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TEORIAS E SISTEMAS PSICOLÓGICOS I Aula 3: Comportamento Respondente – Reflexos inatos Teorias e Sistemas Psicológicos I AULA 3: COMPORTAMENTO RESPONDENTE – REFLEXOS INATOS Os reflexos inatos Os reflexos inatos possuem uma relação determinada com o ambiente, de forma que cada vez que o estímulo aparece, o comportamento é semelhante. Eles fazem parte de um conjunto de comportamentos transmitidos geneticamente, e que variam conforme as espécies. Essas são sempre o produto de uma longa seleção natural, que atuou nos diversos seres vivos selecionando os comportamentos mais adaptados ao ambiente no qual vivem. Teorias e Sistemas Psicológicos I AULA 3: COMPORTAMENTO RESPONDENTE – REFLEXOS INATOS Há uma classe de comportamentos que são compreendidos como uma “preparação mínima” para o organismo interagir com seu ambiente, e que possuem um papel importante na sobrevivência da espécie. Teorias e Sistemas Psicológicos I AULA 3: COMPORTAMENTO RESPONDENTE – REFLEXOS INATOS Um bebê, desde o nascimento, necessita mamar ao peito. Há uma série de movimentos de sucção importantes, e imagine ter que ensiná-lo a fazer isso, como seria difícil. Porém, logo que se leva o bebê ao mamilo, ele inicia os reflexos de sucção. Imagine, por outro lado, que você tivesse que aprender a retirar o braço toda vez que sente a espetada de um prego. Isso também ocorre automaticamente, sem que você precise aprender. São justamente esses comportamentos, que fazem parte do repertório inato do ser humano e de outras espécies animais, que são chamados de reflexos. Teorias e Sistemas Psicológicos I AULA 3: COMPORTAMENTO RESPONDENTE – REFLEXOS INATOS Na Psicologia, deve-se compreender que a palavra reflexo refere-se a uma relação estabelecida entre o que aconteceu antes do comportamento (o estímulo) e o próprio comportamento (a resposta a essa estimulação). S RElicia Mudança no Ambiente Alteração no Organismo Teorias e Sistemas Psicológicos I AULA 3: COMPORTAMENTO RESPONDENTE – REFLEXOS INATOS O reflexo indica uma relação entre um estímulo (ambiental) e uma resposta do organismo. O estímulo indica uma parte do ambiente ou uma mudança que ocorreu nele, e que afetou de determinada forma o organismo. Esse efeito, a mudança no organismo, é a resposta. Para representar essa relação reflexa, utiliza-se a letra S para indicar estímulo (de stimulus, em inglês) e a letra R para indicar a resposta. Como a análise do comportamento pode lidar com diferentes estímulos e respostas, costuma-se enumerá-los, para facilitar a diferenciação: S1, S2, S3... e R1, R2, R3... S RElicia Mudança no Ambiente Alteração no Organismo Teorias e Sistemas Psicológicos I AULA 3: COMPORTAMENTO RESPONDENTE – REFLEXOS INATOS Para compreender o fenômeno reflexo, é importante observar as mudanças possíveis entre a intensidade do estímulo e a magnitude da resposta. Magnitude se refere à grandeza variável da resposta emitida. Por exemplo, o diâmetro da pupila (reflexo pupilar), a distância que a perna percorre (reflexo patelar), entre outros. No exemplo do reflexo pupilar, a intensidade do estímulo é a intensidade de luz projetada sobre o olho, e a magnitude da resposta é o tamanho da contração obtida (diâmetro antes da apresentação da luz menos diâmetro depois da apresentação da luz). O importante é que essa relação refere-se aos aspectos mensuráveis dos estímulos e das respostas, ou seja, àquilo que é possível medir em cada um. Características do ato reflexo Teorias e Sistemas Psicológicos I AULA 3: COMPORTAMENTO RESPONDENTE – REFLEXOS INATOS Ao se observar um comportamento reflexo, discriminando suas variações quantitativas, é possível buscar verificar se há relações que seguem um determinado padrão. Tais padrões podem ser estabelecidos e descritos por meio de leis ou propriedades, que possibilitam compreender e mesmo prever o exato funcionamento reflexo. Lei da intensidade-magnitude: Ela demonstra que, quanto maior é a intensidade do estímulo, maior será a magnitude da resposta. Como no exemplo do reflexo pupilar, quanto maior for a intensidade da luz, maior será a contração da pupila. Deve-se levar em conta que há uma intensidade máxima do estímulo que provoca essa relação. Estímulos muito fortes podem, na realidade, comprometer o organismo em vez de eliciar uma resposta reflexa. Teorias e Sistemas Psicológicos I AULA 3: COMPORTAMENTO RESPONDENTE – REFLEXOS INATOS Lei do limiar: Toda resposta reflexa só é eliciada frente a uma intensidade mínima do estímulo. Ou seja, é necessário que o estímulo atinja uma intensidade suficiente (o que varia de reflexo para reflexo, e de organismo para organismo) para conseguir eliciar uma resposta. No caso do reflexo patelar, somente com uma determinada quantidade de força é que a perna levanta. Entretanto, o valor do limiar não é um valor exato, mas uma faixa de intensidade, na qual a resposta pode ou não ocorrer. Teorias e Sistemas Psicológicos I AULA 3: COMPORTAMENTO RESPONDENTE – REFLEXOS INATOS Lei da Latência e da duração: Essa lei descreve que quanto maior for a intensidade do estímulo, menor será a latência, ou seja, o tempo que vai desde a estimulação até a ocorrência da resposta. Imagine que você leve um susto devido a um barulho. Se alguém medir a altura do som e as contrações musculares associadas a seu susto, poderá perceber que, quando o som for mais alto, mais rápido seu corpo se contrairá. Essa regra não só vale para a latência, mas também para a duração da resposta: quanto mais intenso o estímulo, maior a duração da resposta eliciada. Força do reflexo: Ela representa uma relação entre a latência, a magnitude e a duração da resposta. Ou seja, a força do reflexo será considerada fraca se sua latência for longa, a magnitude pequena e a duração curta, e será considerada forte se a latência for curta, a magnitude for grande e a duração longa. Teorias e Sistemas Psicológicos I AULA 3: COMPORTAMENTO RESPONDENTE – REFLEXOS INATOS Efeito das eliciações sucessivas: Deve-se considerar que, após sucessivas apresentações do mesmo estímulo, na mesma intensidade, há uma mudança na relação dele com as respostas. Imagine, por exemplo, que você tem que cortar uma cebola. Seus olhos rapidamente começam a lacrimejar abundantemente. Conforme você continua a cortar outras cebolas, a quantidade de lágrimas tende a diminuir. Esse fenômeno se chama habituação do reflexo. Em outros casos, há a tendência de aumentar a reação ao estímulo conforme as sucessivas apresentações. Por exemplo, se você ouve uma goteira na torneira. No início, o barulho não incomoda muito mas, com o tempo, cada gota parece ter um som cada vez mais alto, tornando-se um barulho irritante. Esse fenômeno é chamado de potenciação do reflexo. É importante saber que a habituação e a potenciação modificam temporariamente o reflexo, já que, quando as repetições cessam por um determinado período de tempo, a relação entre estímulo e resposta retorna ao habitual. Até a próxima! Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12
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