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Bases Psicomotoras do Desenvolvimento Psicomotricidade Corresponde às transformações do ovo, o zigoto (óvulo fecundado pelo espermatozoide), num recém-nascido. Este processo decorre ao longo de 30 semanas e divide- se, geralmente, em três estádios: • período geminal ou zigótico (1 a 2 semanas); • período embrionário (3 a 8 semanas); • período fetal. Desenvolvimento Intra-uterino 1º mês • A cada 20hs as células se dividem e subdividem. • Em 14 dias o embrião mede 1mm. • Entre o 15º e o 21º dia, surgem o esboço do sistema nervoso, do aparelho auditivo e do sistema cardíaco, esboço dos membros superiores e inferiores, esboço dos olhos, formação dos pulmões e do pâncreas. • Na 4ª semana é a vez do coração que começa a bater com uma frequência de 120 a 140 bpm. Desenvolvimento Intra-uterino 2° mês • Embrião já mede de 4 a 5 cm e cerca de 5 a 10 g. • Aparecem os vasos que unem o cordão umbilical com a placenta. O cordão umbilical alimenta-o com nutrientes provenientes do corpo materno. • Começam a distinguir-se a cabeça, o tronco e os membros. • Os órgão internos estão em desenvolvimento. Desenvolvimento Intra-uterino 2° mês • 45° ao 60° dia, o coração já está com quatro cavidades e dedos dos pés e das mãos já estão separados. • Os olhos já estão formados mas não há pálpebras. • 8ª semana aparecem os músculos, as articulações e receptores periféricos da sensibilidade proprioceptiva ou profunda. • Percebe a formação da boca, a língua está em for- mação. Desenvolvimento Intra-uterino Desenvolvimento Intra-uterino 3° mês • O feto mede cerca de 7 a 9 cm. • Boca, nariz e ouvido externo já estão formados. • Os dedos dos pés e das mãos já estão nítidos e separados. • 9ª semana se formam as partes internas dos ouvidos e dos olhos. Os intestinos e os pulmões já estão praticamente formados. • Na 10ª semana o feto já movimenta a cabeça, os braços e o tronco. Desenvolvimento Intra-uterino 3° mês • Os órgãos internos já estão nos seus lugares, as principais articulações já são visíveis. • O feto aprende a fazer xixi, seus órgãos genitais já estão praticamente formados. 4° mês • Mede cerca de 16 a 20 cm, pesando de 120 a 170g. • Os olhos ainda estão fechados, mas já move as mãos e os pés. • Já se consegue definir o sexo, os ossos começam a substituir as cartilagens, já possui quase todos os órgãos desenvolvidos. • O bebê já dá cambalhotas e é percebido pela mãe. Desenvolvimento Intra-uterino 5° mês • Chega a medir de 25 a 30cm e pesar de 300 a 500g. • O feto já possui cabelo e aparecem os cílios e as sobrancelhas. • Já é capaz de ouvir barulhos externos. Desenvolvimento Intra-uterino 6ª mês • O feto mede cerca de 30 a 35 cm e pesa em torno de 700 a 900 g. • Seu corpo se apresenta coberto de lanugem, sua pele têm tom avermelhado, mas é muito enrugada. • Já comanda alguns movimentos. • Abre os olhos mas não enxerga, percebe apenas a luminosidade. • Pés e mãos já apresentam impressões digitais, as unhas já estão formadas. Desenvolvimento Intra-uterino 7ª mês • Mede cerca de 35 a 40 cm e pesa por volta de 1.300 a 1.600 g. • A gordura que surge sob a pele mantém a temperatura do corpo. • A partir de agora é a fase em que mais cresce. Se mexe pouco por falta de espaço. • Encontra-se de cabeça para baixo. Vai adquirindo a posição do parto. • Apresenta os sentidos bem desenvolvidos. Desenvolvimento intra-uterino 8ª mês • Mede cerca de 40 a 45 cm pesando em torno de 2300 a 2500 g. • Período em que engorda e cresce muito. • Os órgãos como rim, baço, pulmões, fígado já estão formados mas irão amadurecer no 1º mês de vida. • Ainda desenvolve o sistema imunológico. • Aumenta o crescimento do cérebro. • Sua retina já é funcional. Desenvolvimento Intra-uterino 9º mês • O feto mede cerca de 45 a 50 cm e pesa por volta de 3200 g. • Suas estruturas estão completamente formadas. • Apresenta as características de um bebê completamente desenvolvido. Desenvolvimento Intra-uterino Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do título mestre Escala de APGAR • Este índice foi criado por uma anestesista inglesa, Dra. Virgínia Apgar, na década de 50. É o método mais comumente empregado para avaliar o ajuste imediato do recém-nascido à vida extra-uterina, avaliando suas condições de vitalidade. Escala de APGAR • Para cada um dos 5 itens é atribuída uma nota de 0 a 2. Somam-se as notas de cada item e temos o total, que pode dar uma nota mínima de 0 e máxima de 10. • Uma nota de 8 a 10 significa que o bebê nasceu em ótimas condições. • Uma nota 7 significa que o bebê teve uma dificuldade leve. • De 4 a 6, traduz uma dificuldade de grau moderado. • E de 0 a 3 uma dificuldade de ordem grave. Escala de APGAR • Feito com 1, 5 e 10 minutos de nascido e de 5 em 5 minutos até atingir um Apgar > 7. • O boletim Apgar de primeiro minuto é considerado como um diagnóstico da situação presente, índice que pode traduzir sinal de asfixia e da necessidade de ventilação mecânica. • Já o Apgar de quinto minuto e o de décimo minuto são considerados mais acurados, levando ao prognóstico da saúde neurológica da criança (sequela neurológica ou morte). Escala de APGAR Reflexos Primitivos • O reflexo é uma atividade motora automática que tem sempre o mesmo padrão de repetição após uma estimulação específica. • Reação é uma atividade motora de resposta a determi- nado estímulo com um processamento mais lento variável a cada indivíduo. • A cada mês o sistema nervoso da criança vai se desenvolvendo e amadurecendo. • O bebê começa a agir de forma voluntária, programando suas ações motoras de forma cada vez mais elaborada e precisa. Reflexos orais • Sucção Reflexo de sobrevivência 0 a 4 meses (após, ato voluntário) Reflexos orais • Deglutição Aparece junto com o reflexo de sucção Não desaparece mais Reflexos orais • Busca ou 4 Pontos Cardeais Bebê abre a boca e se vira para o lado do toque Reflexo de busca Reflexos orais • Mordida Aparece em torno de 4 meses até o 6º - 7º mês • Vômito Reflexo que nascemos com ele e permanece por toda a vida Reflexos oculares • Glabelar Ao comprimir a glabela, fecha-se os olhos Constatações de paresias faciais Persiste até aproximadamente 2 meses Reflexos oculares • Córneo-Palpebral Fechamento dos olhos ao se aproximar um objeto Persiste por toda a vida Ausentes em pacientes com Paralisia Cerebral Reflexos oculares • Cócleo-Palpebral Ao estímulo sonoro, desencadeia-se reflexo de Moro e fechamento dos olhos Persiste por toda a vida Reflexos oculares • Reflexo dos olhos de boneca (Vestibulo ocular) À rotação lenta da cabeça, os olhos se movem na direção oposta (sensação de olhos fixos em um ponto) Se o movimento for rápido pode desencadear nistagmo Do nascer aos 2 meses Reflexos oculares Reflexos tônicos • Reflexo de Moro Examinadorcoloca a criança sobre um antebraço e apóia a cabeça com a outra mão. A mão que apóia a cabeça move-se para baixo. O lactente abre a boca, estende os braços e os dedos (1ª fase) Depois, fecha a boca e os braços flexionam (2ª fase) Reflexos tônicos • Reflexo de Moro Reflexo de Moro Reflexo de moro Reflexos tônicos • RTCA (Reflexo Tônico Cervical Assimétrico) Girando isoladamente a cabeça para um lado, as extremidades do lado do rosto estendem-se e as do lado occipital fletem-se Posição do esgrimista 0 a 4 meses RTCA RTCA RTCA Reflexos tônicos • RTCS (Reflexo Tônico Cervical Simétrico) Fletida a cabeça, os braços flexionam no cotovelo e as pernas estendem-se À extensão da cabeça, os braços estendem-se e as pernas fletem 2 a 10 meses Reflexos tônicos • RTL (Reflexo Tônico Labiríntico) Na posição prona, a criança adota posição de flexão total, sem rotação da cabeça Na posição supina, há extensão do tronco e das pernas com adução e rotação interna; braços normalmente estendidos, mãos fechadas e retração dos ombros Apresenta-se fraco em crianças normais Reflexos tônicos • RTL Desaparece até os 4 meses de vida Reflexos tônicos • RTL Freqüente em crianças com lesão cerebral, de forma mais intensa Reflexos Posturais • Reflexo Postural Labiríntico Ao se colocar a criança na posição prona, a cabeça fica no espaço e a criança consegue erguê-la De 1 a 12 meses Reflexos posturais • Reflexo de Marcha Automática Criança é mantida verticalmente, com as mãos no tronco, ligeiramente inclinada para frente. Ao se comprimir a sola do pé de uma perna sobre o suporte, ela irá flexionar-se e a outra estender-se. Movimento alternante dá impressão de marcha De 0 a 2 meses Reflexo de marcha automática Reflexo da marcha automática Reflexos posturais • Reflexo de Landau Lactente suspenso horizontalmente, por baixo do tronco, a cabeça ergue-se automaticamente seguida por extensão dos MMII À flexão súbita, ocorre flexão total do corpo 4 aos 12 meses Reflexos posturais • Reflexo de Landau Reflexo de Landau Reflexos cutâneos • Reflexo de Preensão Palmar Ao tocar a superfície interna da mão, esta se fecha 0 a 5 meses Reflexo de Preensão palmar ou Grasping Reflexos cutâneos • Reflexo de Preensão Plantar Tocando a planta do pé abaixo do hálux, os demais dedos assumem posição em garra 0 a 12 meses Reflexo de preensão plantar Reflexo de preensão plantar Reflexos cutâneos • Reflexo Cutâneo Plantar (Babinsky) Estímulo “em risco” do calcanhar em direção ao hálux, ocorre extensão do hálux e abertura em leque dos demais artelhos Até cerca de 9 meses Reflexos cutâneos • Reflexo de Galant Ao se friccionar paravertebralmente com o dedo o dorso, a criança forma um arco com o corpo de concavidade voltada em direção ao estímulo e o quadril é puxado para cima. A perna e o braço mo mesmo lado estendem- se e as extremidades opostas se fletem. 0 a 2 meses Reflexos cutâneos • Reflexo de Galant Reflexo de Galant Reflexos cutâneos • Reflexo Magnético Em posição supina, com os quadris e joelhos fletidos e cabeça na linha média, o examinador comprime os polegares sobre a sola do pé e lentamente os retira. O contato entre os dedos mantém-se, as pernas estendem- se e o pé parece ficar colado ao dedo do examinador 0 a 2 meses Reflexo magnético Reflexos cutâneos • Reflexo Placing Reaction (de Colocação) Ao se tocar o dorso da mão do bebê ele fará uma leve extensão da mão. Caso o estímulo seja dado no dorso do pé, teremos uma dorsiflexão. 0 a 2 meses Reflexo de colocação Reflexos cutâneos • Reflexo de Propulsão Com a criança na posição prona, o examinador comprime a planta dos pés com os polegares, assim o lactente começa a rastejar alternadamente 0 a 4 meses Reações de endireitamento ou retificação • Reação Postural Cervical ou Cervical de Retificação Em supino, gira-se a cabeça da criança para o lado. O corpo acompanha a rotação em bloco. 0 a 2 meses Reações de endireitamento ou retificação • Reação da Posição Lateral Com as mãos da criança na altura da cintura, desloca-se lateralmente o tronco, a cabeça coloca-se então novamente no espaço. 3 a 12 meses Reações de proteção • Reação de Proteção Para Frente Ao ser estimulada em desequilíbrio para frente a criança estende os braços Inicia-se a partir dos 6 meses Reações de proteção • Reação de Proteção Para os Lados Extensão dos MMSS para os lado do desequilíbrio Inicia-se a partir do oitavo mês Reações de proteção • Reação de Proteção Para Trás Ao ser desequilibrada para trás a criança realiza extensão dos MMSS para trás Inicia-se no 10º mês Reações de equilíbrio Aprimoramento das reações de proteção Capacidade de modificação e retorno a sua postura após alterações múltiplas Inicia-se aos 7 meses Reflexos primitivos Nome Estímulo Resposta reflexa Idade RTCA Virar a cabeça do bebe para um lado Os membros do lado da face se estendem e do lado occipital se flexionam Do nascimento ao 4º mês Moro Promover a sensação de queda (susto) Extensão dos membros e retorno a flexão Nascimento até o 6º mês Landau Sustentar a criança pelo tronco e fazê-lo sustentar a cabeça. Extensão dos membros Do 6º até 18º mês Galant Promover estímulo cutâneo sobre a lateral da coluna O bebê arma uma concavidade da coluna no lado estimulado Do 3º dia até o 3º mês Apoio Coloca-se o bebê sobre os pés e assumirá a posição de pé Do 3º dia até o 2º mês Reflexos primitivos Nome Estímulo Resposta reflexa Idade Marcha Automática Sustentar o corpo do bebê e deixar o seu pé apoiado fazer flexão anterior de tronco O bebê dá 3 ou 4 passos ritmados e coordenados Do nascimento até 3º ou 4º mês Cutâneo Plantar Deslizar a unha no bordo lateral do pé Flexão do joelho com dorsiflexão do pé com Hiperextensão do hálux Dos primeiros dias até 10º ou 12º mês Flexão Palmar Coloca-se o dedo na palma da mão Flexão dos dedos Do nascimento até o 5º ou 6º mês Pontos cardeais Tocar suavemente os lados da boca do bebê O bebê gira o rosto em direção o estímulo para sugar Do nascimento até o 12º mês Sucção Colocar o dedo na boca do bebê O bebê começa a sugar Do 5º mês intra-uterino até o 4º mês
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