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Sistema Nervoso Periférico Prof. Dr. Rafael Poloni Sistema nervoso As funções orgânicas, bem como a integração do animal no meio ambiente, estão na dependência de um sistema especial: o Sistema Nervoso. Funções: - Controlar e coordenar as funções de todos os sistemas do corpo; - Interpretação de estímulos; - Desencadear respostas a esses estímulos. Sistema nervoso – organização anatômica Sistema Nervoso Sistema Nervoso Periférico (SNP) Sistema Nervoso Central (SNC) Nervos raquidianos Nervos cranianos Encéfalo Medula SN Autônomo Sistema nervoso – organização funcional Sistema Nervoso Motor SN AutônomoSN Somático SN Simpático SN ParassimpáticoSN Central SN Periférico SN de vida vegetativaSN da vida e relação Voluntário Músculos esqueléticos Involuntário Músculos Lisos Sistema nervoso - divisão Sistema Nervoso Central (SNC): - Estruturas do esqueleto axial (coluna e crânio): medula espinhal e o encéfalo. - Recepção de estímulos, de comando e desencadeia respostas. Sistema Nervoso Periférico (SNP): - Nervos cranianos e os espinhais, os gânglios e as terminações nervosas. - Vias que conduzem o estímulo ao SNC ou a orgãos. Sistema nervoso - divisão ENCÉFALO M E D U L A E S P IN H A L RECEPTORES SENSORIAIS Divisão sensorial AFERENTE Divisão motora EFERENTE ÓRGÃO EFETOR SNC SNP processamento e integração de informações comunicação entre SNC e ambiente SNC e SNP intimamente ligados. Transmissão nervosa – sinapses elétricas • Mais simples troca de íons; • Os íons passam diretamente do axônio à outra célula; • Em ambos os sentidos – bidirecional; • Conexon (6 conexinas). Transmissão nervosa – sinapses químicas • Transmissão de sinais ocorre por neurotransmissores; • Excitatórios ou inibitórios; • Dependentes de Ca+; • Um só sentido – unidirecional. Sustentação, revestimento ou isolamento; Não transmite impulsos nervosos. Transmissão nervosa – Impulso nervoso • Destacam-se os eventos elétricos no impulso nervoso: Potencial de ação; Potencial de repouso. • Os pontos de união entre neurônios: sinapses neurotransmissores excitatórios ou inibitórios; transmitem respostas conforme às necessidades do organismo. Excitabilidade: capacidade de uma cél gerar e propagar potenciais de ação elétricos; - Os potenciais de ação podem se propagar por longas distâncias ou em céls pequenas; - As ondas de propagação desses potenciais transportam a informação cofidicada com fidelidade ao longo dos axônios; - Em céls, pode desencadear liberação de moléculas; • POTENCIAL DE AÇÃO (PA): Modifica a permeabilidade da membrana; Fenômeno explosivo de natureza eletroquímica – “tudo ou nada”; Sequência de eventos do PA deve ser completada antes de um novo PA (período refratário). Transmissão nervosa – Impulso nervoso POTENCIAL DE REPOUSO (PR): potencial de membrana antes que ocorra a excitação. Intervalo de tempo entre um potencial de ação e outro; Potencial gerado pela Na+/K+ ATPase; O PR de um neurônio está em torno de -70 mV ; Base de todos os fenômenos da bioeletricidade. Greenstein, 2000. Uma alteração rápida na polaridade da tensão elétrica, de negativa para positiva e de volta para negativa. FIBRA PRÉ-SINÁPTICA (PRÉ-GANGLIONAR ) ESPAÇO SINÁPTICO FIBRA PÓS-SINÁPTICA (PÓS-GANGLIONAR) ESPAÇO SINÁPTICO ELÉTRICA POTENCIAL DE AÇÃO QUÍMICA LIBERAÇÃO DO NT (INTERAGE COM O RECEPTOR NO GÂNGLIO E NO ÓRGÃO) RESPOSTA = EFEITO ORGÃO GÂNGLIO Transmissão nervosa – Impulso nervoso Golan Transmissão nervosa – Neurotransmissores • Substâncias químicas liberadas pelo neurônio pré-sináptico. Atuam sobre proteínas receptoras na membrana do neurônio pós-sináptico: ação excitatória ou inibitória. Golan, 2009. Lesão isquêmica morte neuronal Felbamato antag. NMDA: anticonvulsivante Barbitúricos e BZD Metabotrópico Ionotrópico GABAB GABAA Golan, 2009. Golan, 2009. Receptores ionotrópicos Receptores metabotrópicos RECAPTAÇÃO Degradação por enzimas Golan, 2009. Acetilcolina Catalisada pela acetiltransferase: Acetil-CoA + Colina = Acetilcolina; No SNC, os núcleos colinérgicos do prosencéfalo basal emitem fibras para todas as áreas do córtex cerebral e sistema límbico – hipocampo e amígdala: fundamental para cognição; Único utilizado nas transmissões das junções neuromusculares: é o transmissor das junções pré-ganglionares do SNA simpático e parassimpático – despolariza a JNM (terapêutica: paralisantes musculares); Envolvida no aprendizado, na memória, na neuromodulação, sono, supressão da dor em nível medula espinhal e estado de vigília. Plasticidade neural; Desenvolvimento neural inicial; Imunossupressão; Epilepsia. L u e llm a n n , 2 0 0 5 . Sinapse da acetilcolina (colinérgica) NICOTÍNICOS: - Mais presentes nas céls musculares nas Junções Neuromusculares (JNM), em neurônios ganglionares (simpático e parassimpático) e alguns neurônios cerebrais; - Receptores ionotrópicos: promovem influxo de Na+ e Ca2+, causando despolarização da membrana; - Gânglios e em vários neurônios (NN): excitação pós- sináptica; -Células musculares – placa motora (NM): contração; - Diferença sutil entre os receptores NN e NM, importante no efeito da nicotina, que só estimula os neuronais. Receptores da Acetilcolina Receptor nicotínico de ACh: cinco subunidades, formando um poro central. Nos gânglios autonômicos, simpáticos e parassimpáticos, a ACh ativa o receptor Nicotínico neuronal (NN). NN NICOTÍNICOS: Receptores da Acetilcolina Os nervos somáticos motores liberam ACh, que ativa o receptor Nicotínico muscular (NM). Junção Neuromuscular Receptores da Acetilcolina NICOTÍNICOS: Gq ↑ PLC Gi ↓ AC Abertura de K+ MUSCARÍNICOS: - São metabotrópicos (acoplados à ptn G) e há 5 tipos diferentes (M1-M5); M1, M3 e M5 (Gq): excitatórios; M2 e M4 (Gi): inibitórios. - Distribuídos no cérebro (neocórtex, principalmente), hipocampo, tálamo, striatum e prosencéfalo basal; - Neocórtex e hipocampo: papeis cognitivos; Receptores da Acetilcolina - M1 estimulação vagal da secreção gástrica; - M2 responsáveis por ações inibitórias da acetilcolina; - M3 contração do músculo liso e secreção glandular. Catecolaminas Derivados do aminoácido tirosina e solúveis em água; Não há fármacos que consigam estimular síntese de catecolaminas, apenas de precursores; 50% circulam no sangue ligadas a proteínas; Liberadas glândula suprarrenal estresse (psicológico ou hipoglicemia). • Relacionados à dependência (jogo, sexo, álcool e outras drogas); • Induz à excitação física, mental e bom humor; • Atua no centro do "prazer" do cérebro; • Preparo para fuga: tensão arterial, relaxa certos músculos e contrai outros. NOREPINEFRINA, EPINEFRINA (ADRENALINA) e DOPAMINA Noradrenalina Estado de alerta; Regulação da fome e ingesta alimentar: hipotálamo (núcleo paraventricular, estimulado pelo LC, via receptores α2); Luellmann, 2005. Síntese catecolaminas MAO: monoaminoxidase COMT: Catecol O-metil transferase Amplamente distribuídas no organismo, predominando no fígado e rins Receptores adrenérgicos Luellmann, 2005. Receptores adrenérgicos Regula transporte de muitas moléculas do sangue para o cérebro; Protege o tecido cerebral de substâncias tóxicas que circulam o sangue; Não passam substâncias hidrofílicas; Barreira Hematoencefálica Golan, 2009. Atravessa com o auxílio de transportador,pois é grande e hidrofílica. Atravessa com o auxílio de transportador de aa grandes neutros. Neurotransmissão – Relembrando... Goodman & Gilman, 2012. Potencial de ação Membrana da vesícula sináptica é reciclada pela endocitose mediada por Clatrina. - Captação e metabolismo Liberação diferente com estimulação repetitiva. Sistema nervoso periférico - SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO (neurovegetativo) - Sistema Nervoso Autônomo Simpático; - Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático; • Significa: “aquele que governa”; • Pode ser chamado também de visceral; • Controla a função dos órgãos internos do corpo; • Regulam a PA, a FC, a temperatura corporal, entre outras funções. Sistema Nervoso Periférico Somático S Autônomo PSJNM Golan, 2009. Sistema nervoso periférico - neurônios NN NM NN SN Autonômico x Somático Autonômico Somático NN NM Sistema nervoso autônomo - divisão TORACOLOMBAR CRANIOSSACRAL Glândulas sudoríparas (receptores M) Sistema Nervoso Autônomo Atividade parassimpática Atividade simpática Sistema Nervoso Autônomo - diferenças * *O nervo craniano X (nervo vago) fornece inervação PS para os principais órgãos do tórax e abdome, incluindo coração, árvore traqueobrônquica, rins, TGI e até o colo proximal. Sistema Nervoso Autônomo - diferenças Sistema Nervoso Autônomo - sinergismo bexiga enchendo bexiga cheia simpático relaxa o músc. detrusor contração esf. interno viscerorreceptores tronco encefálico parassimpático Sistema Nervoso Autônomo - antagonismo Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático Amanita muscaria Muscarina: mimetizava os efeitos da estimulação Vagal. Nicotina tabacum Nicotina: mimetizava os efeitos da estimulação ganglionar. S is te m a n e rv o s o a u tô n o m o p a ra s s im p á ti c o Pênis: Ereção Luellmann, 2005. “D e s c a n s o e a lim e n ta ç ã o ” Regulam: - Processos relacionados com assimilação de energia (consumo de alimento, digestão, absorção) e armazenamento; - ↓ Volume respiratório (↑ tônus brônquios); - ↓ Atividade cardíaca; - Secreção salivar; - ↑ Peristaltismo e ↓ tônus dos esfíncteres. - ↑ Ativação músculo detrusor da bexiga e relaxamento do tônus do esfíncter; - Constrição da pupila; Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático SINAPSE COLINÉRGICA Golan, 2009. Golan, 2009. (transpiração intensa) Farmacologia colinérgica Prática clínica (agentes colinérgicos e anticolinérgicos): • Modulação da motilidade gastrintestinal; • Xerostomia (boca seca); • Glaucoma; • Cinetose e como antieméticos; • Doenças neuromusculares, como miastenia grave e síndrome miastênica de Lambert–Eaton - SMLE (produção de um autoanticorpo que bloqueia o canal de Ca2+ pré-sináptico); • Bloqueio e reversão neuromuscular aguda; • Bloqueio ganglionar durante a dissecção da aorta; • Distonias (por exemplo, torcicolo), cefaleia e síndromes dolorosas; • Reversão da bradicardia mediada pelo vago; • Broncodilatação na DPOC; • Espasmos vesicais e incontinência urinária; • Efeitos cosméticos sobre linhas cutâneas e rugas; • Tratamento dos sintomas da doença de Alzheimer, disfunção cognitiva e demência. Golan, 2009. INIBITÓRIO!!! Golan, 2009. Inibidores da síntese, do armazenamento e liberação de Ach Toxina botulínica A: Uso no tto de doenças associadas ao ↑ do tônus muscular (torcicolo, estrabismo etc), rugas, cefaleias e síndromes dolorosas. Butirocolinesterase (pseudocolinesterase): encontrada no fígado e plasma. Agentes colinomiméticos São fármacos que mimetizam as ações da acetilcolina sobre os receptores muscarínicos e nicotínicos. Efeitos parassimpatomiméticos (mimetizam o reflexo autônomico parassimpático). Lembrar que a sudorese é um reflexo simpático mediado por acetilcolina. Agentes colinomiméticos – ação direta AGONISTAS MUSCARÍNICOS: Protótipo: Muscarina sem interesse clínico; interesse toxicológico: micetismo; Agente mitótico e sialagogo (↑ saliva). Pode induzir efeitos adversos de reatividade cortical e estado de alerta. Golan, 2009; FUCHS, 2015. Hidrofílicas: pouco absorvidas VO e quase não penetram SNC. Não utilizada: rápida inativação pela AchE. Utilizada apenas diagnóstico asma. Resistente às colinesterases. Ação nos NN: não usado sistemicamente. Resistente às colinesterases. Seletivo M. Usado para + motilidade GI e urinário. Ações cardiovasculares: Redução da frequência cardíaca (Nodo SA e AV; efeito M2); Altas doses: bloqueiam a condução cardíaca. Vasodilatação (células endoteliais liberam NO; efeito M3). EFEITO GLOBAL: Redução da Pressão Arterial. Quando exagerada, pode causar perda de consciência (origem emocional). Procedência natural Agonistas muscarínicos Ações Centrais: Alucinações e convulsões. Apenas os que atravessam BHE (pilocarpina e aerocolina, aminas terciárias). Ações Respiratórias: Broncoconstrição e ↑ secreções (efeito M3, antagonizado por M2). Ações no TGI ↑ do peristaltismo (efeito M3); ↑ das secreções de ácido e enzimas (efeito M3, reforçado por M1). Ações no Trato urinário Contração micção (efeito M3). Agonistas muscarínicos Principais indicações clínicas: Glaucoma (pilocarpina e carbacol): são MIÓTICOS M3 → músc. esfíncter da pupila → miose → drenagem do humor aquoso. Hipotonia de bexiga (p.ex.: retenção urinária pós-cirúrgica, bexiga neurogênica no diabetes) - betanecol M3 → músc. detrusor → micção. Xerostomia (p.ex.:Síndrome de Sjögren) – betanecol e Ach M3 → glândula salivar → ação sialagoga. Íleo paralítico (betanecol); Ach e carbacol: antes de cirurgia para produzir miose. Golan, 2009; FUCHS, 2015. Agonistas muscarínicos Reações adversas: ̶ Sudorese (diaforese); ̶ Ações Colinomiméticas (estimulação SNA parassimpático); ̶ Cardíacas: bradicardia e hipotensão; ̶ Respiratórias: broncoespasmo; ̶ Oculares: miose, miopia (perda focal para objetos distantes); ̶ GI: náuseas/vômito, cólicas, diarreia. Podem ser diminuídos/evitados → via de administração tópica (colírios, p. ex.); → VO, antes das refeições → evita sintomas GI. Agentes colinomiméticos – Ação indireta Anticolinesterásicos ou inibidores da Colinesterase (AchE) - Tipos: ação rápida (edrofônio – 2-10min), duração média (fisostigmina, neostigmina, piridostigmina, ambenônio, demecário) e irreversíveis: - Inseticidas: paration, malation, carbamatos; - Gases tóxicos: sarin, soman, tabun; - Organofosforados, como o di-idropropil fluorofosfato; - Potencializam a ACh endógena (colinomiméticos); - Necessitam fonte para liberação endógena de Ach. Agentes colinomiméticos – Ação indireta Anticolinesterásicos ou inibidores da Colinesterase (AchE) Usos terapêuticos (semelhantes aos agonistas muscarínicos): Alívio da distenção abdominal (neostigmina); Íleo paralítico e Atonia de bexiga (neostigmina); Glaucoma (mióticos – fisostigmina colírio); Doença de Alzheimer (degeneração das vias colinérgicas centrais) – tacrina, donepezila, rivastigmina, galantamina; Miastenia graves (efeito sobre os receptores NM) piridostigmina, fisostigmina, neostigmina = ação longa). Diagnóstico de miastenia graves (edrofônio ação curta); Intoxicação por anticolinérgicos (atropina, por ex.). Miastenia graves ― Acomete de 200-400 a cada 1 milhão de indivíduos; ― Falha na JNM; ― Resposta autoimune → ↓ ou mutação de receptores nicotínicos pós-sinápticos na JNM → falha na transmissão;― Pode causar morte por insuficiência respiratória. ―Tratamento: neostigmina, piridostigmina, ambenônio. Ptose palpebral Anticolinesterásicos ou inibidores da AchE Golan, 2009. Gases bélicos (tabun, soman, sarin): altamente lipossolúveis – absorção por mucosas e pele!!!; voláteis. Organofosforados ―Inseticidas tiofosfatados (paration, malation): lipossolúveis, não voláteis, ativação pela conversão em derivados de fosfato (paraoxon, malaoxon). ― Sinais de intoxicação: ― Casos leves a moderados: ↑ secreção e constrição da musculatura lisa dos tratos respiratórios (broncoespasmo e dificuldade de respirar) e GI (cólicas, náuseas, diarreia), salivação, miose, dor ocular e dificuldade visual. ― Graves: bradicardia, hipotensão, micção e defecação involuntários. Paralisia flácida, confusão, ↓ dos reflexos, convulsões, coma e paralisia do centro respiratório. Importância Toxicológica TRATAMENTO: Anticolinérgicos (atropina) + PRALIDOXIMA (reversão até 48h - após, envelhecimento do complexo). Anticolinesterásicos ou inibidores da AchE Agentes anticolinérgicos São fármacos que antagonizam as ações da acetilcolina sobre os receptores muscarínicos. Efeitos parassimpatolíticos (abolem o reflexo autônomico parassimpático). Antagonistas Muscarínicos (antimuscarínicos) Protótipos: Atropina (alcalóide extraído da Atropa beladona). Alcalóides de ocorrência natural: relativamente seletivos para atividade antagonista M. Atropina Beladona (extrato vegetal) Escopolamina (hioscina) Derivados semi-sintéticos Homatropina Compostos sintéticos de amônio quarternário: baixa penetração do SNC. Ipratrópio (atrovent®) Tiotrópio Propantelina Compostos sintéticos de amônio ternário Biperideno (Parkinson) Tolterodina Ciclopentolato Tropicamida Diciclomina Agentes anticolinérgicos Outros: pirenzepina. Antagonistas muscarínicos Ações cardíacas: O tônus cardíaco é parassimpático: ↑ da FC. Ações sobre os olhos: Midríase; Paralisam a acomodação visual (cicloplegia). Objetos próximos ficam sem foco. Coração: Aumento da frequência cardíaca (atropina); Ações respiratórias: Broncodilatação; ↓ das secreções nariz, boca, faringe e brônquios. Ações no TGI: ↓ motilidade e as secreções. Ações no Trato urinário: ↓ o tônus da musculatura da bexiga inibe o reflexo miccional. Agentes anticolinérgicos Principais indicações clínicas: 1. Asma e DPOC: broncodilatadores (frequentemente associados a agonistas β2-adrenérgicos). Forma farmacêutica: dispositivos inalatórios, aerossóis, inalação. Ipratrópio e Tiotrópio. 2. Incontinência urinária, síndrome da bexiga hiperativa e enurese (ausência de controle miccional) infantil: redução da frequência de micção. Oxibutinina, Propantelina, tolterodina, Terodilina, Darifenacina, Solifenacina (seletivos M3). 3. Tratamento de dores abdominais: antiespasmódicos (geralmente associados a analgésicos), cinetose, antiemético. Escopolamina (Buscopan®), Homatropina, Propantelina, Diclomina. Amplo uso no tratamento sintomático das infecções intestinais! São indicados?? 4. Tratamento úlcera gástrica (alternativa para os antag. H2). Pirenzepina. Pode causar sonolência, amnésia, fadiga e sono sem sonho. Golan, 2009. Agentes anticolinérgicos Principais indicações clínicas: 5. Melhora dos tremores e rigidez na Doença de Parkinson: evitado em idosos e pacientes com distúrbio de cognição. Amantadina, biperideno, benzatropina, prociclidina e triexifenidil. Golan, 2009. Antinicotínicos – bloqueadores ganglionares Agonistas dos RAChNN N-terciário: nicotina e lobelina (alcalóides). N-quaternário: tetrametilamônio – TMA, dimetilpiperazina – DMPP (sintéticos, sem uso clínico). Lobela inflataNicotiana tabacum Ação farmacológica: excitação ganglionar bloqueio despolarizante. Uso terapêutico: não são usados; exceto nicotina (parar de fumar). Efeitos: dependerão do tônus (SNA simpático Vs. parassimpático) preponderante sobre o sistema. Agonistas dos RAChNN - bloqueio ganglionar Golan, 2009. Antinicotínicos – bloqueadores galnglionares Antagonistas dos RAChNN (bloqueadores ganglionares não despolarizantes) Protótipo: tetraetilamônio (TEA), ação ultra-rápida. Trimetafano, mecalamina. Efeito: ↓ da PA por remoção do tônus simpático (controle da RVP). Já foram utilizados na crise hipertensiva em procedimentos de emergência, mas caíram em desuso. Antinicotínicos – bloqueadores ganglionares Antagonistas dos receptores Nicotínicos musculares Bloqueadores Neuromusculares Despolarizantes São agonistas dos RAChNM Não-despolarizantes São antagonistas competitivos dos RAChNM “Curares” - venenos das flechas dos índios da Amazônia utilizado durante séculos e que até hoje é o principal instrumento para caçar. Bloqueadores neuromusculares (relaxantes musculares) Antagonistas dos RAChNM não despolarizante Atracúrio, mivacúrio (ação rápida), vecurônio, rocurônio (duração intermediária), d-tubocurarina, pancurônio (ação muito longa). Mecanismo de ação: bloqueiam a ação pós–sináptica da acetilcolina na JNM bloqueio não-despolarizante (competitivo) = paralisia flácida (semelhante à miastenia gravis). Ação pode ser revertida com administração de inibidores de AchE. Bloqueadores neuromusculares (relaxantes musculares) Bloqueadores neuromusculares despolarizantes – Agonistas dos RAChNM Suxametônio (2 moléculas de ACh conjugadas) – succinilcolina alta afinidade com os receptores NM e resistente à AchE. Decametônio ATENCÃO: Embora o suxametônio seja um agonista RAChNM, o efeito final deste fármaco é o bloqueio muscular (semelhante aos agonistas NN, que causam finalmente bloqueio ganglionar). Bloqueadores neuromusculares (relaxantes musculares) Bloqueadores neuromusculares despolarizantes Mecanismo de ação: São agonistas dos RAChNM na placa motora Descarga de potencial de ação pós-sináptico excitatório - paralisia espástica (fasciculações). Despolarização persistente causa PERDA DA EXCITABILIDADE ELÉTICA - paralisia flácida. Bloqueadores neuromusculares (relaxantes musculares) Registro de contrações musculares, induzidas por estimulação elétrica do nervo. Bloqueadores neuromusculares Dosagens excessivas de bloqueadores competitivos (não-despolarizantes) podem ser revertidas com inibidores da AChE: Bloqueadores neuromusculares (relaxantes musculares) Usos terapêuticos Coadjuvantes de anestesia cirúrgica: relaxamento da musculatura esquelética ↓ a profundidade da anestesia; Procedimentos ortopédicos (correção e alinhamento luxações): bloqueadores não-despolarizantes; Intubação endotraqueal: bloqueador despolarizante. Músculos pequenos que se movimentam rapidamente: oculares e faciais Músculos dos membros, do pescoço e do tronco Musculatura intercostal Diafragma Morte por insuf. dos musc respiratórios; Não afeta homem que come animal curarizado (absorção curare TGI nula); Não hidrolisado pela Achase. Mt efeito adverso: rabdomiólise, parada cardíaca, hipopotassemia. Agentes nicotínicos • Frank H. Netter, MD. John A. Craig, MD. James Perkins, MS, MFA. Atlas of Neuroanatomy and Neurophysiology. 2000. • FUCHS, F.D.; WANMACHER, L; FERREIRA, M.B.C. Farmacologia Clínica. Fundamentos da terapêutica racional 3.ed Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. • Luellmann, Color Atlas of Pharmacology © 2005 Thieme. • Golan, David. Princípios de Farmacologia. A Base Fisiopatológica da Farmacoterapia. Guanabara Koogan, 2009 e 2012. • Goodman & Gilman.As bases farmacológicas da terapêutica de Goodman & Gilman. - Laurence L. Brunton. 12. ed. Porto Alegre: Mcgraw - Hill, 2012. • Greenstein, Ben, 2000 − Color atlas of neuroscience : neuroanatomy and neurophysiology / Ben Greenstein, Adam Greenstein. • Guyton, Arthur C. Textbook of medical physiology / Arthur C. Guyton, John E. Hall.—11th ed. 2006. • RANG, H. P. Farmacologia. 6. ed. Rio d Janeiro: Elsevier, 2007. Referências bibliográficas www.dol.inf.br
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