Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional UNINASSAU CURSO: BACHARELADO EM DIREITO DISCIPLINA: TEORIA DO CRIME BLOCO: II Prof.: Joaquim Neto - RESULTADO - RELAÇÃO DE CAUSALIDADE OU NEXO CAUSAL Referência: Prof. Rogério Sanches. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL RESULTADO O resultado é a consequência, o efeito, da ação do agente. Lembre-se que o resultado típico somente decorre de uma conduta humana voluntária. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL 1. Espécies a) Naturalístico: Da conduta resulta alteração física no mundo exterior (ex. morte, diminuição patrimonial...) b) Normativo ou Jurídico: O resultado da conduta é a lesão ao bem jurídico tutelado pela norma penal. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL Adotamos a Teoria do Resultado Naturalístico. Nesta teoria o resultado é uma consequência da conduta que traz a modificação do mundo exterior. Por exemplo, no homicídio, o corpo da vítima é o resultado perceptível ao mundo exterior; no furto, a vítima possuía o bem. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL 2. Classificação dos crimes quanto ao Resultado a) Crimes Materiais – o tipo penal descreve conduta + resultado naturalístico (indispensável) - São os crimes de resultados, ou seja, consumam-se com o resultado naturalístico. Ex: Homicídio, Sequestro, etc. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL b) Crimes Formais (consumação antecipada) - o tipo penal descreve a conduta (consumação) + resultado naturalístico (dispensável) - A lei prevê um resultado mas não exige que ele ocorra para que haja a consumação do crime, ou seja, o resultado naturalístico não é relevante, pois o crime se consuma antes. - Ex: Extorsão mediante sequestro, pois, o resultado é a obtenção de uma vantagem econômica, no entanto, a consumação do crime ocorreu no momento que houve o sequestro. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL c) Crimes de Mera Conduta – o tipo penal descreve a mera conduta. - Totalmente sem resultado previsto na lei, pois, o resultado naturalístico não ocorre. Ex: violação de domicílio; crime de desobediência. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL ATENÇÃO: A consumação não está ligada ao resultado. Existem crimes com resultado e estes se consumam com o resultado, porém existem crimes que não tem resultado e estes se consumam com a realização da conduta. O crime que se consuma com o resultado é o crime material, enquanto que o crime formal e de mera conduta se consumam sem qualquer resultado. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL OBS: - Nem todos os crimes têm resultado naturalístico; - Todos os crimes têm resultado normativo. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL NEXO DE CAUSALIDADE É o elo necessário que une a conduta praticada pelo agente ao resultado por ela produzido. É o vínculo entre a conduta e o resultado. O estudo da causalidade busca concluir se o resultado, como um fato, ocorreu da conduta e se pode ser atribuído objetivamente ao sujeito ativo, inserindo-se na sua esfera de autoria. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL 1. Previsão Legal CP - Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. Nexo Normativo – Para a existência do Fato Típico é imprescindível que o agente tenha concorrido com dolo ou culpa (quando admitida), uma vez que sem um ou outro não haveria fato típico. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL - Um resultado só pode ser imputado ao agente se houver ligação entre esse (resultado) e a sua conduta, se houver nexo de causalidade. - O nexo de causalidade é um dos elementos do fato típico e portanto, se não houver uma ligação entre o resultado e a conduta, se estiver ausenteo nexo de causalidade, ficará desde logo excluída a tipicidade. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL A mata B a golpes de faca. Há o comportamento humano (atos de desferir facadas) e o resultado (morte). O primeiro elemento é a causa, o segundo o efeito. Entre um e outro há uma relação de causalidade, pois a vítima faleceu em consequência dos ferimentos produzidos pelos golpes de faca. (Ex. Damásio de Jesus) gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL 2. Teorias Sobre o Nexo de Causalidade 2.1. Teoria da Causalidade Adequada - Causa é a condição necessária e adequada a determinar a produção do evento. - Considera-se conduta adequada quando ela é idônea a gerar o evento. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL - O juízo de adequação causal realiza- se mediante um retorno à situação em que se deu a ação, a partir da qual se examinam em abstrato a possibilidade e a idoneidade da ação, segundo as leis da causalidade. - Ainda que contribuindo de qualquer modo para a produção do resultado, um fato pode não ser considerado sua causa quando, isoladamente, não tiver idoneidade para tanto. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL 2.2. Teoria da Equivalência dos Antecedentes - Causa é todo fato humano sem o qual o resultado não teria ocorrido, quando ocorreu e como ocorreu. - Teoria da Conditio sine qua non; - Teoria da Equivalência das condições; - Teoria da Condição Simples; - Teoria da Condição Generalizadora. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL - Para esta Teoria toda e qualquer conduta que, de algum modo, ainda que minimamente, tiver contribuído para a produção do resultado deve ser considerada sua causa. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL Pela aplicação da Teoria da Equivalência dos antecedentes: Gera uma responsabilização ampla? Os pais seriam responsabilizados pelos atos dos filhos? Não se chegaria a um regresso ad infinitum? gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL A resposta a essas perguntas é NÃO. - A responsabilidade penal exige, além de nexo causal, nexo normativo. - A Teoria da Equivalência dos Antecedentes situa-se no plano exclusivamente físico, resultante da aplicação da lei natural da causa e efeito. Por si só não pode satisfazer à punibilidade. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL - O art. 13 “caput” adotou a Causalidade Simples ou (Teoria da Equivalência dos Antecedentes ou “Conditio Sine Qua Non”), generalizando as condições, é dizer, todas as causas concorrentes se põem no mesmo nível de importância, equivalendo-se em seu valor. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL TEORIA DA ELIMINAÇÃO HIPOTÉTICA DOS ANTECEDENTES CAUSAIS – No campo mental da suposição ou da cogitação, o aplicador deve proceder à eliminação da conduta do sujeito para concluir pela persistência ou desaparecimento do resultado. Persistindo o resultado, não é causa; desaparecendo, é causa. CAUSALIDADE SIMPLES Teoria da Eliminação Hipotética dos Antecedentes Causais CAUSALIDADE OBJETIVA CAUSALIDADE OBJETIVA CAUSALIDADE PSIQUICA (Dolo e Culpa) Responsabilidade Penal gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL 2.3. Teoria da Imputação Objetiva A Teoria da Imputação Objetiva enriquece a causalidade acrescentando um nexo normativo, este composto de: a) Criação ou incremento de risco proibido (não tolerado pela sociedade); b) Realização do risco no resultado (resultado na linha de desdobramento causal normal) gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL O Fato Típico depende de duas operações: a) Imputação Objetiva – consiste em verificar se o agente deu causa ao resultado sob o ponto de vista físico, naturalístico, sem verificar dolo ou culpa. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL b) Imputação Subjetiva – existindo nexo causal,analisa-se a existência de dolo ou culpa. Com a Teoria da Imputação Objetiva, antes e independentemente de se indagar acerca do dolo e da culpa do agente, deve- se analisar se o agente deu causa objetivamente ao resultado. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL 3.3.1. Causas de exclusão do risco proibido a) Comportamento exclusivo da vítima, que se coloca em perigo; b) Contribuições socialmente neutras; c) Comportamentos socialmente adequados (princípio da adequação social); d) Proibição de regresso. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL OBSERVAÇÃO: 1) A Teoria da Imputação Objetiva surgiu para colocar um freio na causalidade objetiva (regresso ao infinito); 2) A Teoria da Imputação Objetiva não substitui a teoria do nexo causal, apenas a complementa; 3) A Teoria da Imputação Objetiva quer evitar que seja analisado dolo e culpa; 4) Uma vez concluída pela não imputação objetiva afasta-se o Fato Típico. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL TEORIA TRADICIONAL TEORIA DA IMPUTAÇÃO OBJETIVA Causalidade Objetiva (nexo físico, causa/efeito) + Causalidade Psíquica (Dolo e Culpa) Causalidade Objetiva = Nexo Físico + Nexo Normativo: a) Criação ou incremento de um risco não permitido – Risco não tolerado pela sociedade. b) Realização do risco no resultado – Resultado na linha de desdobramento causal normal. Causalidade Psíquica (Dolo e Culpa) gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL 3. CONCAUSA Pluralidade de causas concorrendo para o mesmo evento. Ação. Art. 121. Consumado E a ação do atirador? Morreu do veneno gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL 3.1. Concausa Absolutamente Independente. A causa efetiva do resultado não se origina, direta ou indiretamente, da causa concorrente (do agente). 3.1.1. Pré-Existente A causa efetiva é anterior à causa (do agente) concorrente. As 20:00 As 21:00 Morte as 22:00 Veneno Causa Efetiva. Homicídio ConsumadoCausa Concorrente Tentativa de Homicídio gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL 3.1.2. Concomitante A causa efetiva é simultânea à causa (do agente) concorrente. As 20:00 As 20:00 Morte as 22:00 Tiro Causa Concorrente. Tentativa de HomicídioCausa Efetiva Homicídio Consumado gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL 3.1.3. Superveniente A causa efetiva é posterior à causa (do agente) concorrente. As 21:00As 20:00 Morte as 22:00 Traumatismo CranianoCausa Concorrente. Tentativa de Homicídio Causa Efetiva gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL 3.2. Causa Relativamente Independente A causa efetiva do resultado se origina, ainda que indiretamente, da causa concorrente (do agente). A ausência de qualquer uma delas faz com que o resultado seja diferente. 3.2.1. Pré-Existente – Crime Consumado As 20:00 As 21:00 Morte as 22:00 Veneno Homicídio Consumado Homicídio Consumado gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL 3.2.2. Concomitante – Crime Consumado Está enfartando Morte as 21:00 Infarto Homicídio Consumado Tiro na direção - As 21:00 gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL 3.2.3. Superveniente – Análise do Art. 13, § 1º, CP. Art. 13 (...) § 1º. A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação, QUANDO POR SI SÓ, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou”. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL 3.2.3.1. Divisão das causas supervenientes relativamente independentes a) As que produzem por si sós o resultado A expressão POR SI SÓ. Quando a lei penal diz que “a superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado”, significa que somente aqueles resultados que se encontrarem como um desdobramento natural da ação, ou seja, estiverem na linha de desdobramento natural do resultado é que poderão ser imputados ao agente. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ BureauJurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL Nesse dispositivo foi acolhida a Teoria da Causalidade Adequada. Logo, causa não é mais o acontecimento que de qualquer modo concorre para o resultado. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL Exemplo: 1. Pessoa atingida por arma de fogo que morre em hospital vítima de incêndio; 2. Ferido que morre durante o trajeto para o hospital vítima de acidente de trânsito. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL Neste caso a expressão por si só revela a autonomia da causa superveniente que, embora relativa, não se encontra no mesmo curso do desenvolvimento causal da conduta praticada pelo autor. O resultado sai da linha de desdobramento causal normal da causa concorrente. (evento imprevisível) gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL b) que não produzem por si sós o resultado Neste caso incide a Teoria da equivalência dos antecedentes ou da conditio sine qua non. O agente responde pelo resultado naturalístico, pois, suprimindo-se mentalmente sua conduta, o resultado não teria ocorrido como e quando ocorreu. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL Exemplos. 1. Uma pessoa atingida por disparos de arma de fogo vai ao hospital e morre vítima de uma infecção hospitalar. 2. O hemofílico que sofre um corte e por causa da doença pré-existente morre. Atenção: No caso do hemofílico a jurisprudência, exige para a imputação do resultado que o agente tenha conhecimento da doença, evitando responsabilidade penal objetiva. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL Neste caso o resultado está na linha de desdobramento causal normal da causa concorrente. (evento previsível) gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL 4. Causalidade na Omissão Própria No crime omissivo próprio há somente a omissão de um dever de agir, imposto normativamente, dispensando relação de causalidade. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL 5. Causalidade na Omissão Imprópria No crime omissivo impróprio o dever de agir é para evitar o resultado concreto. Neste caso estamos diante de um crime de resultado material exigindo, consequentemente, um nexo causal entre a ação omitida e o resultado. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL Esse nexo, no entanto, não é naturalístico (do nada, nada surge). Na verdade o vinculo é jurídico, isto é, o sujeito não causou o resultado, mas como não o impediu, é equiparado ao verdadeiro causador. (nexo de evitação ou de não impedimento). gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL CRIME PRETERDOLOSO 1. Previsão Legal – art. 19 - CP Agravação pelo resultado Art. 19 - Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver causado ao menos culposamente - É crime agravado pelo resultado gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL CRIME PRETERDOLOSO 2. Conceito – No crime Preterdoloso o agente pratica um crime distinto do que havia projetado cometer, advindo resultado mais grave decorrente de culpa. Cuida-se de espécie de crime agravado pelo resultado, havendo concurso de dolo e culpa no mesmo fato (dolo na conduta e culpa no resultado). Figura híbrida. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL 3. Crimes agravados pelo resultado 3.1. Crime doloso agravado dolosamente – ex. art. 121, § 2º; 3.2. Crime culposo agravado culposamente – ex. incêndio c/ resultado morte; gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL 3.3. Crime culposo agravado dolosamente – ex. homicídio culposo – com omissão de socorro. 3.4. Crime doloso agravado culposamente – ex. Lesão corporal c/ resultado morte. (CRIME PRETERDOLOSO) gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | FaculdadeJoaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional DIREITO PENAL PARTE GERAL 4. Elementos 4.1. Conduta dolosa visando resultado menos grave; 4.2. Resultado culposo mais grave do que o projetado; 4.3. Nexo causal. OBS: Só responde por morte se ela for previsível. Ex. vias de fato (art. 21-LCP) Empurrão (doloso) – resultado morte (culpa) = responde por crime culposo (art. 121, § 3º - CP – 1 a 3 anos)
Compartilhar