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Casos ProcessoCivil IV

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Processo Civil IV – Casos do 1 ao 6
Para levar no dia da prova - Caso 2 – manuscrito –Doutrina e jurisprudência – e recibos do 1 ao 6 
Correção dos casos 
1a Questão: Ao iniciar o cumprimento de sentença envolvendo obrigação de pagar, o credor pretende que 
seja penhorado um bem imóvel do devedor, avaliado em R$ 1.000.000,00 (um milhão de Reais), para pagamento de uma dívida de apenas R$ 10.000,00 (dez mil Reais). O devedor, por meio do seu patrono, peticiona ao juízo informando que possui um veículo automotor avaliado em R$ 30.000,00 (trinta mil Reais), valor que é mais compatível com o do débito, requerendo a substituição do bem penhorado em atenção ao princípio do menor sacrifício ao executado. Indaga-se: deve ser deferido o pleito do executado?
R- Conforme visto em sala de aula o princípio do menor sacrifício para o executado irá permitir que o juiz no caso concreto poderá optar pela medida menos gravosa. O professor Rodolfo Reichert fundamenta tal possibilidade no princípio da isonomia, artigo 5º caput da constituição federal. A isonomia no caso, deverá ser usada como um fator que não gere discrepância para nenhum dos lados, conforme visto nós temos um princípio que visa o menor sacrifício para o devedor, entretanto, o processo de execução serve para instrumentalizar o direito do credor que não deve ficar a mercer do devedor. 
2: No curso de uma ação de indenização e antes da sentença de 1o grau, o réu vendeu seus dois únicos imóveis por R$ 100.000,00 (cem mil reais), os quais constituíam a totalidade de seu patrimônio. Julgado procedente o pedido, com sentença transitada em julgado, o autor pretende receber o valor da indenização fixado pelo Juiz, ou seja, R$ 100.000,00 (cem mil reais). Considerando o enunciado acima, distinga os institutos da fraude à execução e da fraude contra credores, e, num segundo momento, indique os caminhos processuais adequados para que o exequente, na prática, possa receber seu crédito.
Resposta: Como regra a fraude à execução terá como ponto de partida a ciência do executado sobre o processo de execução, tem que haver uma ação em curso e o réu tem que tomar conhecimento dessa ação, não precisa verificar o objeto subjetivo, se houver a insolvência haverá fraude a execução, embora existam vozes que tratem como início da fraude à execução a citação na ação de conhecimento está corrente é minoritária, por este motivo estamos a priori lidando com fraude contra credores. 
- Em se tratando de fraude contra credores devemos observar dois elementos que são: o dano insolvência e o “concilius fraude”intenção fraudulenta! do devedor e do adquirente. Para atacar o negócio jurídico em questão iremos utilizar a ação “pauliana” nesta devemos necessariamente analisar o elemento subjetivo, ou seja, a união de esforços do devedor e do adquirente com intenção de fraudar. O ato será anulado e os bens do adquirente serão atingidos e penhorados, e o dinheiro usado para pagamento da dívida! 
3- Questão: Adalberto ajuizou uma ação em face da Seguradora Porto Bello pleiteando o recebimento do seguro de vida realizado pelo seu tio Marcondes. Alega na inicial que a seguradora, de forma injustificada, se negou a pagar a indenização sob o argumento de que o segurado agiu de má-fé ao não informar que 
realizara uma cirurgia de coração 10 anos antes da assinatura do contrato. Após a instrução o juiz julgou procedente o pedido para condenar a Seguradora a pagar a respectiva indenização em valor a ser apurado em fase de liquidação. Diante do caso concreto indaga-se: 
Qual é a modalidade de liquidação de sentença mais adequada ao caso concreto? É possível modificar a sentença em fase de liquidação? R- 
: Em razão da morte de alguém o mais adequado é a liquidação por arbitramento, caso não houvesse a morte e em razão de fatos novos seria aplicada a liquidação pelo procedimento comum. Não é possível modificar a sentença em fase de liquidação, somente em Apelação.
 b) Como deverão proceder as partes caso discordem do valor apurado na liquidação?
Caso discordem cabe as partes entrarem com um recurso de agravo de instrumento.
4 Questão: Juca Cipó ingressa em juízo com ação de cobrança em desfavor de Sinhozinho Malta, que, citado pelo correio, quedou-se inerte, vindo, em consequência, o pedido autoral a ser julgado procedente, com a condenação do réu ao pagamento de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais). Iniciado por Juca Cipó o 
cumprimento de sentença, após a segurança do juízo, Sinhozinho Malta oferece impugnação, na qual alega a nulidade de sua citação na fase cognitiva. O juiz, então, acata a impugnação de Sinhozinho Malta. 
Qual seria o recurso cabível contra esta decisão judicial?
Caso 4 – Resposta: Agravo de instrumento (Artigo 1.015 CPC) NA FASE DE CUMPRIMENTO E LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA!
5- Questão: Repelidos Embargos de Devedor com fundamento em sua intempestividade, apresenta o 
Executado petição avulsa, intitulando-a como Objeção de Não Executividade (também conhecida como Exceção de Pré-Executividade), denunciando a nulidade do título. Deve tal pleito, inobstante a rejeição dos Embargos, ser admitido ao exame do órgão judicial? Se admissível a referida peça, teria a apresentação da mesma, efeito suspensivo?
Caso 5 – Resposta: A exceção de pré-executividade que irá funcionar no direito brasileiro como a possibilidade do “Devedor” atacar a essência do título executivo, esta defesa processual irá permitir que o devedor questione a própria formação do título executivo, ele poderá por exemplo alegar que o título é falso e para isto não necessitará garantir o juízo. Como regra a jurisprudência não atribui efeito suspensivo ao mesmo, entretanto com fundamento no poder geral de cautela o juiz poderá atribuir efeito suspensivo. 
6- Determinado credor instaurou processo de execução, lastreado em título executivo extrajudicial, em face de um incapaz, que se encontra regularmente representado nos autos. A penhora recaiu sobre um determinado bem e não foram oferecidos embargos à execução. Como o exequente não manifestou interesse na adjudicação, o magistrado determinou a expropriação por alienação em leilão judicial. No segundo leilão, o bem constricto recebeu um lance equivalente a 75% do valor da avaliação, o que gerou a assinatura no auto de arrematação. Imediatamente, o executado peticionou ao juízo, postulando o reconhecimento da ineficácia da arrematação, uma vez que o bem foi expropriado por preço vil. Já o credor, por sua vez, ponderou que, de acordo com o art. 891, parágrafo único, do CPC, a arrematação teria sido perfeitamente válida. Indaga-se: como deve decidir o magistrado?
Caso 6 – Resposta – Artigo 896, §2º CPC Quando o imóvel de incapaz não alcançar em leilão pelo menos oitenta por cento 80% do valor da avaliação, o juiz o confiará à guarda a depositário idôneo, adiando a alienação por prazo não superior a 1 (um) ano.
§ 1º Se, durante o adiamento, algum pretendente assegurar, mediante caução idônea, o preço da avaliação, o juiz ordenará a alienação em leilão.
§ 2º Se o pretendente à arrematação se arrepender, o juiz impor-lhe-á multa de vinte por cento sobre o valor da avaliação, em benefício do incapaz, valendo a decisão como título executivo.

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