PRINCIPIOS DO DIREITO EMPRESARIAL

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PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DE UM TÍTULO DE CRÉDITO 
( “L.A.N.” ):
. LITERALIDADE (deve ser cobrado do devedor exatamente o que está expresso no título. Em caso de reajuste, este será CONTRATUAL e não cambiário);
. AUTONOMIA (cada pessoa que assina o título de crédito assume a obrigação ali contida, pois, com sua assinatura, vincula-se obrigatoriamente);
. NEGOCIABILIDADE.
PRINCÍPIOS DO DIREITO CAMBIÁRIO ( “A.C.A.L.I.E.F.I.C.E.”)
A – AUTONOMIA;
C – CARTULARIDADE;
A – ABSTRAÇÃO;
L – LITERALIDADE;
I – INDEPENDÊNCIA;
E – EXECUTORIEDADE;
F – FORMALISMO;
I – INOPONIBILIDADE DAS EXCEÇÕES;
C – CIRCULAÇÃO;
E – ELASTICIDADE.
 Da AUTONOMIA: a assinatura cria o vínculo obrigacional em um título de crédito, o que significa dizer que todos que nele assinam, assumem integralmente aquela obrigação como se sua fosse.
 Da ABSTRAÇÃO: uma vez emitido e circulado o título de crédito, este se desvincula do negócio jurídico que lhe deu origem. Significa dizer que, ainda que o negócio jurídico seja desfeito, o título que lhe deu origem mantém sua validade. 
 Da CARTULARIDADE: este principio institui a cártula (papel) como o instrumento material representativo do elemento abstrato (direito).
O direito presente no título só detém aquele que o possui isso é notado quando dizemos que o título é um documento necessário ao exercício do direito nele mencionado. Como regra, A POSSE DO TÍTULO PELO DEVEDOR PRESUME SEU PAGAMENTO; O TÍTULO SÓ PODE SER PROTESTADO SE FOR APRESENTADO; SÓ É POSSÍVEL EXECUTAR UM TÍTULO APRESENTANDO-O.
 Da LITERALIDADE: vale o que está ESCRITO no título, desde o que foi colocado nele não contrarie sua natureza. 
OBS: em caso de quitação parcial, a mesma deve se fazer constar no título. 
 Da INOPONIBILDADE DAS EXCEÇÕES: vale o que está presente no título, qualquer motivação estranha que fez algum indivíduo assiná-lo por ordem de terceiro ou qualquer motivo pessoal, será analisado separadamente na forma da Lei, não se confundindo uma relação com a outra, não irão se misturar. 
 Da INDEPENDÊNCIA: tem como interpretação principal que qualquer indivíduo assina um título por livre e espontânea vontade, entretanto, se trata de uma presunção relativa que poderá ser contestada e ao ser provado o vício naquela assinatura, ela se torna nula e poderá ocorrer o ressarcimento do valor se for pago.
 Da CIRCULAÇÃO: quanto maior a circulação de um título, maior a confiança e a segurança em seu cumprimento. 
 Da ELASTICIDADE: este princípio garante que a cadeia de endossatários de um título de crédito possa se ESTENDER ILIMITADAMENTE por várias páginas SEM que o título perca alguma validade pela quantidade de endossos nele realizado. A única regra é que nesta lista, o último endossante de um folha seja obrigatoriamente o primeiro da folha seguinte, mantendo a legalidade da cadeia de endossos.
Da EXECUTORIEDADE: estabelece que somente a existência do título já é suficiente para exercer o direito nele contido e não há necessidade de nenhum outro documento probatório para realizar tal fato além daquele. 
Do FORMALISMO: todo e qualquer título deverá ter requisitos essenciais para ser reconhecido devidamente e seguir a Lei que lhe aplica. 
ENDOSSO: é um instituto translativo, trata-se de uma forma de transferir o título de crédito. Onde um indivíduo, por meio de sua assinatura, se vincula como coobrigado no cumprimento de uma obrigação e, ao mesmo tempo, transfere os direitos ali contidos.
Endossos PRÓPRIOS: consiste naquele que o efeito é de TRANFERÊNCIA do crédito e RESPONSABILIZAÇÃO do ENDOSSANTE.
Endosso em BRANCO: quando, no momento de sua assinatura, o ENDOSSANTE NÃO especifica (coloca) no título o nome do ENDOSSATÁRIO. Dessa forma, o titulo poderá circular livremente por meio da TRADIÇÃO.
Endosso em PRETO: quando, no momento de sua assinatura, o ENDOSSANTE COLOCA o nome do ENDOSSATÁRIO. 
Endosso PÓSTUMO ou TARDIO: é aquele realizado depois do seu vencimento. 
OBS: QUALQUER endosso que for dado depois da PRESCRIÇÃO ou do PROTESTO (após este e depois de expirado seu prazo), gerará o direito de uma CESSÃO ORDINÁRIA DE DIREITO CIVIL, ou seja, o endossatário só poderá cobrar do endossante que passou o título para ele.
Endossos IMPRÓPRIOS: o crédito aqui não é transferido, ficando o endossatário com uma POSSE LEGÍTIMA sobre o título.
CAUÇÃO ou GARANTIA: o ENDOSSANTE transmite o título ao ENDOSSATÁRIO somente como forma de garantia por alguma situação, o mesmo deve ser acompanhado dos dizeres “valor em garantia” ou “valor em penhor”. NECESSITA DA ASSINATURA DO ENDOSSANTE. 
PROCURAÇÃO ou MANDATO: a TITULARIDADE se mantém em no nome do ENDOSSANTE, que tem a responsabilidade por todas as ações realizadas pelo ENDOSSATÁRIO, que recebe a posse e o direito de exercer sobre o título qualquer ação. Deve ser acompanhado dos dizeres “para cobrança”, “valor a cobrar” ou “por procuração”. NECESSITA DA ASSINATURA DO ENDOSSANTE E EVIDENTE INTERPRETAÇÃO DO MÓDULO DE ENDOSSO QUE FOI FEITO NAQUELE MOMENTO.