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Aula 4: Condicionamento Respondente – reflexo aprendido

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TEORIAS E SISTEMAS PSICOLÓGICOS I
Aula 4: Condicionamento Respondente – reflexo aprendido
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 4: COndicionAMENTO RESPONDENTE – reflexo aprendido
O reflexo aprendido (condicionamento respondente)
O condicionamento respondente amplia o repertório de respostas de um organismo e o prepara 
para mudanças importantes de seu meio ambiente. 
Há uma classe de comportamentos que é compreendida como uma “preparação mínima” para o 
organismo interagir com seu ambiente, e que possui um papel importante na sobrevivência da 
espécie. Os comportamentos dessa classe são denominados reflexos inatos.
Contudo, tais comportamentos sofrem efeitos de uma forma específica de aprendizado, gerando 
novos comportamentos. 
Quando uma pessoa tem medo do dentista, devido à dor que sentiu em um tratamento anterior, 
muitas vezes, sente os sintomas de medo quando ouve um som semelhante ao dos equipamentos 
odontológicos. Como a reação de medo (tremores, sudorese), sentida primeiramente com a dor da 
primeira consulta, foi “transportada” para o som? Essa relação está ligada ao chamado 
condicionamento respondente, que será apresentado nesta aula.
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 4: COndicionAMENTO RESPONDENTE – reflexo aprendido
O reflexo aprendido (condicionamento respondente)
De acordo com a teoria evolutiva, é 
muito importante aos seres vivos não 
só terem reflexos inatos, pois estes só 
os auxiliam em situações específicas 
do ambiente. 
É necessário, também, que ele 
aprenda novos reflexos, para poderem 
lidar com situações que se 
modificaram, que estão fora do 
previsto biologicamente por seu 
organismo.
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 4: COndicionAMENTO RESPONDENTE – reflexo aprendido
O reflexo aprendido (condicionamento respondente)
O reflexo aprendido, ou condicionado, foi 
descoberto e estudado pelo fisiologista 
russo Ivan Petrovich Pavlov. Em seu 
laboratório, ele realizava diversos estudos 
fisiológicos, com o objetivo de estudar o 
funcionamento do sistema digestório 
utilizando, para tanto, o reflexo salivar, ou 
seja, a secreção de saliva por um 
organismo, eliciado pela apresentação de 
alimento. Em seu experimento, ele fazia 
uma pequena fístula próximo às 
glândulas de saliva do cão, na qual 
introduzia uma cânula, de forma a captar 
a quantidade de saliva produzida, 
podendo mensurar sua quantidade.
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 4: COndicionAMENTO RESPONDENTE – reflexo aprendido
O reflexo aprendido (condicionamento respondente)
O que Pavlov percebeu foi que, quando ele mostrava o 
alimento ao cão, a produção de saliva aumentava. Esse é o 
reflexo inato alimentar: alimento elicia saliva. Ele buscava 
verificar a variação da magnitude da resposta (quantidade de 
saliva) frente à variação da intensidade do estímulo 
(quantidade de alimento). Entretanto, ele acabou fazendo 
novas descobertas acidentais. Ele percebeu que a magnitude 
da resposta do reflexo salivar, após algumas repetições, variava 
mesmo antes da apresentação do alimento: ao ouvir os passos 
ou mesmo ao ver Pavlov chegando ao laboratório. Mesmo a 
proximidade do horário costumeiro de realização dos 
experimentos já parecia levar a um aumento da salivação.
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 4: COndicionAMENTO RESPONDENTE – reflexo aprendido
O reflexo aprendido (condicionamento respondente)
Para compreender melhor 
esses fenômenos, Pavlov 
montou o seguinte 
experimento.
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 4: COndicionAMENTO RESPONDENTE – reflexo aprendido
Termos utilizados no condicionamento clássico
Estímulo incondicionado (ou inato) – estímulo que naturalmente elicia (provoca) uma resposta 
incondicionada (ou inata).
 
Resposta incondicionada – resposta involuntária (automática) eliciada (provocada) pelo 
estímulo incondicionado.
Estímulo neutro – estímulo que não mantém relação com o reflexo inato em questão (o reflexo 
inato é a relação estabelecida entre o estímulo incondicionado e a resposta incondicionada).
 
Estímulo condicionado – nova denominação do estímulo neutro após seu pareamento com o 
estímulo incondicionado. Em função deste pareamento, o estímulo neutro assume as 
propriedades do estímulo incondicionado, passando a eliciar a mesma resposta.
 
Resposta condicionada – resposta eliciada pelo estímulo condicionado. A relação estabelecida 
entre o estímulo condicionado e a resposta condicionada caracteriza o reflexo aprendido.
Si
Ri
Sn
Sc
Rc
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 4: COndicionAMENTO RESPONDENTE – reflexo aprendido
Influências sobre o condicionamento respondente
O emparelhamento de um estímulo neutro (Sn) e de um estímulo incondicionado (Si) não é garantia de 
que o condicionamento ocorra. Alguns fatores são importantes para aumentar a chance de que o 
emparelhamento estabeleça o condicionamento:
• Frequência de emparelhamentos: quanto maior a frequência de emparelhamento, mais forte 
será a resposta condicionada. Entretanto, é importante considerar que um único 
emparelhamento, de alta intensidade, pode provocar um condicionamento forte o suficiente 
para durar toda a vida, mesmo sem a presença posterior do estímulo incondicionado.
• Tipo de emparelhamento: quando o estímulo neutro aparece antes do estímulo 
incondicionado, e permanece durante sua apresentação, maior será a eficácia do 
emparelhamento. 
• Intensidade do estímulo incondicionado: quanto mais forte o estímulo incondicionado, mais 
facilmente ocorrerá o condicionamento.
• Grau de predição do estímulo condicionado: para que o condicionamento ocorra, não é 
necessário somente que o emparelhamento seja frequente, mas a apresentação do estímulo 
neutro deve ser previsível. 
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 4: COndicionAMENTO RESPONDENTE – reflexo aprendido
Aplicações do conceito de condicionamento respondente
O processo de condicionamento respondente, portanto, cria novas relações entre estímulos e 
respostas. 
Essa relação também é importante para se compreender as emoções humanas. Watson demonstrou, 
por meio de experimentos, como as diversas emoções humanas podem ser aprendidas com o 
condicionamento, surgindo novas relações entre estímulos e respostas emocionais.
Pode-se, então, afirmar que as diferentes fobias são o resultado de algum emparelhamento anterior, 
que transferiu ao estímulo fóbico suas propriedades eliciadoras de pânico. 
Nas fobias há uma reação exagerada de medo a animais ou situações que, na realidade, não 
apresentam nenhum risco à pessoa. 
O condicionamento respondente permite compreender então que a razão desse medo “irracional” é 
algum emparelhamento que deve ter ocorrido em algum momento da vida da pessoa.
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 4: COndicionAMENTO RESPONDENTE – reflexo aprendido
Aplicações do conceito de condicionamento respondente
Compreender como tais comportamentos 
são estabelecidos auxilia não só na sua 
compreensão, mas também permite 
modificá-los, por exemplo, eliminando 
fobias, que acabam sendo 
comportamentos inadaptados e que 
causam muito sofrimento aos seus 
portadores. Posteriormente, discutiremos 
formas de lidar com tais medos 
condicionados, mas antes é necessário 
compreender as principais propriedades 
do reflexo condicionado.
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 4: COndicionAMENTO RESPONDENTE – reflexo aprendido
Propriedades do Reflexo condicionado
O condicionamento respondente não se 
restringe especificamente ao estímulo 
apresentado no processo de 
emparelhamento. Portanto, quando se 
cria um reflexo salivar no cão por meio da 
sineta, isso não significa que ele 
responderá somente àquele som 
específico. Após o processo de 
condicionamento, estímulos semelhantes 
fisicamente conseguem eliciar a mesma 
resposta.Assim, sons parecidos com a 
sineta também eliciarão o reflexo salivar. 
Esse fenômeno chama-se generalização 
respondente.
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 4: COndicionAMENTO RESPONDENTE – reflexo aprendido
Propriedades do Reflexo condicionado
Esses estímulos semelhantes não produzem a mesma magnitude da resposta eliciada pelo estímulo 
condicionado original (Sc).
Há um gradiente de generalização, ou seja, uma relação direta entre a semelhança do estímulo 
condicionado e a magnitude da resposta eliciada. 
Ou seja, quanto mais próximo o estímulo estiver do Sc, maior será a magnitude da resposta.
Cachorros grandes, mesmo de outras raças, darão mais medo que cães de pequeno porte que, por 
sua vez, eliciarão mais medo que imagens de cachorros ou bichos de pelúcia. 
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 4: COndicionAMENTO RESPONDENTE – reflexo aprendido
Propriedades do Reflexo condicionado
Outra propriedade importante do reflexo 
condicionado diz respeito à sua permanência ou 
ausência quando não há mais emparelhamento 
dos estímulos. 
Quando o Sc é apresentado várias vezes sem 
estar emparelhado com o Si, o que ocorre é uma 
gradual perda do seu poder de eliciação: aos 
poucos, a resposta cessa de ser eliciada. 
A campainha não causa mais a salivação do cão, 
se depois de sucessivas apresentações não 
houver alimento. 
Esse fenômeno é chamado de extinção 
respondente.
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 4: COndicionAMENTO RESPONDENTE – reflexo aprendido
Propriedades do Reflexo condicionado
A extinção respondente é importante, 
por exemplo, para a eliminação de 
fobias. 
Da mesma forma que se pode aprender 
a sentir medo, pode-se também 
aprender a não mais sentir medo, com o 
processo de extinção. 
Entretanto, para isso, é importante que o 
indivíduo se exponha ao estímulo 
condicionado algumas vezes, sem que 
haja o emparelhamento com o estímulo 
incondicionado. 
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 4: COndicionAMENTO RESPONDENTE – reflexo aprendido
Propriedades do Reflexo condicionado
Deve-se salientar que o processo de extinção de um reflexo condicionado, por meio da 
apresentação sucessiva do Sc sem o Si, não é contínuo, podendo haver momentos no qual o reflexo 
é recuperado. 
Esse fenômeno é conhecido como recuperação espontânea: Após a realização de um processo de 
extinção, é possível que haja uma recuperação da força do reflexo condicionado, mas não com a 
mesma força que antes. 
Retome, por exemplo, o medo de cachorro. Após um período de tempo no qual a pessoa passa ao 
lado de um cachorro manso, o reflexo de medo desaparece. Entretanto, após um período no qual 
ela não entra mais em contato com outros cães, ao avistar um atravessando seu caminho na rua, 
ela sente reavivar uma sensação de medo. 
Tais recuperações espontâneas vão se tornando cada vez mais raras conforme se continua o 
processo de extinção respondente.
Teorias e Sistemas Psicológicos I
AULA 4: COndicionAMENTO RESPONDENTE – reflexo aprendido
Aplicações acerca do reflexo condicionado
Duas técnicas foram consideradas como forma 
de amenizar o sofrimento do paciente fóbico. 
A primeira delas chama-se 
contracondicionamento. Essa técnica consiste 
em se realizar o condicionamento de uma 
resposta contrária àquela que é produzida pelo 
estímulo condicionado (Sc). 
A segunda técnica é chamada de 
dessensibilização sistemática. Ela baseia-se na 
generalização respondente e no mapeamento do 
gradiente de generalização, realizando, por meio 
dele, um processo gradual de extinção. 
Escore Categoria
0 No trabalho
25 Quando sei que vou viajar
30 Comprar a passagem
35 Arrumar as malas
50 Conduzindo até o 
aeroporto
60 Esperando na sala de 
embarque
70 Chamada para o voo
80 Entrada no avião
100 Decolagem do avião
75 Durante o voo
100 Turbulência durante o voo
90 Aterrissagem
0 Saindo do avião
Nota 0 = nada de ansiedade; 100 = Máximo de 
ansiedade
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Condicionamento Respondente de ordem superior
Ocorre em função do emparelhamento de um Sc com um novo Sn, o que é chamado de 
condicionamento de ordem superior. 
Os condicionamentos de ordem superior permitem compreender contextos mais complexos de 
reações reflexas e emocionais. 
A ideia de que comportamentos complexos poderiam ser derivações de reflexos mais simples foi 
dominante nas concepções de Pavlov e de Watson. Para eles, o reflexo seria uma unidade básica 
de comportamento, e que a análise de todos os comportamentos posteriores deveriam levar a 
relações simples entre estímulos eliciadores e respostas eliciadas.
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