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1 CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE SÃO PAULO Operações de Armazenagem e Estoque ADALTO FURTUOSO DE OLIVEIRA EDVANDRO AVÍLE FERNANDA DE SOUZA SILVA RONALDO SOUZA DO CARMO Conceitos de estoques e armazenagem São Paulo 2017 2 Conceitos de estoques e armazenagem Trabalho apresentado à disciplina de Operações de armazenagem e estoques do Centro Universitário Estácio de São Paulo, como exigência parcial do curso de Gestão em Logística. Prof.ª(a). Vania Amaro Gomes Orientador (a) 3 Conceitos de estoques e armazenagem Este Trabalho do curso de operações de armazenagem e estoques que será julgado e aprovado em sua forma final pela Orientador (a) ou Coordenação do Curso de Gestão de Logística da Universidade Estácio de São Paulo no dia e mês, constante da data de aprovação. _______________________________________________________________ Prof.ª(a). Vania Amaro Gomes Orientador (a) 4 RESUMO Este trabalho apresenta conceitos de estocagem e armazenagem, formas de localização e endereçamento de materiais e algumas tecnologias atualmente utilizadas para facilitar o manuseio dos recursos. Sempre visando melhor aproveitar o espaço físico de armazenagem, agilizar o processo de estocagem e separação e reduzir suas perdas operacionais e de materiais. Para tanto, foi necessário um estudo sobre características de armazenagem e seus aspectos relevantes ao processo operacional de uma empresa para seu processo inerente à atividade de estocagem e organização de materiais. . 5 Sumario 1. introdução..........................................................................................................................................6 2. Operações de estoque e armazenagem...............................................................................................6 2.1 Cadeia de fornecimento...................................................................................................................7 2.2 Vantagens e desvantagens do estoque e armazenagem...................................................................9 3. Layout de um armazém....................................................................................................................10 3.1 Princípios da área de armazenamento............................................................................................13 3.2 Organização do layout (recebimento, expedição, localização, etc.)..............................................14 3.3 Sistema de localização do estoque.................................................................................................15 4. fundamentos da “Curva ABC” ........................................................................................................17 5. Principais equipamentos que facilitam as operações de um armazém............................................22 5.1 Sistemas de picking........................................................................................................................23 5.2 Utilização de paletes......................................................................................................................24 5.3 Tipos de paletes .............................................................................................................................24 5.4 vantagens e desvantagens .............................................................................................................28 6. Critérios de armazenagem de materiais ..........................................................................................29 7. Armazenagem em área externa .......................................................................................................30 8. Conclusão ........................................................................................................................................32 9. Referências bibliográficas ...............................................................................................................33 6 1. Introdução A maioria das empresas e instituições precisam manter estoques para que sejam supridas as necessidades não só dos clientes externos, como também dos clientes internos. Os estoques são constituídos por materiais e suprimentos que uma empresa ou instituição mantém, seja para vender ou para manter insumos ou suprimentos para o processo operacional e, como esses são armazenados em depósitos (almoxarifado), seu dimensionamento e administração física estão intimamente relacionados. Atualmente, há uma grande pressão sobre as empresas quanto à questão da manutenção dos estoques, que para as empresas comerciais são essenciais a sua operação, além de representar parte significativa do seu capital financeiro. Os clientes querem variedade, disponibilidade e rápido atendimento, e esses valores, em sua maioria, são supridos pelos estoques, sendo foco principal das empresas varejistas. Mas a maneira como essa questão é tratada pode elevar os custos e despesas operacionais que, consequentemente, são repassados ao preço final de venda, reduzindo o poder competitivo e a lucratividade da empresa. A principal questão passa a ser, então, identificar necessidades de bens, elaborar estimativas de previsão e dimensionar estoques, buscando também otimizar os custos de transporte. A falta de visão logística, que tem como principal função a movimentação e armazenagem de materiais, tem ocasionado uma miopia na gestão de materiais, em específico nas atividades de armazenagem. A logística oferece valor de tempo e lugar, e sua função tem o objetivo de determinar o material certo, na quantidade certa, no momento certo, na condição adequada a um custo adequado. 2. Operações de estoque e armazenagem O controle do processo produtivo, envolve não só os almoxarifados de matéria prima e auxiliares, como também os intermediários e os produtos acabados. O processo de estoque e armazenagem, e de extrema importância para as empresas. Esse processo se inicia quando as mercadorias são descarregadas, logo em seguida se inicia o processo de armazenagem que é composto pelo recebimento, cadastramento de mercadoria, movimentação, armazenagem, separação e expedição. Esse procedimento é realizado em várias empresas e tem o objetivo de proporcionar uma maior organização dentro do armazém. O planejamento de um armazém deve ser feito baseado nas necessidades e expectativas futuras da empresa diante do mercado, ou seja, o que será armazenado, em que quantidade, como será movimentado ecomo serão feitas as operações de carregamento e descarregamento. A forma como a empresa atende os seus clientes internos ou externos, são fatores decisivos para manter-se vivo no mercado, no entanto é necessário se armazenar, movimentar e controlar da forma mais eficiente, evitando-se assim desperdícios, o que afetará diretamente as expectativas geradas aos clientes e ao mesmo tempo gerando custos que podem afetar a empresa diante da concorrência, tornando o produto ou serviço onerosos a ponto de fugirem da realidade do mercado. A armazenagem quando é realizada de forma correta fornece diversos benefícios não só a empresa mais aos também para seus funcionários, ela aumenta a motivação e o desempenho dos colaboradores, onde irão produzir mais, reduzir a possibilidade de acidentes, proporcionar um melhor aproveitamento 7 do espaço, entre outros. Também existem as desvantagens onde implicará nos custos: serviços administrativos, novas tecnologias, elevados custos de movimentação e outros que veremos mais à frente. A armazenagem então surge como uma das funções que agrega valor ao sistema logístico, pois apresenta soluções para os problemas de estocagem de materiais e melhora a integração entre as fazes do processo. As operações de armazenagem têm como objetivo o recebimento, estocagem, separação e expedição de materiais para apoiar o sistema de movimentação física, sem distinção entre os tipos de instalações de estocagem, conteúdo dos materiais ou procedimentos de administração dos inventários. A importância da armazenagem na Logística é que ela leva soluções para os problemas de acomodação dos materiais que possibilitam uma melhor integração entre as cadeias de suprimento, produção e distribuição. Planejar e controlar os estoques e um fator primordial para uma boa administração do processo produtivo, disponibilizando e controlando o espaço físico necessário para os volumes de venda e de manufatura para acompanhar as constantes mudanças do mercado. 2.1 Cadeia de fornecimento ou abastecimento A cadeia de suprimentos é um processo que consiste em gerenciar os fluxos de bens, serviços, finanças e informações dentro de uma cadeia integrada com diversos participantes, incluindo: fábrica, fornecedores e clientes finais. 8 Mais conhecido como Supply Chain Management (gestão da cadeia de suprimentos) é a integração de todos os elementos responsáveis por uma cadeia de suprimentos, incluindo o conjunto de técnicas que são utilizadas para possibilitar excelência na conexão entre as etapas de uma cadeia de suprimentos, como: transporte, estoque e custo. O gerenciamento correto destas etapas facilitará na otimização do serviço e na melhoria da qualidade do produto trazendo maior satisfação a seus clientes finais. Essa ferramenta nos direciona para uma atitude em que as empresas devem definir suas estratégias competitivas através de um posicionamento, tanto como fornecedor, quanto como cliente dentro das cadeias produtivas nas quais se inserem. O objetivo básico e maximizar as potenciais sinergias entre as partes de forma a atender o consumidor final mais eficientemente através da redução de custos. Para ter uma cadeia de suprimentos competitiva, devem-se incluir formas de melhoria nas principais atividades como: Localização de fornecedores de matéria-prima; Na análise de localização de instalações, existe uma vasta lista de fatores, possíveis de serem usados. Dependendo da localização, deve-se desenvolver uma lista de fatores pertinentes. Todos esses fatores devem ser classificados como críticos, objetivos ou subjetivos. Fabricação do produto; colocar em atividade um fluxo de produtos e de informação mais interligadas entre si, agilizando todos os processos da empresa. Para isso, o produto passa por diversas etapas antes de chegar ao cliente final. O primeiro passo é atrair, conquistar e fidelizar seus clientes, para que isso aconteça é preciso colher informações no setor de cadeia de suprimentos da sua fábrica. Previsão e planejamento do equilíbrio entre oferta e demanda; de modo geral, fazer uma previsão consiste em tentar prever o futuro de maneira que isto possa auxiliar a tomada de decisões. Em particular, a previsão da demanda visa estimar a demanda futura por produtos e ou serviços da organização. Ela constitui uma etapa importante de diversos processos de planejamento da gestão de operações e da logística. As previsões visam, portanto, determinar onde, quanto e quando os produtos/serviços serão requisitados, de maneira a responder adequadamente a esta demanda Armazenagem do produto; o mau aproveitamento do espaço é um comportamento que traz aumento nos custos logísticos e prejuízos com a movimentação de materiais inadequada tornando-se antieconômico. A armazenagem dos materiais tem grande importância na obtenção de maiores lucros e a forma como foi embalado o material tem uma parcela importante para redução dos custos relacionados ao movimentado e a armazenagem. Entrega do produto; A entrega ao cliente é a transferência da posse de um bem de uma entidade (o fornecedor) para aquela à qual o bem se destina, o “cliente” (Miller et al., 2006). Confiança na entrega ao cliente do produto, no prazo contratado, é o principal ponto a ser considerado na relação cliente - fornecedor, enquanto que, na relação fornecedor - cliente, é o cumprimento do pagamento acordado, no prazo acordado. Feedback através do serviço de atendimento ao cliente e melhoria do processo, onde for necessário; de forma geral, atender bem está relacionado a poupar esforços do cliente. O esforço do cliente em ter que relatar várias vezes o problema, para pessoas diferentes 9 provoca irritabilidade e, pior, mostra despreparo da empresa ao lidar com situações para as quais ela deveria estar preparada. 2.2 Vantagens e desvantagens do estoque e armazenagem O uso de armazéns possibilita a redução de custos com transportes, através da consolidação de cargas, aproxima a empresa de seus clientes e fornecedores, agiliza a entrega dos produtos, e compensa as defasagens ocorridas na produção. Entretanto, o capital se torna imobilizado, uma vez que a mercadoria passa muito tempo parada, além de aumentar o risco de envelhecimento do produto, necessitando assim de um maior controle e gerenciamento da armazenagem. Os custos com a movimentação também aumentam, devido à alta rotatividade dos produtos, visando atender as demandas. Um detalhe importante para a armazenagem é a integridade física dos materiais. No recebimento do produto é necessário verificar se as especificações da compra foram atendidas com êxito. Da mesma forma, ele deverá ser expedido. O cuidado com o local da armazenagem é fundamental, existem produtos que precisam de condições físicas específicas, como a temperatura, iluminação, entre outros. Manter estoques traz vantagens e desvantagens às empresas. Vantagens quando se refere ao pronto atendimento aos clientes e desvantagens no que se refere aos custos de manutenção. Manter estoques ou não, é o grande dilema do gerenciamento de estoque: apesar dos custos e de outras desvantagens associadas à manutenção de estoques, eles de fato facilitam o processo entre fornecimento e demanda. Pode-se dizer que, os estoques existem porque o fornecimento e a demanda não estão em harmonia um com o outro, ou seja, os estoques são uma margem de segurança que, ao mesmo tempo encobrem esses problemas de não harmonia que as empresas possuem. Os estoques funcionam como elemento regulador do fluxo de produção e de vendas, as empresas, de uma forma ou de outra, procuram obter vantagem competitiva em relação a seus concorrentes,e os estoques, se bem administrados, podem facilitar a obtenção desta vantagem. A armazenagem de mercadorias prevendo seu uso futuro exige investimentos por parte da organização. O ideal seria a perfeita sincronização entre oferta e demanda, de maneira a tornar a manutenção de estoques de produtos acabados desnecessária. Entretanto, como é impossível conhecer exatamente a demanda futura e como nem sempre os suprimentos estão disponíveis a qualquer momento, deve-se estocar para assegurar a disponibilidade de mercadorias e minimizar os custos totais de produção e distribuição ou utilizar o sistema puxado na qual os produtos são produzidos de acordo com os pedidos dos clientes. Os estoques servem para uma série de finalidades, ou seja, eles melhoram o nível de serviço, incentivam economias na produção, 10 permitem economias de escala nas compras e no transporte, agem como proteção contra aumentos de preços, protegem a empresa de incertezas na demanda e no tempo de ressuprimento, e servem como segurança contra contingências. Se conhecermos todos os fatores que influenciam na demanda e esses fatores poderem ser representados por uma função matemática, então seria possível prevê-las, mas na pratica isso não é possível. Essas incertezas levam a necessidade de se determinar um estoque adicional para amortecer os efeitos da imprevisibilidade. A determinação da quantidade que devera ser incorporada e chamado de estoque de segurança ou ainda de estoque pulmão. Dentre as desvantagens, pode-se citar: o aumento dos custos, custo dos materiais, custo da encomenda, custo da posse, roubo, custo financeiro, seguro, obsolescência, armazenagem (quanto mais estoque, mais área para armazenagem será necessário), maiores custos de aluguel, manuseio (quanto mais estoque, mais pessoas e equipamentos necessários para manusear os estoques), mais custo de mão-de-obra e equipamentos, parada de máquinas, perda de qualidade, perdas (quanto mais estoque, maiores as chances de perdas). Um aspecto a se considerar é a sazonalidade de certos tipos produtos, o que exige maior nível de estoque dos mesmos, o que pode tornar-se um diferencial para a empresa na ausência do produto no mercado. 3. Layout de um armazém O significado de layout pode ser explicado por meio das palavras desenho, plano, esquema, ou seja, é o modo pelo qual figuras e gravuras surgem em uma planta, podendo-se, por, afirmar que o layout é uma maquete no papel. O layout influi na seleção ou adequação do local, assim como no projeto de construção, modificação ou ampliação, conforme for o caso, bem como na distribuição e localização dos componentes e estações de trabalho, assim como na movimentação de materiais, máquinas e operários. Logo, o layout é iniciado com a aplicabilidade da elaboração de um projeto, sendo finalizado por sua concretização. Portanto, para que haja um projeto perfeito, há que se ter um planejamento, tem que existir o layout. O layout de armazém é a forma como as áreas de armazenagem de um armazém estão organizadas, de forma a utilizar todo o espaço existente da melhor forma possível, verificando a coordenação entre os vários operadores, equipamentos e espaço. O layout ideal é aquele que procura minimizar a distância total percorrida com uma movimentação eficiente entre os materiais, com a maior flexibilidade possível e com custos de armazenagem reduzidos. Existem vários tipos de layout que procuram satisfazer as exigências do estoque a curto e longo prazo, tendo em conta as existências e as flutuações da procura. Antes de se efetuar o planejamento do layout é necessário ter toda a informação relativa ao espaço para se conseguir a máxima utilização do local, ou seja, é importante saber qual a área de armazenagem, qual será os limites de estoque máximo e médio, o volume de expedição e recepção, qual a política de reposição do estoque e também o método de movimentação dentro do armazém. Para se conseguir encontrar o layout ideal é necessário crias vários layouts e compará- los com os princípios da popularidade, semelhança, tamanho, características e utilização do espaço, existem vários modelos que facilitam a configuração do layout, sendo o modelo de armazém destinado à área necessária para armazenar os materiais. 11 Tendo em conta o layout contínuo de armazém é possível estudar as regiões de armazenagem dedicada, e a distância média percorrida num armazém. O layout adequado pode servir como um diferencial, pois os produtos serão: localizados e movimentados de forma mais rápida, as distâncias serão reduzidas, serão evitados os retrabalhos e serão evitados desperdícios e ou avarias, reduzindo assim os custos da operação. Podemos afirmar que o layout adequado permite que o processo armazenagem seja descomplicado, sempre em busca da redução de sub processos dentro da operação (lead time). Isso tudo, percebido pelo cliente, será uma vantagem competitiva a qual colocará a empresa à frente da concorrência. O arranjo físico é a disposição física dos equipamentos, pessoas e produtos, da maneira mais adequada ao processo produtivo e significa a colocação racional dos diversos elementos combinados para proporcionar a comercialização dos produtos. Quando se fala em arranjo físico, pressupõe-se o planejamento do espaço físico a ser ocupado e utilizado. O arranjo físico é representado pelo layout, que significa colocar, dispor, ocupar, localizar, assentar. O layout é o gráfico que representa a disposição espacial, a área ocupada e a localização dos equipamentos, pessoas e produtos. No depósito, os principais aspectos do layout a serem verificados são: 12 Itens de estoque As mercadorias de maior saída do depósito devem ser armazenadas nas imediações de saída ou expedição, a fim de facilitar o manuseio. O mesmo deve ser feito com os itens de grande peso e volume. Corredores Dentro do armazém deverão facilitar o acesso às mercadorias em estoque quanto maior a quantidade de corredores maior será a facilidade de acesso no entanto menor o espaço disponível para o armazenamento. Um arranjo com prateleiras requer um corredor para cada duas filas de prateleiras. A largura dos corredores é determinada pelo equipamento de manuseio e movimentação dos produtos. A localização dos corredores é determinada em função das portas de acesso e da arrumação das mercadorias. Entre as mercadorias e as paredes do edifício devem existir passagens mínimas de 60 cm, para acesso às instalações de combate a incêndio. Portas de acesso As portas de acesso ao depósito devem permitir a passagem dos equipamentos de manuseios e movimentação de materiais, tanto em sua altura como na largura deve ser devidamente dimensionada. O local de expedição ou de embarque de mercadorias deve ser projetado para facilitar as operações de manuseio, carga e descarga deve ser próximo ao local de expedição ou de embarque e desembarque deve haver um espaço de armazenagem temporária para se colocar separadamente as mercadorias, conforme o tipo. O acostamento para veículos deve considerar a quantidade diária de embarques e desembarques, bem como o tempo de carga e descarga de caminhões. Prateleiras e estruturas Quando houver prateleiras e estruturas no depósito, a altura máxima deverá considerar o peso dos produtos, no topo das pilhas de mercadorias deve se distanciar um metro das luminárias do teto ou dos sprinklers (equipamentos fixos de combate a incêndio) de teto. As mercadorias leves devem permanecer na parte superior das estruturas, e as mercadorias mais pesadas devem ser armazenadas nas barras inferiores da estrutura. O piso deve ser suficientemente resistente para suportar o peso das mercadoriasestocadas e o trânsito dos equipamentos de movimentação. O gerenciamento de fluxos logísticos compreende fluxos físicos e de informações e pode ser entendido como uma sequência de etapas do processo de movimentação de produtos e também informações logísticas e é formado pelo fluxo de materiais ou produtos, informações gerais, financeiro e o fluxo reverso. O fluxo físico dos materiais agrega valor ao processo e dispõe o produto no local, no momento e na quantidade solicitada pelo cliente, seja ele interno ou externo. Este fluxo deve estar em perfeita sintonia com o fluxo de informações. Considerando que a função de movimentação de materiais é o estudo dos movimentos dentro empresa, diferenciando da movimentação externa que é comumente conhecida por transporte. O fluxo dessa movimentação de materiais está relacionado com o transporte de matérias-primas e produtos acabados, com o armazenamento e distribuição dos materiais no âmbito interno da empresa. O objetivo da movimentação de materiais é transportar e estocar os materiais do início ao fim do processo produtivo, com o mínimo de transferências possíveis, e entregá-los nos locais apropriados de trabalho ou centros de produção, de modo a evitar congestionamentos, atrasos e manuseios desnecessários. Pode ser considerado como a produção e eliminação de movimentos de materiais, em qualquer tipo de superfície, por quaisquer meios de movimentos ou estocagem, que implique 13 na mudança de posição de qualquer material para processamento de serviço ou armazenagem, exceto quando em operações de consumo de materiais. 3.1 Princípios da área de armazenamento Para que os objetivos do planejamento do layout de armazém possam ser cumpridos, convém integrar os vários princípios a que deve obedecer a área de armazenamento, tais como: popularidade, semelhança, tamanho, características e utilização do espaço Popularidade Num armazém os materiais podem ser guardados em áreas de armazenagem em profundidade e posicionados de forma a minimizar a distância total percorrida. Se os materiais mais populares forem guardados em áreas de armazenagem em profundidade a distância total percorrida será menor. Os materiais mais populares podem estar distribuídos dentro do armazém de diferentes formas, no entanto, aqueles que apresentam um racio1 de recepção/expedição elevado devem estar localizados próximos do ponto de entrada, ao longo do caminho mais perto entre a entrada e saída dos materiais. Semelhança Os materiais que são recebidos e expedidos ao mesmo tempo devem ser armazenados juntos, o mesmo acontece aos materiais que são ou recebidos ou expedidos juntos. Tamanho O espaço de um armazém deve ser organizado tendo em conta a popularidade e o tamanho dos materiais pois, se isso não acontecer, pequenos materiais podem ser armazenados em espaços que foram desenhados para armazenar grandes materiais, havendo desperdício de espaço. Características As características dos materiais a serem armazenados devem seguir um método diferente de armazenamento relativamente aos princípios acima referidos. Utilização do espaço vertical Na sociedade atual densamente povoada, está em marcha a racionalização das técnicas de circulação, o aproveitamento máximo da área e do espaço, que são cada vez mais escassos diante das necessidades crescentes, é sua meta essencial. O espaço é, 80 % das vezes, apontado como principal problema em estoques e armazéns, não como causa, mas como efeito da baixa ocupação de itens em estoque. Identifica-se a real ocupação do espaço por meio do indicador "taxa de ocupação volumétrica", que leva em consideração o espaço disponível versus o espaço utilizado. Outro fator diretamente relacionado com a taxa de ocupação é a "seletividade", ou seja, o pronto acesso a todos os itens, o que resulta em imediato atendimento, propiciando um nível adequado de serviço. Por outro lado, não se pode imaginar a utilização do espaço vertical sem o recurso do palete. 1 Racio na estatística e uma proporção entre dois valores 14 Um dos fatores fundamentais na armazenagem é a correta utilização do espaço disponível, o que demanda estudo exaustivo das cargas a armazenar, níveis de armazenamento, estruturas para armazenagem e meios mecânicos a se utilizar. O planejamento do espaço deve ser feito tendo em conta o espaço necessário para a armazenagem dos materiais. O layout de armazém deve maximizar o espaço utilizado bem como, o nível de serviço fornecido, no desenvolvimento do layout deve ter em conta alguns fatores como: a conservação do espaço, as limitações do espaço e a sua acessibilidade. 3.2 Organização do layout (movimentação) A movimentação de material tem como objetivo primordial a separação das cargas de acordo com as necessidades dos clientes, bem como transportar o material em processamento, quando este implica a realização de operações que são desempenhadas em postos de trabalho diferentes. As operações logísticas começam com o carregamento inicial de materiais ou componentes de um fornecedor e terminam quando um produto processado é entregue ao consumidor final. A movimentação de material não se limita apenas a movimentar, encaixotar e armazenar como também executa essas funções levando em conta o tempo e espaço disponíveis. O tipo de equipamento utilizado na movimentação de materiais afeta a eficiência e o custo de operação do centro de distribuição. Um dos primeiros passos que temos a realizar é a análise do fluxo da movimentação de materiais, layout, embalagem, equipamentos de movimentação e estocagem, os quais muitas vezes por não serem eficientes para determinadas situações, são responsáveis pela geração de custos e perdas durante a movimentação de materiais. A movimentação de materiais é uma área geradora de custos e perdas, mas sendo bem administrada pode gerar um fator de diferencial na cadeia produtiva. As três atividades princicpais do manuseio são o recebimento, o manuseio interno e a expedição. Recebimento – Mercadorias e materiais chegam normalmente ao depósito em quantidades maiores do que as expedidas. A primeira atividade de movimentação de materiais é a descarga de veículos. Na maioria dos depósitos, a descarga é manual. Entretanto, têm sido desenvolvidos, métodos mecanizados e parcialmente automatizados, capazes de adaptar-se às diferentes características dos produtos. Geralmente, a descarga dos veículos é feita por uma ou duas pessoas. Os produtos são empilhados manualmente em paletes ou em slip sheet2 para formar uma unidade a ser movimentada. Em alguns casos, esteiras transportadoras são usadas para descarregar os veículos mais rapidamente. Dessa forma, pode ser descarregado um maior volume de mercadorias nos depósitos, cargas em contêineres ou unitizadas reduzem esse tempo de descarga. Manuseio Interno – Inclui toda e qualquer movimentação dos produtos dentro do armazém. Após o recebimento dos materiais, é necessário sua transferência interna para colocá-los em locais de armazenagem ou para a separação de pedidos. Assim, quando os pedidos são recebidos os produtos 2 Reciclável, utiliza-se para otimizar a logística de armazenamento e transporte de produtos, suportando o arraste de toneladas de carga. O Mill Mate, conhecido como slip sheet, é uma folha de fibra longa, pura celulose de pínus, leve e resistente. Elimina o frete, além de reduzir avarias nas cargas. 15 solicitados são acumulados e transportados para a área de expedição. Existem dois tipos de manuseio dentro do depósito: A transferência e a separação. Existem, pelomenos, duas, às vezes três, transferências em depósitos tradicionais. Primeiramente as mercadorias são levadas para dentro do depósito e colocados no local previamente estipulado. O transporte, nesse caso, é feito por empilhadeiras, quando são usados paletes ou slip sheet, ou por outros meios de tração mecânica, quando se trata de cargas unitizadas maiores. Uma segunda movimentação interna pode ser necessária antes da atividade de separação de pedidos. Essa segunda movimentação pode ser suprimida quando as mercadorias possuem elevado peso e/ ou volume, tais como fogões e máquinas de lavar. Na transferência final, os sortimentos de produtos solicitados pelos clientes são levados diretamente do depósito para a plataforma de carga. Expedição – Consiste basicamente na verificação e no carregamento das mercadorias nos veículos. Como o recebimento, a expedição é executada manualmente na maioria dos sistemas. A expedição de cargas unitizadas está tornando-se cada vez mais comum, porque, dessa forma, o tempo de carregamento de veículos pode ser reduzido consideravelmente. Embalagens unitizadas contêm grupos de produtos, enquanto cargas comuns consistem em volumes e caixas que devem ser carregados diretamente da plataforma para o veículo. As conferências do conteúdo são feitas quando as mercadorias trocam de dono, no ato da expedição. A conferência consiste geralmente em contagens das caixas, mas, em alguns casos, também são necessárias contagens de peças, verificação das marcas e tamanhos, para que se tenha total certeza de que todos os itens solicitados pelo cliente estão sendo carregados. 3.3 Sistema de localização do estoque O principal objetivo da utilização de um sistema, ou da combinação de sistemas de localização de materiais, é estabelecer os parâmetros entre a identificação e a facilidade encontrar os itens estocados. Existem vários sistemas de localização de estoque, para se estabelecer qual deles será o mais adequado é necessário estar atento aos indicadores desta questão, que são: o tipo dos produtos estocados, os tipos de instalações necessárias, os tipos de processamento e o tamanho dos pedidos. A estocagem pode ser centralizada (mantida um local específico para tal, como por exemplo, em um almoxarifado) ou descentralizada (mantida em mais de um ponto, como além do almoxarifado, junto às unidades de operação ou em um pátio externo, como é o caso dos gases e tarugos de alumínio). Numa loja de confecções, por exemplo, pode haver uma mesma mercadoria com estoque na frente de loja e outro no almoxarifado, a diferença entre ambas as formas está no controle, na distância e na visibilidade e disposição do estoque. Os estoques podem ser localizados, em função das características dos materiais, onde a divisão pode ser feita por: Agrupamento, onde os materiais serão estocados de acordo com a forma correspondente à lista de materiais ou outro tipo de agrupamento semelhantes e identificados pelas divisões das estantes, aplicável a baixo volume; Tamanho, peso e espécie de materiais: que permite aproveitar bem o espaço, por frequência, onde os materiais mais movimentados são posicionados mais próximos à saída; 16 Separação entre lote de reserva e lote diário, localizados em pontos distintos, sendo neste último mantida a quantidade de maior movimentação; Local de uso: onde os materiais ficam exatamente postos no próprio local onde serão usados, em função das características do espaço, que somado aos fatores do material, busca localiza-lo levando em conta as características disponíveis do espaço, como seu tamanho, sua conveniência, a distância em relação a outras atividades associadas, a disponibilidade, as características da construção, a área exigida para funções e serviços auxiliares e necessidade de espaço para corredores, ruas etc. Comumente, usa-se uma combinação, buscando maximizar o espaço, utilizar de forma efetiva equipamentos e pessoal, ter acesso rápido e fácil ao material, movimentar com seguro e eficientemente os materiais garantindo a qualidade na armazenagem. Existem dois sistemas básicos para atribuir locais específicos para itens individuais, ou seja, os materiais, dependendo do volume movimentado e da capacidade do espaço designado ao item, podem ou não ter uma posição fixa, esse sistema chamado de localização fixa, pois o item é atribuído a uma unidade de armazenagem, também chamados de localização permanente, e nenhum outro item é estocado ali, sendo aplicados nas circunstâncias de pequeno processamento e quando há pequeno número de itens a ser estocados, e de localização flutuante ou aleatório, onde o item é estocado onde haja espaço, podendo ser armazenado em vários pontos ao mesmo tempo e em locais diferentes entre períodos. Após projetar a área de estocagem dos itens, deve ser estabelecido um sistema que indique onde o material está estocado, um endereço que informe facilmente onde o encontra-lo o sistema de endereçamento pode se dar por zonas, por código do item, por coordenadas cartesianas ou por rua, número e nível (altura). Os dois primeiros são empregados em sistema de blocagem e os dois últimos em estocagem com estantes. Existem três coordenadas utilizadas na constituição de um sistema de referência; são elas: ruas ou corredores de prateleiras ou estantes, números e altura. Com as devidas coordenadas qualquer funcionário do armazém pode identificar exatamente a posição correta onde buscar ou guardar os materiais. Assim, podem-se designar critérios para se endereçar os materiais e encontrá-los com facilidade. Por exemplo: A empresa X possui em seu estoque dez corredores de estantes onde se encontram os materiais. Podem-se criar os códigos 01, 02, 03, 04, 05 e assim sucessivamente para cada uma dessas estantes. Depois são estabelecidos os critérios das prateleiras, que geralmente ficam na parte horizontal das estantes. Pode-se classificá-las por A, B, C, D... seguindo-se por todas as prateleiras da estante. O último passo é estabelecer os critérios para as colunas, que são as partes verticais do endereçamento, que também podem ser classificadas por números, como: 01,02,03,04,05... até o término das colunas da estante. Então, a codificação para a identificação da localização no estoque é, por exemplo, 01b01, que significa que o item deverá ser guardado na estante 01, localizada na prateleira b, coluna 01. A imagem a seguir mostra como e feita a leitura da localização: 17 4. Fundamentos da “Curva ABC” A curva ABC é um método de categorização de produtos, que atua em auxílio ao controle de estoque em uma empresa. Consiste na classificação de mercadorias a partir da sua contribuição ao faturamento, priorizando aquelas que são as mais relevantes para o negócio e não somente pelo maior custo delas. Classificação ABC estão relacionadas ao Princípio de Pareto, que recebe esse nome em referência ao economista italiano Vilfredo Pareto. No Século XIX, Pareto descobriu que 80% da terra na Itália estava nas mãos de 20% da população. Proporções parecidas passaram a ser observadas em outros fenômenos, o que passou a ser chamado de Regra 80-20. Algum tempo depois, Joseph Juran popularizou o conceito associando-o à gestão da qualidade. Uma pequena quantidade de problemas da qualidade é responsável por uma grande quantidade de ocorrências de problemas. O Diagrama de Pareto, que é uma das Sete Ferramentas da Qualidade, utiliza o mesmo princípio da Classificação ABC, porém com destaque um pouco diferente. Na administração o Princípio de Pareto passou a ser utilizado como uma ferramenta de classificação e priorização em diversas áreas, tais como economia, gestão da qualidade, gestão de carteiras de clientes, gestãode projetos, administração de materiais, etc. Antes de aprender como aplicar a Classificação ABC, precisamos entender de forma geral o raciocínio por trás desta importante ferramenta. Na Figura abaixo podemos ver um gráfico em que o Eixo X (horizontal) corresponde à quantidade de SKUs no estoque e o Eixo Y (vertical) representa o valor acumulado pelos itens comsumidos. Estante 01 1 2 3 4 5 6 A B C D E 18 A Classe A possui uma quantidade baixa de itens, mas corresponde a uma grande quantidade do valor utilizado pela empresa. A Classe B possui uma quantidade pequena de itens, porém com um valor consumido significativamente menor que a Classe A. Finalmente, a Classe C engloba a maioria dos SKUs na empresa, mas o valor consumido por essa classe é bem baixo. Itens de baixo consumo podem ser identificados quando a curva do valor cumulativo começa a se suavizar, tornando-se quase paralela ao Eixo X. No geral a classificação ABC seria: Para caucular a Classificação ABC, precisamos consultar o histórico de consumo dos SKUs ao longo de um período, que geralmente é de um ano. Em empresas que utilizam sistemas WMS ou ERP, tais informações podem ser obtidas por meio da geração de relatórios. Abaixo podemos ver um exemplo de um consumo de 10 SKUs ao longo de um ano no qual teremos: Este exemplo é bem pequeno e serve apenas para ilustrar o passo a passo da Classificação ABC. Em casos reais, os passos serão os mesmos, porém pode-se chegar a uma quantidade muito maior de itens. Aplicando a Classificação ABC teremos. Passo 1: Ordenar os itens de maneira decrescente em relação ao valor usado Passo 2: Calcular o valor total de todos os SKUs Passo 3: Calcular as porcentagens que cada item representa individualmente 19 Passo 4: Calcular as porcentagens acumuladas Passo 5: Definir os critérios de corte e fazer a classificação A seguir podemos ver o resultado da aplicação dos 3 primeiros passos. Em primeiro lugar, repare que os SKUs foram reordenados de maneira decrescente com relação à coluna “Valor Usado”. Um dos erros mais comuns é esquecer de fazer essa ordenação! Na parte inferior da tabela podemos ver o valor total consumido ao longo do ano, que foi de R$ 62.498,00. As porcentagens individuais são obtidas dividindo o valor usado de cada item pelo valor total. Por exemplo, para o item A246 a porcentagem individuai é obtida dividindo R$ 22.000,00 por R$ 62.498,00, o que resulta em um valor fracionário igual a 0,352, o que corresponde a 35,2%. Agora precisamos calcular as porcentagens acumuladas. Como esse passo também costuma gerar dúvidas quando estamos aprendendo a Classificação ABC. Para facilitar os cálculos, basta usarmos duas regras simples: Regra 1: Para o primeiro item, a porcentagem acumulada é igual a sua porcentagem individual Regra 2: Para todos os demais itens, a porcentagem acumulada será igual a sua porcentagem individual mais a porcentagem acumulada até o item anterior Sendo assim aplicadas as regras para os dois primeiros itens vamos ter uma, porcentagem acumulada do primeiro item (A246) é igual a sua porcentagem individual. Para calcular a porcentagem acumulada do segundo item, somamos sua porcentagem individual (32%) com a porcentagem acumulada até o item anterior (35,2%), obtendo o valor 67,2%. 20 Para obtermos a porcentagem acumulada do terceiro item (C024), basta somarmos sua porcentagem individual (9,98%) com a porcentagem acumulada até o item anterior (67,2%), o que resulta em 77,18%. O critério de corte para a Classe A está em 80% do valor acumulado usado pela empresa. Assim, todos os itens cujas porcentagens acumuladas sejam menores ou iguais a 80% devem ser incluídos na Classe A. Para a Classe B, o corte ocorre em 95%, ou seja, todos os itens que não são Classe A e têm porcentagens acumuladas inferiores a 95% devem ser incluídos na Classe B. Os itens restantes devem ser considerados como pertencentes à Classe C. No quadro abaixo podemos ver a aplicação dessas regras de corte em nosso exemplo: 21 As dúvidas surgem nos limites entre as classes. Por exemplo, por que o item R221 é Classe B em vez de Classe A? A resposta para essa pergunta pode ser dada observando a porcentagem acumulada do item R221, que é superior ao critério de corte. Por ser o primeiro item em que isso ocorre, o SKU R221 deve ser considerado o primeiro item da Classe B. O item C024, por sua vez, ainda pertence à Classe A, pois sua porcentagem acumulada (77,18%) é inferior ao critério de corte. O quadro abaixo mostra uma síntese dos resultados da aplicação da Classificação ABC neste exemplo. Neste exemplo, 30% (3 de 10) dos itens são Classe A e correspondem a 77,18% do valor utilizado, 20% são Classe B e representam 13,63% do valor utilizado. Os SKUs restantes respondem por apenas 9,18% do valor consumido pela empresa. Itens Classe A costumam ter um controle mais rígido, sendo acompanhados de perto pela organização. Para esses itens, políticas com estoques de segurança com nível de serviço mais elevado podem ser adotadas. A realização de contagens físicas (inventário) também pode ser mais frequente. Isso é necessário pois itens a ruptura de estoques de itens Classe A pode levar a paradas quase que imediatas na fábrica ou a perda de muitas vendas no varejo. Isso não significa que os outros itens não precisam de um controle mais rígido dos estoques, mas sim que itens A são mais críticos e maior prioridade deve ser dada a eles. Como os recursos das organizações são finitos e sempre limitados, se tivermos que priorizar itens na conferência de estoques ou aumentar o nível de disponibilidade de estoques, a Classificação ABC pode nos ajudar quais SKUs serão atendidos por tais iniciativas. Para finalizar o exemplo, abaixo é mostrada a representação gráfica da Classificação ABC no exemplo solucionado. As barras verticais representam as porcentagens individuais e a linha correspondem às porcentagens acumuladas. 22 5. Principais equipamentos que facilitam as operações de um armazém Esteiras: A esteira consiste em um “picking” a nível de caixas que formarão o pallet. Ela possui três sub sistemas básicos: de união, onde as caixas se encontram; de indução, identificação e definição para onde vai o produto; e de separação, onde ocorre a separação do volume. Existem três tipos básicos de esteiras. São eles: com rodas, cinto e rolos. A escolha do tipo mais adequado, dependerá de uma série de fatores. Dentre eles: o tamanho e estabilidade do material, se a esteira é horizontal ou inclinada, o peso do produto e o custo. A esteira com rodas é o tipo mais econômico, sendo excelente para o transporte de grandes distâncias. Vários produtos são adequados, entre eles: caixas com fundo plano, caixas de aço, madeira ou plástico. Ela não é apropriada para produtos que escorreguem com facilidade. A esteira com cinto é a mais versátil, podendo ser usada para uma grande variedade de produtos. Duros ou macios, com formas regulares ou irregulares, esteiras horizontais ou inclinadas. A esteira com rolos é muito usado em armazéns mecanizados e centros de distribuição de transporte e acumulação. É apropriado para transportar grande quantidade de caixas, e tem a vantagem de permitirem os produtos de deslizarem sobre os rolos. Uma outra vantagem é que um rolo ou uma série de rolos podem parar, enquanto outros rolos continuam a fazer o transporte. Empilhadeiras: São pequenos caminhões que fazem o transporte dos produtos no armazém e aumentam a produtividade do transporte que é feito com o auxíliode pallets para comportar maior volume de produtos. É preciso apenas um funcionário para operar uma empilhadeira, e ai que está uma grande economia no número de funcionários. Mantém ainda a carga intacta com risco mínimo de danificá-la. Usado também para o transporte de grandes distâncias. Substitui os carrinhos manuais e o próprio homem que é incapaz de transportar cargas muito pesadas. 23 Trans- elevadores: Também usado para o transporte de produtos e picking a nível de pallet. Possui menos mobilidade que as empilhadeiras, já que estão restritos a uma área do armazém, por exemplo ao longo de uma estante. Pode ser considerado como um elevador de carga. Muito utilizado em conjunto com as empilhadeiras para um ganho de produtividade. AGV - Veículos guiados automaticamente: É um veículo elétrico programado que pode ser guiado no armazém através de trilhos, os quais podem ser montados de acordo com a necessidade do transporte. Podem funcionar também por um sistema óptico ou a laser. Oferece segurança e velocidade em operações ininterruptas, podendo transportar caixas ou pallets. Além disso favorece as condições ambientais e acústicas da fábrica, tratando-se de um benefício para seus funcionários. 5.1 Sistema de picking A Frame Automatic Picking System: A separação dos produtos é feita automática pela máquina. De acordo com o tipo do produto ele é selecionado e “cai” em uma esteira formando então o lote de produtos desejado. Usado para grandes volumes e com alta velocidade, para pequenas quantidades de SKU’s (aproximadamente 20% do total), consegue manter produtos delicados intactos. Carrossel: O próprio nome já define a máquina. Ela traz o produto até o operador através da rotação de suas prateleiras, eliminando perda de tempo com o picking. O carrossel pode ser horizontal ou vertical de acordo com a necessidade. É uma máquina simples, durável, confiável e fácil de operar. Pode trabalhar com o produto ou então com pallets, é o chamado carrossel paletizado. Sua velocidade é menor somente que a A Frame. Pick-to-Light System: Funciona basicamente com um computador ligado a um display que informa o endereço do produto a ser retirado ou armazenado, através de uma luz que acende na estante procurada. Com isso o processo de picking fica muito mais rápido e com melhor acurácia. É utilizado para isso um sistema de rádio frequência, pois este sistema não contém fios. O seu processo consiste de leitura, procura e anotação do produto. Tem a desvantagem de apresentar um alto custo para implantação. Robotic Order Selection: Utilizado para diferentes produtos com movimentação lenta, onde se perderia muito tempo para encontrar 1 ou 2 itens que ocasionalmente fossem usados. É o que apresenta menor velocidade entre todos, porém é o que utiliza maior variedade de produtos (aproximadamente 60% do total). Automatic Storage and Retrieval Systems: Similar ao método anterior, porém apresenta maior variedade de produtos com uma velocidade superior. Os produtos caem em caixas para formação do pedido em uma esteira. 24 5.2 Utilização de paletes Pallets são estruturas feitas para facilitar o transporte de carga através de empilhadeiras, e facilitar o processo de armazenagem tornando-o padronizado. Podem ser feito de madeira, compensado, plástico ou metal, dependendo da destinação, porém os modelos mais populares de pallets no Brasil atualmente são os pallets de madeira. O pallet é ferramenta fundamental para as etapas de suprimento. Ele é um elo logístico entre o fabricante, distribuidor e varejo. Abaixo destacaremos algumas vantagens: Redução da ordem de 70% dos tempos de carga e descarga dos veículos; Redução da ordem de 10% nas avarias de movimentação, armazenagem e transporte; Auxilia no transporte, viabilizando o uso de empilhadeiras; Qualidade assegurada de recebimento. Os produtos paletizados e unitizados com filmes plásticos tipo stretch ou pontos de cola, recebem código de barras e passam a ter identidade - nome, data e lote de fabricação e validade, variáveis logísticas (peso, quantidades de caixas por pallets, etc.) Desta forma, com um simples “bip” no scanner, o cliente alimenta seu estoque, contas a pagar, etc., e de quebra praticamente elimina desvios de mercadorias. O fabricante ganha na armazenagem, na transferência entre depósitos, na expedição e emissão de faturas. O transportador reduz consideravelmente seu risco de avarias e aumenta a disponibilidade de sua frota pelo menos tempo de carga e descarga. O distribuidor simplifica seu recebimento, armazenagem e expedição. O varejo passa a ter um recebimento ágil e confiável, de simples conferência. 5.3 Tipos de paletes Pallets descartáveis (one way) Pallets descartáveis como a prória palavra sugere, são pallets não retornáveis ou seja, acomodam uma determinada mercadoria onde o custo do pallet está incluso no custo da mercadoria, viaja uma vez e não volta mais. O fato de um pallet receber a classificação de descartável, sugere a quem o compra que o pallet terá um baixo custo, porém erroneamente muitos compradores imaginam que pelo simples fato o classificarem como descartáveis, obrigatoriamente terão que custar pouco. Imaginemos uma situação onde se precise comprar pallets para exportar em cada um, 1000 kg de papel. Este pallet, para suportar o peso necessário, terá que possuir uma extrutura de madeira (ingrediente principal do pallet) que elevará seu custo, ficando com preço maior que um pallet retornável que precise suportar 200 kg. Neste caso podemos dizer que o pallet descartável para essa situação custará mais caro que um pallet retornável ou de movimentação interna que deve suportar peso menor. Esclarecendo, o que determina o custo de um pallet não é necessariamente sua classificação, mas sim a estrutura que o comporá para suportar a carga que se precisa paletizar. 25 Pallets movimentação (estocagem) Pallets movimentação (estocagem), são concebidos para; como sua denominação sugere; estocar mercadorias e facilitar sua locomoção de um para outro local. Como estes pallets não sofrerão os impactos do transporte, terão durabilidade maior e precisam possuir uma estrutura tal que suporte diferentes quantidades de peso, pois nem sempre as mercadorias que recebem possuem os mesmos pesos, alem do que, precisam suportar empilhamentos. Via de regra, quem compra pallets para movimentação, opta quase sempre por pallets duas entradas que apoiam melhor no solo ou em prateleiras, são mais resistente e possuem custos não superiores aos pallets quatro entradas. Pallets retornáveis Pallets retornáveis são aqueles utilizados onde as empresas possuem uma forma organizada de encaminhar seus produtos, e receber de volta seus pallets para outros carregamentos, geralmente com os custos da embalagem (pallet) diluido em duas, três ou mais utilizações. Pelo fato de serem classificados como retornáveis, normalmente possuem uma estrutura de madeira e fixação das peças, capaz de suportar os impactos que sofrem durante carregamento, transporte e descarregamento. Os pallets retornáveis, via de regra possuem um custo maior entretanto o custo benefício acaba sendo maior que os pallets descartáveis. Pallets duas entradas Pallets duas entradas, são pallets confeccionados com longarinas ao invés de tocos e são utilizados nos casos em que necessitam maiores resistências a peso. São também recomentados para uso em prateleiras (porta-pallets) pelo fato de que as mercadorias que ficam suspensas nesses pallets, precisammais resistência por questões de segurança. O inconveniente dos pallets duas entradas, é a possibilidade das empilhadeiras poderem entrar apenas por dois lados. Existem ainda os pallets confeccionados com longarinas onde cavas laterais são abertas, possibilitando que empilhadeiras possam entrar pelos quatro lados. Os pallets duas entradas com ou sem reforços inferiores, possuem menor custo de mão-de-obra na sua confecção. Pallets quatro entradas Pallets quatro entradas, conforme o próprio nome já diz, possuem quatro entradas para empilhadeiras ou carros paleteiros. São confeccionados com tábuas superiores que de igual forma aos pallets duas entradas, podem ser vazados ou face superior fechada (assoalhados). Possuem tábuas intermediárias e sua principal característica são os pés montados com pedaços de pontaletes (tocos) que estabelecem sua sustentação e possibilitam que empilhadeiras e carros paleteiros possam entrar pelos quatro lados. Pallets quatro entradas tanto são utilizados como pallets descartáveis, pallets movimentação (estocagem) ou pallets retornáveis. 26 Pallets PBR Pallets PBR foi introduzido no Brasil em 1990 pela associação brasileira de Supermercados e por entidades que fazem parte do Comitê Permanente de Paletização (CPP) assessorados pelo (IPT-USP) Instituto de Pesquisas Tecnológicas da Universidade de São Paulo. Os pallets PBR têm medidas padronizadas de 1000mm x 1200mm, possuem número de peças (tábuas superiores, tábuas intermediárias, tocos e tábuas inferiores) com quantidades e medidas padrão e possuem gravação a fogo nos tocos, mostrando o fabricante, o mês e o ano da fabricação. Funcionam como vasilhames pois suas características permitem que haja troca destes vasilhames entre empresas que utilizam o mesmo modelo e sua estrutura reforçada mostra que existem em uso, pallets PBR com até quinze anos em atividade. Pelo fato de possuir uma medida padronizada (1000x1200mm), o modelo é utilizado por praticamente toda a cadeia produtiva do país, fazendo com que muitos comércios de pallets usados tenham seu negócio diretamente voltado à comercialização de PBR usado. Este fato faz com que muitos pallets PBR furtados estejam presentes num comércio cujas peças não possuem origem legal. Pallets EURO Os pallets EURO ou EURO PALLETS, possuem medidas padronizadas de 800x1200mm e é adotado pela comunidade Européia assim como os paltets PBR são aqui no Brasil. Da mesma forma que existem pallets com medidas 1000x1200mm que não são necessariamente PBR aqui no Brasil, usamos também pallets com medidas 800x1200m que não são necessariamente EURO PALLETS pois a coincidência existe apenas nas medidas de largura e comprimento, entretanto sua composição (número de peças, medidas de espeçura e largura) são diferentes daquelas padronizadas para o pallet Euro. Os pallets Euro, são muito utilizados nas exportações para países onde os compradores exigem que as mercadorias sejam acondicionadas nesses pallets. Pallets CP3 e CP2 Pallets CP3 e CP2, são parte de um conjunto de modelos que vai de CP1 a CP9 que foram projetados especificamente para uso na indústria química de toda a Europa. Cada um dos pallets CP possui uma medida padrão, porém no Brasil, das medidas dos CP, as mais usadas são o pallet CP3 com medida padrão 1140 x 1140mm e o CP2 com medida padrão 800x1200mm. As outras medidas também são usadas basicamente como pallets usados que chegam ao Brasil com mercadorias importadas e podem ser encontrados nos comércio de pallets usados. Os pallets CP3 e CP2, são os mais utilizados no Brasil principalmente pela indústria química e por terem medidas padrões definidas, serem conhecidos pelo nome “CP3 ou CP2”, são como os pallets PBR muito frequentes no comércio de pallets usados Pallets usados Pallets usados são pallets recolhidos por empresas especializadas na tarefa de limpezas desses produtos que se amontoam em outras empresas que consomem produtos que lhes chegam paletizados. 27 É grande a frequência de pallets recebidos no Brasil por importação de mercadorias por isso é muito comum localizar tais pallets nos comércios de pallets usados. As empresas que trabalham com pallets usados, oferecem um ótimo serviço de reciclagem, reaproveitamento dos próprios pallets ou transformação destes em cavacos para produçao de energia. Promovem a reforma desses pallets e os recolocam no mercado, evitando assim que muitas árvores sejam abatidas para produção de madeira para pallets novos. Desta forma, além de oferecerem produtos a baixo custo para a indústria, proporcionam um grande favor ao meio ambiente. Dentre os pallets usados, são comercializados todos os tipos de pallets onde podem ser encontrados lotes com medidas definidas produzidos pelo ato de seleção destes pallets usados. Pallets reformados O Comércio de pallets reformados está presente também à disposição dos consumidores. O trabalho de reforma de pallets está mais direcionado aos pallets de medida padrão, tais como pallets PBR, pallets Euro, Pallets CP3 e CP2 entre outros. Os comerciantes deste setor fazem coleta ou compra mais seletiva e, por isso, se diferenciam um pouco dos que comercializam pallets usados que, por sua vez, também acabam reformando pallets para recolocação no mercado. Existem empresas que diferentemente das que fabricam pallets novos, colocam apenas sua mão- de-obra para retirada de pallets de outras empresas, para reforma e devolução dos mesmos, cobrando apenas mão-de-obra, material usado na reforma e encargos onde estão inclusos seus lucros. São estas as empresas prestadoras de serviço no setor de paletização que também contribuem para que menos árvores sejam derrubadas e assim prestam um bom serviço ao meio ambiente. Pallets vazados Pallets vazados, são paletes confecçionados com tábuas superiores colocadas de forma que existam vãos entre elas. Aquantidade de tábuas é definida levando-se em consideração os produtos a serem acondicionados, bem como a resistência que precisa ter o pallet para receber o carregamento que se precisa colocar. Dependendo da quantidade de peso que se vá colocar no pallet, a espeçura da madeira tambem precisa ser avaliada pois quanto maior a espeçura das madeiras, maior será a capacidade de suportar peso do pallet. Como o principal ingrediente dos pallets é a madeira, as espeçuras das mesmas influenciarão diretamente em sua composição de custos, valendo dizer que para pallets com medidas iguais, aqueles que tiverem madeiras mais espessas, terão com segurança maiores custos por acumularem maior valor de massa de madeira. Pallets face superior fechada Pallets face superior fechada, tambem conhecidos como pallets assoalhados, são aqueles que como o próprio nome já diz, têm sua face superior diferente dos pallets vazados, ou seja, são totalmente fechados. Geralmente são utilizados por cartonagens que os adquirem para o complementarem com caixas de papelão, e, para minimização de custos usam seu assoalho como fundo, evitando-se assim a colocação de mais umma chapa de papelão Resumindo, são mais utilizados para formação dos kits de caixas CKD, que é um Kit composto de container desmontável, formado por envoltórios em papelão de alta qualidade, cantoneiras de madeira, 28 acoplados a pallets de madeira fumigados, formando uma embalagem de alta performance, principalmente para produtos de exportação. Pallets reversíveis Pallets reversíveis, são pallets cuja composição (iguais para face superior e face inferior), possibilitam sua utilização por qualquer um doslados (superior e inferior). Geralmente construídos com duas entradas, são recomendados e apropriados para prateleiras porta-pallets e tambem para superposição de cargas com superfícies regulares e ideal para movimentação interna de mercadorias. Pelo fato de consumirem mais peças de madeira, geralmente são mais resistentes a peso e sua durabilidade tambem é maior. Pallets dupla face Pallets dupla face, são pallets com tábuas em cima e em baixo podendo ser reversíveis ou não e são construídos nos modelos de pallets duas entradas ou pallets quatro entradas. Pallets para exportação Pallets para exportação, podem ser construídos em qualquer modelo e tamanho para serem acomodados em cargas aéreas, marítimas ou terrestres. O que define seus tamanhos são os espaços que o pallet utilizará quando do transporte. Seus tamanhos são dimensionados para melhor aproveitamento de espaços em aviões ou containers ou carrocerias, de modo a minimizarem os custos de transporte através de um carregamento que de forma perfeita, ocupe os compartimentos onde serão trransportados. A diferença básica entre pallets exportação e pallets para mercado interno, são os tratamentos fitossanitários que recebem com o o bjetivo de serem eliminadas quaisquer espécies de seres vivos que possam existir nas madeiras, impossibilitando-se assim a disseminação de pragas e doenças vegetais entre os países Estes tratamentos são realizados hoje por duas formas: HT (ar quente forçado), realizados em estufas onde os pallets são submetidos a altas temperaturas por um determinado tempo, considerado cientificamente suficiente para eliminação de todas as pragas e doenças. MB (fumigação com o produto químico BROMETO DE METILA) cujo prazo final para uso do produto é o ano de 2015, vez que os efeitos do produto ferem a camada de ozônio, por isso considerado maléfico à natureza. Nas exportações são necessários certificados de tratamento dos pallets, que são emitidos pelas empresas credenciadas para tais tratamentos. 5.4 Vantagens e desvantagens A adoção de pallets para o controle de estoque traz uma série de vantagens, tanto no controle de espaço de estoque, quanto em tempo para organização do estoque proporcionando vantagens e desvantagens. Vantagens: Eficiência no transporte de cargas onde talvez seja a mais evidente vantagem no uso de Pallet é que permite o transporte de cargas do estoque através de empilhadeiras e paleteiras. Isso é essencial 29 para o gerenciamento de médios e grandes estoques, ou em empresas que trabalham com estoques de matérias que tenham o Pallet como unidade de medida padrão, como fornecedoras de Papel, e algumas fornecedoras de peças para pavimentação. Racionalização do espaço, que otimizam o espaço de estoque. Como as mercadorias são colocadas sempre de maneira padronizada sobre os pallets, a perda de espaço no estoque é mínima, considerando métodos convencionais de estocagem. Pallets facilitam controle de estoque, uma grande vantagem dos Pallets é que permitem fácil controle do espaço de estoque por manterem as cargas com os quais estão carregados em um sistema padrão, agilizando e tornando mais eficiente o controle do estoque. Menos danos aos produtos, permitem a movimentação dos produtos por empilhadeiras e paleteiras, em estado inerte, isto é, sem mexer nos produtos em si, há redução significativa nos danos à produtos transportados. Como o Pallet aumenta o volume total da carga, pode haver incremento nos preços relacionados ao transporte de mercadorias; Desvantagens Espaço perdido na armazenagem – caso o produto a ser transportado na tenha sido dimensionado especificamente para ser transportado em pallets, pode haver sobras de espaço nas bordas do pallet ou mesmo entre os produtos, acarretando perda de espaço útil de estoque. Necessidade de investimentos na compra dos pallets para o estoque, além de empilhadeiras para o transporte das cargas. 6. Critérios de armazenagem de materiais Existem dois tipos de armazenagem, a simples e a complexa. O que determina a complexidade da armazenagem são as características dos materiais, que variam em relação a: Fragilidade Combustibilidade Volatização Oxidação Explosividade Intoxicação Radiação Corrosão Inflamabilidade Volume Peso Forma Esses materiais necessitam cada um de cuidados básicos e independentes como: Preservação especial Equipamentos especiais anti-incêndio Equipamentos especiais para movimentação Meio ambiente especial Estrutura de armazenagem especial Manuseio especial 30 Além de considerar esses itens, o esquema de armazenagem escolhido por uma empresa depende primordialmente da situação geográfica de suas instalações, da natureza de seus estoques, tamanho e respectivo valor. Não existem regras taxativas que regulem o modo como os materiais devem ser dispostos no Almoxarifado, motivo pelo qual se deve analisar, em conjunto, os aspectos analisados anteriormente, para, então, decidir pelo tipo de arranjo físico mais conveniente, selecionando qual das alternativas melhor atende a seu fluxo de materiais: 1. Armazenagem por agrupamento: esse critério facilita as tarefas de arrumação e busca, mas nem sempre permite o melhor aproveitamento do espaço. 2. Armazenagem por tamanhos (acomodabilidade): esse critério permite bom aproveitamento do espaço. 3. Armazenagem por frequência: esse critério implica armazenar tão próximo quanto possível da saída os materiais que tenham maior frequência de movimento. 4. Armazenagem especial: por meio desse critério, destacam-se: a. ambiente climatizado: destina-se a materiais cujas propriedades físicas exigem tratamento especial; b. inflamáveis: os produtos inflamáveis devem ser armazenados em ambientes próprios e isolados, projetados sob rígidas normas de segurança: critérios para armazenagem de cilindros de gases especiais: muitos gases têm propriedades similares entre si e são, portanto, reunidos em 6 (seis) grupos. Tais categorias são baseadas em propriedades químicas e físicas similares, compatibilidade de estocagem e procedimentos de manuseio de emergência generalizados. Os grupos são numerados de "1" (menos perigosos) a "6" (mais perigosos), conforme demonstrado abaixo. Para cada grupo específico, existem requisitos gerais de armazenagem e procedimentos de manuseio de emergência pertinentes àquela categoria de produtos. Grupo 1: Não inflamáveis, não corrosivos, baixa toxidez Grupo 2: Inflamáveis, não corrosivos, baixa toxidez Grupo 3: Inflamáveis, tóxicos e corrosivos Grupo 4: Tóxicos e/ou corrosivos, não inflamáveis Grupo 5: Espontaneamente inflamáveis Grupo 6: Muito venenosos 7. Armazenagem em área externa Devido a sua natureza de muitos materiais alguns podem ser armazenados em áreas externas, contíguas ao Almoxarifado, o que diminui os custos e, em paralelo, amplia o espaço interno para materiais que necessitam de proteção em área coberta. A prática demonstra que podem ser colocados nos pátios externos do Almoxarifado, além dos materiais a granel, tambores e contentores, peças fundidas, chapas de metal e outros. O uso de contentores viabiliza a armazenagem externa à medida que protege os materiais ali contidos. A escassez de área interna e o custo de construção são dois componentes significativos na determinante de um Almoxarifado. Considerando que, independentemente de as empresas possuírem pátios para armazenagem alocados em área descoberta, em determinadas circunstâncias, podem também necessitar de alguma área a mais, temporariamente, para abrigar materiais em ambiente coberto. Não sendo viável a expansão do Almoxarifado,a solução do problema está na utilização de coberturas plásticas, as quais possuem a vantagem de dispensar 31 fundações, permitindo a guarda de materiais ao menor custo de armazenagem. Dependendo da necessidade, existem em disponibilidade no mercado diversos tipos de cobertura, as quais também podem ser locadas, se a empresa interessada assim preferir. Entre os tipos existentes estão: a. Galpão fixo: trata-se de galpão construído com perfilados de alumínio e conexões de aço galvanizado, cobertos com laminado de PVC anti chama, de elevada resistência a rasgos, fungos e raios ultravioleta; b. Galpão móvel: as características da estrutura e da cobertura do galpão móvel são praticamente semelhantes às do fixo. Porém, a grande vantagem desse tipo de galpão é a sua flexibilidade, ou seja, sua capacidade de deslocamento, permitindo a manipulação de materiais por todos os cantos e eliminando a necessidade de corredores. Armazenar em áreas externas requer alguns cuidados como: As áreas externas devem ser mantidas livres de entulhos, sucatas e materiais fora de uso. A área ao redor da construção deve estar calçada junto as paredes na largura de pelo menos 1,0m. As passagens vizinhas às calçadas ou paredes devem ser mantidas livres e limpas, para facilitar o controle de pragas. A grama, quando houver, deve ser mantida aparada a fim de não se constituir em um foco de proliferação de pragas. As áreas externas devem ser iluminadas com lâmpadas de vapor de sódio e instaladas em locais distantes das portas de modo a não ser fator de atratividade de insetos noturnos para os prédios e suas entradas. O local de armazenagem deve possibilitar a carga e descarga dos veículos de modo a preservar as condições de temperatura e umidade do ambiente requeridas pelo produto. 32 8. Conclusão Ficou claro que antes de se tomar uma decisão, especulam-se todas as possibilidades de acertos e erros que possam respectivamente, favorecer o processo de estocagem, tornando-o mais perceptível pelos clientes e formas que possam tornar o processo confuso e oneroso. Sobreviver no mercado e conquistar outras “fatias” do mesmo é o objetivo principal de uma empresa, mas para isso é necessário efetuar os processos de forma eficiente, tornando-os menos complicados e baratos, pois como vimos anteriormente, um dos atributos tiradores de pedido é o preço,
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