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Processo Penal Dia 03/11/2017 Conexão Conceito No processo penal ocorre conexão quando 2 ou mais crimes são julgados em um único processo. Espécies Por Subjetividade (Art 76, J, 1º Parte do CPP) Concursal (Art 76, I, 2º Parte do CPP) Por Reciprocidade (ART 76, I, Parte Final do CPP) B1) Conexão Intersubjetiva B1.1) Por Subjetividade Ocorre conexão intersubjetiva por simultaniedade quando mais de uma pessoa pratica mais de um crime de forma simultânea sem que entre elas haja liame subjetivo ou vinculo psicológico. Exemplo: Um caminhão carregado com cestas básicas tomba na estrada, diversas pessoas de forma simultânea furtam a carga. B1.2) Concursal A + B C + D E + F + G Furtam Carros Roubam Armas Roubam Banco Mais de uma pessoa pratica mais de um crime com a finalidade delituosa, e na realidade ocorre uma divisão de empreitadas delituosas para uma finalidade delituosa. B1.3) Por Reciprocidade Algumas pessoas (2 ou mais) praticam mais de um crime, umas contra as outras. Exemplo: Lesoes corporais recíprocas. B2) Conexão Objetiva ou Material (Art 76, II do CPP) Uma pessoa pratica mais de um crime porém, um ou mais deles tem a finalidade de garantir a vantagem ou ocultar outro crime. Exemplo: Tìcio furta uma residência, ao sair com a rés furtiva (Produto do Furto) encontra rosinha uma velha amiga, 15 dias depois Tício mata rosinha para ocultar o crime B3) Conexão Instrumental ou Probatória (Art 76, III do CPP) Ela ocorre quando a prova de um crime interessar diretamente na prova de outro crime. Exemplo: Furto e Receptação Continência Conceito Ocorre continência no pocesso penal nos casos de concurso de pessoas, concurso formal de crimes, “aberratio ictus” e “aberratio delicti” com unidade complexa. Aberratio Ictus – Erro na Execução (( Art 73 do CPP )) Aberratio Delicti – Resultado diverso do pretendido (( Art 74 do CPP )) Espécies B1) Continência por cumulação subjetiva Ocorre nos casos de concurso de pessoas, Art 77, inciso I do CPP. B2) Continência por cumulação objetiva Ocorre nos casos de concurso formal de crimes “aberratio ictus” e “aberratio delicti” com unidade complexa, conforme artigo 77, II do CPP. IV – REGRAS PARA FIXAÇÃO DE COMPETÊNCIAS NA CONEXÃO E CONTINÊNCIA Regras para reunião de ações As regras para reunião de ações na conexão e continência estão no art 78 do CPP, deve-se observar a ordem de incisos e das alíneas se for o caso. Art 78, I do CPP Havendo conexão entre um crime doloso contra a vida e um crime não doloso contra a vida, todos serão julgados no tribunal do juri. Art 78, II do CPP Havendo conexãoem crimes da mesma categoria, ou seja todos dolosos contra a vida ou todos não dolosos conta a vida consumados em mais de um Município deve-se observar a ordem das alíneas do art 78, II do CPP para se verificar onde os crimes serão julgados. B.2) Alínea A Nova Iguaçu São Joao de Meriti Queimados Art 155 do CP Art 171 do CP Art 213 do CP No Exemplo acima, todos serão julgados no 213 porque é o que tem a pena Maior (Crime mais gravoso) B.3) Alínea B Nova Iguaçu São Joao de Meriti Queimados Art 121 do CP (3x) Art 121 do CP (2x) Art 121 do CP Maior número de vezes que o crime foi praticado (São João de Meriti) B.1) Alínea C Nova Iguaçu São Joao de Meriti Queimados Art 157 do CP Art 157 do CP Art 157 do CP Não há nenhum crime mais gravoso que o outro nem em quantidade maior. PREVENÇÃO Art 78, III do CPP Na concorrência de jurisdições de diversas categorias prevalecerá a de maior graduação, assim sendo havendo continência por cumulação subjetiva ou seja, concurso de pessoas se um dos agentes possuir foro privilegiado pela prerrogativa de função mesmo que os demais agentes não possuam foro privilegiado, todos serão julgados no tribunal com competência originária para julgar o agente com prerrogativa de função, desde que o crime não seja doloso contra a vida. Exemplo: Um juíz de direito junto com o seu secretário praticam o crime de peculato (Art 312 do CP), ambos serão julgados no Tribunal de Justiça. C1) Tribunal do Juri A competência do tribunal do juri está estabelecida na CRFB/88, e a prerrogativa de função de algumas pessoas também está estabelecida na CRFB/88, em razão disso como as normas têm a mesma hierarquia a questão gera divergência doutrinária. 1 Posição – Havendo continência por cumulação subjetiva entre um agente com prerrogativa de foro privilegiado determinado na CRFB/88 e um agente sem prerrogativa de função para a prática de um crime doloso contra a vida ambos deverão ser julgados no Tribunal com competência para julgar o agente com prerrogativa de função por força do art 78, III do CPP. 2 Posição – Havendo continência por cumulação subjetiva entre um agente com prerrogativa de função estabelecida na CRFB/88 e outro agente sem essa prerrogativa para a prática de crime doloso contra a vida deverá haver separação de julgamento, o agente com prerrogativa de função estabelecida na CRFB/88 será julgado no Tribunal com competência originária e o agente sem prerrogativa será julgado no tribunal do juri. Esse entendimento tende a ser majoritário conforme súmula vinculante 45 do STF. Art 78, IV do CPP Havendo conexão entre um crime comum e um crime eleitoral, ambos serão julgados na justiça eleitoral. Regras para separação de julgamentos na conexão e continência. Art 79, I do CPP Havendo conexão entre um crime comum e um crime militar, haverá separação de julgamento. O crime comum vai para a vara criminal comum e o crime militar será julgado na justiça militar. Art 79, II do CPP Havendo continência por cumulação subjetiva (concurso de pessoas) entre um maior de 18 anos e um menor de 18 anos, o menor vaui para a vara de infância e juventude e o maior vai para a justiça comum. At 80 do CPP Trata-se da separação facultativa, o art 80 do CPP autoriza ao juiz promover a separação de julgamentos na conexão ou continência quando existirem vários réus e a reunião de julgamentos possa acarretar o prolongamento da prisão cautelar
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