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Órtese: Dispositivo ortopédico utilizado para oferecer apoio, alinhar, evitar, prevenir ou corrigir deformidade ou melhorar função de uma parte móvel do corpo. Prótese: componente artificial que tem por objetivo substituir uma parte do corpo de forma a suprir necessidades e funções de indivíduos sequelados por amputações traumáticas ou não em qualquer parte do corpo. Ortóteses/ Orteses: palavra de origem grega Orthos = Direito, Vertical, Imposto, Em direcção a; Tithemi = Eu coloco Ortóteses: são confecções ortopédicas destinadas a ajudar uma função deficiente. Próteses: palavra de origem grega Pró = no lugar de Tithemi = eu coloco; Prótese = eu coloco no lugar de. As próteses servem para substituir uma parte anatómica inexistente. Por definição Próteses são dispositivos ortopédicos destinadas a substituir um membro ou uma parte do membro, facultando-lhe a aparência do membro normal. Histórico Evidências arqueológicas – 5a dinastia egípcia em 2.750 a.C Primeira guerra mundial – Próteses artesanais Segunda guerra mundial – Pesquisas e próteses pré- fabricadas. Biomecânica das órteses ALAVANCA DE PRIMEIRA CLASSE OU INTERFIXA ALAVANCA DE SEGUNDA CLASSE OU INTER RESISTENTE ALAVANCA DE TERCEIRA CLASSE OU INTERPOTENTE Força – Ação que age sempre ao longo de uma linha reta Ponto de aplicação da força Pressão – Intensidade de (F) aplicada em uma unidade de área Representação gráfica () Momentos – BF X BR Ação X Reação Força centrípeta Força centrífuga Estabilização Imobilização Contensão Órteses : “Dispositivo exoesquelético que, quando aplicado, objetiva corrigir, estabilizar, imobilizar, complementar função e fornecer melhor postura, seja de descanso ou realinhamento.” Sauron Funções: Proteção Correção Prevenção de deformidades Auxilio motor CONDIÇÕES QUE LEVAM AO USO DE ÓRTESES Lesões do NMS e NMI (Progressivas ou não) Lesões ligamentares Problemas da coluna / Postura Artrites/ artralgias / artroses Queimaduras Estética Problemas respiratórios CONTRA INDICAÇÕES Dor* Desconforto emocional Quando piorar a função/ postura e/ou marcha CUIDADOS ESPECIAIS Restrição da circulação periférica Úlceras de pressão Trofismo Alergia ao material ortótico. De forma geral, as órteses atingem tal objetivo controlando e adequando as forças que incidem sobre uma articulação ou segmento corpóreo que esteja em movimento ou em posição estática.” Sistema de três pontos de força: A-linha de força passando diretamente na articulação do joelho, B-linha de força passando posteriormente a articulação do joelho e C-forças necessárias para a correção da linha de força alterada. Materiais X Propriedades: Térmicas: Mantém a temperatura corpórea Elétricas / Magnéticas: Excelente condutor Mecânicas (Elástica/ plástica): propiedades plásticas (memoria) ou elásticas (resiliência) MATERIAIS: Termoplástico: ü Polipropileno (rígido) ü Polietileno (flexível) ü Thermovac (excelente memória) Vantagens das órteses de plástico sobre as de metal: •mais leve •mais estética •melhora a estabilidade •menor pressão •permite a troca de calçados. Desvantagens: •maior aquecimento e sudorese •menor controle do movimento articular permitido MATERIAIS: Silicone Metal: Aço e alumínio (armaduras de coletes e sustentação). Espuma: (Poliuretano) Gesso Couro METAL VANTAGENS DESVANTAGENS AÇO Estruturas de órteses de MMII Muito pesado ALUMÍNIO Leve Resistente á corrosão Boa aparência Muito flexível Pouco resistente DURALUMÍNIO Grande resistência Baixa soldabilidade TITÂNIO Peso reduzido Alta resistência Boa aparência Alto custo Forração das órteses: Evitar materiais que possam provocar reações alérgicas, principalmente na parte interna que ficará em contato com a pele. SISTEMA DE FECHAMENTO: Utilizar, de preferência, o sistema de velcro e nos pontos de maior esforço utilizar o velcro reforçado com couro ou cadarço abotoando com passador. “Não existe material específico para determinada órtese. Assim como, não existe órtese específica para determinado diagnóstico. Toda órtese, desde que traga benefício para o paciente, deve ser prescrita.” SELEÇÃO DOS MATERIAIS: Tempo de utilização Peso dos materiais Durabilidade Condições financeiras do paciente Reação alérgica Local de moradia Tipo de atividade TIPOS: Estáticas: Repouso, Proteção, Sustentação e correção Dinâmicas ou Funcionais: Material elástico, Força mínima antagonista (G4), Força agonista mínima (G 1 ou 2), Elástico na musculatura + fraca CLASSIFICAÇÃO: AFO – Ankle / Foot / Ortese KO – Knee / Ortese KAFO – Knee/ Ankle/ Foot/ Ortese HKAFO - Hip / Knee/ Ankle / Foot / Ortese PRESCRIÇÃO: Custo X Benefício Determinar a função específica que se quer melhorar Conhecimento de anatomia, patologia, cinesiologia e biomecânica Aspectos e princípios físicos do material a ser utilizado Correta avaliação Tônus ADM / FM Integridade da pele Sensibilidade * Dor Atividades sociais, profissionais e de lazer. Na prescrição de uma órtese, qualquer que seja, devem constar: - Nome do paciente / Idade - Diagnósticos - Nome da órtese - Características especiais, quando existirem por exemplo: Órtese de posicionamento de apoio volar, mantendo punho em 10º de extensão. - Data da prescrição. - Nome legível do profissional, assinatura e carimbo. PROFISSIONAIS HABILITADOS: Fisioterapeuta Terapeuta Ocupacional Médico Segundo portaria SAS/MS Nº 661, de 02 de dezembro de 2010, o Sistema Único de Saúde (SUS) reconhece a competência dos profissionais Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais na prescrição de órteses, próteses e materiais especiais não relacionados ao ato cirúrgico. Esta conquista amplia significativamente a atuação dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais no SUS, principalmente nos Centros de Reabilitação que atendem Pessoas com Deficiência - PcD, através de equipes Multidisciplinares e também em serviços privados. Com toda certeza a inclusão das órteses, próteses e materiais especiais não relacionados ao ato cirúrgico na Classificação Brasileira de Ocupação (CBO) dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais significa o reconhecimento da atuação desses profissionais nestas áreas pelo Ministério da Saúde (MS). Entre os procedimentos incluídos, estão a prescrição de calçados ortopédicos, muleta axilar, prótese mamária, cadeira de rodas, andador, palmilhas, coletes, cintas entre muitos outros códigos de procedimentos. ÓRTESES PARA OS PÉS: Partes do calçado: Gáspea – Cobre a face dorsal do pé. Sola – Sob o pé. Salto – Parte da sola abaixo do calcanhar. (1,9 a 2,25 cm) Reforços: Contraforte Alma Caixa de dedos DEFORMIDADE DOS PÉS: Pronado ou plano. Supinado ou cavo. Arco desabante. PALMILHAS ALMOFADAS METACARPIANAS: Indicadas para disfunções em ante pé AS AFOs CONTROLAM O ALINHAMENTO E A MOVIMENTAÇÃO DO PÉ E DO TORNOZELO, DESTA FORMA DE TODO O CORPO. SÃO MAIS BARATAS, ESTETICAMENTE ACEITÁVEIS E UTILIZAM A ENERGIA DE FORMA MAIS EFICIENTE DO QUE APARELHOS LONGOS ... Construção – linha de corte : anterior e posterior FUNÇÃO; Controlam o alinhamento e o movimento do pé e tornozelo. Estáticas – Estabilizadoras: Utilizadas com objetivo de proporcionar repouso, suporte, imobilização, correção, proteção e estabilização de algum segmento corpóreo. Funcionais – Artrocinemática: De acordo com a funcionalidade do segment Dinâmica: Movimentos articulares, Amplitude de movimento limitada ou livrePara auxiliar, limitar ou direcionar movimento, Podem ser fabricadas com materiais flexíveis, com articulações verdadeiras ou por mecanismo de energia externa, como molas ou elásticos. OTPs PLÁSTICAS: Chamadas de órteses padrão Material: polipropileno Leves Mínima manutençãoOTP RÍGIDA: Indicações: Indicado em caso de espasticidades mais graves (AVE, EM, TCE, TRM) Funcionamento: A órtese não possui partes flexíveis, nem articuladas, impede todos os movimentos do tornozelo, mantendo a articulação a 90 graus. Características: Baixo custo Oferece resistência na hiperextensão do joelho Modifica a marcha Paciente tende a dar o passo mais curto Difícil adaptação em calçados Mais bruto Durável e leve LÂMINA ELÁSTICA POSTERIOR: Não há articulação mecânica Indicação: Paralisia do musculo tibial anterior, marcha escarvante, neuropatia diabética, alguns casos de esclerose múltipla, DCV. Funcionamento: Permite a flexão plantar durante a fase de aceleração da marcha, e durante a fase de balanço (pêndulo), esta órtese realiza uma dorsiflexão não permitindo o arrastar dos dedos. CARACTERÍSTICAS: Pouca estabilização médio-lateral Menor gasto energético durante a marcha Pode ser utilizada com vários calçados Esteticamente mais aceitável Custo maior A lamina elástica se deforma evitando o arrastar dos dedos. Contra indicado em pacientes com espasticidades graves por causa do clônus. Leve OTP FAIXA ANTERIOR: Órtese de Reação ao solo Indicação: para pacientes com fraqueza no quadríceps (marcha agachada), ou marcha com a mão no joelho e que não apresentem recurvatum Funcionamento: Faixa semi rígida anteriormente, realizando um vetor de força posterior impedindo a flexão do joelho. Características: Impede a utilização de órteses mais longas (KAFO) Ineficaz em caso de contratura em flexão do joelho. OTP ESPIRAL Indicação: paralisia do musculo tibial anterior, marcha escarvante, neuropatia diabética, alguns casos de esclerose múltipla. Funcionamento: Confeccionada com plástico semi-rígido, posiciona-se da face medial da palmilha até o côndilo medial da tíbia (360º) Funciona como uma mola – durante a fase de apoio a espiral se deforma (permitindo a dorsiflexão), e na fase de aceleração auxilia na flexão plantar, mantendo o pé em posição neutra durante o balanço sem arrastar os dedos. Características: Leve, aerodinâmica Contra indicado em caso de edema Utilizada com calçado Contra indicado em caso de espasticidade grave e clônus OTP SEMI-ESPIRAL Previne o pé equino varo (180º) Sai da parte lateral da palmilha até o côndilo tibial medial OTP ARTICULADA: Indicação: paralisia do musculo tibial anterior, marcha escarvante, neuropatia diabética, alguns casos de esclerose múltipla, AVE Funcionamento: possui design parecido com a OTP rígida, porém permite a movimentação do tornozelo, podendo estar livre ou com restrições para flexão plantar. Características: Permite movimentação do tornozelo Facilita a marcha Maior estabilidade médio lateral Pode estimular o clônus Mais pesadas e mais grosseiras Menos duráveis Maior dificuldade para adaptação em calçados OTP COURO METAL Antes do advento do polipropileno e plásticos similares as órteses eram feitas com acessórios de couro. Consta de peça fixada no calçado, articulação do tornozelo, Hastes verticais, faixa ao nível da panturrilha e cinta para fechamento Características: Necessita de calçado adaptado Mais tempo para colocação Aparência mais grosseira Maior gasto de energia Mais pesada Positivo: Melhor adaptação para edemas e dermatites. Negativo: Peso, dificuldade em calçar e aparência grosseira. OTP PARA ALÍVIO DE CARGA Usadas para pacientes que não toleram pressão no tornozelo OUTRAS OTPs Para Instabilidade. Anti-equina. Imobilizadora. Prevenção de contratura e ulcera de pressão. Controle de edema PRESCRIÇÃO DAS AFOS Altura Maléolos Dorsiflexão Faixa eversora ORTESE JOELHO TORNOZELO PE Com o desenvolvimento de novos plásticos, metais, mais leves e mais duráveis as OJ se tornaram mais funcionais e estéticas. Divididas em duas categorias: OJTP OJ As OJTP possibilitam um controle substancial do MI. São prescritas para paciente com músculos paralisado, fraturas ou lassidão de tecido moles. As OJ são indicadas primariamente para distenção ligamentar, pós operatório, para proteger a articulação durante a reabilitação. OJ Correção: melhorar o alinhamento da articulação do joelho nos planos frontal e sagital Imobilização: mantém a articulação do joelho posicionada, sem permitir a movimentação Função: suporte para o joelho, anatômico com tecidos moles flácidos, ou com musculatura enfraquecida ou paralisada. Reabilitação :como parte de um programa de tratamento ativo, como pós operatório ou ligamentoplastia. Profilaxia: a fim de evitar lesões , principalmente em esportes vigorosos. OJ CORRETIVA: Permitem um desenvolvimento dentro dos padrões de desvios considerados doenças normais Maior funcionalidade articular Menores riscos de doenças degenerativas e instalação de deformidades Genu Varo, Genu Valgo, Genu Recurvatum IMOBILIZADORES PARA JOELHOS: Geralmente confeccionadas em lona, com reforços metálicos verticais para maior rigidez, podem ser com ou sem articulação mecânica do joelho (talas). Talas gessadas → Imobilizadores em tecidos Com ou sem regulagem Vantagens: Maior conforto Peso ↓ Fácil aplicabilidade Boa adaptação ao membro OJ FUNCIONAIS: Permitem estabilidade suficiente para funções primárias (avd’s). Possuem hastes verticais bilaterais (metal, fibra de vidro ou plástico) As calhas que envolvem a coxa e perna são feitas em plásticos, couro ou outros tecidos. Oferecem apoio AP (armação sueca) evita hiper extensão, médio lateral (geno valgo/varo) e rotacional OJ PARA REABILITAÇÃO: São utilizadas após cirurgia do joelho e projetadas para uso durante um curto período de tempo. Seu uso é interrompido após o término do tratamento Podem ser longas ou curtas Materiais elásticos ou em neoprene Podem ser eixo único, policêntricas travadas ou não. ÓRTESES PARA REDUÇÃO DE CONTRATURA DO JOELHO Aplicam forças constante no joelho. Ajustáveis permitem aumento progressivos da ADM Parafuso de Regulagem OJ PARA SUPORTE Auxilia movimento e posição da patela. Alivia dor. Melhora a estabilidade OBS – Indicada em condropatias patelo-femorais Para oferecer apoio moderado a articulação, auxiliar na movimentação da patela e alivio de dor. Confeccionadas em algodão neoprene Podem sofrer alergias ou dermatites. Podem ser modificadas com as hastes de reforços almofadas, tiras em velcro. Em luva “joelheira” Há controvérsias: melhoram a estabilidade x alteram o equilíbrio neuromuscular OJ PARA INSTABILIDADE CRÕNICA DE JOELHO Minimiza a carga e melhorar a estabilidade sobre o joelho em casos de lesões crônicas graves. Principal objetivo é a redução da instabilidade e da dor. Principal indicação – fraqueza do quadríceps (por lesão neurológica). ÓRTESE PARA FRATURAS Substituem o aparelho gessado Melhores em casos de edema Melhor inspeção e avaliação Mais leve e ventilada Indicada em fraturas femurais distais ou côndilo tibial. OJTP Usada em paciente geralmente bilateral, com historia de lesão de medula com nível T12. OJTP DE PLÁSTICO-METAL São órteses que usam os dois tipos de material. O plástico é utilizado nas calhas (pé, panturrilha e coxa). O metal nas hastes verticais e articulações. São órteses mais leves e mais fáceis de se vestir que suas antecessoras (couro-metal) Calhas Posterior a coxa e panturrilha (plástico, fixadas com velcro anteriormente . Ocasionalmente é bivalvo, ou seja plástico afrente também ... Retém calor. Hastes verticais Metálicas e bilaterais, podem ser unilaterais porém maior tensão na haste. OJTP COURO-METAL Embora as de plásticos sejam mais comuns as funções são semelhantes em casos de edema grave ou flutuante possuem maior facilidade no ajuste Componentes: faixa de alumínio para a coxa e panturrilha forradas com feltro e cobertas com couro equino. Alguns acham mais confortável que o plástico principalmente no calor As articulações são as mesmas SISTEMADE FIXAÇÃO Estabiliza as articulações do joelho e do tornozelo em posição funcional Joelheiras em couro → deformidade flexora do joelho Tirantes em velcro → extensão total do joelho Tirantes com velcro → fixação dos pés à base da órtese KAFO SEM ARTICULAÇÃO Custo inferior Menos pesado Possibilidade de uso dentro da água Impossibilidade de permanecer na posição sentada com os joelhos fletidos. TIPOS DE JOELHO Mono ou policêntrico Trava ARTICULAÇÃO DO JOELHO EIXO ÚNICO – forma simples e baratas de movimentos naturais do joelho ao sentar, podem também permitir movimentação do joelho durante a marcha. –POLICENTRICAS – movimentação do joelho mais próxima do fisiológico, permitindo maior adaptação do movimento de flexão e extensão, mais estável, em alguns casos dispensa a trava de proteção TRAVA DE JOELHO Grande parte dos pacientes que necessitam de controle em todos os planos de movimento necessitam de trava: Anel deslizante (bloqueia a extensão) Alça para liberação - em pacientes impossibilitados de destravar manualmente) Os: São utilizadas apenas em joelhos com extensão completa FAIXA E PROTETORES PARA JOELHO Função : Estabilidade Faixa rígida suprapatelar Faixa rígida pré tibial Órteses em couro (4 faixas) Controle no plano frontal A maior parte das órteses são prescritas para pacientes que necessitem de maior controle no plano sagital (flex/ext). Mas também podem ser utilizadas em pacientes com alterações nos tecidos moles, como artrite reumatoide que necessitem de estabilização (geno valgo, ou geno varo) OJ E OJTP SUPRACONDILAR O sistema de pressão três pontos resiste ao genu recurvatum Permite flexão Resiste ao recurvatum Impede a movimentação do pé Durável Sem partes móveis Esteticamente aceitável Não pode ser utilizadas com calças apertadas ou saias justas Calçado com sola em báscula Contra indicado em edema PRESCRIÇÃO Diagnóstico Funcional Tipo de órtese Material Articulada ou não Tipo de Articulação Trava ou não Articulação do tornozelo Sistema de fixação (amarrias) Especificidade ÓRTESE QUADRIL JOELHO TORNOZELO PE HKAFO QUADRIL = HIP JOELHO = KNEE TORNOZELO = ANKLE PÉ = FOOT ÓRTESE = ORTHOSIS Talas inguinopodalicas Tutores longos com cinto pélvico HKAFO E SEUS COMPONENTES Extensão de KAFO: AFO Articulação do joelho Duas hastes verticais Joelheiras Calha posterior de coxa Articulação do quadril Cinto Pélvico FUNÇÃO Promover a estabilidade articular do quadril, joelho, tonozelo-pé, Melhorar o esquema e imagem corporal, Controlar a motricidade, Aprimorar a independência da marcha e equilíbrio do tônus muscular, Posicionar o quadril joelho tornozelo Facilitar AVD’s, Prevenir futuras deformidades e complicações , Estimular o ortostatismo e a marcha. Neuropatia periférica, Lesões cerebrais, Poliomielite, Distrofias musculares, Síndromes, Miopatias, Trauma raquimedular, Instabilidade ligamentar, Espinha bífida entre outras. Quase sempre usadas em paraparesias, particularmente crianças com espinhas bífida. Paciente deve ter controle de tronco. PRINCÍPIOS DE EQUILIBRIO: Para permanecer estável, o corpo tem que ter um ponto de pressão oposto por dois pontos iguais de contra pressão Articulação do quadril: F3 = F2 + F4 Articulação do joelho: F2 = F1 + F3 As forças F1, F2 e F3 controlam a flexão do joelho, enquanto as forças F2, F3 e F4 controlam a flexão do quadril HKAFO E SEUS SEGMENTOS Proximal → quadril Medial → joelho Distal → tornozelo Articulação de quadril sem trava: Pcts com controle pélvico parcial Direciona os passos Sem limitar a ADM Desvantagens: Piora estética Maior peso Perda da dissociação dos MMI nas transferências Articulação de quadril com trava: Pcts sem controle pélvico Travas em anel Bloqueio no ortostatismo e marcha Desbloqueio para sentar Limita a ADM Marcha em 2 pontos: Baixa velocidade ↑ Gasto energético ÓRTESES DE MARCHA RECÍPROCA Lesões mais altas que não conseguem andar com HKAFO: RGO Parawalker ARGO WalkAbout Indicações: Lesões entre T2 e L1 = RGO, ARGO e Parawalker RGO Reciprocating Gait orthesis Pcts com paraplegia sem controle de MMII, pelve e tronco Marcha de 4 pontos ↓ Gasto energético Características: Tornozelos rígidos Flexão dorsal de 3º a 6º Hastes laterais rígidas PARAWALKER Hip guidance orthosis (HGO) Indicada para TRM e mielodisplasia (T4 a L2) Independência funcional: Facilidade para colocação e remoção Transferências para as posições sentada e em pé Possibilidade de manter-se em pé sem apoio Marcha recíproca com baixo gasto energético Joelho monocêntrico Quadril bloqueado: ADM de 24º 6º ext 18º flex Quadril desbloqueado: Para sentar Fixação por presilhas ARGO Criada na década de 80, na universidade da Lousiana. Aperfeiçoada na Inglaterra Tb conhecida como ARGO (Advanced Reciprocal Gait Orthesis) Confeccionada de Plástico e Liga metálico Alto custo Composta por: KAFO Componente pélvico com articulação de quadril unidas por um único cabo de reciprocação Unidade pneumática interligando as articulações do quadril e joelho Componente torácico Permite dissociação de cinturas Maior velocidade na marcha Gasto energético baixo Requer treinamento especifico WALKABOUT Indicado para TRM, espinha bífida, esclerose múltipla, mielite transversa e outras doenças neuromusculares degenerativas Postura em ortostase com bom equilíbrio Marcha com ↓ gasto energético Composta por 2 KAFOs unidas medialmente por uma unidade de reciprocação Vantagem estética Direciona os passos Maior independência ao pct Na remoção da unidade de reciprocação Nas transferências na posição sentada Na colocação e retirada de calçados ADM quadril limitada 30º flex 20º ext Dorsiflexão 3º a 5º , Rot. Externa 7º a 12º Versão crianças, jovens e adultos Uso de bengalas canadenses ÓRTESES CONVENCIONAIS X RECIPROCRAÇÃO Convencionais; Bloqueio do quadril, G. energético maior, Baixa veloc. Marcha Reciprocação; ADM quadril livre, G. energético menor, Maior veloc. marcha OTQJTP Abordagem mais conservadora. Quase sempre usadas em adultos e crianças com paraplegia sem controle de quadril. Necessita de auxílio de muleta ou andador. PORTESES HIBRIDAS Exoesqueletos Articulações motorizadas Sensores detectando mudanças no centro de gravidade Maior independência Auxílio de bengalas canadenses ÓRTESES REGIÃO PELVICA Protegem a articulação coxofemoral da instabilidade ou vulnerabilidade de lesões. Indicações: patologias coxofemural, Necrose avascular, Processos inflamatórios, degenerativos, Tumor, Pós trauma, Pós operatório Adulto e infantil Fralda Frejka: Indicada para displasia coxofemural congênita Mantem fêmur centralizado (flexão e abdução), Promove melhor vascularização Aparelho de Pavlick: Órtese dinâmica Indicada para Luxação quadril Permite movimentos de flexão e abdução quadril Dennis Browne: Indicada para anterversão femoral, torção tibial , pé torto congênito Composta de sapatilha unida por barras rígidas ÓRTESE DE QUADRIL Sling Órtese dinâmica Auxiliar na rotação de membros inferiores, para melhorar a qualidade da marcha. ÓRTESE PARA TRONCO E PESCOÇO Apesar de terem princípios biomecânicos bem estabelecidos, poucos dados em literatura avaliam os critérios de uso e resultados comparativos entre os diversos tipos. Para sua prescrição é indispensável se analisar de uma maneira criteriosa,a biomecânica,as funções e as indicações de cada tipo de órtese nas doenças que mais acometem a coluna vertebral,as deformidades,os traumas,as discopatias e as doenças degenerativas. PRINCIPAIS FUNÇÕES Estabilizar ou Imobilizar Diminuir quadro álgico Tração vertebral Correção COLARES Órteses sem apoio mentoniano ou flexíveis Pré-fabricadas Em espuma recoberta c/ malha tubular de algodão Tb em termoplástico semi-rígido c/velcro Variados tamanhos Mobilidade da região Órteses com apoio mentoniano ou rígidas Em termoplástico c/ 2 peças superpostas Regulagem mediante velcros Maior suporte da cabeça Menor mobilidade p/ flexão Pcts com artrite reumatóide, artroses, torcicolos, traumatismos, pós operatórios ortopédicos ou neurológicos de coluna cervical e afecções da coluna cervical. Indicado para uso noturno em casos de sínd. compressivas Com apoio occipital, mentoniana, manúbrio esternal e torácica posterior Menor mobilidade → imobilidade Materiais flexíveis c/ reforço ou rígidos Indicado p/ 1ºs socorros, traqueostomizados, comprometimento severo Colar tipo philadelphia SOMI Minerva COLAR PHILADELPHIA Em espuma, c/ reforço ant e post em polpropileno Pré fabricada Órtese bivalvada Velcros p/ fixação Grande estabilidade cervical Bem ajustado FUNÇÃO: Imobilizar a região cervical a fim de proporcionar maior estabilidade, controle nos movimentos de flexão, extensão e rotação cervical. É mais restritivo que colares comuns. INDICAÇÕES: Cervicalgia com irradiação, fratura, pós operatórios, traumatismos, artroses, artrites, torcicolos e afecções da coluna cervical. HASTES (SOMI) Hastes metálicas e almofadas em região mandibular, occipital, esternal e torácica P/ instabilidade cervical + alta Suportes metálicos ajustáveis Imobilização p/ flexão Possui componentes de tração cervical Pcts com cervicalgia com irradiação, fraturas (principalmente por compresssão, pós operatórios, traumatismos, artroses, artrites, torcicolos e afecções da coluna cervical. COLAR MINERVA Órtese cervicotorácica de contato total Em material termoplástico Imobilização + efetiva Pcts c/ instabilidades abaixo de C4, cervicalgia com irradiação, pós-operatório, traumatismos Forrada em espuma Alívio sobre extremidades ósseas Fixação por velcro Menos arejada, ↑ irritação de pele HALOS CRANIANOS É o única invasivo, é como uma fixação externa colado sob cirurgia. Completa imobilização Pcts c/ fraturas graves, principalmente altas (C1 e C2, dente do áxis) Halo craniano + estrutura torácica ÓRTESES PARA A COLUNA A curto prazo, o efeito terapêutico é desejável; entretanto, caso a órtese para o tronco seja utilizada durante um período prolongado, o paciente desenvolverá atrofia e fraqueza por desuso. Os efeitos psicosociais também não podem deixar de ser ignorados: a órtese para o tronco não podem ser ignoradas, pois ela é um indicador visível de deficiência. São chamadas de coletes (verticais) ou cintas (horizontais) TORÁCICAS, TORACOLOMBARES E LOMBARES ÓRTESE DE HIPEREXTENSÃO TORACOLOMBAR Pcts com fraturas estáveis s/ comprometimento neurológico Pcts c/ osteoporose avançado c/ riscos de fratura Estabilização toracolombar em hiperextensão Aplicação de forças anteriores no esterno e no pubis, e posterior toracolombar Mov. cinturas pélvica e escapular prerservadas Pré-fabricadas ou sob medida TLSO: Jewett Cash COLETE DE JEWETT Pós cirúrgicos e fraturas da coluna toraco lombar s/ risco de colapso vertebral nem piora do quadro neurológico. Boa limitação dos movimentos de flexão e extensão, quase nenhuma rotação. Estrutura anterior única Composição: Placa esternal, Hastes laterias do tronco, Placa suprapúbica Cuidado: c/ os apoios no esterno e púbis c/ os alívios nas axilas, asas ilíacas e seios COLETE DE CASH Colete de hiperextensão em cruz Pontos de apoio anterior (esterno e pubis) e posterior (toracolombar) Hastes metálicas : 1 vertical e 1 horizontal Pouca estabilidade de tronco Variação - 2 apoios em peitorais: Osteoartrose Intolerância à pressão esternal Pcts que não toleram o uso do Jewett Pcts c/ seios muito volumosos Pcts c/ bolsas de colostomia CONTENÇÃO E IMOBILIZAÇÃO TORACOLOMBAR Contenção: Órtese tipo Knight (putty rígido) Órtese tipo Taylor Imobilização: Body jacket (colete bivalvado) ÓRTESE TIPO KNIGHT TLSO composta por banda torácica e banda pélvica unidas por hastes laterais e posteriores. Controla os mov. nos planos frontal e sagital Em duralumínio, courvin, lona e velcro. Sob medida Pcts c/ discopatias graves, espondilólise ou espondilolisteses, estenose do canal medular Sem indicação quando se deseja imobilização local ÓRTESE TIPO TAYLOR TLSO composta por banda pélvica, 2 barras paraespinhais, 1 banda interescapular e correias axilares Limita a flexão e a extensão toracolombar Bom controle sobre a inclinação lateral Controle parcial à rotação axial Pcts em tto de escolioses lombares leves, fraturas e etc Sob medida BODY JACKET Órtese de imobilização toracolombar Material termoplástico Pressão abdominal e alívio em saliências ósseas Sistema bivalvado Limite superior: esterno e ângulo inferior da escápula Limite inferior: púbis c/ recorte p/ flexão do quadril, grande trocanter e região sacrococcígea Sistema de contato total Indicação: Imobilizar a região torácica nos casos de reabsorção óssea c/ risco de fratura, fraturas torácicas (T7-T12), pós-operatórios. CONTENÇÃO E IMOBILIZAÇÃO LOMBOSSACRA Contenção: Cinta abdominais Faixas lombossacras Colete tipo Putty Imobilização: Colete + componente pélvico Órtese de Willians CONTENÇÃO LOMBOSSACRA ↓ a mobilidade e dá suporte local Podem ser flexíveis, semirrígidas ou rígidas Efeito: Compressão abdominal → alívio das estruturas moles da região lombar e toracolombar Pacts c/ lombalgias, lombociatalgias, osteoporose avançada, pós operatório, trauma local Uso contínuo → atrofia e hipotonia IMOBILIZAÇÃO LOMBOSSACRA C/ componente pélvico associado Órtese de Willians Melhor controle da extensão Pacts com espondilolistese ÓRTESES P/ DESVIOS POSTURAIS Cifose Escoliose Avaliação clínica: Curvatura patológica? Curvatura redutível? Há compensações? Em pacientes com escoliose é importante conhecer o valor angular da escoliose, a flexibilidade, a localização da curva, o potencial de crescimento do paciente. COLETE DE MILWAUKEE CTLSO Composto por cesto pélvico em termoplástico, anel cervical, 3 hastes metálicas, e almofadas torácicas Uso 23 horas no dia Ajuste mensal Prevenir a evolução das curvaturas e, consequentemente ↓ a necessidade de correções cirúrgicas Indicado para curvaturas entre 20-25º e 40-45º (medição de Cobb) Difícil aceitação – pouco estética COLETE DE BOSTON Colete de TLSO baixo Para tto de escolioses baixas Sob medida Rígido polipropileno Pressões em região abdominal e sacral mantêm a pelve em posição neutra no plano sagital No plano frontal, pressões devem ser aplicadas no vértice da curva no lado da convexidade e na borda superior próxima à axila, na concavidade da curva COLETE TLSO ALTA Sem componente cervical Com paredes laterais mais altas ao nível axilar Indicado para escolioses mais altas Maior aceitação do que as CTLSOs Contraindicada para curvaturas com ápice acima de T8 ÓRTESES PARA MMSS Também conhecida como Splints Cuidados pré e pós operatórios Suporte terapêutico para diversas doenças. OBJETIVOS: Prevenir deformidades Diminuir processos dolorosos articulares e algias musculares Auxiliar AVDS e AVPS Auxiliar em casos de desequilíbrio muscular provocado por paralisia INDICAÇÃO Malformações congênitas Traumas Queimaduras Processos degenerativos e inflamatórios - Ombro - Cotovelo - Punho - Mão - Dedos QUANTO À CONFECÇÃO Geralmente confeccionadas de material termoplástico ou tecidos ou neoprenes, com hastes plásticas ou metálicas. QUANTO À FUNÇÃO Estáticas → Repouso Dinâmicas → Movimento OMBRO Tirante clavicular ou tirante axilar em oito Pcts com fratura de clavícula Manter a retração das escápulas e dos ombros Pré fabricada com fixação posterior Tipoias: Repouso do MS acometido Pré-fabricada Órtese p/ estabilização de fratura Órtese de Sarmiento Fraturas reduzidas Termoplástico c/ fixação em velcro Cuidado com excesso de pressão e remoções indevidas ÓRTESEP/ ESTABILIZAÇÃO DE FRATURA Termplástico: Mais leve Mais higiênica Menos quente Ajustável Gesso: Mais pesado Menos higiênica Mais quente Sem ajuste COTOVELO Órtese estática: Caso de fraturas intra-articulares Queimaduras Contraturas Ressecção de tumor Artroplastia Reparação nervosa Transferência tendínea Processos degenerativos Órtese articulada: Pcts com instabilidade articular TTO c/ necessidade de limitação p/ flex ou ext Articulações mono ou policêntricas Tirante proximal de antebraço: Braçadeira p/ cotovelo de tenista Alívio de dor e inflamação Pré-fabricada Posicionado abaixo do cotovelo fletido a 90º PUNHO Órtese estabilizadora: Reduzir dor e inflamação Limitar movimentos Proteger contra lesões articulares Melhorar a função da mão Prevenir e corrigir contraturas e desvios Pcts c/ tendinites, tenossinovites, fraturas, fraqueza dos extensores de punho e síndromes compressivas Órtese estabilizadora: Pré-fabricada → tecido Sob medida → termoplástico PUNHO E POLEGAR Imobilização, estabilização e repouso Pcts c/ tenossinovite, sind. de De Quervain, fratura do escafoide, sequela de TRM. Punho e polegar em posição neutra Polegar posicionado adequadamente Articulação interfalangiana distal livre Pré-fabricada ou sob medida PUNHO, MÃO E DEDOS Órtese para repouso: Órtese de posicionamento funcional 30º extensão de punho 45º flexão metacarpofalangiana 15º flexão interfalangiana Imobiliza, repousa, previne/reduz contraturas, ↓ hipertonia muscular METACARPOS Pcts com fraturas da cabeça dos metacarpos, contratura de Dupuytren, inflamação articular Termoplástico Metacarpofalangiana em extensão DEDOS Pcts c/ fraturas, luxações, pós-operatórios, contraturas e instabilidades interfalangianas Alinhamento biomecânico → restabelecimento funcional ÓRTESES DINÂMICAS C/ articulações e c/ dispositivos de energia externa Auxilia músculos fracos Evita contraturas e aderências cicatriciais Aumenta ADM Sob medida ÓRTESE PARA QUEIMADURAS As órteses podem ser utilizadas temporariamente como parte de um programa de reabilitação para pacientes com queimaduras ou transtornos dos tecidos moles associados a patologia neuromuscular. Talas, dispositivos de posicionamento e roupas de pressão podem ser aplicados no tratamento de cicatrização hipertrófica e aderência de tecidos moles. QUEIMADURAS Acidentes extremamente comuns. Felizmente a maior parte dessas queimaduras não são graves apresentando apenas algum desconforto por um pequeno período. Maior incidência no sexo masculino. Crianças de até seis anos são vitimas frequentes de escaldamento e queimaduras por combustão, constituindo 60% dos casos de acidentes domésticos. TIPOS DE QUEIMADURAS Por escaldamento Reações químicas Eletricidade Fogo Objetos aquecidos A queimadura é uma lesão em uma área do corpo provocada por alguma reação térmica, química ou elétrica capaz de produzir um calor excessivo que danifica os tecidos do corpo. CLASSIFICAÇÃO Quanto à profundidade: Queimadura de 1º grau; queimadura de 2º grau; e queimadura de 3º grau. Quanto à extensão: É classificada de acordo com a área. Normalmente utilizam-se a regra dos nove. A avaliação da extensão da queimadura + a avaliação da profundidade = gravidade do paciente ÓRTESES APLICADAS P/ O TTO DE QUEIMADURAS Malhas compressivas: Evitam cicatrizes e sequelas resultantes das lesões de pele, pois permitem o fluxo sanguíneo normal e são desenhadas para manterem uma pressão adequada e constante sobre as áreas em processo cicatricial, prevenindo e controlando a hipertrofia com a consequente ↓ das sequelas “desfigurantes”. BOA PROVA!!!!!!!
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