 pg/mL 
Adultos do sexo feminino: até 5 pg/mL
Metabolismo do cálcio
Caroteno
(dosagem, soro)
Para todas as idades, jejum mínimo de 4 horas Cromatografia líquida de alta 
 eficiência (HPLC)
20 a 450 ng/mL Utilizado para o diagnóstico de estados de hipercarotenemia por ingestão excessiva de caroteno
Cloro(soro) Para todas as idades, jejum mínimo de 3 horas Potenciométrico 98 a 107 mEq/L Na avaliação de distúrbios do equilíbrio hidreletrolítico e acidobásico.
(continua)
1514
(continuação)
Exame Orientações Método Valor de referência Comentários
Cobre (amostra isola-
da, urina)
Não necessita de preparo Espectrofotometria de absorção 
atômica com forno de grafite
Até 50 mcg/g de creatinina Em condições normais, o fígado, pelo sistema biliar, é a maior via de excreção do cobre do orga-
nismo
Colesterol
(ésteres do soro)
Não ingerir bebida alcoólica nas 24 horas antes do exame
Até 1 ano: jejum mínimo de 3 horas 
1 a 5 anos: jejum mínimo de 6 horas
Acima de 6 anos: jejum mínimo de 12 horas
Colorimétrico 60 a 80% do colesterol total No plasma, 60 a 75% do colesterol encontra-se esterificado com ácidos graxos. Em grande 
parte, essa esterificação se deve à ação da enzima lecitina-colesterol aciltransferase (LCAT). 
Em pessoas com deficiência dessa enzima, tanto primária quanto secundária a hepatopatias, 
porcentagem muito menor do colesterol fica esterificada. Na deficiência familiar da LCAT, as 
alterações clínicas incluem opacificação da córnea, anemia e, às vezes, proteinúria. A herança é 
autossômica recessiva
Colesterol
(soro)
Até 1 ano: jejum mínimo de 3 horas
1 a 6 anos: jejum mínimo de 6 horas
Acima de 6 anos: jejum mínimo de 12 horas; não ingerir 
bebidas alcoólicas nas 72 horas antes do exame
Enzimático colorimétrico 2 a 19 anos:
Desejável: < 170 mg/dL
Limítrofe: 170 a 199 mg/dL
Elevado: > 199 mg/dL
Acima de 19 anos:
Desejavel: < 200 mg/dL
Limítrofe: 200 a 239 mg/dL
Elevado: > 239 mg/dL
Valores de referência segundo III Diretrizes 
Brasileiras sobre Dislipidemias da Sociedade 
Brasileira de Cardiologia (2001)
Ver colesterol total e frações
Colesterol total e 
frações
(soro)
Até 1 ano: jejum mínimo de 3 horas
1 a 6 anos: jejum mínimo de 6 horas
Acima de 6 anos: jejum mínimo de 12 horas; não ingerir 
bebidas alcoólicas nas 72 horas antes do exame
Dosagem do colesterol, trigli-
cérides e HDL-colesterol por 
método enzimático colori-
métrico, e cálculo de LDL-
-colesterol conforme a Lipid 
Research Clinics Program
Ver colesterol (soro) ou fração específica As lipoproteínas de baixa densidade (low density lipoproteins – LDL) são as principais proteínas de 
transporte do colesterol. A determinação da fração ligada a essas lipoproteínas (LDL-colesterol) é 
fundamental para a avaliação do risco de doença aterosclerótica, pois são seus níveis que determi-
nam o diagnóstico e as metas de avaliação e de tratamento da hipercolesterolemia
A relação entre a doença aterosclerótica e o aumento de LDL é significativa e direta. As concen-
trações dessa fração do colesterol também se encontram elevadas na síndrome nefrótica, no 
hipotireoidismo e na icterícia obstrutiva
Corpos cetônicos
(urina)
Realizado em amostra isolada de urina Nitroprussiato (qualitativo) Negativo Os corpos cetônicos são substâncias derivadas das cetonas. Os tipos habitualmente encontrados 
no soro incluem cetonas, piruvato, ácido acetoacético, acetona, ácido láctico e ácido beta-hidro-
xibutírico. O ácido acetoacético, a acetona e o ácido beta-hidroxibutírico são metabólitos dos áci-
dos graxos que se acumulam no organismo quando, por exemplo, a capacidade de metabolização 
do fígado é superada. Isso pode ocorrer em jejum muito prolongado, distúrbios do metabolismo 
dos carboidratos (diabetes) ou alcoolismo agudo. Estados hipercatabólicos (febre) também podem 
provocar o aparecimento de corpos cetônicos na urina, por aumento na produção e na filtração 
glomerular
Creatinina
(amostra isolada, 
urina)
Não necessita de preparo Cinético colorimétrico Adultos: 0,2 a 3,5 g/L 
Varia com a massa muscular e com a concen-
tração da amostra de urina
Índices de várias substâncias em relação à excreção de creatinina, tida como relativamente cons-
tante. Contudo, sabe-se que pode haver aumento em sua excreção com o consumo de proteína 
de origem animal ou de creatina
Creatinina
(depuração, soro e 
urina)
Realizada em sangue e em urina de 12 horas noturnas ou de 
outro período solicitado pelo médico
Creatinina (soro e urina): 
cinético colorimétrico 
Cálculo da depuração pela 
fórmula clássica: Dep = 
(Ucreat x Vmin)/creatinina 
sérica
Usualmente é feita correção 
do valor encontrado para a 
superfície corporal “padrão” 
de 1,73 m2
Crianças: 70 a 140 mL/min/1,73 m2
Homem: 85 a 125 mL/min/1,73 m2
Mulher: 75 a 115 mL/min/1,73 m2
Na avaliação funcional renal
(continua)
1716
(continuação)
Exame Orientações Método Valor de referência Comentários
Creatinina (soro) Para todas as idades, jejum mínimo de 3 horas Cinético colorimétrico Recém-nascido: 0,3 a 1 mg/dL
Até 6 anos : 0,3 a 0,7 mg/dL
7 a 12 anos: 0,5 a 1 mg/dL
Acima de 12 anos: 
sexo masculino: 0,7 a 1,3 mg/dL 
sexo feminino: 0,6 a 1,1 mg/dL
Na avaliação da função renal
Creatinina (urina) Realizado em urina colhida durante 12 ou 24 horas, confor-
me solicitação médica
Cinético colorimétrico Até 15 anos: 8 a 22 mg/kg/24 horas 
Acima de 15 anos: 
homem: 14 a 26 mg/kg/24 horas 
mulher: 11 a 20 mg/kg/24 horas
Na avaliação da adequação da coleta de urina de 24 horas e para uso em índices de várias subs-
tâncias em relação à excreção de creatinina, tida como relativamente constante
Cromo (soro) Para todas as idades, jejum mínimo de 4 horas Espectrometria de massas 
com fonte de plasma induti-
vamente acoplado (ICP-MS)
< 0,3 mcg/L É um elemento essencial que compõe vários sistemas enzimáticos, sendo necessário para o meta-
bolismo normal da glicose. A redução do aporte de cromo pode agravar a tolerância à glicose 
Cromo (urina) Realizado em urina isolada Espectrofotometria de absor-
ção atômica
Até 5 mcg de cromo/g de creatinina Índice 
biológico máximo permitido (IBMP): 30 mcg de 
cromo/g de creatinina
A dosagem de cromo na urina é útil na avaliação de toxicidade decorrente de exposição, geral-
mente ocupacional
Curva glicêmica, de 
2 horas
(plasma)
Jejum de 8 horas (com exceção de água pura)
Para crianças menores de 9 anos que não consigam ficar 
esse período sem se alimentar, o tempo de jejum deve ser 
orientado pelo médico
Enzimático É considerada o padrão-ouro para diagnosticar o diabete melito. Para essa finalidade, preconiza-
-se a administração de 75 g de glicose VO (ou 1,75 g/kg de peso em crianças) e as dosagens de 
glicose sérica em jejum e após 120 min da sobrecarga. Tanto um valor de glicemia entre 100 e 
126 mg/dL, encontrado em jejum, quanto concentrações entre 140 e 200 mg/dL, 2 horas após a 
sobrecarga, evidenciam intolerância à glicose (pré-diabete). A glicemia ≥ 200 mg/dL aos 120 min 
confirma o diagnóstico de diabete melito
A curva glicêmica também pode ser solicitada para a detecção de hipoglicemia após ingestão 
alimentar. 
Manter dieta habitual, sem restrição de carboidrato (massas, 
açúcar e doces) nas 72 horas que antecedem o exame 
Não usar laxante na véspera do exame 
Não fazer esforço físico antes do exame (no mesmo dia)
O exame compreende dosagens seriadas de glicose (basal, 
30, 60, 90 e 120 min após estímulo com 75 g de glicose, VO, 
ou conforme solicitação médica)
Ver comentários Essa queda nas taxas de glicose pode ocorrer 3 a 4 horas após a alimentação, particularmente 
em pessoas que comem muito rapidamentee preferem refeições ricas em carboidratos. Além 
disso, costuma ser observada após o uso de álcool e em indivíduos com insulinoma ou com 
anticorpos anti-insulina. É possível detectar a hipoglicemia a partir dos 180 min 
Considera-se o resultado significativo quando glicemia < 45 mg/dL. Entretanto, muitos indi-
víduos apresentam alguns sintomas dessa condição com glicose > 45 mg/dL, em geral mais 
decorrentes do grau de oscilação das taxas do que do valor absoluto
Este exame pode ser realizado com dosagens intermediárias, feitas a cada 30 min, e ter dura-
ção total de até 6 horas, assim como medidas concomitantes das concentrações de insulina 
(ver curva insulinêmica). Neste caso, como se trata de testes não totalmente padronizados, a 
interpretação dos resultados deve ser feita pelo médico assistente com o auxílio dos dados 
clínicos
(continua)
1918
(continuação)
Exame Orientações Método Valor de referência Comentários
Curva insulinêmica 
de 3 horas (soro e 
plasma)
Dosagens seriadas de insulina e glicose (basal, 30, 60, 90, 
120 e 180 min após estímulo com 75 g de glicose, VO, ou 
conforme solicitação médica)
Para todas as idades, jejum mínimo de 8 a 10 horas
Para crianças menores de 9 anos de idade que não consi-
gam ficar esse período sem se alimentar, o tempo de jejum 
deve ser orientado pelo médico
Manter dieta habitual, sem restrição de carboidrato (massas, 
açúcar e doces) nas 72 horas que antecedem o exame
Não usar laxante na véspera do exame
Não fazer esforço físico antes do exame (no mesmo dia)
Ensaio eletroquimiolumino-
métrico para determinção da 
insulina
Método enzimático, para 
determinação da glicose
Insulina (em jejum):
Glicose normal (< 100 mg/dL) e IMC até 25: 2 
a 13 mU/L
Glicose normal (< 100 mg/dL) e IMC entre 25 e 
30: 2 a 19 mU/L
Glicose normal (< 100 mg/dL) e IMC acima de 
30: 2 a 23 mU/L
Glicose (em jejum): 75 a 99 mg/dL
Hipoglicemia pode ocorrer a partir dos 180 min 
e é considerada significativa se < 45 mg/dL
Na pesquisa de resistência à insulina e, apesar de algumas controvérsias, na investigação de hi-
poglicemia após ingestão alimentar. A queda nas taxas de glicose pode ocorrer 3 a 4 horas após a 
alimentação, particularmente em pessoas que comem muito rapidamente e preferem refeições ricas 
em carboidratos. Além disso, costuma ser observada após a ingestão de álcool e em indivíduos com 
insulinoma ou com anticorpos anti-insulina. É possível detectar a hipoglicemia a partir de 180 min. 
Considera-se o resultado significativo quando glicemia < 45 mg/dL. Entretanto, muitos indivíduos 
apresentam alguns sintomas dessa condição com glicose > 45 mg/dL, em geral mais decorrentes 
do grau de oscilação das taxas do que do valor absoluto 
O diagnóstico de resistência à insulina, observa-se que, em indivíduos normoglicêmicos (sem o 
diagnóstico de diabete melito), a dosagem basal desse hormônio apresenta alta correlação com 
os diferentes índices de resistência à insulina 
O cálculo do índice HOMA-IR (homeostasis model assessment) para avaliação de resistência à 
insulina é baseado em uma fórmula matemática que emprega as dosagens de insulina e glicose 
de jejum. Na prática, trata-se de uma informação adicional para aferir a resistência à insulina. 
Apesar disso, não há valores que definam a normalidade. A interpretação do resultado deve ser 
feita junto com outros parâmetros clínicos e laboratoriais, como peso, índice de massa corporal 
(IMC), medida da circunferência da cintura, níveis glicêmicos e níveis pressóricos. Em uma popu-
lação estudada no laboratório, composta de mais de 1800 indivíduos adultos normoglicêmicos, 
foram encontradas as seguintes distribuições de HOMA-IR, conforme o valor do IMC: 
IMC...................Insulina de jejum........HOMA-IR 
(kg/m2).....................(mU/L) 
Até 25.....................De 2 a 13............De 0,4 a 2,9 
De 25 a 30..............De 2 a 19............De 0,4 a 4,3 
Acima de 30............De 2 a 23............De 0,7 a 8,2
HOMA-IR = glicemia de jejum (mmol/L) × insulinemia de jejum (µU/mL)
22,5
*Obs.: para conversão da glicemia de mg/dL para mmol/L, basta multiplicar o valor por 0,05
Um valor de HOMAR-IR acima de 3,45 é diagnóstico de hiperinsulinismo e apresenta equivalência 
ao de 15 de insulinemia basal
Defecograma, para 
criança
Utilização de contraste
Não necessita de preparo
Avaliação dinâmica da defecação com contraste retal, por 
meio de aparelho de radioscopia, possibilitando o estudo da 
anatomia e função anorretal e do assoalho pélvico
Exame radiológico para 
avaliação de crianças consti-
padas ou com malformação 
anorretal. 
Com uma sonda retal, o meio 
de contraste (bário) é intro-
duzido no reto e são feitas 
radiografias estudando a 
posição das alças intestinais e 
a movimentação da muscula-
tura responsável pelo ato de 
evacuação
Avaliação dinâmica da defecação, o que possibilita o estudo da anatomia e da função anorretal, 
assim como do assoalho pélvico. Auxilia na avaliação de crianças com malformações anorretais 
ou de crianças obstipadas. Neste último caso, é possível fazer o diagnóstico de megacólon
(continua)
2120
(continuação)
Exame Orientações Método Valor de referência Comentários
Densitometria óssea, 
infantil
Se o paciente realizou exames de medicina nuclear ou 
radiografia/tomografia com contraste por via oral ou retal, 
deve haver um intervalo de 7 dias entre esses métodos e a 
densitometria 
No dia do procedimento, medicamentos que contêm cálcio 
devem ser suspensos
Densitométrico por dual 
energy x-ray 
absorptiometry (DXA)
A avaliação da massa óssea em crianças e 
adolescentes é feita por meio do estudo da 
densidade mineral da coluna lombar e do 
corpo total, que oferecem informações sobre 
a maturação óssea tanto do compartimento 
trabecular quanto do cortical. O exame tam-
bém fornece a massa magra e o percentual de 
gordura corporal do paciente 
Os valores obtidos de BMD são comparados 
com a média de indivíduos da mesma idade 
e raça do paciente, sem considerar outras 
variáveis que influenciam a aquisição da massa 
óssea, como hereditariedade, peso, altura, 
estadiamento puberal, doenças intercorrentes 
e uso de medicamentos, entre outras, cabendo 
ao clínico a integração de tais dados
É o método ideal para a avaliação da massa óssea em crianças e adolescentes, por se tratar de um 
exame rápido e não invasivo, com mínima exposição radiológica 
Nessa faixa etária, porém, não se diagnostica diminuição da massa óssea apenas com os resulta-
dos da densidade mineral, pois outros parâmetros clínicos, além da idade, precisam ser avaliados, 
particularmente maturação sexual, peso e altura. Desse modo, somente o médico assistente pode 
interpretar corretamente os resultados da densitometria óssea na população infantojuvenil
D-xilose, prova de 
absorção
(plasma)
Prova de absorção na qual o paciente ingere xilose e faz a 
sua dosagem no sangue após 60 min 
Não usar laxante 24 horas antes do exame 
Se forem solicitadas mais de um prova de absorção (lactose, 
sacarose e/ou xilose), estas poderão ser agendadas em qual-
quer ordem, desde que sejam marcadas com, no mínimo, 2 
dias de intervalo entre qualquer uma delas
Até 5 anos, jejum mínimo de 3 horas 
Acima de 5 anos, jejum mínimo de 8 horas
Colorimétrico de Goodwin Valores > 20 mg/dL para crianças até 6 meses 
ou > 25 mg/dL para crianças com mais de 6 
meses e adultos indicam boa absorção intes-
tinal
No diagnóstico diferencial das síndromes de má absorção intestinal. A D-xilose é um açúcar cuja 
absorção depende somente da integridade da parede intestinal. Assim, valores diminuídos são 
encontrados nas doenças que cursam com lesão da mucosa intestinal 
Os valores de referência foram estabelecidos para amostras colhidas 60 min após a ingestão 
de quantidade pré-determinada de D-xilose. Mudanças no tempo de coleta da amostra ou daquantidade de D-xilose administrada comprometem a interpretação do exame e por isso não são 
recomendados. Não deve ser feita amostra basal, pois a D-xilose não está presente na dieta
Eritrograma
(sangue total)
Não requer jejum após dieta leve. Contudo, se for realizado 
após almoço ou jantar, deve haver um intervalo de 3 horas 
entre a refeição e a coleta
Contagem eletrônica auto-
matizada 
Dosagem da hemoglobina 
Determinação do hematócrito 
Estudo morfológico
Ver Tabela 1 No diagnóstico diferencial e no seguimento das anemias e poliglobulias 
As anemias podem ser decorrentes de sangramento, hemólise intra ou extravascular e falência 
medular ou carencial, entre outras causas
Erros inatos do meta-
bolismo, triagem para 
sangue total e urina
Cetonas e proteínas: fita 
reativa 
Hidratos de carbono: croma-
tografia de camada delgada 
Animoácidos na urina e plas-
ma: cromatografia gasosa 
com detecção por ionização 
de chama (CG/FID) 
Pesquisa da atividade da 
biotinidase: colorimétrico
Cetonas e proteínas: ausentes 
Hidratos de carbono: traços ou ausentes 
Pesquisa da atividade da biotinidase: presente
Animoácidos no plasma: Tabela 1
Aminoácidos na urina (Tabela 2) 
Além dos resultados, inclui-se um comentário 
para auxiliar a interpretação dos achados 
laboratoriais. Os seguintes aminoácidos não 
são dosados por essa metodologia: citrulina, 
arginina e taurina
Na investigação de suspeita de erros inatos do metabolismo, os quais constituem um grupo 
heterogêneo de doenças geneticamente determinadas que levam o organismo a manifes-
tações muito variadas, especialmente neurológicas. A triagem, feita no plasma e na urina, 
consiste em um painel de exames, alguns específicos, outros pouco específicos, que, quando 
alterados, podem indicar suspeita de diversos erros metabólicos 
Inclui a pesquisa de cetonas, proteínas, aminoácidos e hidratos de carbono na urina e tam-
bém quantifica os aminoácidos no plasma. É possível, no entanto, que outros exames, mais 
específicos e quantitativos, sejam necessários para confirmar uma suspeita de erro inato do 
metabolismo. A normalidade desse teste, afinal, não exclui a possibilidade de existência de 
um defeito metabólico
Ferritina
(soro)
Para todas as idades, jejum mínimo de 3 horas Eletroquimioluminométrico Recém-nascidos: 25 a 200 mcg/L 
1 mês: 200 a 600 mcg/L 
2 a 5 meses: 50 a 200 mcg/L 
6 meses a 15 anos: 10 a 150 mcg/L 
Sexo masculino: 36 a 262 mcg/L 
Sexo feminino: 24 a 155 mcg/L
Indicado no diagnóstico diferencial das anemias e no acompanhamento das alterações de 
armazenamento de ferro. A ferritina é a principal proteína do sistema reticuloendotelial, res-
ponsável pelo armazenamento de ferro, havendo uma relação direta entre seu nível sérico e a 
quantidade de ferro armazenado. A proteína também se eleva inespecificamente em processos 
inflamatórios
(continua)
2322
(continuação)
Exame Orientações Método Valor de referência Comentários
Ferro, capacidade 
total de ligação
(soro)
Recomenda-se que a coleta seja feita pela manhã, por causa 
do efeito circadiano
Para todas as idades, jejum mínimo de 3 horas
Colorimétrico 
Determinação do ferro e da 
capacidade de fixação do 
ferro 
não saturado por método 
colorimétrico
Capacidade total de ligação: 250 a 425 mcg/dL 
Dosagem de ferro sérico: 
Masculino: 65 a 175 mcg/dL 
Feminino: 50 a 170 mcg/dL 
Grau de saturação: 
Masculino: 20 a 50% 
Feminino: 15 a 50%
A siderofilina ou transferrina é a proteína plasmática responsável pelo transporte de ferro. Sua 
determinação contribui na avaliação do metabolismo do ferro, estando especialmente indicada 
na investigação das anemias microcíticas e da hemocromatose. A siderofilina aumenta na maio-
ria das anemias por deficiência de ferro e diminui em anemias de infecções crônicas, insuficiência 
renal crônica, doença hepática grave e síndrome nefrótica
É importante lembrar que a siderofilina é uma das proteínas de fase aguda classificadas como ne-
gativas, ou seja, sua concentração fica menor na vigência de uma agressão aguda ao organismo, 
seja infecciosa, inflamatória ou traumática. Já na hemocromatose, seu grau de saturação com 
ferro encontra-se acima do normal, ao contrário do que ocorre nos estados de carência de ferro
Ferro (soro) Recomenda-se que a coleta seja feita pela manhã, por causa 
do efeito circadiano
Para todas as idades, jejum mínimo de 3 horas
Colorimétrico Feminino: 50 a 170 mcg/dL 
Masculino: 65 a 175 mcg/dL
Na avaliação das anemias hipocrômicas microcíticas. Para uma melhor análise do metabolismo 
do ferro, é necessário que sua dosagem seja realizada concomitantemente com as de siderofilina 
e ferritina. A determinação da ferritina completa o estudo, por se tratar de um índice sensível de 
depleção ou sobrecarga do metal nos tecidos corporais 
Concentrações baixas de ferro são encontradas em perdas sanguíneas, dieta inadequada, doenças 
inflamatórias crônicas, neoplasias, desnutrição e síndrome nefrótica. Na anemia perniciosa, logo 
após a administração de vitamina B12, ocorre o consumo acentuado de ferro e a consequente 
redução de seus níveis séricos 
Teores elevados desse metal aparecem em casos de terapia com ferro, hemossiderose, anemias 
hemolíticas, hepatite aguda, necrose hepática aguda e hemocromatose 
É importante lembrar que os níveis de ferro apresentam variação circadiana. Pela manhã, chegam 
a ser 30% mais altos do que à tarde. Os valores de referência, portanto, são baseados em coletas 
realizadas no período matutino 
Fosfatase alcalina
(soro)
Até 1 ano: jejum mínimo de 3 horas 
1 a 6 anos: jejum mínimo de 4 horas 
Acima de 6: jejum mínimo de 8 horas
Cinético colorimétrico Crianças: 
1 dia: até 250 U/L 
2 a 5 dias: até 231 U/L 
6 dias a 6 meses: até 449 U/L 
7 meses -a 1 ano: até 462 U/L 
2 a 3 anos: até 281 U/L 
4 a 6 anos: até 269 U/L 
7 a 12 anos: até 300 U/L 
13 a 17 anos: 
Masculino: até 390 U/L 
Feminino: até 187 U/L 
Adulto: 
Masculino: 40 a 129 U/L 
Feminino: 35 a 104 U/L
Na avaliação e no seguimento de hepatopatias e processos colestáticos em geral, assim como no 
diagnóstico e no acompanhamento de processos ósseos que resultam em aumento de sua ativi-
dade. Não se trata de uma enzima única, mas de uma família de isoenzimas, de origens variadas, 
principalmente hepática e óssea
Fósforo
(amostra isolada, 
urina)
Não necessita de preparo Colorimétrico Relação fósforo/creatinina: 0,18 a 0,62 (mg/
mg)
Na avaliação do balanço de cálcio/fósforo do organismo. A excreção urinária aumentada de 
fósforo ocorre no hiperparatireoidismo, na acidose tubular renal, no uso de diuréticos e na 
síndrome de Fanconi. Já a excreção diminuída é encontrada no hipoparatireoidismo e no 
pseudo-hipoparatireoidismo
Fósforo
(soro)
 Para todas as idades, jejum mínimo de 3 horas 
Em lactentes, a coleta deve ser feita antes da próxima 
mamada
Fotométrico com leitura em 
faixa de 
 ultravioleta
0 a 10 dias: 4,5 a 9 mg/dL 
11 dias a 2 anos: 4,5 a 6,7 mg/dL 
3 a 12 anos: 4,5 a 5,5 mg/dL 
13 a 60 anos: 2,7 a 4,5 mg/dL 
Acima de 60 anos: 
Masculino: 2,3 a 3,7 mg/dL 
Feminino: 2,8 a 4,1 mg/dL
No diagnóstico das hiperfosfatemias – observadas em mieloma múltiplo, metástases ósseas, 
insuficiência renal crônica, hipoparatireoidismo e cetoacidose diabética – e hipofosfatemias, 
presentes em condições e doenças como hiperparatireoidismo, síndrome de Fanconi, alcoolismo 
agudo, síndrome de má absorção, deficiência de vitamina D e acidose tubular renal e síndrome da 
realimentação
(continua)
2524
(continuação)
Exame Orientações Método Valor de referência Comentários
Fósforo (urina) Realizado em urina de 24 horas Colorimétrico 400 a 1300 mg/24 horas Na avaliação do balanço de cálcio/fósforo do organismo. A excreção urinária aumentada de 
fósforo ocorre no hiperparatireoidismo, na acidose tubular renal, no uso de diuréticose na 
síndrome de Fanconi. Já a excreção diminuída é encontrada no hipoparatireoidismo e no 
pseudo-hipoparatireoidismo
Gamaglutamiltransfe-
rase (soro)
Para todas as idades, jejum mínimo de 3 horas Cinético colorimétrico Feminino: 8 a 41 U/L 
Masculino: 12 a 73 U/L
A gamaglutamiltransferase (gama-GT) catalisa a transferência do ácido glutâmico de um peptí-
deo para outro, ligando-o sempre ao grupo gamacarboxílico. Essa enzima parece também facilitar 
a transferência transmembrana do ácido glutâmico. Assim, o exame contribui para a avaliação 
das hepatopatias agudas e crônicas, uma vez que a atividade da gama-GT fica elevada nos qua-
dros de colestase intra ou extra-hepática. Os níveis da atividade da enzima também aumentam 
na doença hepática alcoólica aguda ou crônica e nas neoplasias primárias ou metastáticas
Eventualmente, a dosagem da gama-GT pode ser utilizada na comprovação do uso de álcool. 
Nesse caso, porém, é importante afastar outras causas de sua elevação
Gasometria arterial Não necessita de preparo Potenciométrico pH: 7,35 a 7,45 
pO2: 80 a 100 mmHg 
pCO2: 35 a 45 mmHg 
HCO3: 22 a 26 mmol/L 
BE: -3 a +3 
SO2: 94 a 100%
A análise dos gases sanguíneos e o estudo do equilíbrio acidobásico do sangue são im-
portantes na avaliação clínica dos estados que se acompanham de acidose, alcalose, hipo-
xemia, hiperventilação ou hipoventilação. De maneira geral, distúrbios dessas regulações 
podem ocorrer em doenças metabólicas renais e pulmonares, assim como em distúrbios 
hemodinâmicos agudos
Gasometria venosa Não necessita de preparo Potenciométrico pH: 7,33 a 7,43 
pO2: 30 a 50 mmHg 
pCO2: 38 a 50 mmHg 
HCO3: 23 a 27 mmol/L 
BE: -3 a +3 
SO2: 60 a 85%
A análise dos gases sanguíneos e o estudo do equilíbrio acidobásico do sangue, como 
reflexo do que ocorre no organismo, são importantes na análise clínica dos estados que se 
acompanham de acidose, alcalose, hipoxemia, hiperventilação e hipoventilação. De ma-
neira geral, distúrbios dessas regulações podem ocorrer em doenças metabólicas renais e 
pulmonares, assim como em distúrbios hemodinâmicos agudos
Glicose
(líquidos biológicos)
Não necessita de preparo Enzimático Ver comentários A dosagem de glicose em líquidos cavitários, como sinovial e pleural, entre outros, tem a finalida-
de de investigar processo infeccioso bacteriano. Via de regra, quando existem bactérias, ocorre a 
metabolização da glicose e aumenta a diferença entre os níveis séricos da substância e os níveis 
encontrados no líquido de derrame. Por essa razão, deve-se dosar concomitantemente a glicose 
nos dois materiais. Valores muito baixos no líquido de derrame sugerem fortemente a existência de 
processo infeccioso
Glicose pós-prandial
(soro)
A amostra precisa ser colhida 2 horas após o início da refei-
ção (almoço) ou conforme solicitação médica. No primeiro 
caso, o tempo deve ser cronometrado a partir do começo 
da refeição.
Se a glicemia de jejum também tiver sido solicitada e a co-
leta da glicemia pós-prandial não for possível no mesmo dia, 
o intervalo máximo entre as duas deve ser de até 60 horas
Enzimático Ver comentários Em geral, 2 horas após sobrecarga oral de glicose, a glicemia deve estar próxima aos valores de 
jejum (< 140 mg/dL). Com a progressão do diabete melito tipo 2, invariavelmente ocorre ate-
nuação e atraso da primeira resposta de secreção de insulina estimulada pelas refeições, com 
consequentes glicemias pós-prandiais elevadas. A hiperglicemia pós-prandial (HPP) é reconheci-
damente um fator de risco para o desenvolvimento de complicações macrovasculares no diabete 
melito tipo 2. Além disso, a condição contribui para o aumento da hemoglobina glicosilada, que 
tem forte correlação com a incidência de micro e macroangiopatia no diabete tipo 2. Alguns 
estudos sugerem ainda que, especialmente 2 horas após a ingestão de uma refeição, a HPP está 
associada a altas concentrações de hemoglobina glicosilada em portadores do diabete tipo 2 com 
glicemia de jejum normal ou levemente aumentada. Nesse sentido, recomenda-se que a glicemia 
pós-prandial em diabéticos não ultrapasse 180 mg/dL
Glicose
(soro)
Jejum não superior a 14 horas
Até 3 anos, jejum mínimo de 3 horas 
3 a 9 anos, jejum mínimo de 4 horas 
Acima de 9 anos, jejum mínimo de 8 horas
Não realizar esforço físico antes da coleta
Enzimático 75 a 99 mg/dL No diagnóstico das hiperglicemias e hipoglicemias. Os valores de glicemia de jejum entre 100 e 126 mg/
dL já são considerados como inapropriados ou mesmo como pré-diabetes. Em tais casos, deve-se realizar 
o teste oral de tolerância à glicose com medidas no jejum e 2 horas após a sobrecarga. O diagnóstico de 
diabete melito é confirmado por resultados de glicemia de jejum ≥ 126 mg/dL em duas ocasiões ou por 
valores ≥ 200 mg/dL após 2 horas no teste oral de sobrecarga ou, ainda, por concentrações de glicose ≥ 
200 mg/dL em exames colhidos em qualquer horário, desde que haja sintomas de diabetes. Considera-se 
hipoglicemia valor > 45 mg/dL, entretanto nas criança desnutridas abaixo de 5 anos, o valor da hipoglice-
mia é < 52 mg/dL (OMS, 1999)
(continua)
2726
(continuação)
Exame Orientações Método Valor de referência Comentários
Glicose
(urina)
Realizado em urina de 24 ou 12 horas ou, ainda, em urina 
de 24 horas fracionada em períodos 
Eventualmente, a dosagem pode ser feita em urina isolada
Hexoquinase, automatizado Negativo Glicemia > 180 mg/dL geralmente já está associada com glicosúria. Os diabéticos podem apresen-
tar limiar renal para a excreção de glicose muito variável. Já em crianças com menos de 1 ano e 
em gestantes, existe a possibilidade de a glicosúria ser decorrente de diminuição do limiar renal, 
chamada de glicosúria de causa renal, e não estar relacionada com o diabete. A coleta fracionada 
é útil no acompanhamento de diabéticos
Gordura (dosagem, 
fezes)
Fazer dieta rica em gordura durante 6 dias, consumindo, 
diariamente, no mínimo, 1 g de gordura (manteiga ou 
óleo) para cada quilo de peso corporal, além da gordura 
usada habitualmente no preparo dos alimentos
No 4° dia após o início da dieta, marcar a data e a hora da pri-
meira evacuação, usando formulário próprio, e desprezar essa 
amostra. A partir daí, começar a contagem de 72 horas 
A partir do horário anotado, todas as evacuações do dia ou da 
noite precisam ser guardadas, sem perdas, até completar 72 
horas 
O material colhido não deve ser contaminado com urina. No 
caso de crianças que usam fralda ou que apresentem fezes 
amolecidas (pastosas) ou diarreicas, colher as amostras por 
meio de saquinhos do tipo coletores de urina 
Não usar pomadas na região anal nas 24 horas que antecedem 
a coleta das fezes e também durante todo o período de coleta
Continuar com a dieta até terminar de colher o material 
Em alguns casos especiais, de acordo com orientação médica, 
o material pode ser colhido em 24 ou 48 horas. Em tais situa-
ções, o paciente deve indicar o período de coleta utilizado
Método de Sobel modificado: 
determinação quantitativa da 
gordura em material fecal 
colhido durante 72 horas, 
após dieta com sobrecarga de 
gordura
Lactente em aleitamento materno: < 1 g/24 
horas 
2 meses a 6 anos: 0,3 a 2 g/24 horas 
Acima de 6 anos: 1 a 7 g/24 horas 
Adultos em dieta com excesso de gordura: até 
7 g/24 horas 
Adultos sem dieta com excesso de gordura: < 
4 g/24 horas
A dosagem de gordura em fezes é um teste inespecífico para a investigação de má absorção e 
esteatorreia, usado também no seguimento terapêutico das síndromes de esteatorreia, nas quais 
a quantificação da gordura fecal oferece elementos para acompanhar a perda intestinal dessa 
substância. 
A presença da esteatorreia pode auxiliar o diagnóstico das síndromes de má absorção, como 
sprue não tropical, doença de Crohn, pancreatite crônica, fibrose cística do pâncreas e doença de 
Whipple
Gordura
(pesquisa, fezes)Colher as fezes sem uso de laxante e/ou supositório e colocar o 
material em frasco sem conservante
A amostra não pode ser contaminada com urina nem deve ser 
colhida do vaso sanitário
Não deve usar pomadas na região anal nas 24 horas que 
antecedem a coleta
No caso de crianças que usam fralda, colher as amostras por 
meio de saquinhos do tipo coletores de urina, para impedir 
a absorção da gordura fecal pela fralda. O material pode ser 
entregue no próprio saquinho coletor
Se o paciente tiver utilizado contraste radiológico VO, bismuto 
ou Metamucil®, a coleta deve ser realizada com um intervalo 
de 72 horas do uso dessas substâncias
Avaliação semiquantitativa 
da gordura após coloração 
pelo Sudan III, aquecimento 
e hidrólise ácida, e pelo Lugol 
(para a pesquisa de outros 
resíduos alimentares)
Gotículas de gordura neutra: ausentes, raríssi-
mas ou raras 
Cristais de ácidos graxos: ausentes, raríssimos 
ou raros 
Formações de sabões: ausentes, raríssimas ou 
raras 
Outros resíduos microscópicos: ausentes, rarís-
simos ou raros
Auxiliar do diagnóstico das esteatorreias. Detecta a presença de gordura neutra, ácidos graxos e 
formação de sabões
O aumento da gordura fecal está comumente associado à insuficiência pancreática exócrina, 
enquanto a elevação de ácidos graxos fecais tem relação com a doença do intestino delgado
A pesquisa de gorduras fecais é positiva em afecções que provocam deficiência da digestão e/ou 
absorção das gorduras, como doenças pancreáticas crônicas, doença celíaca, enteropatias bacte-
rianas, virais e parasitárias, amiloidose e outras
HDL-colesterol
(soro)
Até 1 ano: jejum mínimo de 3 horas
1 a 6 anos de idade: jejum mínimo de 6 horas
Acima de 6 anos: jejum mínimo de 12 horas; não ingerir 
bebidas alcoólicas nas últimas 72 horas
Enzimático colorimétrico 2 a 9 anos: ≥ 40 mg/dL 
10 a 19 anos: ≥ 35 mg/dL 
Valores de referência para crianças e 
adolescentes segundo III Diretrizes Brasileiras 
sobre Dislipidemias da Sociedade Brasileira de 
Cardiologia (2001) 
Acima de 19 anos: ≥ a 40 mg/dL 
Valor de referência segundo III Diretrizes 
Brasileiras sobre Dislipidemias da Sociedade 
Brasileira de Cardiologia (2001)
Utilizado na avaliação de risco de doença aterosclerótica. O HDL-colesterol é tido como protetor 
de desenvolvimento de aterosclerose; o LDL-colesterol está diretamente implicado no desenvol-
vimento das lesões. Assim, concentrações elevadas de HDL-colesterol são benéficos e desejáveis. 
Valores baixos são encontrados em indivíduos obesos, sedentários, fumantes e diabéticos. Vale 
lembrar que o exercício físico pode aumentar essa fração do colesterol
(continua)
2928
(continuação)
Exame Orientações Método Valor de referência Comentários
Hemoglobina glicada
(sangue total)
Não necessita de preparo Cromatografia líquida de 
alta performance (HPLC) em 
coluna de troca iônica, siste-
ma Variant II (Bio-Rad)
Valores entre 5,79 e 6,49%: alto risco para o 
desenvolvimento de diabetes
Valores acima de 6,5% confirmados em outra 
ocasião são considerados indicativos de dia-
betes
Também conhecida como glicoemoglobina ou hemoglobina glicosilada, é um termo usado para des-
crever uma série de componentes estáveis menores da hemoglobina, formados lentamente e de forma 
não enzimática por meio da hemoglobina e da glicose. A taxa de formação de A1C é diretamente 
proporcional à concentração sérica de glicose. Como essa reação de glicação da cadeia beta da hemo-
globina A é irreversível, a meia-vida da A1C está intimamente relacionada com o tempo circulante das 
hemácias (em torno de 90 dias). Dessa forma, os níveis de A1C geralmente refletem o controle glicêmi-
co das últimas 12 semanas
A dosagem de hemoglobina glicada é de interesse para o controle do diabete em médio e longo prazos, 
sendo indicada para todos os diabéticos. O estudo Diabetes Control and Complications Trial (DCCT) 
adotou o HPLC como a metodologia de referência para a dosagem de A1C
A meta da A1C deve ser estabelecida pelo médico segundo as características de cada pessoa. Concen-
trações de A1C mantidas abaixo de 7% causam significativa redução do surgimento e da progressão 
de complicações microvasculares do diabete
A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e a Sociedade Brasileira de Diabetes sugerem 
a realização do teste de A1C pelo menos 2 vezes ao ano, para todos os diabéticos. Além disso, reco-
mendam que os indivíduos cujo esquema terapêutico teve mudanças ou que não estejam atingindo os 
objetivos recomendados repitam a dosagem a cada 3 meses
Os valores-alvo de A1C propostos pelos consensos de diabetes são válidos para os laboratórios que uti-
lizam metodologias de referência e participam do controle de qualidade com o certificado do National 
Glycohemoglobin Standardization Program (NGSP)
Hemossedimentação 
Velocidade de sangue 
total
Caso a coleta ocorra após uma dieta leve, não é necessário 
jejum. Contudo, se o exame for feito depois do almoço ou 
do jantar, deve haver um intervalo de 3 horas entre a refei-
ção e a coleta
Analisador automatizado, 
baseado no princípio foto-
métrico 
e cinético
Método automatizado: 
Masculino (1ª hora): até 8 mm 
Feminino (1ª hora): até 10 mm
A VHS está aumentada nos processos infecciosos, inflamatórios e neoplásicos e na arterite tem-
poral, além de se apresentar alterada nas hipergamaglobulinemias, na hiperfibrinogenemia, na 
gravidez e na síndrome nefrótica. Embora seja inespecífico, o exame é bastante sensível para o 
rastreamento das condições mencionadas e como controle de tratamento de algumas doenças 
infecciosas ou inflamatórias. A presença de anemia importante ou de alterações morfológicas nas 
hemácias pode dificultar a interpretação do resultado
Hormônio tireoesti-
mulante
(soro)
Jejum mínimo de 3 horas Ensaio eletroquimiolumino-
métrico de 
terceira geração, com sensibi-
lidade para 
dosar valores < 0,05 mUI/mL
1ª semana de vida: até 15 mUI/L 
1 semana a 11 meses: 0,80 a 6,3 mUI/L 
1 a 5 anos: 0,70 a 6 mUI/L 
6 a 10 anos: 0,60 a 5,4 mUI/L 
11 a 15 anos: 0,50 a 4,9 mUI/L 
16 a 20 anos: 0,50 a 4,4 mUI/L 
Acima de 20 anos: 0,45 a 4,5 mUI/L
O hormônio tireoestimulante (TSH), substância glicoproteica secretada pela hipófise anterior, es-
timula a tireoide a liberar T3 e T4. Os próprios níveis de T3 e T4, assim como o hormônio liberador 
de tirotrofina (TRH) hipotalâmico, regulam os níveis séricos de TSH
A dosagem de TSH é considerada como primeira opção para o diagnóstico de disfunções tireoi-
dianas. Nos casos de hipotireoidismo primário, o TSH se mostra elevado e, em casos de hiperti-
reoidismo, o hormônio se encontra indetectável
Insulina
(soro)
Jejum não superior a 14 horas Ensaio eletroquimiolumino-
métrico
Insulina (em jejum): 
Glicose normal (< 100 mg/dL) e IMC até 25: 2 
a 13 mU/L 
Glicose normal (< 100 mg/dL) e IMC entre 25 e 
30: 2 a 19 mU/L 
Glicose normal (< 100 mg/dL) e IMC > 30: 2 a 
23 mU/L 
Glicose (em jejum): 75 a 99 mg/dL
A insulina é um peptídeo sintetizado e secretado pelas células beta das ilhotas de Langerhans, do 
pâncreas. A secreção insulínica é controlada pelos níveis de glicemia e por estímulos nervosos e 
hormonais e, quando excessiva, resulta em hipoglicemia. Nos insulinomas, observam-se valores 
de insulina > 10 microUI/mL na presença de hipoglicemia (glicemia < 50 mg/dL) durante jejum 
prolongado, em geral com uma relação superior a 0,3. Outras condições podem causar hiperin-
sulinismo sem hipoglicemia, como obesidade e síndromes de resistência à insulina. Em indivíduos 
normoglicêmicos sem diabete melito, a dosagem basal desse hormônio apresenta alta correlação 
com os diferentes índices de resistência à insulina
(continua)
3130
(continuação)
Exame Orientações Método Valor de referência Comentários
O cálculo do índice HOMA-IR é baseado em modelo matemático com emprego das dosagens de insulinae 
glicose de jejum. Trata-se de informação adicional para aferição de resistência à insulina. Não existem va-
lores que definem normalidade. A interpretação do resultado deve ser feita junto com outros parâmetros 
clínicos e laboratoriais, como peso, IMC, medida da circunferência da cintura, níveis glicêmicos e pressó-
ricos. Em uma população estudada no laboratório, composta por mais de 1800 adultos normoglicêmicos, 
foram encontradas as seguintes distribuições de HOMA-IR, em função do IMC: 
IMC........................Insulina de jejum HOMA-IR 
Kg/m2............................mU/L 
até 25............................2 a 13..................0,4 a 2,9 
de 25 a 30.....................2 a 19..................0,4 a 4,3 
acima de 30...................2 a 23..................0,7 a 8,2 
Lactose prova de 
absorção (plasma)
Dosagens de glicose no sangue antes e após a administração de 
lactose, VO (0, 30, 60 e 90 min) 
Duração aproximada de 90 min ou conforme tempo determinado 
pelo médico 
Podem ocorrer desconforto abdominal e/ou diarreia após o exame
Até 3 anos: jejum mínimo de 3 horas 
De 3 a 5 anos: jejum mínimo de 4 horas 
Acima de 5 anos: jejum mínimo de 8 horas
Dosagem de glicose por méto-
do enzimático colorimétrico
Considera-se normal a elevação da glicemia, em 
relação à de jejum, em pelo menos 20 mg/dL 
em qualquer das amostras
Útil no diagnóstico de deficiência de lactase. Uma curva plana, com glicemia < 20 mg/dL em 
relação ao valor basal, depois de 1 hora da ingestão de lactose, ocorre em cerca de 95% dos 
indivíduos com essa deficiência
LDL-colesterol (dosa-
gem, soro)
Até 1 ano: jejum mínimo de 3 horas
De 1 a 6 anos: jejum mínimo de 6 horas
Acima de 6 anos: jejum mínimo de 12 horas; não ingerir 
bebidas alcoólicas nas últimas 72 horas
Enzimático colorimétrico
Conforme III Diretrizes Bra-
sileiras sobre Dislipidemias 
da Sociedade Brasileira de 
Cardiologia (2001), o LDL-
-colesterol deve ser dosado 
diretamente, e não calculado 
pela equação de Friedewald, 
sempre que resultado dos 
triglicérides ≥ 400 mg/dL
2 a 19 anos:*
Desejável: < 110 mg/dL
Limítrofe: 110 a 129 mg/dL
Elevado: > 129 mg/dL
Acima de 19 anos:**
Ótimo: < 100 mg/dL
Subótimo: 100 a 129 mg/dL
Limítrofe: 130 a 159 mg/dL
Elevado: 160 a 189 mg/dL
Muito elevado: > 189 mg/dL
* Valores de referência para crianças e adoles-
centes segundo III Diretrizes Brasileiras sobre 
Dislipidemias da Sociedade Brasileira de Cardio-
logia (2001)
** Valores de referência segundo III Diretrizes 
Brasileiras sobre Dislipidemias da Sociedade 
Brasileira de Cardiologia (2001)
As lipoproteínas de baixa densidade (LDL) são as principais proteínas de transporte do colesterol 
e a determinação da fração do colesterol ligado a elas (LDL-colesterol) é fundamental na avalia-
ção do risco de doença aterosclerótica, pois são os níveis de LDL-colesterol que determinam o 
diagnóstico e as metas de avaliação e tratamento da hipercolesterolemia. A relação entre doença 
aterosclerótica e níveis de LDL-colesterol é significativa e direta. Seus níveis também se encon-
tram elevados na síndrome nefrótica, hipotireoidismo e icterícia obstrutiva
Leucograma
(sangue total)
Caso a coleta ocorra após uma dieta leve, não é necessário 
jejum. Contudo, se o exame for feito depois do almoço ou 
do jantar, deve haver um intervalo de 3 horas entre a refei-
ção e a coleta 
Não realizar o exame após grandes esforços físicos
Contagem automatizada com 
diferencial de leucócitos 
Estudo microscópico, quando 
pertinente
Tabela 2 Contagem global de leucócitos e contagem diferencial, ou seja, de neutrófilos, eosinófilos, basó-
filos, linfócitos, monócitos e outros, tendo utilidade no esclarecimento de processos infecciosos 
bacterianos ou virais, inflamatórios e tóxicos. 
Leucogramas sugestivos são encontrados em mononucleose infecciosa, escarlatina, coqueluche, 
infecções bacterianas, infestação por helmintos e leucemias
Lipase
(soro)
Para todas as idades, jejum mínimo de 3 horas Enzimático colorimétrico < 60 U/L A lipase é uma enzima digestiva que separa o glicerol dos ácidos graxos, no metabolismo das 
gorduras. Produzida principalmente pelas células do pâncreas exógeno, essa enzima se encontra 
elevada nos casos de pancreatite de qualquer etiologia. O fato é que a lipase e a amilase são 
exames complementares no diagnóstico de pancreatite, uma vez que, nessa situação, a amilase 
aumenta mais precocemente, enquanto a lipase permanece mais tempo em níveis elevados. 
Convém ressaltar que a lipase é específica do pâncreas, não aumentando em casos de parotidite 
simples
(continua)
3332
(continuação)
Exame Orientações Método Valor de referência Comentários
Magnésio
(soro)
Para todas as idades, jejum mínimo de 3 horas Colorimétrico Até 4 meses: 1,5 a 2,2 mg/dL 
5 meses a 6 anos: 1,7 a 2,3 mg/dL 
7 a 12 anos: 1,7 a 2,1 mg/dL 
13 a 20 anos: 1,7 a 2,2 mg/dL 
Acima de 20 anos: 1,6 a 2,6 mg/dL
Avaliação dos distúrbios hidreletrolíticos. O magnésio é o cofator de várias enzimas intracelulares, 
estando presente em todos os tecidos. Seus níveis séricos podem se manter normais mesmo quando 
há uma depleção do magnésio corporal de até 20%. Os sintomas de hipomagnesemia ocorrem, em 
geral, a partir de níveis < 1,2 mg/dL. O alcoolismo crônico é uma das causas de hipomagnesemia, 
em decorrência da baixa ingesta e do aumento das perdas urinárias e por vômitos. Geralmente, a 
condição está associada à hipocalcemia. Já a hipermagnesemia produz efeitos adversos em níveis 
> 3 mg/dL. Como as hemácias contêm cerca de 2 a 3 vezes mais magnésio que o soro, a hemólise 
provoca elevação significativa desse elemento
Manganês
(soro)
Para todas as idades, jejum mínimo de 4 horas Espectrofotometria de absor-
ção atômica
Normal: até 1,6 mcg/L 
Nível tóxico: a partir de 5,4 mcg/L
Diagnóstico de deficiência de manganês ou intoxicação por esse micronutriente, que regula a 
função de diversas proteínas envolvidas com a maturação de colágeno e o metabolismo de lípi-
des e hidratos de carbono 
Microalbumina
(amostra isolada, 
urina)
Não necessita de preparo Imunonefelométrico Até 26 mg/g de creatininina 
Até 3 mg/mmol de creatinina
Entende-se por microalbuminúria a excreção urinária de albumina em quantidades acima de 20 
mcg/min e inferiores às detectadas pelos métodos bioquímicos de rotina, em geral 200 mcg/min. 
Essa dosagem tem sido utilizada sobretudo no acompanhamento de diabéticos. A presença de 
microalbuminúria indica comprometimento renal incipiente
Microalbumina
(urina)
Realizado preferencialmente em urina de 12 horas noturnas 
(repouso)
Imunonefelométrico Até 20 mcg/min Ver microalbumina
(amostra isolada, urina)
Parasitológico (fezes) Retirar os frascos adequados para a coleta do material e a 
folha de instruções
Ritchie modificado, 
Baermann-Moraes e 
coloração tricromática 
de Wheatley
Ausência de cistos de protozoários, ovos ou 
larvas de helmintos
Um único resultado negativo não afasta a possibilidade de parasitose, razão pela qual devem ser 
examinadas três ou mais amostras, colhidas em intervalos de 5 a 10 dias. Quando houver história 
epidemiológica de consumo de carne bovina crua ou mal passada, convém solicitar também 
realização do método da tamisação, que é indicado para a pesquisa de proglótides de Taenia spp. 
Caso a queixa principal seja prurido anal, o provável agente etiológico é o Enterobius vermiculares, 
o qual pode ser pesquisado por exame parasitológico colhido com fita gomada ou swab anal. Os 
cristais de Charcot-Leyden são observados quando há infiltrado inflamatório, com predomínio 
de eosinófilos, e sua presença nas fezes pode estar associada a uma parasitose causada por E. 
histolytica, ancilostomídeos, A. lumbricoides, T. trichiura e, eventualmente, por G. lamblia ou, ainda, 
a processos alérgicos
Peptídeo C (soro) Anotar medicamentos dos últimos30 dias
Para todas as idades, jejum mínimo de 8 horas
Ensaio 
eletroquimioluminométrico
1,1 a 4,4 ng/mL O peptídeo C consiste no fragmento liberado quando a pró-insulina sofre clivagem, dando 
origem à insulina. As células beta o secretam em concentrações equimolares com a insulina. 
Assim, essa dosagem tem utilidade na determinação da reserva de insulina endógena. Isso 
porque o peptídeo C serve como marcador de reserva funcional de células beta em pessoas nas 
quais a dosagem de insulina fica prejudicada pelo uso de insulina exógena, com consequente 
aparecimento de anticorpos endógenos e no diagnóstico da hipoglicemia factícia, na qual o 
peptídeo C é caracteristicamente indetectável. Níveis elevados de peptídeo C concomitantes com 
hipoglicemia podem ser encontrados em casos de insulinoma
pH (fezes) Retirar folha de instruções e material adequado para a 
coleta da amostra
Para criança que usa fralda ou está com quadro diarreico, 
as fezes devem ser colhidas em saquinho coletor de urina, 
para a evitar absorção do material pela fralda, podendo ser 
mantidas e entregues nesse invólucro 
A evacuação não deve ser induzida por laxante ou 
supositório. A amostra deve ser colocada em frasco sem 
conservante logo após a evacuação. O material não pode ser 
contaminado com urina nem com água do vaso sanitário. 
As fezes têm de ser entregues em até 1 hora após a coleta, 
se mantidas à temperatura ambiente, ou em 2 horas, se 
estiverem refrigeradas
Colorimétrico utilizando 
papel indicador, que sofre 
alteração de cor em função 
da quantidade de íons H+ 
presentes no material
Lactentes em aleitamento materno: 5,0 a 6,0
Lactentes em aleitamento com leite de vaca: 
7,2 a 9,0
1 a 4 anos: 5,6 a 7,5
Não lactentes e Adultos: 6,5 a 7,5
Depende da dieta, da fermentação de açúcares e do teor de gordura nas fezes. A fermentação 
da quantidade normal de hidratos de carbono e açúcares, que ocorre no cólon e a produção 
de ácidos graxos são responsáveis pelo teor levemente ácido das fezes. O pH aumenta com a 
decomposição de proteínas e diminui na presença de intolerância e má absorção de hidratos de 
carbono e gorduras. Valor < 5,3 condiz com diagnóstico de intolerância a hidratos de carbono. Na 
intolerância aos dissacarídeos, com consequente má absorção de açúcares, o pH é ácido, sempre 
< 6,0, e a pesquisa de substâncias redutoras é positiva. Já na diarreia secretória, na colite, no 
adenoma viloso e durante ou após o uso de antibióticos, o pH se mostra levemente alcalino. Por 
fim, na ressecção do intestino delgado com diarreia pós-prandial biliosa, o pH é maior que 6,8
(continua)
3534
(continuação)
Exame Orientações Método Valor de referência Comentários
Potássio (soro) Para todas as idades, jejum mínimo de 3 horas Potenciométrico Crianças:
Até 7 dias: 3,2 a 5,7 mEq/L
8 a 30 dias: 3,4 a 6,2 mEq/L
1 a 6 meses: 3,5 a 5,8 mEq/L
6 meses a 1 ano: 3,5 a 6,3 mEq/L
Adultos: 3,5 a 5,1 mEq/L
Tem utilidade na avaliação do equilíbrio hidreletrolítico e acidobásico. A monitoração do potássio sérico 
auxilia o acompanhamento de indivíduos em terapia com diuréticos, de nefropatias, principalmente com 
insuficiência renal, de cetoacetose diabética e de insuficiência hepática, além de contribuir com o manejo 
da hidratação parenteral. Da mesma forma, o exame ajuda a avaliar quadros de hiperaldosteronismo 
primário ou secundário e de hipoaldosteronismo
Potássio (urina) Realizado em urina de 24 horas
O material deve ser entregue no laboratório até 24 horas 
após o término da coleta Mulheres não podem usar creme 
e/ou óvulo vaginal nas últimas 48 horas e não devem estar 
menstruadas no dia do exame
Potenciométrico 25 a 125 mEq/24 horas
A concentração de potássio urinário é 
dependente da dieta
Na avaliação do balanço hidreletrolítico e acidobásico. Sua maior aplicação reside no diagnóstico 
diferencial das hipocalemias, no sentido de separar as de causa renal daquelas de origem não 
renal. Na vigência de hipocalemia, uma excreção urinária < 20 mEq/dia indica que a perda de 
potássio não é renal, enquanto as excreções > 40 mEq/dia sugerem causa renal. É importante 
ressaltar que a excreção urinária de potássio varia de acordo com a dieta
Pré-albumina (soro) Para todas as idades, jejum mínimo de 8 horas Nefelométrico Normal para para criança: 
 Adultos: 19 a 38 mg/dL
0 a 5 dias: 6 a 21 mg/dL
1 a 5 anos: 14 a 30 mg/dL
6 a 9 anos: 15 a 33 mg/dL
10 a 13 anos: 20 a 36 mg/dL
14 a 19 anos: 22 a 45 mg/dL
Deficiência leve: 10 a 15 mg/dL
Deficiência moderada: 5 a 10 mg/dL
Deficiência grave: 0 a 5 mg/dL
A pré-albumina tem meia-vida de 2 dias, sendo, portanto, um marcador precoce de déficit 
nutricional. Sua dosagem é útil sobretudo na monitoração da resposta ao aporte nutricional 
Suas concentrações caem durante a inflamação sistêmica. Deve-se utilizar a proteína C reativa 
como contraprova
Proteína C reativa 
(soro)
Não necessita de preparo Imunonefelométrico < 0,11 mg/dL quando utilizada para avaliação 
de risco de doença vascular
< 0,50 mg/dL quando utilizada para avaliar 
processos inflamatórios/infecciosos
A proteína C reativa (PCR) é uma das principais proteínas de fase aguda, pois sua concentração 
pode aumentar precocemente de 10 a 100 vezes nas primeiras 48 horas de processos infecciosos 
e inflamatórios sistêmicos, infarto do miocárdio, neoplasia, etc. Este marcador tem utilidade no 
seguimento terapêutico das doenças reumáticas, principalmente na febre reumática, na qual seu 
reaparecimento pode sugerir nova agudização do processo, e nas vasculites sistêmicas, nas quais 
pode servir de parâmetro para o acompanhamento do tratamento. Em algumas circunstâncias, a 
dosagem de PCR pode ser usada para discriminar processo infeccioso bacteriano, quando está 
elevada, de processo infeccioso viral, quando permanece em níveis baixos
Como indicador de risco para doença cardiovascular: graças à sua alta sensibilidade 
(limite de detecção de 0,02 mg/dL), a dosagem de PCR ultrassensível pode ser utilizada 
para avaliar o risco cardiovascular de forma independente dos outros fatores de risco já 
conhecidos. Hoje se sabe que metade de todos os infartos do miocárdio ocorre em pessoas 
com níveis normais de lipídios. Vários estudos têm mostrado que o risco aumentado 
se associa com níveis de PCR > 0,11 mg/dL, o que está relacionado com as evidências 
recentes de que a aterosclerose é, em parte, uma doença inflamatória. De qualquer modo, 
quando combinada a outros exames, como a relação colesterol total/HDL-colesterol, 
a dosagem de PCR ganha um efeito aditivo, aumentando consideravelmente o valor 
preditivo do cálculo do risco. O fato é que a PCR é considerada atualmente o marcador 
independente mais forte, superando a apolipoproteína B-100 e a homocisteína, entre 
outros. O achado de valores elevados, > 0,3 mg/dL, quando usada para a finalidade de 
determinação de risco cardiovascular, deve ser confirmado por nova dosagem em 3 a 6 
semanas, para afastar a existência de um processo inflamatório ou infeccioso subjacente
Proteínas totais (soro) De preferência, a coleta deve ser feita pela manhã, por 
causa do efeito circadiano
Colorimétrico
Perfil aminoácidos 
na Tabela 3
6,5 a 8,1 g/dL Na avaliação das hipoproteinemias, quer por defeito de síntese proteica, como ocorre nas 
hepatopatias e na desnutrição, quer por perda proteica, como na síndrome nefrótica e na 
enteropatia com perda proteica. As globulinas podem estar elevadas à custa de suas frações 
alfa-1, alfa-2, beta ou gamaglobulina, o que é possível identificar por meio da eletroforese de 
proteínas
(continua)
3736
(continuação)
Exame Orientações Método Valor de referência Comentários
Prova funcional do 
aparelho digestivo 
infantil (fezes)
Indicado para crianças menores de 2 anos e/ou que ainda 
não consigam ingerir alimentação de adulto 
Retirar o material adequado para a coleta (frasco ousaquinho de urina e folha de instruções). Colher fezes 
recentes, sem usar laxante ou supositório, e colocar o 
material em frasco sem conservante. A amostra não pode 
ser contaminada com urina e/ou água do vaso sanitário. 
Se a criança usar fralda ou estiver com quadro diarreico, a 
amostra deve ser colhida e entregue em saquinho coletor 
de urina. O material precisa ser encaminhado em até 1 hora 
após a coleta, se mantido em temperatura ambiente, ou em 
2 horas, se estiver refrigerado
Pesquisa de gorduras: 
avaliação semiquantitativa 
da gordura após coloração 
pelo Sudan III, aquecimento 
e hidrólise ácida, e pelo Lugol 
(para a pesquisa de outros 
resíduos alimentares)
Determinação do pH: método 
colorimétrico utilizando 
papel indicador, que sofre 
alteração de cor em função da 
quantidade de íons H+ 
presentes no material
Pesquisa de substâncias 
redutoras: método 
colorimétrico utilizando 
reativo de Benedict. 
Para a pesquisa de sacarose, 
é feita hidrólise prévia
Pesquisa de tripsina: método 
de Shwarchman modificado 
por Muralt (digestão da 
gelatina)
Pesquisa de gorduras:
Gotículas de gordura neutra: ausentes, 
raríssimas ou raras
Cristais de ácidos graxos: ausentes, raríssimos 
ou raros
Formações de sabões: ausentes, raríssimas ou 
raras
Outros resíduos microscópicos: ausentes, 
raríssimos ou raros
pH (varia de acordo com a alimentação):
Lactentes em aleitamento materno: 5,0 a 6,0
Lactentes em aleitamento com leite de vaca: 
7,2 a 9,0
1 a 4 anos: 5,6 a 7,5
Não lactentes: 6,5 a 7,5
Pesquisa de substâncias redutoras: negativa
Pesquisa de tripsina:
Até 1 ano: atividade > 1/80
1 a 4 anos: atividade > 1/40
Maiores de 4 anos: resultados muito variáveis 
(por destruição da tripsina pela flora intestinal) 
Fibrose cística: atividade < 1/10 ou ausência de 
atividade
Substâncias redutoras: Este teste é utilizado como indicador das deficiências intestinais de 
dissacaridases (lactase e sacarase) congênitas ou causadas por lesão inespecífica da mucosa. A má 
absorção dos diferentes açúcares, ocasionada por essas deficiências, determina o aparecimento 
das substâncias redutoras nas fezes, além da queda em seu pH. Apesar de não ser um açúcar 
redutor, a sacarose está sujeita à hidrólise ácida no intestino, ocorrendo a liberação açúcares 
redutores, que são avaliados como substâncias redutoras. Resultados falsamente negativos 
podem ser encontrados em pesquisa feita em material fecal não recente, em decorrência da 
destruição dessas enzimas pela fermentação causada pelas bactérias intestinais
Gorduras: o teste de triagem é útil no auxílio ao diagnóstico das esteatorreias, uma vez que 
se trata de um exame qualitativo para detectar a presença de gordura neutra, ácidos graxos 
e formação de sabões. O aumento de gordura fecal está comumente associado à insuficiência 
pancreática exócrina. Já a elevação de ácidos graxos fecais tem relação com doença do intestino 
delgado. A pesquisa de gorduras fecais é positiva em enfermidades que provocam deficiência da 
digestão e/ou absorção das gorduras, a exemplo de doenças pancreáticas crônicas, doença celíaca, 
enteropatias bacterianas, virais e parasitárias, amiloidose e outras 
pH: o pH fecal é dependente da dieta, da fermentação de açúcares no intestino e do teor de gordura 
das fezes. O teor levemente ácido das fezes provém da fermentação colônica da quantidade normal de 
hidratos de carbono e açúcares e da produção de ácidos graxos. O pH aumenta com a decomposição 
de proteínas e diminui na presença de intolerâncias, na má absorção de hidratos de carbono, na qual 
o açúcar não absorvido (lactose e sacarose), sob a ação bacteriana, se transforma em ácido láctico, e 
também na má absorção de gorduras. pH < 5,3 condiz com diagnóstico de intolerância a hidratos de 
carbono. Na intolerância aos dissacarídeos, com consequente má absorção de açúcares, o pH é ácido (< 
6,0) e a pesquisa de substâncias redutoras se mostra positiva. Convém ressaltar que o pH é levemente 
alcalino na vigência de diarreia secretória e durante ou após o uso de antibióticos
Tripsina: a pesquisa de tripsina é utilizada no auxílio ao diagnóstico da insuficiência pancreática 
exócrina. Para afirmar que não existe produção de tripsina pancreática, há necessidade de, pelo 
menos, três testes, realizados em amostras diferentes, apresentando ausência de atividade dessa 
enzima. Em situação normal, a tripsina está sempre presente nas fezes com qualquer regime 
alimentar. Essa enzima pode estar aumentada nas fezes diarreicas e após o uso de laxantes. Por 
outro lado, encontra-se muito diminuída ou mesmo ausente na fibrose cística do pâncreas. Em 
adultos normais e crianças com mais de 4 anos de idade, a quantidade excretada de tripsina é 
altamente variável e sua pesquisa pode ser negativa em razão da inativação da enzima pelas 
bactérias intestinais, ocasionando um resultado falso-negativo. É importante ponderar que existe 
a possibilidade de ocorrerem resultados falso-positivos em decorrência da produção de proteases 
bacterianas em material colhido há tempo prolongado ou mal conservado
Resíduos alimentares, 
identificação (fezes)
Colher todo o material de uma evacuação recente, obtida 
sem laxante, com ou sem dieta, conforme solicitação médica
 As fezes não podem ser contaminadas com urina. Para realizar 
o exame, o paciente não pode ter recebido contraste oral 
nos últimos 3 dias. Da mesma forma, não deve usar enzimas 
digestivas, antiflatulentos e antiespasmódicos. A amostra 
tem de ser entregue em até 12 horas após a coleta, se estiver 
refrigerada, ou em 24 horas, se estiver congelada
Avaliação macroscópica do 
material fecal, após tamisação, 
para pesquisa de resíduos 
alimentares macroscópicos 
e exame microscópico para 
a identificação dos resíduos 
 microscópicos
Resíduos macroscópicos: ausentes
Resíduos microscópicos: raras fibras musculares 
mal digeridas; escassa quantidade de celulose 
digerível; raros grãos de amido cru; raríssimos 
grãos de amido cozido; raras gotículas de 
gordura e cristais de ácidos graxos
A presença de resíduos macroscópicos indica mastigação insuficiente ou digestão gástrica incompleta. 
Neste último caso, o exame microscópico aponta fragmentos de tecido conjuntivo e/ou cristais de 
oxalato de cálcio intracelulares. Na alteração dos processos digestivos e na presença de aceleração 
do trânsito no intestino delgado, ocorre um aumento da quantidade de resíduos microscópicos no 
material fecal, como fibras musculares bem e mal digeridas, gotículas de gordura neutra e cristais de 
ácidos graxos. Já na presença de trânsito acelerado no ceco e de inversão da flora iodófila normal do 
intestino, há grande quantidade de amido e celulose digerível no material fecal
Reticulócitos (sangue 
total)
Caso a coleta ocorra após uma dieta leve, não é necessário 
jejum. Contudo, se o exame for feito depois do almoço ou do 
jantar, deve haver um intervalo de 3 horas entre a refeição 
e a coleta
Método automatizado, 
coloração com polimetina e 
análise citométrica 
(equipamento XE 2100 
Sysmex)
Recém-nascido: até 7%
2ª semana de vida em diante:
Feminino: 16.000 a 66.000/mm³
Masculino: 16.000 a 70.000/mm³
No diagnóstico diferencial das anemias, como índice da capacidade regenerativa eritroide. Os 
reticulócitos encontram-se aumentados nas anemias hemolíticas, em razão do aumento da 
eritropoese, nas anemias por perda de sangue, antes da deficiência de ferro, e no início de 
terapêutica específica de algumas anemias, como a megaloblástica e a causada por carência de 
ferro. Por outro lado, a quantidade de reticulócitos diminui nas anemias aplásticas, ferroprivas e 
megaloblásticas (antes do tratamento) e também na insuficiência renal
(continua)
3938
(continuação)
Exame Orientações Método Valor de referência Comentários
Sacarose, prova de 
absorção (plasma)
São colhidos exames desangue antes e depois da 
administração de sacarose VO
Duração aproximada de 90 min ou conforme solicitação 
médica
Não usar laxante na véspera do exame nem ingerir bebida 
alcoólica nas últimas 48 horas
A prova não pode ser realizada se o paciente apresentar 
diarreia nos 2 dias que a antecedem ou no próprio dia de 
sua realização. Se forem solicitadas mais de um prova de 
absorção (lactose, sacarose, triglicérides e/ou xilose), estas 
poderão ser agendadas em qualquer ordem, desde que sejam 
marcadas com, no mínimo, 2 dias de intervalo entre qualquer 
uma delas. Entretanto, caso haja diarreia após a realização de 
qualquer uma delas, devem-se cancelar as demais e remarcá-
las somente após 3 dias de cessado o quadro diarreico. Para 
pacientes em investigação de diarreia crônica, a prova 
somente pode ser realizada em vigência do quadro diarreico 
com o consentimento do médico 
Até 3 anos: jejum mínimo de 4 horas
3 a 5 anos: jejum mínimo de 5 horas
Acima de 5 anos: jejum mínimo de 8 horas
Dosagem de glicose por 
método enzimático 
colorimétrico
Elevação em, pelo menos, 20 mg/dL na glicemia, 
após a administração da sacarose
No diagnóstico de deficiência de dissacaridase. Uma curva plana depois de 1 hora da ingestão de 
sacarose, com elevação da glicemia < 20 mg/dL em relação ao valor basal, indica essa deficiência 
específica
Sangue oculto, 
pesquisa (fezes)
Não há necessidade de dieta específica para a realização do 
teste, mas é recomendada alimentação rica em fibras para 
facilitar a evacuação
Pacientes constipados podem utilizar o laxante Tamarine® ou 
supositório de glicerina
Anotar medicamentos dos últimos 3 dias 
Três dias antes da coleta e no dia do exame, seguir 
rigorosamente as seguintes instruções: não ingerir quantidade 
excessiva de bebidas alcoólicas; não utilizar medicamentos que 
irritem a mucosa gástrica, como Aspirina®, anti-inflamatórios 
não esteroides e corticosteroides. Entretanto, a suspensão de 
qualquer medicamento deve ter o consentimento do médico 
Todo o material de uma evacuação precisa ser colhido. A 
amostra não deve ser contaminada com urina. O material não 
pode ser colhido do vaso sanitário. Para crianças que usam 
fralda ou estão com diarreia, a amostra pode ser obtida por 
meio de saquinho do tipo coletor de urina e entregue nesse 
mesmo invólucro
A amostra não pode ser colhida durante o período menstrual 
ou quando houver sangramento de hemorroidas. Neste caso, o 
aguardar no mínimo 48 horas após o sangramento ter cessado. 
Em caso de uso de contraste radiológico VO, é necessário 
aguardar 
O material precisa ser entregue em até 12 horas após a coleta 
se for mantido refrigerado (2 a 8ºC)
A amostra não pode ser congelada
Caso sejam solicitadas três amostras de sangue oculto, a coleta 
deve ser feita em 3 dias consecutivos ou a critério do médico
Imunocromatográfico com 
anticorpo monoclonal 
anti-hemoglobina humana
Negativo Teste de triagem no diagnóstico precoce do câncer dos cólons, em indivíduos acima de 40 anos 
e na detecção de outras lesões da mucosa das porções baixas do trato digestivo que apresentem 
sangramento (colite). Em vários países, o câncer colorretal é o segundo na lista dos tumores 
humanos. Em indivíduos acima de 50 anos, o risco do desenvolvimento desse tipo de neoplasia é 
de aproximadamente 530 em 10.000. Uma das estratégias para diagnosticar estágios precoces de 
câncer colorretal se baseia na detecção do sangramento causado pelo tumor. A pesquisa utiliza 
um anticorpo monoclonal anti-hemoglobina humana (contra a porção globina da Hb humana) 
específico para os subtipos HbA2, HbA, HbF e HbS, o qual não sofre interferência da hemoglobina 
de boi, porco, peru, cabra, carneiro, coelho e aves. Não há reação cruzada com a peroxidase de 
alimentos, portanto, não há necessidade de dieta prévia, com medicamentos que contêm ferro 
e com bilirrubina em níveis de até 30 mg/dL. É possível detectar sangue nas amostras a partir 
de 0,05 mg de hemoglobina/g de fezes. O método, porém, não identifica a perda fisiológica 
gastrointestinal de sangue (de 0,5 a 1,5 mL/dia). A natureza da metodologia utilizada (anticorpo 
monoclonal anti-hemoglobina humana) confere elevada especificidade ao teste, mas necessita da 
integridade antigênica da hemoglobina. Em decorrência disso, o resultado negativo não exclui a 
possibilidade de haver sangramento digestivo alto. A sensibilidade do teste é estimada em 40% e 
a especificidade está entre 96 e 98%
(continua)
4140
(continuação)
Exame Orientações Método Valor de referência Comentários
Selênio (soro) Não necessita de preparo Espectrofotometria de 
absorção atômica
95 a 165 ng/mL O selênio é um elemento essencial, funcionalmente relacionado com a vitamina E. A deficiência 
desse mineral pode ocorrer em nutrição parenteral e está associada a cardiomiopatia. As 
concentrações plasmáticas estão reduzidas durante a resposta inflamatória sistêmica
Sódio (urina) Realizado em urina colhida durante 24 horas 
O material precisa ser entregue até 24 horas após o término 
da coleta
Para pacientes do sexo feminino, recomenda-se que o 
exame não seja feito durante a menstruação
Potenciométrico 30 a 90 mEq/L
40 a 220 mEq/24 horas
A concentração de sódio urinário é dependente 
da dieta
O teste tem utilidade na avaliação do equilíbrio hidrossalino, sendo importante no diagnóstico 
diferencial entre oligúria pré-renal (sódio urinário < 10 mEq/L) e renal (sódio urinário > 10 
mEq/L). A elevação do sódio urinário pode ocorrer na insuficiência adrenal, na acidose tubular 
renal e na terapia com diuréticos. A quase totalidade do sódio recebido pelo organismo é, em 
condições normais, excretada pelos rins. Informação adicional pode ser obtida pela medida da 
fração de excreção do sódio (FENa), ou seja, da porcentagem excretada do sódio filtrado. Para 
obter essa medida, é necessário determinar o sódio urinário e o sérico, assim como a creatinina 
urinária e a sérica. Em condições normais, a FENa varia de 0,5 a 1%
Substâncias redutoras, 
pesquisa (fezes)
Retirar a folha de instruções e o material adequado para a 
coleta das fezes. Anotar medicamentos dos últimos 7 dias
Para criança que usa fralda ou apresenta quadro diarreico, as 
fezes devem ser colhidas no saquinho tipo coletor de urina, 
para evitar a absorção do material pela fralda. O material 
pode ser mantido e entregue no próprio coletor 
Para crianças fora das condições anteriores: a evacuação 
não pode ser induzida por laxante ou supositório; na hora da 
coleta, não contaminar o material com urina ou água do vaso 
sanitário; logo após a evacuação, as fezes devem ser colocadas 
no frasco sem conservante. A amostra precisa ser entregue 
em até 2 horas após a coleta, se mantida em temperatura 
ambiente, ou até 12 horas depois, se mantida refrigerada
Método colorimétrico 
utilizando reativo de 
Benedict
Reação negativa A pesquisa de substâncias redutoras nas fezes é utilizada para detectar deficiências congênitas, ou 
causadas por lesão inespecífica, de enzimas da mucosa intestinal, especialmente as dissacaridases 
(lactase e sacarase). Normalmente, os açúcares são rapidamente absorvidos no intestino delgado 
proximal, mas, se isso não ocorre, eles permanecem na luz intestinal, causando diarreia osmótica. 
A má absorção dos diferentes açúcares, ocasionada por essas deficiências enzimáticas, determina 
o aparecimento das substâncias redutoras nas fezes, além de queda em seu pH. Apesar de a 
sacarose não ser um açúcar redutor, ela está sujeita à hidrólise ácida no intestino, no qual ocorre 
a liberação dos açúcares redutores que são avaliados como substâncias redutoras. É possível 
encontrar resultados falso-negativos em material fecal não recente por causa da fermentação dos 
açúcares pelas bactérias intestinais
T3 (soro) Informar medicamentos tomados nos últimos 30 dias, 
especialmente hormônios tireoidianos

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