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Plano de Aula: CRIMES CONTRA A VIDA II. 
DIREITO PENAL III - CCJ0110
Título
CRIMES CONTRA A VIDA II. 
Número de Aulas por Semana
Número de Semana de Aula
2 
Tema
CRIMES CONTRA A VIDA II. INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO E AUXÍLIO AO SUICÍDIO. INFANTICÍDIO.  ABORTO.  (Art.122 a 128, CP) 
Objetivos
O aluno deverá ser capaz de:
Identificar as figuras típicas de induzimento, instigação e auxílio ao suicídio; infanticídio e aborto.
Diferenciar, nos casos concretos apresentados, as condutas de infanticídio dos delitos de abandono de incapaz e abandono de recém-nascido, qualificados pelo resultado morte.
Diferenciar, nos casos concretos apresentados, as condutas típicas aborto provocado por terceiro sem o consentimento da gestante e os delitos previstos no art. 129, §§ 1° e 2°, incisos IV e V do Código Penal.
Estrutura do Conteúdo
O conteúdo será apresentado com base no Material Didático de Direito Penal III, entre as páginas 61 e 101 (Prado, Luiz Regis Curso de Direito Penal Brasileiro vol. 2 . Parte Especial arts. 121 a 249, editora: Revista dos Tribunais. Primeira Parte I Crimes contra Pessoa, Crimes contra a Pessoa. Crimes contra a Vida. ). 
Antes da aula, não esqueça de ler : 
• Os artigos. 122 a 128, 133,§2º e 134,§2º, todos do Código Penal. 
• As páginas indicadas de seu material Didático e as seguintes decisões proferidas pelos Tribunais Superiores e Estaduais sobre os crimes contra a vida: 
• STJ, HC 228.998-MG, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 23/10/2012, disponível em: www.stj.jus.br 
ESTRUTURA DE CONTEÚDO DESTA AULA: 
1 – Induzimento, instigação e auxílio ao suicídio – Art.122, do Código Penal. 
1.1. A autolesão e o sistema jurídico-penal vigente. 
1.2. Análise da figura típica: Bem jurídico tutelado. Elementos do tipo. Sujeitos do delito. Classificação doutrinária. 
1.3. Consumação e tentativa. Natureza jurídica do resultado lesão corporal grave ou morte; controvérsia: elementar do tipo penal ou condição de punibilidade. 
1.4. Figuras típicas 
a) Figura simples. 
b) Figuras majoradas: motivo egoístico, menoridade da vitima (capacidade de discernimento) e vítima com capacidade de resistência diminuída. 
1.5. Questões controvertidas. 
a) O “pacto de morte”: caracterização; distinção do delito de homicídio. 
b) A conduta omissiva e a caracterização do tipo penal. 
c) A figura do médico como agente garantidor quando sua conduta for contrária à vontade do paciente ou de seus responsáveis legais. 
d) análise da conduta de induzimento, instigação e auxílio ao suicídio quando resultado for de lesão corporal leve. 
2 – Infanticídio. Art.123, do Código Penal. 
2.1. Análise da figura típica: Bem jurídico tutelado. Elementos do tipo. Sujeitos do delito. Classificação doutrinária. Consumação e tentativa. 
2.2. Questões controvertidas. 
a) natureza jurídica do estado puerperal. 
b) distinção entre o delito de infanticídio e outras figuras típicas, tais como: homicídio e crimes de perigo (abandono de incapaz e abandono de recém-nascido, qualificados pelo resultado morte). 
c) concurso de pessoas no delito de infanticídio: possibilidade e comunicabilidade do estado puerperal (art. 30 do Código Penal). 
3 – Aborto 
3.1. Análise da figura típica: Bem jurídico tutelado. Elementos do tipo. Sujeitos do delito. Classificação doutrinária. Consumação e tentativa. 
3.2. Figuras típicas. 
a) Autoaborto. Art.124, do Código Penal. 
b) Aborto provocado por terceiro com o consentimento da gestante. Art.126, do Código Penal. 
c) Aborto provocado por terceiro sem o consentimento da gestante. Art.125, do Código Penal. 
- dissenso real e presumido. A capacidade para consentir. 
d) Aborto qualificado pelo resultado lesão corporal de natureza grave ou morte. Art.127, do Código Penal. 
e) Aborto necessário – natureza jurídica. Art.128, do Código Penal. 
f) Aborto humanitário – natureza jurídica. Art.128, do Código Penal. 
3.3. Questões Controvertidas 
a) Tipificação das condutas e a teoria adotada acerca do concurso de pessoas. 
b) Confronto com os delitos de lesão corporal qualificada pelo resultado previstas nos §§ 1° e 2°, incisos IV e V, todos do art. 129 do Código Penal. 
c) Aplicação de analogia para a figura prevista no art.128, II do Código Penal. 
d) Aborto de feto anencefálico: entendimentos doutrinários e jurisprudenciais. 
e) Aborto qualificado pelo resultado e resultado diverso do pretendido. 
f) Aborto e Lei de Biossegurança. 
3.4. Confronto com outras figuras típicas contra a pessoa. Conflito aparente de normas e Concurso de crimes. 
UM ESBOÇO CONCEITUAL DOS TÓPICOS RELACIONADOS: 
A partir da premissa de que o sistema jurídico-penal vigente não sanciona a conduta de destruir a própria vida por questões de Política Criminal – princípio da alteridade, a conduta de quem induz, instiga ou auxilia a outrem a suicidar-se configura infração penal, sendo indispensável para sua caracterização: que o sujeito passivo seja pessoa certa e determinada, tenha capacidade de discernimento. Ainda, podemos questionar a natureza jurídica da produção de lesões corporais graves ou morte do sujeito passivo: elementares do tipo ou condições de punibilidade. 
Com relação ao delito de infanticídio, no qual a mãe puérpera, durante o parto ou logo após, elimina a vida de seu filho, o estado puerperal caracteriza-se como elementar do tipo, razão pela qual surgem controvérsias acerca do requisito temporal do puerpério, bem como sobre a admissibilidade ou não do concurso de pessoas para a prática desta infração penal. 
No delito de aborto, tutela-se a vida intrauterina e somente haverá relevância jurídico-penal a conduta de abortamento quando da eliminação dolosa da vida intrauterina. O aborto pode ser praticado pela própria gestante (autoaborto) ou por terceiro (com ou sem seu consentimento e neste último caso, a gestante também configura sujeito passivo da infração penal). Há todavia, situações nas quais, a lei expressamente permite a conduta de aborto, quais sejam: nos denominados aborto necessário e humanitário. 
Para enriquecer seus conhecimentos, como leitura complementar indica-se a leitura dos seguintes livros didáticos constantes na Bibliografia Básica e Complementar da disciplina Direito Penal III: 
Bibliografia Básica 
CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal. 15. ed São Paulo: Saraiva.v.3,2015. ISBN 9788502619050. 
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Direito Penal. 10.ed. Forense, 2014. ISBN 9788530953898 
PRADO, Luiz Regis. Curso de Direito Penal Brasileiro. 13ª. edição revista e ampliada. São Paulo. Revista dos Tribunais.2014. ISBN 9788520350683. 
Bibliografia Complementar 
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal. 6.ed. São Paulo: Saraiva.v 3., 2010.ISBN 978-85-02-09165-8. 
----------------------------------- Tratado de Direito Penal. 4.ed. São Paulo: Saraiva.v 4., 2009.ISBN 978-85-02-09149-8. 
CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal. 9. ed São Paulo: Saraiva.v.2,2010. ISBN9788502078703. 
GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal. Parte Geral. 7.ed. Niterói, RJ: Impetus, v.3, 2010. ISBN 978-85-7626-385-2 
     
            
Aplicação Prática Teórica
 APLICAÇÃO: ARTICULAÇÃO TEORIA E PRÁTICA 
CASO CONCRETO 
Justiça manda a júri desempregada que fez autoaborto. 
Fonte: OABRJ DIGITAL. NOTÍCIAS. 
Disponível em: http://www.oabrj.org.br/noticia/72175-justica-manda-a-juri-desempregada-que-fez-autoaborto, 04/06/2012 – 11h42 
Fonte: jornal O Estado de S. Paulo 
Uma mulher de 37 anos, que cometeu um autoaborto em 2006, vai a júri popular. Dependente de drogas, desempregada e mãe de dois filhos, ela foi denunciada pelo Ministério Público, absolvida em primeira instância, mas terá de sentar no banco dos réus por determinação do Tribunal de Justiça de São Paulo, que atendeu ao recurso da promotoria. Keila Rodrigues mora em Paulo de Faria, uma cidadezinha no interior de São Paulo com pouco mais de 8,5 mil habitantes, distante 150 quilômetros de São José do Rio Preto. Ela pagou R$ 100 por dois comprimidos Cytotec, um abortivode uso restrito, comprados clandestinamente. No dia 31 de outubro de 2006, grávida de cinco meses, ela foi até o Hospital de Base de Rio Preto e colocou os comprimidos na vagina. Pouco tempo depois, passou a ter fortes contrações e precisou ser internada imediatamente. Como a gravidez era avançada, o feto não foi expulso naturalmente, e Keila entrou em trabalho de parto antecipado. O bebê - que recebeu o nome de Amanda - nasceu de parto normal no dia 2 de novembro, pesando 615 gramas. A menina viveu por 20 dias, mas não resistiu. Morreu em decorrência de uma infecção neonatal, provocada pela prematuridade extrema. O caso foi parar na polícia depois que uma enfermeira do hospital registrou uma queixa contra Keila numa delegacia. A atitude da enfermeira é condenada pelo Ministério da Saúde na nota técnica Atenção Humanizada ao Abortamento e pelo Código de Ética de Profissionais da Enfermagem. O inquérito foi concluído e enviado ao Ministério Público, que entrou com uma denúncia formal contra Keila na Justiça. Sem dinheiro para contratar advogado, Keila recebeu o benefício da assistência gratuita - uma parceria da Defensoria Pública com a Ordem dos Advogados. A advogada Maria do Carmo Rocha Chareti foi então nomeada para defender Keila no processo. E ela mesma teve dificuldade para localizar a acusada. "Keila mora nas ruas. É pobre, alcoólatra, dependente de drogas. Nos vimos uma única vez antes da audiência com a juíza", conta. Na audiência, Keila compareceu aparentemente alcoolizada - o que, segundo Maria do Carmo, demonstra as condições precárias em que vive. Ela confirmou que tentou praticar o aborto, mas disse estar "profundamente arrependida". Diante da situação, Keila foi absolvida sumariamente pela juíza Milena Repuo Rodrigues, que entendeu que, diante das condições expostas por Keila, a conduta dela foi legítima e ela não poderia ser responsabilizada pelo crime de prática de aborto. Recurso. O promotor Marco Antônio Lélis Moreira, no entanto, não ficou satisfeito com a absolvição e recorreu ao Tribunal de Justiça. Na argumentação, Moreira diz que não há dúvida de que houve o aborto. E emenda: "É lamentável, em pleno século 21, uma mulher experiente não se utilizar dos meios impeditivos de uma gravidez para depois, grávida, escolher a via criminosa do aborto e encontrar a benevolência do magistrado". Em entrevista ao Estado, o promotor Moreira diz que fez a denúncia contra Keila porque ela já tinha antecedentes criminais e porque ela não apresentou provas suficientes para demonstrar que vivia em condições subhumanas e seus dois filhos estavam sob a guarda da avó. "Além disso, ela confessou ter cometido o aborto. Essa ação vai servir de exemplo para a juventude da cidade prevenir a gravidez", afirmou o promotor. "No júri vou pedir a condenação de Keila como forma de prevenção geral. É uma punição moral para que as pessoas entendam que o aborto é criminoso", diz Moreira, admitindo que é raro que casos de aborto sejam denunciados e terminem em júri. A advogada Maria do Carmo diz que ficou surpresa com a decisão do TJ de mandá-la para júri popular. "Keila está arrependida. Tenho certeza de que os jurados vão absolvê-la." 
A partir do caso concreto narrado e dos estudos realizados sobre os crimes contra a vida, identifique. 
a) As figuras típicas do delito de aborto. 
A mae , Sujeito Ativo , nesse caso um crime de mao propia porque foi realizado pela propia gestante. Se caracterizando autoaborto
Art 124 cp , provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque , pena ; detenção de 1 ano a 3 meses 
b) O momento consumativo do delito de aborto. Responda de forma objetiva e fundamentada.
O delito de aborto se consuma com efetiva morte do feto , resultando a interrupção da gravidez. 
 
c) O fato da criança ter nascido e vindo a falecer após 20 dias de seu nascimento descaracteriza o delito de aborto? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
Não , se descaracteriza delito de aborto , tendo em vista que a criança veio a óbito mesmo que dias apõs a tentativa de aborto. O delito foi consumado .
QUESTÃO OBJETIVA 
1) Marcos e Rodrigo instigaram Juarez, que sofria de depressão, a cometer suicídio, pois, na condição de herdeiros do último, pretendiam a morte do mesmo por interesses econômicos. Ainda que Juarez tenha admitido firmemente a possibilidade de eliminar a própria vida, não praticou qualquer ato executório. Diante desse contexto, Marcos e Rodrigo: (FCC - 2014 - DPE-RS - Defensor Público). 
a) poderiam ter a pena reduzida de 1/3 a 1/2, se a pretensão tivesse caráter humanitário, de piedade, e a morte tivesse se consumado. 
b) deverão responder por tentativa de homicídio, visto que a ideia de ambos era eliminar a vida de Juarez para posterior enriquecimento. 
c) serão responsabilizados pelo crime previsto no art. 122 do Código Penal, com redução da pena pelo fato de a vítima não ter atentado contra a própria vida, já que para a consumação do delito basta a mera conduta de instigar. 
d) não responderão pelo crime de instigação ao suicídio, pois não houve morte ou lesão corporal de natureza grave na vítima. 
e) responderiam por instigação ao suicídio, caso, no mínimo, Juarez atentasse contra a própria vida e tivesse ocasionado lesões corporais leves em seu corpo.

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