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AULA INCONTINÊNCIA URINÁRIA (AV2)

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INCONTINÊNCIA URINÁRIA 
Profª. Isabella Lôbo 
INCONTINÊNCIA URINÁRIA 
INCONTINÊNCIA URINÁRIA 
CONCEITO: 
“ A incontinência urinária é definida como 
qualquer perda involuntária de urina, exceto 
para crianças.” (BARRACHO, 2006) 
INCONTINÊNCIA URINÁRIA 
INCONTINÊNCIA URINÁRIA 
 
 É mais comum em mulheres. 
 
 Podendo até 50% delas em alguma 
fase de suas vidas. 
 
 Sua prevalência aumenta com a 
idade, apesar de não ser uma 
doença que leve a morte leva a 
depressão, vergonha e isolamento 
social. 
 
 (Luft, 1998) 
INCONTINÊNCIA URINÁRIA 
 
FREQUENCIA DIURNA 
AUMENTADA: 
 
• É quando o pacienta relata 
urinar várias vezes ao dia. 
• Equivalente à polaciúria 
 
INCONTINÊNCIA URINÁRIA: 
SINTOMAS: 
INCONTINÊNCIA URINÁRIA 
URGÊNCIA: 
Desejo repentino, 
dificilmente 
inadiável, de urinar. 
SINTOMAS: 
INCONTINÊNCIA URINÁRIA 
NOCTÚRIA: 
É quando a pessoa 
acorda durante a noite 
para urinar, 1 ou mais 
vezes. 
SINTOMAS: 
 ENURESE: 
 Qualquer perda involuntária de 
urina. Se ocorrer durante o sono, 
deve ser associada ao com o 
adjetivo noturna. 
 É muito comum em crianças, 
devido grande volume de urina 
pela ingestão de líquidos ou a 
criança pode ter a bexiga 
sensível ou pequena. 
 
 
INCONTINÊNCIA URINÁRIA 
SINTOMAS: 
São sintomas específicos 
durante a fase miccional. 
Jato fraco: Redução da força do jato se 
comparado com situações anteriores. 
Hesitação: Dificuldade de iniciar a 
micção, resultando em um atraso no 
tempo entre a micção e a vontade de 
urinar. 
Esforço para urinar: Esforço para 
iniciar, manter e aperfeiçoar a micção. 
SINTOMAS DE ESVAZIAMENTO: 
São sintomas que ocorrem 
imediamente após a micção. 
Sensação de esvaziamento 
incompleto: 
 É a sensação que resta urina na 
bexiga após a micção. 
 
 Gotejamento pós miccional: 
 É a perda involuntária de urina após a 
micção, após levantar do vaso 
sanitário 
 
SINTOMAS PÓS MICCIONAIS: 
Classificação da IU: 
URGE-INCONTINÊNCIA – perda 
involuntária de urina precedida por 
sensação iminente de urgência; 
 
IU DE ESFORÇO – perda involuntária de 
urina durante esforço (tossir, 
espirrar, carregar peso, durante 
atividade física). Ocorre por 
hipermobilidade do colo vesical ou 
defeito esfincteriano intrínseco; 
 
IU MISTA – perda involuntária de urina 
associada tanto a urgência como ao 
esforço. 
 
 IU POR TRANSBORDAMENTO – escape 
incontrolável de pequenas 
quantidades de urina de uma bexiga 
cheia. Ocorre por incompetência do 
detrusor; 
 
 IU CONTÍNUA – urina escapa 
constantemente e completamente da 
uretra dia e noite. 
 
 
Classificação da IU: 
 
INCONTINENCIA SITUACIONAL – 
Perda de urina em outras 
situações. 
 
INCONTINENCIA FUNCIONAL – 
Perda de urina em virtude de 
uma menor mobilidade; 
 
OUTROS TIPOS DE IU: 
 A urina é produzida em torno de 15 gts/min; 
O enchimento da bexiga é contínuo ou seja 
sempre tem urina na bexiga; 
 A urina residual é menor que 50 ml. 
O primeiro desejo miccional tem-se armazenado 
na bexiga cerca de 150 à 200 ml de urina. 
O segundo desejo é quando a pessoa sente um 
forte desejo miccional tem cerca de 300 à 400 
ml de urina. 
O terceiro desejo é incontrolável pois a bexiga 
atinge a capacidade máxima de reserva é de 
400 à 600 ml de urina 
 Durante a micção não pode haver: dor, urgência 
ou incontinência 
CURIOSIDADES: 
A BEXIGA: 
 A bexiga é um órgão 
autônomo constituído de 
músculo liso. 
A sua função é 
armazenar urina sem 
esforço, sem dor e sem 
perda involuntária e de 
eliminá-la 
completamente, 
voluntariamente sem 
esforço e dor. 
 É constituída de músculo 
estriado, músculo liso na parede 
da uretra. 
Na mulher, fica atrás da sínfise 
púbica e anteriormente à vagina 
e tem apenas 4 cm. 
 Possui glândulas de Skene: que é 
responsável pela lubrificação e 
pela a ejaculação feminina. 
O orifício uretral localiza-se 
externamente : acima da vagina e 
debaixo do clitóris sendo 
protegida pelos grandes lábios. 
 
A URETRA: 
FUNÇÕES ANTAGÔNICAS 
BEXIGA X URETRA 
 Micção = MAP relaxam e MM 
Detrusor contrai; 
 Para que ocorra a micção: ocorre 
um relaxamento do tônus uretral e 
contração da musculatura da 
bexiga (vesical). 
 E para ocorrer o armazenamento 
ocorre o inverso: aumento do tônus 
e contração uretral e diminuição 
do tônus com relaxamento da 
bexiga. 
 Intervalo miccional ocorre de 2 – 4 
horas. 
 
 
SISTEMA SIMPÁTICO; 
- Origina-se na medula espinhal em T10 e L2. 
- Responsável pelo armazenamento da urina. 
- Neurotransmissor: Acetilcolina ( pré-ganglionar) 
noradrenalina( pós-ganglionar); 
- Atuam nos receptores α na uretra (contração do esfíncter 
externo da uretra) e β (relaxando detrusor). 
 
SISTEMA PARASSIMPÁTICO 
- Origina-se na medula sacral em S2 e S4. 
- Neurotransmissor: Acetilcolina; 
- Atua na contração do detrusor e inibe músculos lisos da 
uretra (esfíncter); 
- Responsável pelo controle motor do detrusor , promovendo 
contração da bexiga. 
 
 
 
INERVAÇÃO VESICOESFINCTERIANA 
• SISTEMA NERVOSO SOMÁTICO 
 
- Inerva Diafragma Pélvico, 
Esfíncter externo da uretra e 
Trato urinário inferior; 
 
- Responsável por iniciar as 2 
fases da micção com a contração 
e relaxamento dos MAP e mm 
estriados da uretra; 
 
INERVAÇÃO VESICOESFINCTERIANA 
FASES DA MICÇÃO: 
1. Armazenamento ou Enchimento – 
início após cada micção; SN 
Simpático e Somático; inibição do 
SNC na medula sacral; 
 
2. Esvaziamento ou Expulsão – inicio 
c/ relaxamento dos MAP e 
esfíncter externo da uretra; SNC 
atua ativando o SN parassimpático 
q/ contrai o detrusor e relaxa mm 
lisos da uretra. 
 
NEUROFISIOLOGIA DA MICÇÃO 
 
FASES DA MICÇÃO: 
 
1. Armazenamento ou 
Enchimento 
 
2. Esvaziamento ou 
Expulsão 
 
FISIOLOGIA DA MICÇÃO 
 
 
 EPIDEMIOLOGIA DA IU 
 Para Diokno et al. (1986), a incidência de IU 
depois dos 60 anos varia entre 35 – 41%. 
 
 Segundo B. Krajl et al. (1994), a 
incontinência representa um dos MAIS 
FREQUENTES problemas encontrados na 
população feminina. Há diferença 
significativa na incidência de IU relacionada 
a paridade: nulíparas x multípara (12,4% x 
34,3%) e na incidência de IU relacionada a 
atividade física, isto é, mulheres q/ não 
praticam exercícios x mulheres q/ praticam 
(26,5% x 37,4%). 
Guidi et al (1990), em estudo realizado no Centro de 
Assistência Integral à Saúde da Mulher, da UNICAMP, com 
149 mulheres maiores de 30 anos através de 
questionários padrão sob supervisão de autores, 
observaram que a prevalência de perda urinária aos 
esforços foi de 37,5%. 
 
 
EPIDEMIOLOGIA DA IU 
IU é a perda involuntária de urina que causa 
problema social e higiênico a mulher. 
 
FATORES DETERMINANTES DA 
PRESSÃO INTRA-URETRAL: 
 
Mucosa da uretra; 
Vascularização; 
Musculatura; 
Tecido Conjuntivo Periuretral. 
 EPIDEMIOLOGIA DA IU ETIOLOGIA DA IU 
TEORIA DE ENHORNING 
 
- Aumento da pressão intra-vesical 
aos esforços, s/ concomitante 
evento na pressão intra-uretral, 
predispondo a perda urinária. 
 
ETIOLOGIA DA IU 
TEORIA DE PETRUS ULMSTEN 
 
- Composição do tecido conjuntivo – 
frouxidão de parede vaginal ou de seus 
ligamentos de suporte. 
ETIOLOGIA DA IU 
EFEITO DO HIPOESTROGENISMO 
 
Lig. e fáscias + delgados, facilitando o 
deslocamento da junção vésico-uretral, 
bexiga e útero; 
 
Perda da elasticidade e atrofia da 
musculatura uretral e do colo vesical; 
 
Comprometimento do aporte sanguíneo
e do 
colágeno; 
ETIOLOGIA DA IU 
Nível psicológico 
Ocupacional 
Doméstico 
Físico 
Sexual 
IMPACTO PSICOSSOCIAL 
ESTUDO URODINÂMICO 
 -Avalia funções de armazenamento e 
esvaziamento. 
 
FLUXOMETRIA 
 
 - Avaliação objetiva da micção; 
 - Cadeira de fluxometria gera gráfico; 
 -Observamos a função de esvaziamento 
vesical 
MÉTODOS DIAGNÓSTICOS 
Fluxometria 
 
 - Volume urinado 
 - Fluxo urinado 
 - Fluxo máximo » 15ml/s 
 - Fluxo médio 
 - Tempo de fluxo 
 - Tempo p/ fluxo máximo 
 - Tempo de micção 
Tempo de Fluxo (s) 
Tempo p/ fluxo máximo 
Fluxo Máximo 
Volume urinado 
Taxa de Fluxo (ml/s) 
MÉTODOS DIAGNÓSTICOS 
ESTUDO URODINÂMICO 
 
CISTOMETRIA 
 
 -Avalia função de enchimento e 
armazenamento de urina na bexiga. 
 - 1º - sonda para retirar resíduo; 
 - Utiliza cateter de duas vias. (Pdt = Pabd – 
Pves); 
 - A cada 100ml de infusão de soro solicita tosse; 
MÉTODOS DIAGNÓSTICOS 
• DIÁRIO MICCIONAL 
 
Objetiva identificar o tipo de 
IU e mostrar a melhora do 
paciente durante o 
tratamento; 
 
O intervalo miccional médio – 
retreinamento da bexiga 
através da TERAPIA 
COMPORTAMENTAL. 
MÉTODOS DIAGNÓSTICOS 
 DIÁRIO MICCIONAL - CARACTERÍSTICAS 
MEDIDA FINALIDADE 
Intervalo médio entre as micções Determina este intervalo 
Frequência das micções em 24 hs Hábitos vesicais e dados acerca dos resultados 
Frequencia miccional noturna Hábitos vesicais e dados acerca dos resultados 
Nº de episódios de IU em 24 hs Dados acerca dos resultados 
Causa dos acidentes Sintomas de estresse ou urgência? Causa. 
Ingestão total de líquido Aconselhamento acerca da ingestão normal de 
líquido 
Nº de irritantes vesicais por dia Aconselhamento acerca da redução de 
irritantes vesicais 
MÉTODOS DIAGNÓSTICOS 
DIÁRIO MICCIONAL 
 
1. Micção ao banheiro*: verificar, medir 
ou contar número de segundos; 
 
2. Verificar se ocorre vazamento de urina, 
assinalar se é pequeno ou grande*; 
 
3. Assinalar a razão pelo acidente (salto, 
espirro, levantamento, água, urgência); 
 
4. Assinalar o tipo e a quantidade de 
ingestão de líquido. 
MÉTODOS DIAGNÓSTICOS 
 PAD - TEST 
 
- Avalia a quantidade de perda de 
urina; 
- Pct chega, bebe bastante água e 
a mesma coloca um absorvente 
“pesado” e após uma série de 
exercícios pesa o absorvente 
novamente o que vai caracterizar 
a perda de urina. 
TESTES ESPECÍFICOS 
Q – tip – teste 
 
 Avalia a mobilidade do colo vesical e uretra 
proximal através da introdução de cotonete 
estéril na uretra; 
 
 Solicita-se Manobra de Valsalva e afere-se 
incursão do cotonete c/ goniômetro; 
 
 Alterações acima de 30º no eixo horizontal 
indica hipermobilidade da junção útero vesical 
podendo estar associada a IUE. 
TESTES ESPECÍFICOS 
 STOP - TEST 
- Interrompe-se a micção por 1 ou 2 vezes após 5 seg do 
início da mesma; 
GRAU DESCRIÇÃO DA FUNÇÃO RESULTADOS 
1 Muito precária Incapaz de tornar + lento o jato de urina 
2 Precária Pode tornar + lento o jato, porém não 
consegue interrupção 
3 Regular Consegue interromper o fluxo de urina 
lentamente e c/ dificuldade 
4 Razoavelmente boa O jato é interrompido subtamente, porém a 
interrupção não pode ser interrompida 
5 Boa O jato é interrompido subtamente e a 
interrupção pode ser repetida. 
TESTES ESPECÍFICOS 
AVALIAÇÃO EM 
UROGINECOLOGIA 
AVALIAÇÃO 
 QUEIXA PRINCIPAL: 
 -É importante levar em consideração a queixa da 
paciente 
 SINTOMAS: 
 -Deve-se ser caracterizado de acordo a freqüência 
que ocorre, com a quantidade de urina, o que 
provoca essa perda? foi feito tto prévio? 
 HISTÓRIA CLÍNICA: 
 -DM, HAS, Insuficiência vascular, condição 
neurológica 
 USO DE MEDICAMENTOS 
 HÁBITOS MICCIONAIS 
INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA 
 BENZODIAZEPÍNICOS: Podem causar IU secundária 
 ÁLCOOL: Aumenta a diurese 
 DROGAS ANTICOLINÉRGICAS: Compromete a 
contratilidade do detrusor. 
 ALFA ADRENÉRGICOS: Aumenta a resistência da 
uretra 
 ALFA BLOQUEADORES: Diminui o fechamento da 
uretra. 
 BLOQUEADORES DOS CANAIS DE CÁLCIO: Diminui a 
contratilidade do detrusor 
 DIURÉTICOS: Causa polaciúria e urgência 
 INIBIDORES DA ANGIOTENSINA: Aumento da tosse gera 
aumento de pressão abdominal levando a IU de esforço. 
AVALIAÇÃO 
 AVALIAÇÃO DO TROFISMO GENITAL 
 AVALIAÇÃO DO MEATO URETRAL: presença de carúncula, estenose, presença de 
secreção 
 AVALIAÇÃO DO PROLAPSO GENITAL: grau I,II e III. 
 TOQUE VAGINAL. 
 AVALIAÇÃO DA FORÇA DA MAP: 
 TESTE DA PERDA URINÁRIA: Fazer o teste coma bexiga previamente cheia de 
urina, solicita ela execute manobra de esforço. 
 VERIFICA SE HÁ EXAME DE ROTINA de urina par excluir; infecções, DM, 
HEMATÚRIA, LEOCOCITÚRIA. 
 UROCULTURA: é importante p/ verificar a presença de infecção no trato urinário. 
 DIÁRIO MICCIONAL. ( Valor normal de débito urinário em 24h é de 1.500 à 2.500 
ml) 
 TESTE DO ABSORVENTE ( pode ser feito em 24 à 48 horas é POSITIVO se o peso 
for > ou = 4g). 
 QUESTIONÁRIO DE QUALIDADE DE VIDA 
 
INSPEÇÃO 
Inspeção da pele vulvar: escoriações , 
edema, eritema. 
 
A avaliação visual funcional: mostra a 
visualização da genitália externa, 
verificando-se a presença ou ausência de 
contração voluntária visível da musculatura 
do assoalho pélvico após comando verbal. 
 
Diante desse contexto, a visualização da 
contração da muscular do assoalho pélvico 
é baseada na graduação de 0 a 5 
 
GRAU 
 
FUNÇÃO SUBJETIVA : Visualização 
da contração em posição 
ginecológica 
 
 À PALPAÇÃO 
0 AUSENTE AUSENTE 
1 AUSENTE RECONHECÍVEL 
2 DÉBIL RECONHECÍVEL 
3 PRESENTE SEM RESISTÊNCIA 
4 PRESENTE 
COM RESISTÊNCIA <5” 
Não consegue manter a 
resistência 
5 PRESENTE 
COM RESISTÊNCIA >5” 
Resistência mantida 
 
Bernardes et al, 2000 
TABELA DEVISUALIZAÇÃO E FORÇA 
EXAME FÍSICO NEUROLÓGICO: 
 Avaliação da força muscular, dos 
reflexos e sensibilidade dos MMMII. 
 Teste cutâneo-anal: 
 - Avalia tocando ou estimulando a pele 
do períneo causando contração do 
esfíncter anal 
 Teste bulbo cavernoso: 
 - Ao estimular o clitóris causa contração 
do músculo bulbocavernoso, sendo 
constatada através da contração anal. 
EXAME FÍSICO: 
PALPAÇÃO GENITAL: 
 Objetiva a palpação das estruturas vaginais e 
verifica a força muscular. 
 O MAP é tradicionalmente avaliado por meio da 
palpação vaginal. 
 
1. Coloca a paciente na postura ginecológica 
desnuda da cintura para baixo, 
2. Seguida da percepção tátil palpatória pelo teste 
digital, 
3. O examinador introduz o dedo indicador e o 
médio no introito vaginal. 
4. Inicialmente os dedos são introduzidos na 
posição vertical depois gira e horizontaliza. 
5. É necessário fazer abertura dos dedos indicador 
e médio para melhor palpar as paredes vaginais. 
6. Solicita a contração e classifica de 0-5 (grau). 
 
 
AVALIAÇÃO: TOQUE 
VAGINAL 
TABELA DE FORÇA MUSCULAR 
GRAU CONTRAÇÃO 
0 Nenhuma contração 
1 Esboço de contração leve, incapaz de 
ser mantida 
2 Contração fraca sendo mantida por 
menos de 3” seg, sem resistência. 
3 Contração moderada sendo mantida 
de 3 a 6” seg, contra fraca resistência. 
4 Boa contração, contra resistência 
moderada, mantida por 6-10” seg. 
5 Contração vigorosa contra resistência, 
mantida por mais de 10seg. 
TABELA: Quadro de graduação de força da MAP ao exame manual 
BARRACHO, 2006 
Docente: Isabella Lôbo 
TRATAMENTO 
DAS 
INCONTINÊNCIAS URINÁRIAS 
FORMAS DE TRATAMENTO 
 
 CIRÚRGICO 
 CLÍNICO Farmacológico 
 Fisioterapêutico
Redução dos fatores 
 agravantes 
TRATAMENTO 
TRATAMENTO CIRÚRGICO PARA IUE 
OBJETIVO: 
 
 Correção da hipermobilidade do colo 
vesical (HCV) : Mantendo em posição 
intra abdominal através da suspensão. 
 Correção das alterações anatômica da 
MAP. 
 Aumentar a resistência uretral, 
quando houver lesão esfincteriana 
intrínseca da uretra. 
 
 
CORREÇÃO DA HIPERMOBILIDADE DO 
COLOVESICAL 
1. VIA VAGINAL: não é tão 
utilizada 
2. SUSPENSÃO POR AGULHA: 
 Agulhas longas p/ elevação 
da fáscia vaginal periuretral 
fixadas na SP; 
3. COLPOSSUSPENSÃO: 
 Via videolaparoscopia 
 
 
 
 
 
 
1. SLING SUBURETRAL: 
 Alça dará apoio posterior e irá 
fixar-se à fáscia do reto 
abdominal; 
 
2. INJEÇÕES PERIURETRAIS: 
 Substâncias: gordura, colágeno e 
silicone; é utilizada para 
aumentar a pressão de 
fechamento uretral 
3. FITA VAGINAL LIVRE DE TENSÃO 
(TVT) 
 
 
CORREÇÃO DA RESISTÊNCIA URETRAL 
OBESIDADE; 
TABAGISMO; 
 INGESTÃO EXCESSIVA DE 
LÍQUIDOS 
CONTROLE CLÍNICO DAS 
PATOLOGIAS QUE 
INTERFEREM NO TRATO 
URINÁRIO. 
 NÃO DEMORAR MUITO 
TEMPO PARA URINAR !!!! 
REDUÇÃO DOS FATORES 
AGRAVANTES 
TRATAMENTO 
FARMACOLÓGICO 
INDICAÇÕES: 
 IUE leve* 
 Hipoestrogenismo do Climatério; 
 S/ Prolapso genital significativo; 
 Instabilidade do detrusor. 
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO 
DROGA AÇÃO 
ESTIMULANTE ALFA ADRENÉRGICOS: 
(EFEDRINA/ FENILPROPANOLAMINA) 
 Aumenta o tônus da uretra e do colo da 
bexiga 
 
ANTICOLINÉRGICOS: 
( TOLDERODINA/ OXIBUTININA) 
 
 Diminui contração involuntária do 
detrusor da bexiga. 
INIBIDORES DA RECAPTAÇÃO DA 
SEROTONINA: 
( DULOXETINA) 
 Aumentam o tônus e a contração do 
esfíncter uretral 
 
ESTROGÊNIO 
 
 
 Melhora o trofismo e a pressão de 
fechamento da uretra. 
 Aumenta a vitalidade epitelial. 
 Diminui as infecções urinárias 
recorrentes. 
TÉCNICAS FISIOTERAPÊUTICAS 
 
Terapia Comportamental; 
Terapia Manual; 
Cinesioterapia do Assoalho Pélvico; 
Cones Vaginais; 
Eletroestimulação; 
Biofeedback; 
Miofeedback. 
 
TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO 
 Consiste no treinamento 
vesical p/ recuperar padrões 
miccionais normais, 
enfatizando a importância de 
não “prender” a urina; 
 Orientações quanto a ingesta 
de líquidos; 
 Redução de irritantes vesicais; 
 Educação sobre o trato 
urinário inferior e suas 
patologias; 
TERAPIA COMPORTAMENTAL 
INDICAÇÕES: 
Urgência 
Urge-incontinência 
Freqüência Urinária 
IU Mista 
 
 
CONTRA - INDICAÇÕES: 
 Alterações mentais e 
cognitivas; 
 Incontinência por 
transbordamento; 
 Retenção urinária; 
 Infecção do trato 
urinário. 
 
 
TERAPIA COMPORTAMENTAL 
OBJETIVOS: 
 
 Conscientização dos MAP; 
 Alongamento dos MAP; 
 Deslocamento Cicatricial; 
 Reflexo de estiramento; 
 Ganho de resistência e força 
muscular. 
TERAPIA MANUAL 
PROCEDIMENTO: 
 
1º. Alongamentos e massagens nas paredes 
da vagina; 
2º. Contrair e relaxar a partir de quantas 
vezes e o tempo que ela conseguiu na 
avaliação (6-10s); 
3º. Exercícios resistidos – dedos do 
terapeuta ou cones vaginais; 
4º. Treinar situações de esforço (tosse) – 
pedir para ela contrair antes de tossir; 
5º. Evoluir c/ mudança da posição.( andar, 
sentar, subir escadas, agachar). 
TERAPIA MANUAL 
E SE O PACIENTE FOR GRAU 0 ? 
• 
• Iniciar c/ trabalho proprioceptivo: 
 
1. Treinar posicionamento – pedir p ela 
dizer em que parede está o dedo; 
2. Pedir para ela fazer força para cima 
(prender as fezes); 
3. Pedir p/ ela levar seu dedo para cima; 
4. Deslizar seu dedo por toda a parede 
da vagina; 
5. Se o paciente tem dor = 
crioestimulação no períneo. 
FISIOTERAPIA 
E AGORA ? FAZ 
O QUÊ?? 
MINHA GENTE 
 
“ A cinesioterapia baseia-se no princípio de 
que contrações voluntárias repetidas 
aumentam a força muscular e, 
conseqüentemente, a continência pela 
ativação da atividade do esfíncter uretral e 
pela promoção de um melhor suporte do colo 
vesical, estimulando contrações reflexas 
desses músculos durante as atividades 
diárias que geram estresse”. 
 ( BARRACHO, 2006) 
CINESIOTERAPIA 
FASES: 
1.↑ do conhecimento do períneo e 
da função dos MAP; 
2.Conscientização da musculatura 
3.↑ a FM dos MAP; 
4.↑ a ação reflexa dos MAP 
durante atividades de estresse. 
FISIOTERAPIA 
CONES VAGINAIS 
CONES VAGINAIS 
 Fornecem resistência e 
feedback sensorial aos MAP; 
 Permite conscientização da 
região perineal; 
 Recrutamento de fibras tipo I 
e II; 
 Material PVC de 20 – 100g; 
 Feitos em casa por 15 min, 2x 
ao dia 
 Introduzir todo até o colo do 
útero. 
CONES VAGINAIS 
INDICAÇÕES: 
 
 IUE e Urge-incontinência; 
 Fraqueza dos MAP; 
 Hipotonia do AP (pós-parto); 
 Disfunção sexual; 
 ↓ da propriocepção pélvica; 
 Falta de coordenação da contratilidade pélvica; 
 Suplementação à cirurgia; 
 Profilaxia de distopias genitais por debilidade 
do AP. 
CONES VAGINAIS 
CONES VAGINAIS 
 CONTRA - INDICAÇÕES 
 
 Presença de infecção no trato uro-genital; 
 Distúrbio psiquiátrico ou falta de compreensão; 
 Durante o período menstrual; 
 Durante ou imediatamente após relações sexuais; 
 Uso concomitante de tampões ou diafragmas; 
 Gravidez; 
 Retenção ou obstrução urinária. 
 
CONES VAGINAIS 
 OBJETIVOS: 
 
- ↓ a atividade do detrusor – receptores β-
adrenérgicos; 
- Reforço dos MAP. 
ELETROESTIMULAÇÃO 
VAGINAL ANAL 
ELETROESTIMULAÇÃO 
 APLICAÇÃO: 
 
 INIBIÇÃO DO DETRUSOR 
- 10Hz, s/ repouso; 
- Indicado para IU urgência. 
 FORTALECIMENTO PERINEAL 
- Fibras tônicas: s/ repouso (10Hz); 
- Fibras fásicas: c/ repouso (50Hz); 
- Indicado para IU de esforço. 
 ANALGESIA 
- 100Hz, c/ repouso. 
ELETROESTIMULAÇÃO 
ELETROESTIMULAÇÃO 
ELETROESTIMULAÇÃO 
ELETROESTIMULAÇÃO 
 CONTRA-INDICAÇÕES 
 
 Marcapasso; 
 Obstrução uretral; 
 Retenção urinária; 
 Refluxo vésico-uretral; 
 Denervação total; 
 Prolapso do útero grau III; 
 Infecção urinária. 
ELETROESTIMULAÇÃO 
CUIDADOS: 
 
 Sonda individual; 
 Esterilização com 
glutaraldeído; 
 Colocar o eletrodo com 
gel, antes de começar a 
terapia. 
 Não retirar o eletrodo 
entes de terminar a 
terapia. 
ELETROESTIMULAÇÃO 
BIOFEEDBACK ELETROMIOGRÁFICO 
 Método de retrocontrole biológico que utiliza uma 
informação instrumental como meio de aprendizado. 
 Trabalha fibras tipo I e II. 
MIOFEEDBACK PERINEAL 
 Biofeedback de pressão; 
 Desvantagem: captar também a pressão 
abdominal 
FORÇA MUSCULAR 
(perinômetro) 
0 – 10 sauers - ruim 
11- 25 sauers – regular 
26 – 40 sauers – normal 
41 –60 sauers – bom 
61 – 80 sauers – excelente 
81 – 100 sauers – 
extraordinário 
PERINEÔMETRO 
INDICAÇÕES 
 
 IUE; 
 Hiperatividade detrusora; 
 Tensão muscular; 
 Ausência de contração 
muscular; 
 Inversão de comando; 
 Melhorar a performance e 
resistência muscular. 
CONTRA-INDICAÇÕES 
 
 Incapacidade mental; 
 Ansiedade; 
 Baixa compreensão; 
 Desmotivação; 
 Baixa concentração e 
colaboração. 
MIOFEEDBACK E BIOFEEDBACK 
 LESÕES DO PARTO 
 
 Lacerações musculares; 
 Estiramento excessivo; 
 Lesão por esmagamento da MAP; 
 Redução da inervação sensorial ou motora. 
CAUSAS DE DEFICIÊNCIA 
ANATÔMICAS DOS MAP 
 DISFUNÇÃO NEUROLÓGICA 
 
 Afecções do SNP (Hérnia de 
disco, lesão medular, diabetes,
cirurgias pélvicas radicais) 
 
 Afecções do SNC (AVE, 
Esclerose múltipla, Doença de 
Parkinson) 
CAUSAS DE DEFICIÊNCIA 
ANATÔMICAS DOS MAP 
“Confia em Deus de todo seu 
coração,não te fies em tua própria 
inteligência;reconhece-o em todos os teus 
caminhos; e Ele endireitará as tuas 
veredas”. 
Provérbios 3, 1-18

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