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AULA PRONTA VAL

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Universidade Federal do Piauí
Campus Senador Helvídio Nunes de Barros
Profa. Valéria de Albuquerque Sousa
Nutrição e Ciclo de Vida III
Nutrição e Envelhecimento
Picos, 2015
Complexo
Irreversível
Progressivo
Natural
Modificações morfológicas, psicológicas, funcionais e bioquímicas.
ENVELHECIMENTO
Influenciam a nutrição e alimentação das pessoas.
WHO, 2002
Natural
Dinâmico
Conjunto de alterações que aumentam o risco de déficits nutricionais.
ENVELHECIMENTO
FERRY, 2002
Final do século XX, início do século XXI - Nutrição foi reconhecida como um aspecto importante no âmbito da saúde pública, em particular nas pessoas idosas – Relação: Nutrição e Envelhecimento
Intervenção adequada ao nível dos estilos de vida – 	Risco de inúmeras patologias associadas ao envelhecimento.
ENVELHECIMENTO
AFONSO, 2012
A Organização Mundial de Saúde (OMS) descreve a qualidade de vida associada ao envelhecimento como um “conceito amplo e subjetivo que inclui de forma complexa a saúde física, o estado psicológico, o grau de independência, as relações sociais, as crenças e convicções pessoais e a sua relação com aspectos importantes do meio ambiente”
ENVELHECIMENTO
WHO, 2002
Cada pessoa envelhece em um ritmo próprio; 
Os diferentes ritmos de envelhecimento ajudam a explicar a razão pela qual, ao se fazer uma comparação entre duas pessoas que têm a mesma idade em anos, uma apresenta estar mais jovem ou em melhores condições físicas ou mentais que a outra. 
DETERMINANTES DO ESTADO NUTRICIONAL DA PESSOA IDOSA
Ministério da Saúde, 2009
Fatores não modificáveis (genéticos e bioquímicos);
Fatores passíveis de modificação (ambientais, psicológicos, sociais e estilo de vida);
Alimentação e a nutrição condicionantes da qualidade de vida das pessoas idosas.
Estes fatores têm repercussões importantes no estado nutricional das pessoas idosas;
DETERMINANTES DO ESTADO NUTRICIONAL DA PESSOA IDOSA
FERRY, 2002
Fatores que influenciam a qualidade de vida:
DETERMINANTES DO ESTADO NUTRICIONAL DA PESSOA IDOSA
ADA, 2005
Fatores que condicionam o estado Nutricional:
Fatores ambientais – Habitação inadequada, falta de meios e condições para confeccionar refeições, dificuldade de acesso para aquisição e preparação dos alimentos;
Fatores Neuropsicológicos – Doenças Neurológicas, depressão;
Fatores Fisiológicos – Saúde oral, acuidade sensorial, perda de massa muscular.
Fatores socioeconômicos e culturais – Baixo nível de educação, pobreza, acesso limitado a cuidados médicos. 
DETERMINANTES DO ESTADO NUTRICIONAL DA PESSOA IDOSA
BOYLE, 1999
Problemas de mastigação;
Problemas de deglutição;
Perda ou diminuição de capacidades sensoriais;
Patologias;
Desidratação;
Alterações Gastrointestinais;
Patologia mental e psiquiátrica;
Tabaco e bebidas alcoólicas;
Medicamentos;
LIMITAÇÕES
Um estado nutricional inadequado contribui de forma significativa para o aumento da mortalidade, agrava o prognóstico das pessoas idosas com doenças agudas e aumenta o recurso à hospitalização e institucionalização.
Avaliação e monitorização adequada do estado nutricional da pessoa idosa.
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL
BOYLE, 1999
Objetivos da avaliação do estado nutricional:
Determinar a adequação da ingestão alimentar/nutricional às necessidades individuais;
Identificar fatores de risco de desnutrição; 
Diagnosticar situações de desnutrição;
Identificar a etiologia dos défices nutricionais;
Elaborar e aplicar estratégias terapêuticas;
Avaliar a efetividade da estratégia aplicada; 
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL
AFONSO, 2012
Pode ser feita em quatro níveis: 
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL
AFONSO, 2012
Diminuição dos mecanismos de ingestão
Digestão
Absorção
Transporte 
Excreção
Avançar da idade 
Necessidades nutricionais particulares
ADA, 2010
NECESSIDADES NUTRICIONAIS
É fundamental a elaboração cuidadosa e personalizada de um plano alimentar, de forma a assegurar uma ingestão energética adequada para suprir as necessidades em micronutrientes e manutenção do peso corporal adequado.
NECESSIDADES NUTRICIONAIS
AFONSO, 2012
NECESSIDADES NUTRICIONAIS
AFONSO, 2012
CONDUTAS NUTRICIONAIS
ENERGIA
Homens = 2.300 kcal/dia (mais de 51 anos). 
Mulheres = 1.900 kcal/dia. 
O metabolismo energético do idoso diminui:
 perda de massa muscular 
 atividade física reduzida
Homens: 
GEB = 66,5 + (13,8 xP) + (5 x E) – (6,8 x I) 
Mulheres: 
GEB = 655,1 +(9,5 x P) + (1,8 x E) – (4,7 x I)
(VITOLO, 2008)
CONDUTAS NUTRICIONAIS
CARBOIDRATOS 
(FRANK, 2004)
Correspondem a 55% a 60% do VET.
Prevalecer carboidratos complexos – minimizar picos hiperglicêmicos 
 veículo de vitaminas e fibras 
Quadro de diabetes. 
Dietas com baixo teor de CHO – perda de peso/desvio proteico 
Alto teor de CHO – perfil lipídico adverso
CONDUTAS NUTRICIONAIS
(FRANK, 2004)
Restrições ao uso de produtos dietéticos
Portadores defenilcetonúria– não consumir oaspartame, pois é constituído defenilalanina. O excesso desse aminoácido pode levar à lesões cerebrais.
Hipertensos eportadores de doenças renais - evitar produtos dietéticos em que se utiliza o ciclamato de sódio ou sacarina sódica.
Intolerantes à lactose – evitar adoçantes em pó, logo, contêm lactose em sua formulação
Gravidez – evitar todo tipo de adoçante, caso necessário, consumir em quantidade adequadasugerida pela OMS.
CONDUTAS NUTRICIONAIS
(FRANK, 2004)
FIBRAS
Recomendação: 
- 25 a 30g/dia 
Influência geográfica:
Idosos (acima de 65 anos) residentes na zona rural 
 > índices de constipação intestinal (Johanson, 1998) 
CONDUTAS NUTRICIONAIS
Recomendação: 0,8 a 1,0g/kg de peso (12% a 15%)
 salvo doenças renais - hipoprotéica 
RDA: 
Homens: 56g/dia 
Mulheres: 46g/dia 
Fontes protéicas de alto valor biológico: 
 carnes; 
 vísceras; 
 ovos; 
 leite e derivados; 
 leguminosas 
 
(VITOLO, 2008)
Ingestão de Proteínas
CONDUTAS NUTRICIONAIS
(VITOLO, 2008)
Ingestão de Proteínas
Recomendação: 
Hoffman (1993) e Kendrick et al. (1994) 
 
 1,0 g/kg/dia – manter balanço nitrogenado positivo 
 
CONDUTAS NUTRICIONAIS
(VITOLO, 2008)
Lipídeos
Gordura total da dieta: 
 * 25% a 30% do VET 
 *Gordura saturada - até 8% da gordura total 
Ingestão de ômega 3: 
 *peixes
 *0,6 a 1,2g/dia 
Ingestão de ômega 6: 
 *óleos vegetais 
 *5 a 10g/dia
CONDUTAS NUTRICIONAIS
(VITOLO, 2008)
CÁLCIO
Elemento importante na prevenção da osteoporose 
Ingestão adequada (AI):
 1.200mg/dia – homens e mulheres de a partir de 51 anos 
A partir dos 60 anos: 
 absorção varia de 30% a 50% 
Mulheres acima de 80 anos: 
 absorção em torno de 26%
CONDUTAS NUTRICIONAIS
(VITOLO, 2008)
VITAMINA D
Ingestão inadequada – perda óssea e risco de osteoporose 
Diminuição da exposição à luz – reduz a síntese de vitamina D na pele 
Recomendação segundo RDA: 
 *51 a 70 anos: 10 ug/dia 
 *acima de 70 anos: 15 ug/dia 
Fontes: 
 *leite e derivados, ovos, margarinas, peixes 
CONDUTAS NUTRICIONAIS
(VITOLO, 2008)
FERRO
Recomendações da RDA: 
 *acima de 51 anos: 8mg/dia 
Aumentar requerimento depois da menopausa 
Ingestão inadequada – anemia ferropriva 
Biodisponibilidade de Fe: 
 *consumo de álcool; 
 *ingestão de ácido ascórbico;
 *suplementação de ferro.
Vitamina A
Recomendações: 
 *Homens - 900 ug/dia acima de 51 anos
 *Mulheres – 700 ug/dia 
A deficiência não é comum entre os idosos
 *alterações oculares
 *alterações na pele e mucosas 
 *redução da imunidade 
 *diminuição da síntese de hemoglobina 
Excesso: 
 *comprometer a função hepática; 
 *aumenta o risco de fraturas 
 
(VITOLO, 2008)
(FRANK, 2004)
CONDUTAS NUTRICIONAIS
Vitamina C
Recomendação da RDA: 
 Homens – 90 mg/dia acima de 50 anos
 Mulheres – 75 mg/dia 
Tabagismo – dificulta a biodisponibilidade 
Excesso – eliminado pela urina 
 diarreia suplementação
 formação de cálculo renal
Ingestão de 2 frutas e 1 porção de verduras
(VITOLO, 2008)
CONDUTAS NUTRICIONAIS
Vitamina E
Recomendação da RDA: 
 acima de 51 anos – 15 mg/dia 
Auxilia na prevenção de danos na membrana celular e inibe a peroxidação do LDL colesterol 
Prevenção de coágulos sanguíneos 
Desempenha papel crucial nas funções neurológicas
(FRANK, 2004)
CONDUTAS NUTRICIONAIS
Tiamina, Riboflavina e Niacina
Recomendação da RDA: 
Acima de 51 anos Tiamina – 1,1 mg/dia 
 Riboflavina – 1,1 mg/dia 
 Niacina – 14 mg/dia 
Tiamina: 
Atua no metabolismo dos neurotransmissores 
Riboflavina: 
Manutenção e integridade cutânea 
Estável ao calor 
Niacina: 
Formação de enzimas – NAD e NADP 
Estável ao calor
(FRANK, 2004)
CONDUTAS NUTRICIONAIS
Tiamina, Riboflavina e Niacina
FONTES ALIMENTARES
Tiamina
Hortaliças,leguminosas, gérmen de trigo, cereais integrais, leite, pescado
Riboflavina
Carnes, leite, queijo, vegetaisfolhosos
Niacina
Carnes,pescados, leite, leguminosas
Fonte: Frank, 2004.
CONDUTAS NUTRICIONAIS
Não omitir refeições, evitando estar mais de 3:00 hr sem comer;
As refeições devem ser pouco volumosas e facilmente digeríveis;
Preferir alimentos nutricionalmente densos como frutos e hortícolas;
Adaptar a consistência dos cozinhados quando existirem dificuldades ao mastigar e engolir ou flatulência;
Preparar as refeições com diferentes cores, sabores, formas, texturas e aromas. Ter em atenção a apresentação das refeições;
Fazer as refeições com companhia, sempre que possível, e num ambiente calmo e agradável; 
ORIENTAÇÕES
7. Experimentar novos alimentos e novas receitas evitando consumir enlatados e pré-confeccionados por sistema; 
8. Utilizar ervas aromáticas, condimentos e sumo de limão para temperar os cozinhados (evitando o excesso de sal), de forma a melhorar o sabor dos alimentos, minimizado assim as consequências da diminuição do paladar; 
9. Beber água regularmente, mesmo não sentindo sede; 
10. Moderar o consumo de açúcar, sal, gorduras e bebidas alcoólicas; 
11. Preparar mais quantidade das refeições e congelar as porções em recipientes individuais para outras ocasiões; 
ORIENTAÇÕES
12. Após a compra de alimentos, fracioná-los em quantidades ajustadas às suas necessidades; 
13. Comprar pouca quantidade de alimentos de cada vez. Por exemplo, na compra de fruta comprar uma peça madura, uma média e uma verde; 
14. Confeccionar bem os alimentos (ovos, carnes, peixe e marisco), para evitar toxi-infecções alimentares; 15. Lavar corretamente e desinfetar frutos e hortícolas antes do seu consumo;
 16. Dar uma caminhada antes das refeições para estimular o apetite e estar atento às alterações do mesmo; 
ORIENTAÇÕES
EXEMPLO DE UM DIA ALIMENTAR
CAFÉ DA MANHÃ
LANCHE MANHÃ
ALMOÇO
EXEMPLO DE UM DIA ALIMENTAR
LANCHE TARDE
JANTAR
CEIA
EXEMPLO DE UM DIA ALIMENTAR
Ter conhecimento não é suficiente, é preciso aplicá-lo. Ter boas intenções não é suficiente, é preciso fazer.
(Goethe)

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