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gente criando o futuro
Uma instituição do grupo
Grupo Ser Educacional 
Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco 
BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional
FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU
CURSO: BACHARELADO EM DIREITO
DISCIPLINA: TEORIA DO CRIME
BLOCO: II
Prof.: Joaquim Neto
FONTES DO DIREITO PENAL
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DIREITO PENAL PARTE GERAL
1. Fontes Formais
Fonte é o local de onde as coisas
(normas) provêm. Em matéria penal as
fontes podem ser: material ou formal.
A doutrina também divide as fontes
formais do DIREITO em Imediatas e
Mediatas.
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DIREITO PENAL PARTE GERAL
Material (fonte de produção): é o próprio
Estado, a quem compete a produção legislativa;
Formal (fonte de conhecimento): a única
fonte de cognição ou de conhecimento do Direito
Penal é a Lei.
A fonte formal se subdivide em imediata
(que é a própria lei em sentido estrito) e mediata
(que são os costumes; os princípios gerais de
Direito; a doutrina e a jurisprudência).
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DIREITO PENAL PARTE GERAL
A) Imediatas - são as leis penais.
Decorre do princípio constitucional
(inciso II, art. 5º da CF) onde “ninguém será
obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma
coisa senão em virtude de lei”.
- Normas penais incriminadoras – são
as normas que descrevem o crime. Possuem
o preceito primário – descreve o crime e o
secundário – comina a pena.
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DIREITO PENAL PARTE GERAL
- Normas penais não incriminadoras –
não trazem cominação de condutas.
a) Permissivas justificantes: são as
normas excludentes de ilicitude e antijuricidade
(art. 23, CP) e exculpantes (excludentes da
culpabilidade (art. 26, CP).
b) Explicativas: trazem uma explicação, um
conceito (art. 327, CP)
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DIREITO PENAL PARTE GERAL
c) Complementares: uma norma
complementa a outra (art. 68 e art. 59, CP).
A lei formal é a principal fonte normativa
na área penal, sendo inclusive, a única em se
tratando de norma incriminadora, e de norma
que de qualquer forma prejudica o réu. É a
garantia da legalidade penal insculpida no
art. 5º, XXXIX, da CF/88.
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DIREITO PENAL PARTE GERAL
B) Mediatas
1. Doutrina
Como instrumento mediato é o resultado
da atividade jurídico-científica, como escopo
de analisar e sistematizar as normas jurídicas,
elaborando conceitos, interpretando leis etc.
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DIREITO PENAL PARTE GERAL
2. Jurisprudência
É a revelação mediata do direito.
Processa-se através do exercício da
jurisdição.
É a aplicação da norma ao caso concreto.
Afirma-se que os juízes e os tribunais
recriam o direito a cada momento.
A jurisprudência como fonte criadora do
direito não pode ser comparada com a lei.
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DIREITO PENAL PARTE GERAL
3. Analogia
O sistema jurídico é incompleto.
- Lacuna jurídica.
Analogia é um raciocínio que permite
transferir a solução prevista para determinado
caso a outro não regulado expressamente
pelo ordenamento jurídico, mas que comporte
com o primeiro certos caracteres essenciais
ou a mesma razão (Régis Prado).
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DIREITO PENAL PARTE GERAL
- Na analogia admite-se a passagem de
um caso particular para outro particular.
- Há tratamento igual para casos
similares;
- Fatos da mesma natureza devem ser
tratados da mesma maneira.
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DIREITO PENAL PARTE GERAL
ATENÇÃO:
Não há consenso na doutrina e
jurisprudência sobre a aplicação da
analogia como fonte do direito. Parte
entende que a analogia é um processo de
complementação das lacunas da norma
jurídica – integração da norma.
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DIREITO PENAL PARTE GERAL
Em matéria penal a analogia sofre
restrições de emprego, principalmente no que
se refere às norma penais incriminadoras ou
não, quando prejudiciais ao réu.
ATENÇÃO:
Analogia não se confunde com
interpretação analógica.
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DIREITO PENAL PARTE GERAL
Interpretação Analógica - Nem sempre
é possível ao legislador prever todas as
situações possíveis, nesse caso, sem fugir ao
princípio da legalidade, busca o intérprete
casos semelhantes, análogos, similares, mas
já descritos de forma abrangente na
legislação penal.
- É espécie de interpretação
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DIREITO PENAL PARTE GERAL
ATENÇÃO
A ANALOGIA COMO INSTITUTO QUE
ABRANGE FATOS SEMELHANTES, NÃO
PREVISTOS EM LEI, É VEDADA EM
MATÉRIA PENAL.
É a garantia da legalidade penal
insculpida no art. 5º, XXXIX, da CF/88.
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4. Costume
O costume antecede à lei escrita no tempo.
Direito consuetudinário ou vulgar
Costume – regra de conduta criada
espontaneamente pela consciência comum do povo,
que a observa por modo constante e uniforme e sob
a convicção de corresponder a uma determinação
jurídica.
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DIREITO PENAL PARTE GERAL
- Uniforme – pressupõe a múltipla repetição
da mesma prática;
- Constante – é praticado sem interrupção;
- Público – é por todos conhecido;
- Genérico – alcança todos os atos e a
todas pessoas.
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DIREITO PENAL PARTE GERAL
4.1. Relações com a lei
a) Secundum legem – é o costume previsto
em lei. (costume que virou lei);
b) Praeter legem – o costume destinado a
suprir as lacunas da lei;
c) Contra legem – o costume formado em
sentido contrário à lei.
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DIREITO PENAL PARTE GERAL
Das espécies, o costume secundum legem e
o praeter legem poderão ter validade para o
Direito Penal, porque não atuam além dos limites
do tipo penal ou em sua oposição.
ATENÇÃO: EM MATÉRIA PENAL O COSTUME
SOMENTE PODE DAR LUGAR À CRIAÇÃO DE
NORMA PENAL NÃO INCRIMINADORA,
FAVORÁVEL AO RÉU.
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DIREITO PENAL PARTE GERAL
O COSTUME JAMAIS PODERÁ
REVOGAR UMA NORMA PENAL, MESMO
QUE ELA ESTEJA EM DESUSO PELA
SOCIEDADE.
- Art. 2ª, Decreto-Lei nº 4.657/42 – Lei
de Introdução às Normas do Direito
Brasileiro.
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DIREITO PENAL PARTE GERAL
Recapitulando
- A única fonte criadora de norma penal
incriminadora e/ou desfavorável ao réu é a
Lei;
- A analogia somente é utilizada no direito
penal quando beneficia ao réu (não é
consenso na doutrina ou jurisprudência);
- O costume é utilizado pelo direito penal
para integrar a interpretação da Lei.
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BIBLIOGRAFIA
BÁSICA
PRADO, Luiz Régis. Comentários ao Código Penal. 6. ed. São Paulo:
Revista dos Tribunais, 2011.
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal: Parte Geral 1.
15. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
COMPLEMENTAR
ZAFFARONI, Eugênio Raúl; PIERANGELI, José Henrique. Manual de
Direito Penal Brasileiro: Parte Geral. 8. ed. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2010. v. 1.
QUEIROZ, Paulo. Curso de Direito Penal: Parte Geral. 10 ed. Salvador:
Jus Poddivm. 2014.
MARINHO, Alexandre Araripe; FREITAS, André Guilherme Tavares de.
Manual de Direito Penal: Parte Geral. 3 ed. São Paulo: Revista dos
Tribunais. 2014.
DIREITO PENAL PARTE GERAL

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