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Direito Administrativo Cap.18 Lei de Responsabilidade Fiscal

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IOB – 2015 
Direito administrativo – André Barbieri 
 
1. Lei de Responsabilidade Fiscal – Normas de Finanças Públicas – Receita Corrente – 
Planejamento e Sistema Orçamentário – Renúncia de Receita – Geração de Despesa Pública 
– Despesa com Pessoal – Percentuais 
CF1988. Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em 
lei complementar [Lei Complementar 101/2000]. 
§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação 
de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a 
admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades 
da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas 
pelo poder público, só poderão ser feitas: (Renumerado do parágrafo único, pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de 
despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998) 
II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas 
as empresas públicas e as sociedades de economia mista. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998) 
§ 2º Decorrido o prazo estabelecido na lei complementar referida neste artigo 
para a adaptação aos parâmetros ali previstos, serão imediatamente suspensos 
todos os repasses de verbas federais ou estaduais aos Estados, ao Distrito Federal 
e aos Municípios que não observarem os referidos limites. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998) 
§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante 
o prazo fixado na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios adotarão as seguintes providências: (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão 
e funções de confiança; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
II - exoneração dos servidores não estáveis. (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 19, de 1998) (Vide Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem 
suficientes para assegurar o cumprimento da determinação da lei complementar 
referida neste artigo, o servidor estável poderá perder o cargo, desde que ato 
normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o 
órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
§ 5º O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo anterior fará jus a 
indenização correspondente a um mês de remuneração por ano de 
serviço. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
§ 6º O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores será 
considerado extinto, vedada a criação de cargo, emprego ou função com 
atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de quatro anos. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
§ 7º Lei federal disporá sobre as normas gerais a serem obedecidas na efetivação 
do disposto no § 4º. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
A Lei Complementar nº 101/2000 traz as disposições acerca da Responsabilidade Fiscal, 
estabelecendo as normas de finanças públicas voltadas à responsabilidade fiscal. A 
responsabilidade na gestão fiscal pressupõe uma ação planejada e transparente, de acordo 
com o Princípio da Transparência ou da Gestão Transparente em que a sociedade tem ciência 
do que é feito com o dinheiro público. 
O objetivo da referida lei complementar é a prevenção de riscos e a correção de riscos capazes 
de afetar o equilíbrio das contas públicas mediante o cumprimento de metas e resultados 
entre receitas e despesas e a obediência a limites e condições. 
Art. 1o Esta Lei Complementar estabelece normas de finanças públicas voltadas 
para a responsabilidade na gestão fiscal, com amparo no Capítulo II do Título VI 
da Constituição. 
 § 1o A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e 
transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o 
equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados 
entre receitas e despesas e a obediência a limites e condições no que tange a 
renúncia de receita, geração de despesas com pessoal, da seguridade social e 
outras, dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito, inclusive por 
antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar. 
 § 2o As disposições desta Lei Complementar obrigam a União, os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios. 
 § 3o Nas referências: 
 I - à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, estão 
compreendidos: 
 a) o Poder Executivo, o Poder Legislativo, neste abrangidos os Tribunais de 
Contas, o Poder Judiciário e o Ministério Público; 
 b) as respectivas administrações diretas, fundos, autarquias, fundações e 
empresas estatais dependentes; 
 II - a Estados entende-se considerado o Distrito Federal; 
 III - a Tribunais de Contas estão incluídos: Tribunal de Contas da União, 
Tribunal de Contas do Estado e, quando houver, Tribunal de Contas dos Municípios 
e Tribunal de Contas do Município. 
 Art. 2o Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como: 
 I - ente da Federação: a União, cada Estado, o Distrito Federal e cada 
Município; 
 II - empresa controlada: sociedade cuja maioria do capital social com direito a 
voto pertença, direta ou indiretamente, a ente da Federação; 
 III - empresa estatal dependente: empresa controlada que receba do ente 
controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de 
custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de 
aumento de participação acionária; 
 IV - receita corrente líquida: somatório das receitas tributárias, de 
contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências 
correntes e outras receitas também correntes, deduzidos: 
 a) na União, os valores transferidos aos Estados e Municípios por 
determinação constitucional ou legal, e as contribuições mencionadas na alínea a 
do inciso I e no inciso II do art. 195, e no art. 239 da Constituição; 
 b) nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação 
constitucional; 
 c) na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para 
o custeio do seu sistema de previdência e assistência social e as receitas 
provenientes da compensação financeira citada no § 9º do art. 201 da 
Constituição. 
 § 1o Serão computados no cálculo da receita corrente líquida os valores pagos 
e recebidos em decorrência da Lei Complementar no 87, de 13 de setembro de 
1996, e do fundo previsto pelo art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais 
Transitórias. 
 § 2o Não serão considerados na receita corrente líquida do Distrito Federal e 
dos Estados do Amapá e de Roraima os recursos recebidos da União para 
atendimento das despesas de que trata o inciso V do § 1o do art. 19. 
 § 3o A receita corrente líquida será apurada somando-se as receitas 
arrecadadas no mês em referência e nos onze anteriores, excluídas as 
duplicidades. 
A receita corrente líquida corresponde à somatória das receitas tributárias, de contribuições 
patrimoniais, indústrias, agropecuária, entre outras receitas,deduzidos, na União, os valores 
transferidos aos Estados e Municípios, nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios. E, 
ainda, na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do 
seu sistema de previdência e assistência social. 
O Plano Plurianual (PPA), previsto no art. 165, § 1º, da CF, a Lei de Diretrizes Orçamentárias 
(LDO) disposta no art. 165, § 2º, da CF e a Lei Orçamentária Anual (LOA), de acordo com § 5º 
do artigo ora mencionado, correspondem ao planejamento e sistema orçamentário. 
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I - o plano plurianual; 
II - as diretrizes orçamentárias; 
III - os orçamentos anuais. 
§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as 
diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de 
capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração 
continuada. 
§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da 
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício 
financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá 
sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação 
das agências financeiras oficiais de fomento. 
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá: 
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e 
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e 
mantidas pelo Poder Público; 
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou 
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; 
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a 
ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e 
fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. 
A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra 
renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa de impacto orçamentário 
financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes. 
Renúncia de Receitas 
 Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza 
tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de 
estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar 
sua vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto na lei de diretrizes 
orçamentárias e a pelo menos uma das seguintes condições: (Vide Medida 
Provisória nº 2.159, de 2001) (Vide Lei nº 10.276, de 2001) 
 I - demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na 
estimativa de receita da lei orçamentária, na forma do art. 12, e de que não 
afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo próprio da lei de 
diretrizes orçamentárias; 
 II - estar acompanhada de medidas de compensação, no período mencionado 
no caput, por meio do aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, 
ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição. 
 § 1o A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, 
concessão de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação 
de base de cálculo que implique redução discriminada de tributos ou 
contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado. 
 § 2o Se o ato de concessão ou ampliação do incentivo ou benefício de que 
trata o caput deste artigo decorrer da condição contida no inciso II, o benefício só 
entrará em vigor quando implementadas as medidas referidas no mencionado 
inciso. 
 § 3o O disposto neste artigo não se aplica: 
 I - às alterações das alíquotas dos impostos previstos nos incisos I, II, IV e V do 
art. 153 da Constituição, na forma do seu § 1o; 
 II - ao cancelamento de débito cujo montante seja inferior ao dos respectivos 
custos de cobrança. 
Geração de Despesa 
 Art. 15. Serão consideradas não autorizadas, irregulares e lesivas ao 
patrimônio público a geração de despesa ou assunção de obrigação que não 
atendam o disposto nos arts. 16 e 17. 
 Art. 16. A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que 
acarrete aumento da despesa será acompanhado de: 
 I - estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva 
entrar em vigor e nos dois subseqüentes; 
 II - declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação 
orçamentária e financeira com a lei orçamentária anual e compatibilidade com o 
plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias. 
 § 1o Para os fins desta Lei Complementar, considera-se: 
 I - adequada com a lei orçamentária anual, a despesa objeto de dotação 
específica e suficiente, ou que esteja abrangida por crédito genérico, de forma que 
somadas todas as despesas da mesma espécie, realizadas e a realizar, previstas no 
programa de trabalho, não sejam ultrapassados os limites estabelecidos para o 
exercício; 
 II - compatível com o plano plurianual e a lei de diretrizes orçamentárias, a 
despesa que se conforme com as diretrizes, objetivos, prioridades e metas 
previstos nesses instrumentos e não infrinja qualquer de suas disposições. 
 § 2o A estimativa de que trata o inciso I do caput será acompanhada das 
premissas e metodologia de cálculo utilizadas. 
 § 3o Ressalva-se do disposto neste artigo a despesa considerada irrelevante, 
nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias. 
 § 4o As normas do caput constituem condição prévia para: 
 I - empenho e licitação de serviços, fornecimento de bens ou execução de 
obras; 
 II - desapropriação de imóveis urbanos a que se refere o § 3o do art. 182 da 
Constituição. 
 
Da Despesa Obrigatória de Caráter Continuado 
 Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente 
derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para 
o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a dois 
exercícios. 
 § 1o Os atos que criarem ou aumentarem despesa de que trata 
o caput deverão ser instruídos com a estimativa prevista no inciso I do art. 16 e 
demonstrar a origem dos recursos para seu custeio. 
 § 2o Para efeito do atendimento do § 1o, o ato será acompanhado de 
comprovação de que a despesa criada ou aumentada não afetará as metas de 
resultados fiscais previstas no anexo referido no § 1o do art. 4o, devendo seus 
efeitos financeiros, nos períodos seguintes, ser compensados pelo aumento 
permanente de receita ou pela redução permanente de despesa. 
 § 3o Para efeito do § 2o, considera-se aumento permanente de receita o 
proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração 
ou criação de tributo ou contribuição. 
 § 4o A comprovação referida no § 2o, apresentada pelo proponente, conterá 
as premissas e metodologia de cálculo utilizadas, sem prejuízo do exame de 
compatibilidade da despesa com as demais normas do plano plurianual e da lei de 
diretrizes orçamentárias. 
 § 5o A despesa de que trata este artigo não será executada antes da 
implementação das medidas referidas no § 2o, as quais integrarão o instrumento 
que a criar ou aumentar. 
 § 6o O disposto no § 1o não se aplica às despesas destinadas ao serviço da 
dívida nem ao reajustamento de remuneração de pessoal de que trata o inciso X 
do art. 37 da Constituição. 
 § 7o Considera-se aumento de despesa a prorrogaçãodaquela criada por 
prazo determinado. 
O mais importante para concurso público na matéria de direito administrativo sobre a LRF são 
os artigos 18-25 (despesa com servidores públicos). 
 Art. 18. Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como despesa 
total com pessoal: o somatório dos gastos do ente da Federação com os ativos, os 
inativos e os pensionistas, relativos a mandatos eletivos, cargos, funções ou 
empregos, civis, militares e de membros de Poder, com quaisquer espécies 
remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, 
proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais, 
gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem 
como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de 
previdência. 
 § 1o Os valores dos contratos de terceirização de mão-de-obra que se referem 
à substituição de servidores e empregados públicos serão contabilizados como 
"Outras Despesas de Pessoal". 
 § 2o A despesa total com pessoal será apurada somando-se a realizada no 
mês em referência com as dos onze imediatamente anteriores, adotando-se o 
regime de competência. 
 Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a 
despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da 
Federação, não poderá exceder os percentuais da receita corrente líquida, a 
seguir discriminados: 
 I - União: 50% (cinqüenta por cento); 
 II - Estados: 60% (sessenta por cento); 
 III - Municípios: 60% (sessenta por cento). 
 § 1o Na verificação do atendimento dos limites definidos neste artigo, não 
serão computadas as despesas: [os três primeiros incisos são mais cobrados] 
 I - de indenização por demissão de servidores ou empregados; 
 II - relativas a incentivos à demissão voluntária; 
 III - derivadas da aplicação do disposto no inciso II do § 6o do art. 57 da 
Constituição; 
 IV - decorrentes de decisão judicial e da competência de período anterior ao 
da apuração a que se refere o § 2o do art. 18; 
 V - com pessoal, do Distrito Federal e dos Estados do Amapá e Roraima, 
custeadas com recursos transferidos pela União na forma dos incisos XIII e XIV do 
art. 21 da Constituição e do art. 31 da Emenda Constitucional no 19; 
 VI - com inativos, ainda que por intermédio de fundo específico, custeadas por 
recursos provenientes: 
 a) da arrecadação de contribuições dos segurados; 
 b) da compensação financeira de que trata o § 9o do art. 201 da Constituição; 
 c) das demais receitas diretamente arrecadadas por fundo vinculado a tal 
finalidade, inclusive o produto da alienação de bens, direitos e ativos, bem como 
seu superávit financeiro. 
 § 2o Observado o disposto no inciso IV do § 1o, as despesas com pessoal 
decorrentes de sentenças judiciais serão incluídas no limite do respectivo Poder ou 
órgão referido no art. 20. 
 Art. 20. A repartição dos limites globais do art. 19 não poderá exceder os 
seguintes percentuais: 
 I - na esfera federal: 
 a) 2,5% (dois inteiros e cinco décimos por cento) para o Legislativo, incluído o 
Tribunal de Contas da União; 
 b) 6% (seis por cento) para o Judiciário; 
 c) 40,9% (quarenta inteiros e nove décimos por cento) para o Executivo, 
destacando-se 3% (três por cento) para as despesas com pessoal decorrentes do 
que dispõem os incisos XIII e XIV do art. 21 da Constituição e o art. 31 da Emenda 
Constitucional no 19, repartidos de forma proporcional à média das despesas 
relativas a cada um destes dispositivos, em percentual da receita corrente líquida, 
verificadas nos três exercícios financeiros imediatamente anteriores ao da 
publicação desta Lei Complementar; (Vide Decreto nº 3.917, de 2001) 
 d) 0,6% (seis décimos por cento) para o Ministério Público da União; 
 II - na esfera estadual: 
 a) 3% (três por cento) para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do 
Estado; 
 b) 6% (seis por cento) para o Judiciário; 
 c) 49% (quarenta e nove por cento) para o Executivo; 
 d) 2% (dois por cento) para o Ministério Público dos Estados; 
 III - na esfera municipal: 
 a) 6% (seis por cento) para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do 
Município, quando houver; 
 b) 54% (cinqüenta e quatro por cento) para o Executivo. 
 § 1o Nos Poderes Legislativo e Judiciário de cada esfera, os limites serão 
repartidos entre seus órgãos de forma proporcional à média das despesas com 
pessoal, em percentual da receita corrente líquida, verificadas nos três exercícios 
financeiros imediatamente anteriores ao da publicação desta Lei Complementar. 
 § 2o Para efeito deste artigo entende-se como órgão: 
 I - o Ministério Público; 
 II - no Poder Legislativo: 
 a) Federal, as respectivas Casas e o Tribunal de Contas da União; 
 b) Estadual, a Assembléia Legislativa e os Tribunais de Contas; 
 c) do Distrito Federal, a Câmara Legislativa e o Tribunal de Contas do Distrito 
Federal; 
 d) Municipal, a Câmara de Vereadores e o Tribunal de Contas do Município, 
quando houver; 
 III - no Poder Judiciário: 
 a) Federal, os tribunais referidos no art. 92 da Constituição; 
 b) Estadual, o Tribunal de Justiça e outros, quando houver. 
 § 3o Os limites para as despesas com pessoal do Poder Judiciário, a cargo da 
União por força do inciso XIII do art. 21 da Constituição, serão estabelecidos 
mediante aplicação da regra do § 1o. 
 § 4o Nos Estados em que houver Tribunal de Contas dos Municípios, os 
percentuais definidos nas alíneas a e c do inciso II do caput serão, 
respectivamente, acrescidos e reduzidos em 0,4% (quatro décimos por cento). 
 § 5o Para os fins previstos no art. 168 da Constituição, a entrega dos recursos 
financeiros correspondentes à despesa total com pessoal por Poder e órgão será a 
resultante da aplicação dos percentuais definidos neste artigo, ou aqueles fixados 
na lei de diretrizes orçamentárias. 
 § 6o (VETADO) 
Subseção II 
Do Controle da Despesa Total com Pessoal 
 Art. 21. É nulo de pleno direito o ato que provoque aumento da despesa com 
pessoal e não atenda: 
 I - as exigências dos arts. 16 e 17 desta Lei Complementar, e o disposto 
no inciso XIII do art. 37 e no § 1o do art. 169 da Constituição; 
 II - o limite legal de comprometimento aplicado às despesas com pessoal 
inativo. 
 Parágrafo único. Também é nulo de pleno direito o ato de que resulte 
aumento da despesa com pessoal expedido nos cento e oitenta dias anteriores ao 
final do mandato do titular do respectivo Poder ou órgão referido no art. 20. 
 Art. 22. A verificação do cumprimento dos limites estabelecidos nos arts. 19 e 
20 será realizada ao final de cada quadrimestre. 
 Parágrafo único. Se a despesa total com pessoal exceder a 95% (noventa e 
cinco por cento) do limite, são vedados ao Poder ou órgão referido no art. 20 que 
houver incorrido no excesso: 
 I - concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração 
a qualquer título, salvo os derivados de sentença judicial ou de determinação legal 
ou contratual, ressalvada a revisão prevista no inciso X do art. 37 da Constituição; 
 II - criação de cargo, emprego ou função; 
 III - alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa; 
 IV - provimento de cargo público, admissão ou contratação de pessoal aqualquer título, ressalvada a reposição decorrente de aposentadoria ou 
falecimento de servidores das áreas de educação, saúde e segurança; 
 V - contratação de hora extra, salvo no caso do disposto no inciso II do § 6o do 
art. 57 da Constituição e as situações previstas na lei de diretrizes orçamentárias. 
 Art. 23. Se a despesa total com pessoal, do Poder ou órgão referido no art. 
20, ultrapassar os limites definidos no mesmo artigo, sem prejuízo das medidas 
previstas no art. 22, o percentual excedente terá de ser eliminado nos dois 
quadrimestres seguintes, sendo pelo menos um terço no primeiro, adotando-se, 
entre outras, as providências previstas nos §§ 3º e 4o do art. 169 da Constituição. 
 § 1o No caso do inciso I do § 3º do art. 169 da Constituição, o objetivo poderá 
ser alcançado tanto pela extinção de cargos e funções quanto pela redução dos 
valores a eles atribuídos. (Vide ADIN 2.238-5) 
 § 2o É facultada a redução temporária da jornada de trabalho com adequação 
dos vencimentos à nova carga horária.(Vide ADIN 2.238-5) 
 § 3o Não alcançada a redução no prazo estabelecido, e enquanto perdurar o 
excesso, o ente não poderá: 
 I - receber transferências voluntárias; 
 II - obter garantia, direta ou indireta, de outro ente; 
 III - contratar operações de crédito, ressalvadas as destinadas ao 
refinanciamento da dívida mobiliária e as que visem à redução das despesas com 
pessoal. 
 § 4o As restrições do § 3o aplicam-se imediatamente se a despesa total com 
pessoal exceder o limite no primeiro quadrimestre do último ano do mandato dos 
titulares de Poder ou órgão referidos no art. 20. 
Seção III 
Das Despesas com a Seguridade Social 
 Art. 24. Nenhum benefício ou serviço relativo à seguridade social poderá ser 
criado, majorado ou estendido sem a indicação da fonte de custeio total, nos 
termos do§ 5o do art. 195 da Constituição, atendidas ainda as exigências do art. 
17. 
 § 1o É dispensada da compensação referida no art. 17 o aumento de 
despesa decorrente de: 
 I - concessão de benefício a quem satisfaça as condições de habilitação 
prevista na legislação pertinente; 
 II - expansão quantitativa do atendimento e dos serviços prestados; 
 III - reajustamento de valor do benefício ou serviço, a fim de preservar o seu 
valor real. 
 § 2o O disposto neste artigo aplica-se a benefício ou serviço de saúde, 
previdência e assistência social, inclusive os destinados aos servidores públicos e 
militares, ativos e inativos, e aos pensionistas. 
 
 
Exercício 97. (Fundep – 2011 – MP – MG) Analise as assertivas abaixo: 
I – A Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece normas de finanças públicas voltadas para a 
responsabilidade na gestão fiscal. Suas disposições obrigam a União, os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios. Certo 
II – Os Tribunais de Contas, o Poder Judiciário e o Ministério Público não se sujeitam às 
obrigações da Lei de Responsabilidade Fiscal em razão de sua autonomia administrativa e 
financeira garantidas pela Constituição. Errado 
III – Se a despesa total com pessoal exceder a 95% do limite prudencial previsto na Lei de 
Responsabilidade Fiscal, o decreto do Chefe do Poder Executivo que cria novos cargos, 
empregos ou funções terá sua eficácia condicionada à aprovação pelo Tribunal de Contas. 
[Errado. art.22] 
IV – Nos termos da Lei de Responsabilidade Fiscal constituem requisitos essenciais da 
responsabilidade na gestão fiscal a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os 
tributos da competência constitucional do ente da Federação. Certo 
Pode-se afirmar que está correta a alternativa: 
a) I e III. 
Xb) I e IV. 
c) II e III. 
d) II e IV

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