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RESUMO - Constitucional III - Prof. Luiz Gustavo - 2º BI ²

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RESUMO CONSTITUCIONAL III – 2º BIMESTRE – LUIZ GUSTAVO 1 
 
(ANTES, SABER O QUE SÃO AUTARQUIAS, SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA, ETC.) 
 
 
SEGURIDADE SOCIAL 
 
 
Dentro da Ordem social, existem direitos que são fundamentais. O primeiro direito é o da Seguridade 
Social. Este abrange o direito a Previdência e Assistência Social e Saúde. 
O que é o SEGURO? É uma garantia à um evento adverso. Você paga para uma empresa lhe 
indenizar quando acontece algum acidente com seu carro, por exemplo. É um risco que você não quer que 
ocorra, mas que as vezes é inevitável que vá ocorrer ou você está correndo o risco de que ocorra. Se ocorrer 
você estará garantido contra aquilo. 
A lógica da SEGURIDADE SOCIAL não é a mesma. A lógica é a mesma no que tange o seguro, pois 
a Seguridade Social é um seguro público, o Estado (segurador) fornece. E nós somos os segurados. Mas 
contra o que estamos segurados? Contra uma série de adversidades, de eventos que estão previstos na CF. 
Se ocorrer esses eventos, vem o Estado segurador e te dá um benefício para fazer frente àquela 
adversidade. É como se a seguradora estivesse pagando indenização pelo acidente do seu carro. E quais 
são esses eventos que você está assegurado? A CF vai elencar quais são. Para cada um desses eventos, 
existe um benefício da seguridade social que vai contemplar o evento. Ex.: para o evento “acidente”, sofreu 
um acidente e por isso vai ficar temporariamente incapacitado de trabalhar, vem a seguridade social e lhe dá 
o Auxílio Doença. A mulher está grávida e não vai poder trabalhar, a seguridade social lhe paga Auxílio 
Maternidade. 
 Previdência pressupõe contraprestação, isto é, contribui-se para receber algo em troca. Faz jus aos 
benefícios previdenciários quem contribui para seguridade social. 
 A Assistência não pressupõe contraprestação necessariamente. Os benefícios assistenciais são 
concedidos mesmo para aqueles que jamais contribuíram para assistência social. São benefícios de ajuda, de 
socorro, que amparam os que necessitam. 
 Saúde: vai ter uma aula só para falar disso. 
 PRINCÍPIOS – Art. 194, § único: 
1. Da Solidariedade: um segurado é solidário para com o outro. Todos têm que contribuir para a 
seguridade social para que todos usufruam. É o único princípio que está implícito, que não está expresso no 
art. 194, CF. Ex.: trabalho a 03 meses dando aula na faculdade. Tenho 03 contribuições para a seguridade 
social (INSS) – Quem administra a seguridade social no Regime GERAL é a autarquia INSS. Estou na 
escada da faculdade, quando vem um aluno indignado que tirou nota baixa e me empurra escada a baixo. 
Sofro um acidente e fico permanentemente incapacitado para o trabalho, não podendo mais trabalhar. Vou 
receber da seguridade uma Aposentadoria por Invalidez. Eu trabalhei por 03 meses, contribui por 03 meses e 
vou receber aposentadoria para o resto da minha vida. – Tem um cara que trabalhou a vida inteira, contribuiu 
pelo teto do INSS a vida inteira, chegou no final da vida dele e vai se aposentar. Se aposenta com o teto, 
 
1 Elaborado por Camila Marinho. 4º período, 2016. Direito. UNICURITIBA. 
 Previdência Social 
 Assistência Social 
 Saúde 
recebe um mês de aposentadoria e morre. Não possui herdeiros, ninguém para receber pensão por morte. 
Princípio da Solidariedade: Ele contribuiu para eu usufruir. Eu vou usufruir muito mais no tempo do que eu 
produzi em termos econômicos. Ele produziu muito mais do que ele usufruiu da seguridade. 
2. Da Seletividade e Distributividade: dirigido ao legislador. Este deve ir ao meio social, até a 
sociedade, identificar as parcelas da sociedade que mais precisam da seguridade social e disciplinar os 
benefícios de modo a suprir essas necessidades. Seleciona quem precisa e distribui os benefícios para suprir 
as necessidades. Ex.: é o Auxílio Reclusão, que é pago aos dependentes do segurado que cometeu um 
crime e está preso, recluso. Não é pago a ele e sim aos dependentes. O recluso deve ser de baixa renda. O 
cara está trabalhando, contribuindo para a seguridade social, comete um crime e vai preso. A família que 
dependia desse preso, perdeu a fonte de subsistência. O legislador identificou ai uma parcela da população 
que necessitava de amparo da seguridade social e disciplina o benefício voltado a suprir a necessidade. 
3. Da Universalidade: a Seguridade Social deve ser a mais abrangente / universal possível. Deve 
contemplar o maior número de possibilidades, inclusive aqueles que necessitam e não contribuem para ela. A 
Assistência Social se justifica aqui nesse princípio, pois tem caráter contributivo, existem benefícios que vão 
ser pagos até mesmo aqueles que não contribuíram. 
4. Da Irredutibilidade dos Benefícios: imagine que um determinado segurado recebe um benefício da 
seguridade social de mil reais por mês. Ele recebia mil reais por mês em 2012 e continua recebendo mil reais 
por mês em 2016. Houve ofensa a este princípio? Em outras palavras, de 2012 a 2016 houve redução? 
Depende. De mil para mil, reduziu? Não. Agora o que eu comprava com mil reais a 04 anos atrás eu compro 
hoje? Não. Então existem 02 irredutibilidades: 
4.1 Nominal ou Formal: é a numérica. 
4.2 Material ou Real: é a que leva em consideração a inflação, a desvalorização da moeda. 
Qual das duas irredutibilidades que corresponde ao princípio da seguridade social? Esse princípio diz 
respeito a irredutibilidade Nominal. Ex.: Os juízes não podem exigir aumento de salário conforme a inflação. 
 CUSTEIO: a gestão da Seguridade Social, os recursos que mantém a seguridade em funcionamento, 
sempre provieram das seguintes fontes: trabalhador, empregador e governo. O trabalhador tem que contribuir 
para a seguridade social, o empregador tem que contribuir para seguridade social, tem que pagar a 
seguridade social e o governo faz a porta de recursos públicos para a manutenção da seguridade social. Na 
redação originária da CF em 88, essa gestão da seguridade social era chamada de Gestão Tripartida, pois 
era dividida em três partes. Só que se acrescentou por EC / 2003, a obrigatoriedade de contribuição dos 
Inativos. Assim ficou Gestão Quadripartida. Paga a seguridade social não apenas o trabalhador que está na 
ativa, o inativo também precisa contribuir. O inativo é o aposentado e pensionista. As principais fontes de 
custeio são o trabalhador que é chamado de segurado e o empregador que é chamado de contribuinte. 
 
SEGURADO: é o trabalhador. Pode ser: 
 Obrigatório: é obrigado por lei a contribuir. A contribuição para a seguridade social é uma espécie de 
tributo, é coercitiva. 
 Comum: é aquele cujo recolhimento das contribuições para seguridade social, tanto a parte dele 
segurado quanto a parte do contribuinte, fica a cargo do contribuinte. O segurado é obrigado a pagar, mas 
não a recolher. Ex.: sou funcionário da faculdade. A faculdade é que deve fazer o recolhimento. 
 Empregado: existem 04 requisitos que caracterizam o Empregado: 
1. Trabalho com subordinação: segue as ordens do chefe. 
2. Pessoalidade: o empregado presta serviço a ele mesmo. O professor dá aula por ele mesmo. 
Não pode ficar mandando sempre outra pessoa para dar aula no seu lugar. 
3. Onerosidade: trabalha mediante contraprestação, que é o salário. 
4. Habitualidade: por exemplo, dou aula toda terça e quarta. É habitual. Diferente da 
eventualidade, onde o trabalhador autônomo, por exemplo, as vezes presta serviço e as vezes não. 
Esses requisitos existem para diferenciar o empregado do autônomo. 
 Empregado Doméstico: se caracteriza pelos mesmos requisitos do empregado, porém mudando 
habitualidade para continuidade e trabalha no âmbito familiar. Se trabalha 3x ou mais por semana,é 
obrigatoriamente empregado doméstico. A obrigação de recolher é a do empregador. 
 Trabalhador Avulso: um exemplo clássico é o trabalhador portuário. A sua peculiaridade é que 
entre ele e o seu contratante existe um intermediador da mão de obra que se chama (OGMO – Órgão Gestor 
de Mão de Obra Portuária). Este órgão faz a mediação da mão de obra portuária. Ex.: Estivador (aquele que 
ajuda a descarregar o navio). Atracou o navio no porto, o estivador é contratado para descarregar o navio. O 
navio fica atracado por dois dias e vai embora. Na hora se não houver recolhimento por parte do contratante 
do serviço, o que vai acontecer? Para que existe este órgão mediador? O contratante paga o OGMO e este 
que tem todas as obrigações sociais, é ele que tem que recolher a contribuição social e pagar o salário do 
trabalhador portuário. Se ocorrer uma ação trabalhista, esta deve ser acionada contra o OGMO. 
Portuário – OGMO – Contratante 
 Individual: é aquele cujo recolhimento das contribuições para seguridade social fica a cargo do 
próprio segurado. Ex.: autônomo, profissional liberal, advogado, médico, etc. 
 Especial – Art. 195, §8°, CF: é o trabalhador rural, que trabalha em regime de economia familiar. É 
considerado especial porque suas condições de trabalho são condições peculiares, uma vez que muitas 
vezes retira sua renda de forma sazonal, onde tem épocas em que consegue plantar e colher (conseguindo 
contribuir), outras não. 
 Facultativo: contribui se quiser, a lei não obriga. Não é obrigado a contribuir, mas o faz em caráter 
facultativo / voluntário para poder usufruir dos benefícios. Ex.: desempregado, estudante, estagiário. Síndico 
é considerado facultativo, porém se ele recebe para ser síndico é equiparado ao empregado. 
 
CONTRIBUINTE: é o empregador, a empresa. 
 
REGIMES PREVIDENCIÁRIOS 
 Públicos (Obrigatórios): são os Regimes Estatais, que pertencem ao Estado. São dois: 
 Geral (RGPS): é aquele administrado pela autarquia INSS. Quem contribui para o regime geral são 
os trabalhadores e empregadores da iniciativa privada e os trabalhadores das empresas estatais e as 
empresas estatais. Ocupante de cargo em comissão contribui para o regime geral. 
 Próprios: Quem não se aposenta pelo regime geral são os Servidores Públicos que tem regime 
próprio de previdência. Quem são esses servidores que possuem regime próprio? Em regra, aqueles 
servidores públicos das Pessoas Jurídicas de Direito Público, da Administração Pública. Diz a CF que o 
indivíduo vinculado ao regime próprio não pode contribuir para o regime geral em caráter voluntário, como 
segurado facultativo. Entretanto, se uma pessoa é desembargadora e professora universitária ao mesmo 
tempo, por exemplo, contribuindo para ambos os regimes (próprio e geral) em caráter obrigatório (trabalha 
nas duas funções, é obrigada a contribuir para ambas – segurado obrigatório), no final esta recebe as duas 
aposentadorias. 
 Complementar (Facultativos): é aquele de natureza privada, que são as aposentadorias 
complementares, previdências complementares. Tem caráter facultativo. 
 
Diz a CF que os diversos regimes previdenciários vão se compensar recíproca e financeiramente. 
Ex.: Imagine uma pessoa que trabalhou 20 anos no serviço público, vinculado a um regime próprio de 
previdência. Aí ela sai do serviço público e vai trabalhar na iniciativa privada, ficando mais 15 anos. Fecha o 
tempo para ela se aposentar. Quem vai pagar a sua aposentadoria? O Regime Geral de Previdência: o INSS. 
Só que ela não contribuiu todo o tempo no regime geral. Ela está contando tempo que contribuiu para o 
regime próprio. Então o regime próprio transfere para o regime geral as contribuições dessa pessoa, para 
compensar financeiramente a aposentadoria que vai estar sendo paga pelo regime geral. E vice-versa. 
Diz a CF, que entidades filantrópicas sem fins lucrativos são isentas de contribuição para a 
seguridade social. São isentas na qualidade de contribuintes, de empregadoras. Então se uma entidade 
filantrópica sem fins lucrativos mantém empregados, ela contribuinte não precisa contribuir, mas ela precisa 
descontar a parte do segurado e fazer o recolhimento da parte desse segurado. 
Diz a CF, que as empresas que tiverem débito com a seguridade social, não podem contratar com o 
poder público, nem receber incentivos do Estado. 
 BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS – Art. 201, CF: 
 Auxílio Doença: faz jus o segurado temporariamente incapacitado ao exercício da atividade 
profissional. Se essa incapacidade o afastar do trabalho por até 15 dias, isso fica por conta do empregador, 
não podendo este descontar se apresentado atestado médico. Se essa incapacidade o afastar por mais de 15 
dias, a partir do 16º dia entra a seguridade social pagando o auxílio doença, sendo os 15 dias anteriores 
pagos pelo empregador, pela empresa. Somente a incapacidade que afasta o empregado por mais de 15 dias 
é que vai ter direito ao auxílio. Quem atesta essa incapacidade é a perícia do INSS. A perícia do INSS atesta 
a incapacidade, concede o benefício e agenda para o indivíduo voltar para ver se o mesmo já se recuperou. 
Se quando ele voltar, já houver cessado a incapacidade, o indivíduo volta a trabalhar. Caso não tenha se 
recuperado, prorroga o benefício, marca uma nova perícia e ele fica usufruindo do auxílio. 
 Aposentadoria por Invalidez: é concedida quando o indivíduo estiver permanentemente incapacitado 
para o exercício da atividade profissional. Para que o indivíduo possa receber aposentadoria por invalidez, ele 
necessariamente tem que ter recebido antes o Auxílio Doença? Auxílio Doença não é pré-requisito para 
aposentadoria por Invalidez. Se o indivíduo se recupera dessa invalidez, o benefício é cancelado e o indivíduo 
volta a trabalhar. 
 Período de Carência dos Auxílios acima: para usufruir de ambos, deve ser pago 12 contribuições – 
12 meses. EXCEÇÃO: aposentadoria por invalidez acidentária e auxílio doença acidentário – são aqueles 
que decorrem de acidente de trabalho ou de doença ocupacional. Esses casos dispensam carência. 
 Aposentadoria por Idade – Art. 201, §7°, II, CF: diz a CF que o homem se aposenta aos 65 anos e a 
mulher aos 60 anos. Existem 02 justificativas para a mulher se aposentar antes: 
 A mulher não teria a mesma resistência física que o homem para o trabalho ao longo dos anos – 
justificativa menos aceita; 
 A mulher estaria sujeita à uma dupla jornada – justificativa mais aceita. 
Essa distinção de tratamento entre homens e mulheres é uma ação afirmativa, isto é, uma política de 
concretização do princípio da Igualdade Material. Como toda ação afirmativa, ela precisa ser temporária, pois 
a ideia é fazer com que essa desigualdade fática desapareça ao longo do tempo, ao ponto de extingui-la. 
 Período de Carência (Mínimo de Contribuições): 180 contribuições = 15 anos para se aposentar 
com 65 anos. 
 IDADE – E o texto constitucional prevê um redutor de 05 anos em favor do trabalhador rural, do 
segurado especial (Art. 195, §8°, CF), de modo que o trabalhador rural Homem se aposenta com 60 anos e a 
Mulher com 55 anos. 
 Aposentadoria por Tempo de Contribuição – Art. 201, §7°, I, CF: não leva em consideração a 
idade. Diz a CF que o homem se aposenta com 35 anos de contribuição e a mulher com 30 anos de 
contribuição. 
 TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO – Redutor de 05 anos do Professor de Ensino Infantil, Fundamental e 
Médio, de modo que o homem se aposenta com 30 anos de contribuição e a mulher com 25 anos de 
contribuição. E a CF ainda diz que esse tempo todo de contribuição, tem de ser de dedicação ao Magistério. 
Portanto, a professora mulher que quer ganhar esse redutor de 05 anos, tem que ter contribuído por 25 anos 
como Professora, ela deveter trabalhado 25 anos como professora. 
 Fator Previdenciário: é um fator multiplicador redutor que incide quando o segurado não observa a 
regra 85/95 pontos. 85 pontos – Mulher e 95 pontos – Homem. 
O homem tem que ter no mínimo 65 anos para se aposentar e a mulher 60 anos. E por tempo de 
contribuição, o homem tem que ter no mínimo 35 anos e a mulher 30 anos de contribuição. São 
aposentadorias distintas, podendo se aposentar ou por idade ou por tempo de contribuição. O homem pode 
se aposentar com 35 anos de contribuição, independente da idade. Já a mulher pode se aposentar com 60 
anos de idade, mas tem que ter um mínimo de contribuições, que é de 180 = 15 anos. 
O problema é que somando idade e tempo de contribuição, se não atingir a pontuação do Regime, 
incide o Fator Previdenciário. 
Ex.: imagine que um cara começou a trabalhar com 20 anos de idade e ele tem 35 anos de 
contribuição. Ele vai ter 35 anos de contribuição quando ele tiver 55 anos de idade. 35+55 = 90 pontos. 
 
Regime: Idade: 
 
 
 
Contrib.: 
H: 35 + 55 = 90 
 
Não atingiu o mínimo de pontos, portanto, incide o Fator Previdenciário. Imagine que o cara sempre 
contribuiu com o teto do INSS, com o máximo, para chegar no final da vida dele e ganhar o máximo de 
aposentadoria. Ele sempre contribuiu com o teto, ele vai receber pelo teto? Não, pois vai incidir o fator 
multiplicador redutor. Esse fator vai variar de 0,5 a 0,9. Então, quanto mais longe ele estiver dessa pontuação 
maior será a redução. Portanto, apesar dele ter contribuído pelo teto, vai incidir o fator, que por sua vez vai 
reduzir a aposentadoria dele, porque ele não atingiu a pontuação mínima. Nesse exemplo o cara teria que 
trabalhar mais 02 anos e meio para fechar 37,5 de contribuição com 57,5 de idade e fechar os 95 anos. 
/ 
35 30 
 Salário Maternidade: faz jus a segurada gestante. Não confundir Salário Maternidade com a Licença 
Maternidade. Esta última é um direito trabalhista da gestante / empregada. E o primeiro é um direito 
previdenciário, em tese que um complementa o outro. O salário maternidade é pago por 120 dias, iniciando-
se 28 dias antes da data estimada para o parto. Por que um complementa o outro? A empregada que fica 
grávida, tem o direito de sair de licença maternidade, que é o direito que ela tem de não trabalhar por 120 
dias. O tempo que ela não está trabalhando, que está fora da empresa, vem a seguridade social e dá o 
benefício previdenciário a ela, que é o Salário Maternidade. O Salário Maternidade é um benefício 
previdenciário que complementa o direito trabalhista dela de ter Licença Maternidade no mesmo período. O 
Salário Maternidade possui algumas PECULIARIDADES: 
1. É um benefício pago mediante compensação, isto é, todo empregador tem a obrigação de contribuir 
para a seguridade social, assim como seus empregados, porém, o empregador tem a obrigação de fazer 
também o recolhimento de seus empregados. A parte que o empregador tem que contribuir com dinheiro dele 
mesmo, que é a parte dele, é calculada levando em consideração o salário dos seus empregados. Imagine 
que um empregador, tem uma segurada gestante. O salário dela é de 4 mil reais por mês. Ela sai de Licença 
Maternidade, tem que vir a seguridade social e pagar Salário Maternidade a ela. Ao invés dela pegar o cartão 
do INSS e ir sacar o benefício na Caixa todo mês, o empregador, continua pagando o salário dela durante 
esses 04 meses. Mas imagine que todo mês o empregador, considerando que ele tenha vários funcionários, 
tem que pagar à seguridade social 20 mil reais por mês, da parte dele contribuinte. Esse mês que ele pagou 4 
mil reais a funcionária gestante que está de licença maternidade, ele vai pagar só 16 mil, pois ele vai abater 
os 4 mil que pagou para ela, porque era a seguridade que deveria estar pagando. Ao invés do INSS vir pagar, 
o empregador paga e desconta daquilo que ele estava devendo para o INSS. Por isso esse benefício 
mediante compensação, o empregador continua pagando o salário para a gestante enquanto ela está 
afastada e desconta depois daquilo que ele estava devendo para o INSS. 
2. Pode ser pago acima do teto do INSS. Imagine que o salário da funcionária gestante não é de 4 mil e 
sim de 7 mil reais. O empregador pode pagar 7 mil reais a ela? O teto do INSS é de 5.200,00. *Salário 
Maternidade é o único benefício que pode ser pago acima do teto*. Então o empregador vai continuar 
pagando o salário dela. E ele vai compensar o valor DO salário dela, daquilo que ele devia para a seguridade 
social. 
*A mãe que adota uma criança também tem direito ao benefício e a licença*. 
 Salário Família: é pago para o segurado inserido em família de baixa renda (todo ano a seguridade 
atualiza o valor e até aquele valor se considera como sendo família de baixa renda. Hoje o valor é em torno 
de 1.200,00), desde que ele tenha filho (s) de até 14 anos, devidamente matriculado numa instituição de 
ensino e com a vacinação em dia. A lógica desse benefício é a Seletividade e Distributividade. 
 Seguro Desemprego: faz jus o segurado em situação de desemprego involuntário. O indivíduo pode 
ficar desempregado de 03 maneiras: 
 Pedir demissão; 
 Ser demitido sem justa causa; 
 Ser demitido com justa causa. 
A situação em que se recebe o benefício é quando o segurado é demitido sem justa causa. O 
segurado pode receber no máximo até 05 parcelas do benefício. Ele recebe enquanto perdurar o 
desemprego. No momento em que ele voltar a trabalhar, cessa o benefício. Se na terceira parcela ele voltar a 
trabalhar, cessa o seguro desemprego, por exemplo. 
 Auxílio Reclusão: é pago para os dependentes do segurado recluso, mas desde que este seja 
segurado de baixa renda. Possui o mesmo critério de baixa renda do Salário Família. Os dependentes são o 
companheiro (a) ou cônjuge e filhos até 21 anos. 
 Pensão por Morte: faz jus os dependentes do segurado falecido. Os dependentes são o companheiro 
(a) ou cônjuge (seja relação homo afetiva ou hetero afetiva. Se a pessoa deixar companheiro (a) e cônjuge, 
divide-se a pensão entre as duas) e filhos até 21 anos (se tiver dois filhos, divide-se a pensão entre os dois. 
Não confundir pensão por morte com pensão alimentícia, pois a primeira cessa aos 21 anos e a segunda 
cessa aos 18 anos, porém, pode persistir se o filho estiver cursando ensino superior. Aí cessa pelo que 
acontecer primeiro, ou ele terminar a faculdade ou ele completar 24 anos de idade). 
 BENEFÍCIOS ASSISTENCIAIS: 
 Benefício Assistencial do Idoso: faz jus o idoso assim considerado aquele com 65 anos ou mais, 
inserido em família em estado de miserabilidade. Essa família é aquela com renda per capta de até ¼ do 
salário mínimo. Esse é o critério objetivo. Mas a jurisprudência permite uma afeição do estado de 
miserabilidade numa análise in locu, com base num critério subjetivo, onde é enviado uma assistente social 
a residência, que avalia a situação de miserabilidade e atesta essa miserabilidade. Mesmo que a renda per 
capta seja um pouco superior que ¼ do salário mínimo, se nessa análise in locu se atestar a miserabilidade, 
da família, o Idoso vai receber o benefício. Esse benefício corresponde à um salário mínimo. 
 Benefício Assistencial do Deficiente: é pago ao deficiente inserido em família em estado de 
miserabilidade. Mesmos critérios do benefício acima com relação a miserabilidade. 
 DIREITO A SAÚDE – Art. 196, CF: 
Diz a CF, que a saúde é direito de todos e dever do Estado. 
 Dever do Estado: os entes da federação que têm competência para prestar serviço público na área 
da saúde são TODOS. É uma competência COMUM a TODOS eles. Todos têm competência e devem prestar 
serviços à saúde. De modo que quando eu vou exigir algo do Estado em termos desaúde, a responsabilidade 
é solidária entre os entes da federação e por isso pode se exigir saúde de qualquer um deles. A CF 
estabelece, com relação a saúde, que os entes têm uma obrigação de destinar um mínimo de recursos para a 
saúde: 
 Municípios: mínimo de 15% da receita de impostos em saúde; 
 Estados: mínimo de 12% da receita de impostos em saúde; 
 União: mínimo de 15% da receita corrente líquida em saúde. 
 
*EMENDA CONSTITUCIONAL 86/2015*. 
 Direito de Todos: Imagine que eu precise de um medicamento, que não é disponibilizado pela rede 
pública de saúde, pelo SUS. Posso eu exigir do Estado que ele me forneça esse medicamento? Pense que 
esse medicamento possui um preço extremamente elevado, posso exigir mesmo assim? Sim. Mas pera aí! 
Eu vou pedir para que o administrador público tire dinheiro dos cofres públicos sem previsão legal para pagar 
o medicamento que eu preciso? Isso não fere o princípio da legalidade orçamentária? Aqui estamos diante de 
um conflito entre Mínimo Existencial e a Reserva do Possível. 
 
X 
 
 Cláusula da Reserva do Possível: dentre todos os direitos sociais previstos na CF, o Estado vai 
garantir aquilo que for possível de acordo com a sua capacidade / reserva orçamentária. Quem diz quanto vai 
para o que é a Lei Orçamentária. Portanto, a Reserva do Possível guarda relação com o princípio da 
Legalidade Orçamentária. Entretanto, esta cláusula está em constante conflito com a concepção do Mínimo 
Existencial. 
 Mínimo Existencial: dentre todos os direitos previstos na CF, existe uma gama mínima de direitos 
sem os quais a pessoa não vive dignamente. Esses direitos são relacionados, portanto, ao princípio da 
Dignidade da Pessoa Humana. Esses direitos o Estado tem que garantir ao cidadão, ainda que não exista 
previsão na Lei Orçamentária. 
A questão é: Esse direito, isso que eu quero exigir do Estado, está dentro da concepção de mínimo 
existencial ou reserva do possível? Se estiver dentro do Mínimo Existencial, posso exigir do Estado. Se ele 
não me fornecer, eu busco isso judicialmente. Se estiver dentro da reserva do possível, eu posso exigir dentro 
do orçamento, dentro da legalidade orçamentária, daquilo que já estava previsto no orçamento, mas eu posso 
ir além disso. 
Quando eu estou diante de um direito social, tenho que fazer a seguinte pergunta: Dá para viver 
dignamente sem esse direito? Se a resposta for não, não dá para viver dignamente sem esse direito. Então 
esse direito está dentro da concepção de Mínimo Existencial. Se ele está dentro da concepção de mínimo 
existencial, eu posso exigir do Estado o fornecimento desse direito, mesmo sem previsão legal. 
O direito a saúde, é um direito que por excelência está dentro da concepção de mínimo existencial. 
Só que essa afirmação levou ao fenômeno de Judicialização da Saúde. Toda vez que alguém precisa de um 
medicamento, toda vez que alguém precisa de um tratamento de saúde e isso não está na lista do SUS, não 
é ordinariamente fornecido pelo SUS, não é regularmente fornecido pelo SUS, propõe uma ação judicial para 
obrigar o Estado-juiz a fornecer o medicamento. Dos últimos 10 anos para cá, essa demanda judicial por 
medicamentos ficou conhecida Judicialização da Saúde. Mas é claro que isso foi parar no STF. O que os 
advogados do Estado alegam em matéria de defesa? Reserva do Possível. Eu, administrador público, estou 
restrito ao princípio da legalidade. Se a lei não me autoriza a fazer, eu não posso fazer. Se eu não tiver 
previsão legal para custear isso, eu não posso fazer. O que o STF fez em 2009: ele convoca uma série de 
audiências públicas, convida especialistas, juristas, etc., sobre essa questão da Judicialização da Saúde. E o 
STF é quem chega nessa conclusão, de que a saúde é um direito que por excelência está dentro da 
concepção de mínimo existencial. Quando a discussão envolve saúde, eu posso sim exigir do Estado. Para 
ele é reserva do possível. 
Só que o próprio STF identifica algumas exceções nesta afirmação. Isso é fruto jurisprudencial: 
quando é que a saúde não vai estar dentro da concepção de mínimo existencial e eu não posso exigir do 
Estado para além da reserva do possível? 
1. Medicamento ou Tratamento Experimental: é aquele que não tem eficácia comprovada pela 
medicina. Eu não sei se aquele medicamento efetivamente se presta a curar a enfermidade que eu tenho. Ou 
seja, se aquele tratamento efetivamente se presta a curar a doença que eu tenho. Existe todo um protocolo 
na medicina para que o medicamento e o tratamento sejam de eficácia comprovada na medicina. Se estes 
não passaram por todo o protocolo e não se comprovou cientificamente a eficácia, eu não posso exigir do 
MÍNIMO 
EXISTENCIAL 
RESERVA DO 
POSSÍVEL 
Estado que me forneça esse medicamento ou tratamento. Daí teriam que ser feitas experiências com 
recursos públicos. Obs.: o fato do medicamento não estar homologado, estar registrado pela ANVISA, não 
significa que ele seja experimental. Pode ser que o medicamento não seja experimental, ele seja eficaz para 
o tratamento de determinada enfermidade, só que ele não foi homologado pelas autoridades sanitárias 
brasileiras. O Estado brasileiro ainda não homologou esse medicamento internamente seguindo a nossa 
burocracia interna. Mas ainda sim, ele pode ser um medicamento eficaz. 
2. Alguns Tratamentos / Cirurgias Estéticas: imagine que eu me sinta bonito com o nariz que eu 
tenho. Quero fazer uma cirurgia plástica para ficar com o nariz do Brad Pit. Só que eu não tenho dinheiro para 
pagar. Eu posso exigir do Estado essa cirurgia? Não. Outro exemplo: tem uma cirurgia que a mulher faz 
depois que ela tira o câncer de mama, é uma cirurgia de reconstrução da mama. E essa cirurgia, quero 
descobrir se está dentro do mínimo existencial. Tanto que muitos entes da federação já custeiam essa 
cirurgia. Essa cirurgia ainda está em discussão em aberto. Polêmica: outra cirurgia que gerou mais 
discussões do que esta última. O MPF há uns anos atrás, propôs uma ação civil pública para obrigar a União 
a custear pelo SUS a cirurgia de mudança de sexo do transexual. Está dentro da concepção de mínimo 
existencial ou reserva do possível? O MP do RS, deferiu a liminar dizendo que a cirurgia estava dentro da 
concepção do mínimo existencial. O TRF da 4ª Região de Porto Alegre confirmou a liminar e a União recorreu 
e o STJ reformou a decisão, dizendo que essa cirurgia está dentro da concepção de reserva do possível. Que 
não tem dinheiro para tudo e que por enquanto está dentro da reserva do possível. 
3. Quando o Indivíduo puder custear o tratamento ou medicamento com as suas próprias 
despensas / recursos: gerou bastante polêmica. Se o cara consegue pagar o medicamento, não vou exigir 
que se tire dinheiro dos cofres públicos para pagar um medicamento que a pessoa está me pedindo. Por que 
gerou essa discussão? Porque o Art. 196, CF, diz que a saúde é direito de todos e dever do Estado. Ele não 
diz que a saúde é direito dos pobres. Como o STF contra argumenta isso? ele diz: eu não estou 
descumprindo um mandamento constitucional, porque quando a CF diz que a saúde é direito de todos, o 
Estado efetivamente disponibiliza o Sistema de Saúde para todo mundo. Todo mundo pode fazer uso, seja 
rico ou pobre. O que a gente está discutindo aqui, é eu ir além da reserva do possível. É eu ir além daquilo 
que o Estado normalmente disponibiliza para a população. Para eu ir além daquilo, para eu dizer que o 
Estado tem que fornecer, mesmo sem previsão legal, dentro do mínimo existencial, aí eu vou priorizar os 
recursos públicos. Eu vou priorizar sua aplicação, para que ele seja efetivamente acessível. E o STF diz ao 
juiz: procure prestar atenção se o que a pessoa está pedindo, ela mesma não pode ir buscar.Imagine um 
medicamento que está custando 800 reais o ciclo, por mês. Uma família que ganhe 2 mil reais por mês, 800 
reais por mês, faz falta. Ai tudo bem pedir ao Estado para que custeie e forneça. Agora para uma família que 
ganha 10 mil reais por mês, não me parece razoável efetivamente eu buscar tutela jurisdicional para 
conseguir um ciclo que eu consigo custear. Essa foi a lógica da decisão. Não que aquilo que o Estado 
normalmente disponibiliza possa ser acessado por todos. 
 DIREITO A EDUCAÇÃO – Art. 205, CF: 
A educação é direito de todos e um dever do Estado. Esse conflito entre reserva do possível e 
mínimo existencial vamos transportar para a educação. A educação está dentro de qual dessas concepções? 
Mínimo existencial. Eu não tenho dinheiro para pagar uma Universidade particular, entro com mandado de 
segurança para buscar direito de estudar na Federal. Ainda mínimo existencial? Educação de nível 
fundamental e médio, mínimo existencial. Educação de nível superior, reserva do possível. Ex.: Uma 
demanda comum nas varas de infância e juventude: a mãe não conseguiu vaga para o filho na escola, 
colégio público. Você vai na vara de infância e juventude e o juiz determina que se consiga uma vaga para a 
criança, pois educação de nível fundamental e médio está dentro da concepção de mínimo existencial. Agora 
reserva do possível – educação de nível superior: o que possível, por exemplo, para a União, fazer para 
quem quer cursar nível superior de direito aqui no PR? 80 e poucas vagas na Federal. Essa é a reserva do 
possível. De modo que eu não posso exigir do Estado além daquilo que está disponibilizado. 
 Mínimo de Investimentos de Recursos Públicos na Educação – Art. 212, CF: 
 Estados e Municípios: mínimo de 25% da receita de impostos para educação; 
 União: mínimo de 18% da receita de impostos para educação. 
 Princípios Constitucionais da Educação – Art. 206, CF: 
1. Liberdade de Cátedra: dirigido aos professores e as instituições de ensino. Aqui os professores 
têm liberdade para externar suas ideias em sala e adotar a metodologia de ensino que lhe convier. O que 
justifica esse princípio, por fatos históricos, é que os professores no passado eram censurados. 
2. Da liberdade de aprender e externar suas ideias: dirigido aos alunos. É o direito deste de 
aprender e externar suas ideias em sala. A aprendizagem é um processo dialético e confronto de ideias 
fazem parte desse processo de aprendizagem. 
3. Da Qualidade de Ensino Público: é só no papel. Desmerece comentários. 
4. Da Coexistência entre Instituições Públicas e Privadas de Ensino: a prestação de serviços 
públicos na área da educação não é uma exclusividade do Estado. O setor privado também presta serviço na 
área da educação. A CF, portanto, diz quais entes da federação devem prioritariamente atuar em cada 
segmento da educação e esse ente passa a ser o responsável a autorizar, a conceder o serviço público de 
educação para o setor privado daquele nível. A CF diz, que os municípios têm que atuar prioritariamente no 
E.F., os Estado no E.M e União no E.S. O ente da federação que atua prioritariamente naquele segmento, ele 
vai autorizar o setor privado a atuar no segmento. Os municípios autorizam o funcionamento de escolas 
particulares, os Estados os Colégios e a União as Universidades particulares. 
5. Igualdade de Acesso à Educação Pública: é mais fácil de se visualizar no Ensino Superior. O 
Estado tem que garantir acesso as vagas de ensino público em igualdade de condições. As pessoas têm que 
concorrer a essas vagas em igualdade de condições. Para isso, as Universidades têm um instrumento, uma 
ferramenta para garantir que a população concorra em igualdade de condições. Essa ferramenta é o 
vestibular. Este é igual para todo mundo. Essa igualdade de acesso, é igualdade formal ou material? 
Igualdade formal: eu presumo que o princípio da igualdade tem comportamento idêntico para todos. 
Igualdade material: identifico uma parcela da população que está em situação de desigualdade, aplico uma 
medida desigual, na medida da desigualdade. É igualdade material. Por quê? As pessoas concorrem em 
igualdade de condições ou algumas são privilegiadas? Existem algumas pessoas que são privilegiadas, 
então, não existe uma discriminação positiva aqui? Um exemplo disso é a política de cotas. Esta identifica 
que essa igualdade de acesso é uma igualdade material. A justificativa formal disso, é que eu estaria dando 
tratamento privilegiado para alguns, para compensar a desigualdade fática que eles possuem. 
 Política de Cotas Raciais: para o professor, ela não é boa nem ruim, ela é mal aplicada. O 
fato é que juridicamente ela é constitucional. O STF já decidiu isso. Qual é a justificativa para a política de 
cotas ser constitucional? O STF julgou constitucional julgando uma ação de controle de constitucionalidade 
proposta por edital de vestibular da UNB, que foi um dos primeiros vestibulares que previu em seu edital a 
destinação de vagas específicas para cotistas. A política de cotas é uma ação afirmativa. E como toda ação 
afirmativa, ela tem duas características: 1 – ela só pode ser aplicada se eu identificar no mundo dos fatos 
uma situação de desigualdade entre determinada parcela da população, que justifique em relação a essa 
parcela, um tratamento privilegiado em relação aos demais; 2 – pressupõe temporariedade. É algo 
temporário. Não pode ser algo permanente. Por quê temporário? Porque eu estou dando tratamento 
privilegiado a essa parcela da população até que ela chegue em nível de igualdade com o restante da 
população. 
 DIREITO A CULTURA – Art. 215, CF: 
O Estado tem que incentivar a cultura. Qual é a principal forma de incentivo à cultura no Brasil? 
Incentivo indireto. Evidentemente, quanto a cultura, não existe incentivo direto, como na saúde e educação. 
Qual é a principal forma de incentivo indireto? É o incentivo fiscal. Ao invés do Estado patrocinar diretamente 
os eventos culturais, artísticas, ele diz para a iniciativa privada: faz você e em troca eu te dou o incentivo 
fiscal. Regulamento a isenção de imposto de renda. Assim ele fomenta a Iniciativa Privada a fazer. 
 DIREITO A DESPORTOS – Art. 217, CF: 
Diz a CF, que é direito de todos e dever do Estado fornecer. A CF de 88 foi a primeira CF que 
positivou, que elevou a nível constitucional a chamada Justiça Desportiva. Esta, faz parte do judiciário? Não 
faz parte do Poder Judiciário. Esta não exerce função jurisdicional. Os litígios julgados pela Justiça Desportiva 
são litígios de natureza administrativa. Os processos que tramitam na Justiça Desportiva são processos da 
empresa administrativa. Como é que eu defino a competência da Justiça Desportiva? O que ela julga? Ela 
julga duas matérias: 1 – a devida aplicação das regras em competições desportivas; 2 – a aplicação de 
sansões disciplinares aos atletas e aos clubes. 
Comissão – TJD – STJD 
A Justiça Desportiva é uma exceção temporária ao princípio da inafastabilidade do Poder Judiciário 
(Art. 5º, XXXV, CF). Como assim é uma exceção temporária? Diz a CF, que por 60 dias o atleta tem de 
recorrer dentro da própria estrutura da justiça desportiva, não podendo se socorrer no Poder Judiciário. Nesse 
período eu afasto o Poder Judiciário. A Justiça Desportiva afasta temporariamente o princípio de acesso à 
justiça nas demandas que cabem à Justiça Desportiva. Passa 60 e depois eu não consigo mais discutir no 
Poder Judiciário. 
 DIREITO A CIÊNCIA E TECNOLOGIA – Art. 218 e 219, CF: é para ler os artigos, mas não cai na 
prova. 
 DIREITO A COMUNICAÇÃO SOCIAL – Art. 220, CF: 
Trata da liberdade de imprensa. §2º: fala do princípio aplicado aos meios de comunicação. Princípio 
da Vedação da Censura: É vedada a censura aos meiosde comunicação. Por que o legislador constituinte se 
preocupou em positivar esse princípio que veda a censura aos meios de comunicação? Porque na época da 
ditadura, os meios de comunicação sofriam censura. O artigo 220 que trata da liberdade dos meios de 
comunicação, sempre foram disciplinados pela Lei 5250/67: essa lei sempre regulamentou os institutos 
inerentes a liberdade de imprensa. Os institutos inerentes a liberdade de imprensa são o sigilo da fonte, 
direito de resposta e prevalência da tutela reparatória em relação a tutela inibitória: esses institutos 
eram disciplinados por essa lei. Porém, essa lei foi declarada totalmente inconstitucional pelo STF. Tudo o 
que for falado, portanto, sobre esses institutos, é fruto de construção jurisprudencial, isto é, não existe uma 
disciplina constitucional específica sobre isso. 
1. Sigilo da Fonte: é o direito que o jornalista tem de não revelar a origem da informação, a fonte da 
matéria jornalística. O fato é que revelando ou não a fonte da matéria, o jornalista é sempre responsável pela 
matéria. O jornalista responde a matéria solidariamente com o veículo de comunicação. Se a matéria for 
ofensiva, não verdadeira, causa dano à imagem de alguém, ele, jornalista, responde junto com o veículo de 
comunicação. 
2. Direito de Resposta: é o direito que a pessoa noticiada, que o objeto da matéria jornalística tem de 
publicar, de ver publicada a sua versão dos fatos. Nada mais é do que a aplicação do Princípio Contraditório 
na atividade jornalística. A jurisprudência permite que a pessoa noticiada tenha um comando judicial para 
forçar o veículo de comunicação a publicar suas respostas em 2 hipóteses. Hipóteses que justificam que de 
maneira forçada os veículos de comunicação devem publicar a versão do noticiante: 1ª – quando o veículo de 
comunicação não ouviu a pessoa noticiada, para saber a versão dela sobre os fatos. 2ª – Quando a matéria 
jornalística for inverídica, errônea ou imprecisa. O direito de resposta tem que ser veiculado com o mesmo 
destaque e tamanho da matéria ofensiva. Ex.: se a notícia era capa da Folha de São Paulo, a resposta tem 
que ser capa da Folha de São Paulo também. Ele é concedido sem prejuízo de indenização por danos 
morais. Eu posso colocar na ação os dois pedidos. Pedir que o juiz condene o meio de publicação a pagar 
danos morais e obrigue ele a publicar sua resposta. Assistir o vídeo: Leonel Brisola e Globo – Direito de 
Resposta. 
3. Prevalência da Tutela Reparatória em relação a Tutela Inibitória: na aula anterior quando falamos 
de desportos, foi dito que a justiça desportiva é uma exceção temporária ao princípio da inafastabilidade do 
Poder Judiciário. E o que é esse princípio? É o acesso à justiça. Como ele está escrito na CF? Art. 5º, XXXV: 
“a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”. Lesão: já violaram meu 
direito e eu procuro o PJ para pedir a reparação pela lesão. Ameaça de lesão: é momento anterior. Aqui, meu 
direito tem vias de ser lesionado. E eu vou pedir ao juiz essa lesão ao meu direito. Eu não vou pedir a 
reparação do dano, porque ele não aconteceu ainda. Eu vou pedir para que o judiciário impeça a lesão. 
Quando meu direito é lesionado, eu peço reparação reparatória. “Sr. juiz, eu condeno o réu a reparar o dano, 
reparar a lesão ao meu direito”. Agora existe a tutela inibitória. Esta é para impedir o dano, a lesão. Aqui eu 
vou pedir para o juiz, “Sr. juiz, impeça a lesão, porque eu estou sofrendo uma ameaça de lesão”. Quando a 
discussão envolve liberdade de imprensa, prevalece a tutela reparatória. Ex.: imagine que o jornalista me liga 
e diga assim, “fulano, vou publicar uma matéria sobre você. Qual é a sua versão dos fatos?”, e eu digo, “mas 
isso aqui é mentira”. Aí eu vou no judiciário, “Sr. juiz, a Gazeta do Povo vai publicar uma matéria sobre mim, 
mas é mentira! Dê uma ordem judicial para impedir ela de publicar”. O juiz vai dizer assim, “não tem como eu 
impedir alguém de publicar. Eu deixo publicar e depois, se for mentira e ofensiva, e você continuar com a 
tutela reparatória, prevalece a tutela reparatória em se tratando de liberdade de imprensa”. Porque se eu 
utilizar a tutela inibitória contra o direito de publicação, vai caracterizar censura e vou violar o princípio que 
norteia a liberdade de imprensa, que é o princípio da vedação a censura. Se eu utilizar a inibitória, ao invés 
da reparatória, para proibir a divulgação de uma matéria jornalística, isso corresponde a censura. Mas a 
própria jurisprudência se encarregou de achar uma exceção: é uma hipótese em que se admite que utilize a 
tutela inibitória contra veículo de comunicação. Quando o réu é reincidente na prática de ilícito, no abuso da 
liberdade de expressão jornalística, vai ser possível o uso da tutela inibitória. 
 MEIO AMBIENTE – Art. 225, CF: 
É um direito fundamental de 3ª dimensão (direitos difusos, coletivos. Não se consegue identificar 
quem é o titular do direito. É um direito indivisível). A competência legislativa em matéria ambiental é 
concorrente, ou seja, vários entes podem legislar sobre matéria ambiental. E existindo essa variedade de leis 
ambientais, existe um princípio constitucional, que é o princípio norte para a aplicação dessas leis: 
 Princípio Indubio Pró-natura: na dúvida, eu aplico a norma que proteger com maior eficácia o 
meio ambiente, que tutelar com maior efetividade o meio ambiente. 
 FAMÍLIA – Art. 226, CF: 
 
 
 
Estatuto 
Constitucional 
da Família 
 
 
 
É possível, pelo constituinte, constituir família pelos pontos 1, 3 e 4. 
1. Efeitos do Casamento – Diz a CF, no artigo 226, §2º, que o casamento religioso gera os mesmos 
efeitos do casamento civil. Se você casar só no religioso, este vai ter que ter alguns requisitos para que ele 
gere efetivamente gere os mesmos efeitos do casamento civil. Em resumo, ele tem que ser instrumentalizado, 
isto é, no casamento religioso, você tem que tirar alguma prova documental de que ele ocorreu. Um livro ata 
da Igreja por exemplo. Mas como assim gera os mesmos efeitos? Casando no religioso, os cônjuges atraem 
para si os direitos e deveres do casamento civil, que são: 
 Assistência material, moral e psíquica: Material – dever de sustento mútuo. O cônjuge deve 
sustentar um ao outro e os filhos. Moral – dever de respeito entre os cônjuges. 
 Fidelidade: ainda é dever do casamento. 
 Vida comum: comunhão de intimidades. 
A CF diz ainda que os cônjuges vão gerir, administrar a família em igualdade de condições. Ambos 
têm responsabilidade de administrar a família. O texto constitucional também administrou o fim, a crise do 
casamento, por meio de 2 institutos: Separação e Divórcio. 
Separação: coloca fim aos direitos e deveres do casamento, mas não coloca fim ao casamento. De 
modo que uma pessoa separada não pode se casar de novo. 
Divórcio: coloca fim ao casamento. Uma pessoa divorciada pode se casar de novo. 
Por que o legislador constituinte trabalhou com dois institutos? O legislador constituinte, na redação 
originária da CF, a pessoa só pode se divorciar, 01 ano depois que ela se separou judicialmente. Por que 
isso? Durante a assembleia constituinte (era composta por grupos sociais de pressão) em 88, a banca 
religiosa, não queria que se positivasse no texto constitucional, o divórcio. O que a assembleia constituinte 
deu de resposta para a Igreja católica? Nós vamos positivar o divórcio, vamos levar o fim do casamento ao 
âmbito constitucional, mas vamos colocar um instituto que vai ser pré-requisito ao divórcio, no caso, a 
separação. Então o casal, antes de colocar fim ao casamento, vai ter que se separar. E por um período de 01 
 Efeitos do Casamento.1 
 Paternidade Responsável.2 
 União Estávelcomo entidade familiar.3 
 Família Monoparental.4 
 Proteção da Criança, do Adolescente, 
do Jovem e do Idoso.5 
ano ele vai ter que refletir se é isso mesmo que ele quer. E só depois desse 01 ano é que ele vai poder dar 
fim ao casamento. Ainda hoje, a igreja católica admite a anulação do casamento, mas não o divórcio. Só que 
em 2009, foi visto que 90% das separações, eram convertidas em divórcio. E isso dava muito trabalho aos 
juízes, promotores e advogados, pois tinham que julgar a separação e depois o divórcio. Julgar duas vezes a 
mesma coisa. A separação, então, se tornou algo inútil, que dava trabalho em excesso para algo que já tinha 
acabado quando já se havia sido proposto a separação do casamento. Por isso, a EC 66 ela retirou da CF o 
instituto da separação. A CF desde 2010, da EC 66, não fala mais na Separação. Mas isso gerou um 
problema, onde a doutrina e a jurisprudência se dividiram no que tange se ainda existe a separação. Para 
isso, existem 2 correntes: 
1ª – Yussef Cahal: diz que ainda existe a separação, mas não como um pré-requisito do divórcio. 
Existe ainda como uma faculdade do casal. O casal pode chegar no juiz e dizer que não quer colocar fim no 
casamento, mas apenas se separar. A lógica é que o Estado tem que fazer de tudo para preservar a família e 
a separação faz isso, não coloca fim ao casamento. 
2ª – Maria Berenice Dias – EC 66: diz que não existe mais a separação. Diz que o objetivo da EC 
66 era acabar com a separação, pois esta era inútil, perda de tempo. 
Por que existe essa discussão ainda? O problema é o seguinte. Quando veio o CC de 2002, estava 
em vigor a redação anterior da CF, que falava em separação e divórcio. O CC veio e falou em separação e 
divórcio. Aí veio a EC 66 e tirou esse instituto da CF. A dúvida é: a EC devolou o CC ou este ainda está em 
vigor e ainda existe a separação? 
O divórcio pode ser Judicial ou Extrajudicial. O Judicial é aquele feito em juízo, no Poder 
Judiciário, na Vara de Família. É obrigado a fazer quando o divórcio for litigioso ou ainda que consensual, se 
houver filhos incapazes, mesmo que o casal não esteja brigando. Extrajudicial é aquele feito em cartório, no 
tabelionato. Só pode fazer extrajudicialmente, isto é, fora do judiciário se for consensual e sem filhos 
incapazes. Aqui é feito por escritura pública (como a de um terreno) e é preciso de um advogado para orientar 
o casal. 
2. Paternidade Responsável – É dever dos pais exercer a paternidade com responsabilidade. Eles 
têm dever material e moral para com os filhos, ou seja, os pais têm dever de sustentar os filhos, de educá-los, 
de cuidar deles. A CF proíbe tratamento discriminatório entre os filhos. Em virtude desse dever material e 
moral para com os filhos, rola uma discussão no STF, que diz respeito a indenização por danos morais por 
abandono afetivo. O STF está dividido, tendo uma parte dizendo que cabe indenização por danos morais e 
outra dizendo que não. 1º ponto: Existe uma diferença de indenização para compensação. Indenização é só 
para dano material. Neste você teve um prejuízo financeiro. Eu te dou o dinheiro, pronto, despareceu o dano. 
No dano moral não existe indenização. Existe compensação. Porque depois que você foi ofendido, teve sua 
imagem, tua honra, seja qual for o direito de personalidade ofendido, não o que faça reparar aquilo. O dano 
vai existir para sempre e você vai ser compensado financeiramente. A compensação por danos morais, se 
paga a título de dano moral por compensação. Então o fato de o dinheiro que vai ser pago não vai suprir a 
ausência paterna. Não vai, mas isso não tira o direito a compensação por dano moral. 2º ponto: Toda 
argumentação daqueles que dizem que não cabe indenização por danos morais, vem do fato que não haveria 
nenhum dever jurídico violado que juridicamente justificasse a compensação. Então o que é paternidade 
responsável? É o dever de assistência moral e material. O que é o dever de assistência moral? Cuidar, 
educar, etc. Então ele não descumpriu, portanto, um dever inerente a paternidade responsável. Descumpriu 
sim. 
 Princípio da Afetividade: a jurisprudência entende que das relações afetivas decorrem 
direitos e deveres e não apenas das relações biológicas. Formado um vínculo afetivo, desse vínculo pode 
decorrer obrigações jurídicas. Ex.: um padrasto condenado a cumprir obrigação de alimentos (pensão 
alimentícia). 
3. União Estável como Entidade Familiar – Outro meio de constituir família. É a convivência 
pública contínua com intuito de constituir família. No meio social em que o casal está inserido, eles são 
vistos como marido e mulher, como se casados fossem, mas não são casados. Não existe tempo mínimo 
para se considerar união estável. Eles vivem voluntariamente juntos, querendo constituir família. O casal atrai 
para si voluntariamente os direitos e deveres do casamento. Efeitos da dissolução da união estável: se a 
união estável não for formalizada, ela se equipara ao casamento de comunhão parcial de bens (eu divido o 
patrimônio que foi adquirido no período da união). Ação de Dissolução de União Estável está para União 
Estável, assim como o Divórcio está para o Casamento. Ou seja, a dissolução é o divórcio da União Estável. 
Diz a CF, que o Estado vai incentivar a conversão da União Estável em casamento. O legislador pensou na 
proteção do núcleo familiar, formalizando a união para fins probatórios. 
Art. 226, §2º: existe união estável entre homem e mulher. União estável homoafetiva o STF já 
reconheceu que existe. §3º: O STF nesse julgamento, interpretou os princípios da Dignidade da Pessoa 
Humana, Igualdade e Proibição da Discriminação. Este dispositivo, no entanto, não é inconstitucional. O CN 
deveria ter usado o poder de emendar a constituição para ter adaptado esta a evolução dos valores sociais. 
Quando o CN deixa de fazer isso, diz o STF que o CN decidiu em inconstitucionalidade superveniente por 
omissão. O que é inconstitucional é a omissão do STF, mas é uma omissão inconstitucional superveniente. O 
CN já deveria ter usado seu poder de emendar a CF, mas não o fez. O que é inconstitucional é a omissão do 
CN que ainda não mudou a CF para reconhecer a união entre pessoas do mesmo sexo. Casal homoafetivo 
pode adotar criança. O STJ entendeu viável o casamento homoafetivo e o CNJ baixou há dois anos atrás, 
uma resolução mandando os cartórios de registro civil fazerem o procedimento de casamento para pessoas 
do mesmo sexo. Nossa legislação admite. 
4. Família Monoparental – Constituída por um dos pais e por seu filho (a) ou filhos (as). Diz a CF, 
que merece a mesma proteção que a família constituída pelos dois genitores. Solteiro, em regra, não constitui 
família. Exceto para fins da impenhorabilidade dos bens de família. 
5. Proteção da Criança, do Adolescente, do Jovem e do Idoso – Criança: 0-12 anos; 
Adolescente: 12-18 anos; Jovem: 16-29 anos. Para criança e ao adolescente existe um princípio 
constitucional aplicado a elas que é o Princípio da Proteção Integral: é uma exceção à um outro princípio 
constitucional da família, que é o Livre Planejamento Familiar. A regra é que os pais decidem livremente 
como eles vão administrar a família e o Estado não pode interferir. Quando a criança ou adolescente estiver 
em situação de risco, o Estado interfere em favor de sua proteção. A CF, em relação ao jovem, o Estado deve 
adotar 2 políticas: Política Profissionalizante e Inserção no Mercado de Trabalho. 
“6.” – Art. 231 e 232, CF – Índios: as reservas indígenas pertencem à União, constituindo um bem 
público federal. Diz a CF, que os índios têm o direito de explorar economicamente os recursos naturais das 
reservas indígenas e excepcionalmente, o CN pode autorizar que o não índio, o homem branco faça essaexploração, mas desde que parte seja convertida a população indígena. 
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 
 
Serve para manter a harmonia do Sistema Jurídico. Serve para tirar do Ordenamento Jurídico todas 
as normas que contrariam a CF. Dessa forma eu mantenho a harmonia. É pressuposto aqui uma CF do tipo 
Rígida, que é aquela que tem um processo dificultoso para sua alteração. É necessário a Rígida, pois o 
controle precisa de hierarquia. As normas constitucionais, portanto, são mais importantes, exigem maior 
debate do parlamento para serem identificadas, desconstituídas. Sendo mais importantes, elas estão acima 
das demais normas. E as demais normas devem se adequar a elas, as normas constitucionais. Da existência 
de uma CF do tipo Rígida decorre o Princípio norte da CF, que é o Princípio da Supremacia da CF. Em 
regra, é o jurídico que faz o controle de constitucionalidade. Esse controle feito pelo PJ foi objeto de debate 
pela filosofia do direito, tendo duas correntes: 
 
X 
 
 
1 – Diz que o Controle de Constitucionalidade fere o princípio democrático, pois diz que o Poder 
Judiciário, vai estar tirando do universo jurídico algo que é fruto da vontade popular. O PJ que não é eleito 
pelo povo, está tirando do Ordenamento Jurídico algo que foi feito pela vontade popular. Portanto, o PJ está 
ferindo a vontade popular. Para essa corrente, o Poder Jurídico tem que se limitar a verificar se o 
procedimento de elaboração da lei está correto. O PJ só resguarda a vontade popular, verificando se as leis 
são frutos da vontade popular. Não pode o PJ retirar do mundo jurídico analisando o conteúdo. 
2 – Diz que o Poder Judiciário pode analisar o conteúdo da lei para ver se este confronta com 
conteúdo ou não da CF. E se o PJ verificar que o conteúdo da lei contraria a CF, ele pode sim tirar do 
Ordenamento Jurídico. E como eles rebatem o argumento de que o PJ fazendo isso está violando a vontade 
popular? A corrente substancialista diz: onde é que diz que o PJ está fazendo controle de 
constitucionalidade? Onde é que diz que o STF é o guardião da CF? A própria CF. E quem fez a CF? O povo. 
Foi o povo que colou na CF, que o Judiciário, o STF é o guardião da CF e ele vai fazer o controle de 
constitucionalidade. Logo, o judiciário faz o cumprimento da vontade popular. 
Adotamos mais a substancialista. Ainda assim, a corrente procedimentalista tem parte de razão. 
Ainda que é efetivamente fruto da vontade popular, não é incoerente que o povo que faz a lei por meio dos 
seus representantes, contrariar a vontade do povo? Por isso, pela influência da rede procedimentalista, temos 
outro princípio que é o da Presunção da Constitucionalidade das Leis: todas as leis se presumem 
constitucionais e por isso, devem ser cumpridas. Só que essa presunção é relativa, isto é, todas as leis se 
presumem constitucionais, por isso entrando em vigor, você deve cumprir porque ela se presume 
constitucional. Até quando? Até quando o judiciário disser o contrário, se o Judiciário disser que é 
inconstitucional. Mas em virtude de ser de fato fruto da vontade popular, presumo que o povo não contrariou a 
vontade do povo. 
 ESPÉCIES DE INCONSTITUCIONALIDADE: 
1. Total / Parcial: Na Total, a lei vai ser integralmente inconstitucional. Na Parcial, apenas parte da 
norma vai ser considerada inconstitucional. Obs.: a lei se presume constitucional porque é fruto da vontade 
popular. Por ser fruto da vontade popular, toda vez que o judiciário atua para reconhecer a 
inconstitucionalidade de uma norma, ele deve na medida do possível, tentar preservar ao máximo a norma. 
SUBSTANCIALISMO
2
 
Durkheim 
PROCEDIMENTALISMO
1
 
Habermas 
 
De modo que as inconstitucionalidades, se possível, vão ser declaradas parcialmente. O que não for 
inconstitucional, eu preservo no ordenamento jurídico. 
Ex.: Imaginem: Art. 1º - São direitos dos Servidores Públicos Estatutários Efetivos: 
I – Férias; 
II – FGTS; 
III – Estabilidade; 
IV – 13º Salário. 
§ Único: o ocupante de cargo em comissão terá os direitos dos incisos I a IV. 
Essa lei contém um vício de inconstitucionalidade parcial, que é o FGTS. Este não é um direito do 
Servidor Público Estatutário Efetivo e sim do CLTista. O § único também é inconstitucional em uma parte, 
pois afirma que cargo em comissão tem estabilidade, o que não é verdade, pois cargo em comissão é sujeito 
a livre exoneração, pode ser exonerado a qualquer momento. Por isso o judiciário vai propor uma ADI (Ação 
Direta de Inconstitucionalidade) para discutir a inconstitucionalidade do § único dessa lei. Pode o STF, para 
corrigir esse vício de inconstitucionalidade, colocar – “vírgula” exceto estabilidade. Pode? Não. Pode trocar 
um A por um E entre I – IV? Não, por causa da interpretação Conforme da CF. 
Estamos diante de um instituto chamado Inconstitucionalidade Parcial sem Redução do Texto. O 
STF vai declarar esse dispositivo parcialmente inconstitucional. Mas porque o STF não pode colocar o 
“exceto”, trocar um A pelo E, corrigir a literalidade do dispositivo e torna-lo constitucional? Só o legislativo 
pode fazer isso. O PJ não pode atuar como legislador positivo, isto é, não pode reescrever a lei, não pode 
colocar palavras na lei. Portanto, declara a norma parcialmente inconstitucional sem alterar o texto, sem 
redução deste. Ele deixa a norma escrita do jeito que está e determina ao operador do direito aplique uma 
interpretação Conforme a CF. Ele diz assim, “Sr. operador do direito, eu declaro este dispositivo parcialmente 
inconstitucional. Ele é inconstitucional numa hermenêutica literal”. Porque se você pegar a literalidade do 
dispositivo, eu não incluo a estabilidade. Então, “Sr. operador do direito. De agora em diante você está 
proibido de aplicar uma interpretação literal e deve aplicar uma interpretação Conforme”. 
O STF quando declara um dispositivo parcialmente inconstitucional sem redução do texto, ele 
determina uma interpretação Conforme a CF. Numa interpretação Conforme a CF, deste dispositivo eu excluí 
a estabilidade. Eu excluo a interpretação literal que induz a inconstitucionalidade. E aplico uma interpretação 
em conformidade com a CF. Entende-se a interpretação Conforme “como uma declaração de nulidade sem 
redução do texto, na medida em que se restringe as possibilidades de interpretação, reconhecendo a validade 
da lei com a exclusão da interpretação considerada inconstitucional”.2 E onde que está dizendo qual é essa 
interpretação? No acórdão do STF. A lei continua escrita do jeito que ela está, apesar do STF ter dito que ela 
é inconstitucional. 
Exemplos em que o STF fez isso: Art. 100, §2º, CF. Art. 114, I, CF. 
2. Material / Formal: Na Material, o conteúdo da lei vai contrariar o conteúdo da CF. Ex.: Conteúdo da 
CF: o servidor público não tem direito ao FGTS. Lei Infraconstitucional: o servidor público tem direito ao 
FGTS. Contraria a CF. Então essa lei detém um vício de inconstitucionalidade material. Utilizando o mesmo 
exemplo do art. 1º citado anteriormente, eu consigo enquadrá-la em mais uma classificação. Quando essa 
tem um vício de inconstitucionalidade, é parcial ou material? Ele é parcialmente e materialmente 
 
2 https://jus.com.br/artigos/133/interpretacao-conforme-a-constituicao 
inconstitucional.3 Na Formal, o vício de inconstitucionalidade vai estar no Processo de Elaboração da Lei, isto 
é, no Processo Legislativo. 
Processo Legislativo Comum (Fases): 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A iniciativa pode ser Privativa, Concorrente ou Popular. Na concorrente, tem mais de um legitimado 
para apresentar o projeto de lei. Na privativa, tem apenas um legitimado para iniciar o processo legislativo.Como eu defino se a iniciativa é privativa ou concorrente? Eu sei pela matéria tratada no projeto de lei. 
Quando a CF quer que a iniciativa seja privativa, ela diz expressamente. Quando a CF não fala nada, é 
concorrente. Ex.: Direito Civil por iniciativa concorrente – um deputado pode apresentar um projeto de lei 
sobre matéria versando sobre direito civil. Via de regra, a iniciativa é concorrente. Então a iniciativa privativa 
vai estar elencada na CF como privativa. Então a CF diz de quem é a iniciativa. Ex. de iniciativa privativa: 
uma única pessoa pode apresentar projeto de lei que vai iniciar o processo legislativo – Lei Orçamentária, 
onde a iniciativa privativa é do presidente da república, do chefe do executivo; Organização da Administração 
Pública, iniciativa privativa do Chefe do Executivo. A iniciativa popular é aquela em que a população 
apresenta projeto de lei. Nada mais é do que o abaixo assinado. Tem alguns requisitos: É necessário um nº 
mínimo de assinaturas desse projeto de lei para ser recebido como lei de iniciativa popular. 
 Projeto de Lei Federal Popular: são necessárias assinaturas de 1% do eleitorado nacional no 
mínimo, distribuído por no mínimo 5 Estados, por no mínimo 0,3% do eleitorado de cada Estado. 
 Estadual: 1% do eleitorado do Estado, distribuído em pelo menos 50 municípios. 
 Municipal: 5% do eleitorado do município. 
Apresentado o projeto lei, ele vai começar a tramitar no CN. Nosso CN é bicameral, tem duas 
câmaras, duas casas, a Câmara dos Deputados e o Senado. Então, ele começa a tramitar e vai para a casa 
iniciadora (CI). Via de regra, a CI é a Câmara dos Deputados. Quando é que o Senado é CI? Quando o 
projeto de lei é iniciativa de Senador. Aí ele vai para as comissões parlamentares na Câmara dos Deputados. 
A 1ª comissão pelo qual ele passa, é a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que vai analisar a 
constitucionalidade do projeto de lei. Vai analisar se este é inconstitucional ou não. Se for inconstitucional, 
nem segue adiante. Passando pelo CCJ, constitucional o projeto de lei, vai continuar tramitando nas 
comissões. Ele vai para as comissões temáticas de acordo com o seu teor. Essas comissões são comissões 
parlamentares especializadas em determinados temas. Depois, passou pelas comissões que deram 
sugestões de alteração da redação e vai para o Plenário para votação. Existe um quórum, que é: 
 
3 É ASSIM QUE CAI NA PROVA!!! 
 Quórum de Instalação dos trabalhos: Um nº mínimo de parlamentares que devem estar 
presentes para que haja votação. Maioria Absoluta – mais da metade do total de integrantes da casa ou 1º 
n° inteiro depois da metade. Presente a maioria absoluta, eu coloco em votação. 
 Quórum de Aprovação: Depende da espécie legislativa. 
 Lei Ordinária: Maioria Simples; 
 Lei Complementar: Maioria Absoluta; 
 Medida Provisória: Maioria Simples. É o mesmo da lei ordinária, porque quando ela for 
convertida, ela vai virar lei ordinária. Ela não vira complementar, porque eu não posso ter MP versando sobre 
matéria de lei complementar; 
 EC: 3/5 do total. Aprovação em 2 turnos. 
Imagine que não atingi esse quórum mínimo. Eu não atingi o nº de votos suficientes para aprovar 
essa espécie legislativa. O que acontece com ela? Ela é rejeitada. Projeto de lei rejeitado, o que acontece 
com ele? Arquivado. Sendo arquivado, eu posso reapresentar? Pode só na próxima sessão legislativa, exceto 
se ele for subscrito por maioria absoluta dos integrantes de qualquer umas das casas do CN. A sessão 
legislativa corresponde ao ano legislativo. Eu só posso apresentar no ano que vem, salvo se eu pegar o 
projeto de lei que foi rejeitado e for lá na Câmara dos Deputados, ir de deputado em deputado e pegar 
assinatura de mais da metade. E agora eu posso reapresentar. Ou a maioria das assinaturas dos senadores. 
Aprovado, eu mando para a Casa Revisora (CR). Esta, em regra, vai ser o senado. Vai de novo para 
o CCJ. Por que tem que ir de novo para o CCJ do senado? Por causa da autonomia das casas. O senado 
também precisa concordar que é constitucional. Vai para as comissões temáticas do senado e daí vai para 
votação. O senado pode alterar esse projeto de lei, rejeitar ou aprovar. Se o senado rejeitar, arquiva e só 
pode ser reapresentado na próxima sessão legislativa. Se ele emendar, volta para a CI. E a CI vai discutir o 
que? Só a emenda. Imagine que esse projeto de lei tem 4 artigos. O senado vem e emenda acrescentando o 
artigo 5º. Os outros 4 artigos a Câmara já aprovou e o senado também. O que a Câmara ainda não aprovou? 
O artigo 5º. Por isso volta para a Câmara aprovar só o artigo 5º. Por que isso? Em virtude do Princípio do 
Bicameralismo. 
O Princípio do Bicameralismo diz que as leis federais devem ser aprovadas pelas duas casas. A CI 
vai discutir só a emenda. Aprovando ou rejeitando, volta para a CR? Não. Não importa o que a CI decidiu, o 
processo legislativo vai direito para o Presidente da República. Pode a CI ao receber o processo legislativo 
por emenda, rediscutir os dispositivos que não são objetos de emenda? Não. Quando acontece da CI fazer 
isso, é uma ofensa ao Princípio do Bicameralismo. Aí ocorre de um partido político ajuizar uma ADI contra lei 
em questão. E o que ele diz, “Senhores Ministros do STF esse projeto de lei tem um vício de 
inconstitucionalidade formal, violou o princípio do bicameralismo. Segundo o entendimento de vocês do STF, 
sempre que uma lei tem um vício de inconstitucionalidade formal, isso acarreta necessariamente na 
inconstitucionalidade total da lei”. O STF entende que a inconstitucionalidade formal, acarreta na 
inconstitucionalidade total da lei. 
Verdadeiro ou falso? A lei totalmente inconstitucional é necessariamente por vício formal? Não, pode 
ser que seja por vício material. O conteúdo dela como um todo contraria o conteúdo da CF. Agora a lei com 
vício formal será necessariamente totalmente inconstitucional? Verdadeiro. 
Quando o Processo Legislativo retorna para a CI para uma discussão de emenda proposta pela CR, 
eventual alteração do dispositivo ou outro que não aquele objeto de emenda, só gerará a 
inconstitucionalidade formal da lei (por ofensa ao bicameralismo) se houver alteração substancial do seu 
conteúdo, ou seja, se mudar o sentido da norma. Aí vai para o presidente da república para sanção ou veto. 
 Presidente da República: 
A sanção corresponde a anuência. A sanção pode ser expressa ou tácita. A tácita ocorre pelo 
decurso do tempo. O presidente da república deixa passar o tempo e não fala nada. Presume-se que ele 
concordou. Quanto tempo? 15 dias. Expressa é quando o presidente diz, “eu concordo, sanciono”. O veto só 
pode ser expresso, deve ser motivado. A CF diz, que quando ele vai motivar o veto, ele tem que convocar 1 
ou 2 argumentos ou os dois argumentos. Ou ele veta com base na inconstitucionalidade do projeto de lei, 
alegando que este é inconstitucional. O veto é sempre supressivo. Pode o presidente da república quando 
veta, incluir alguma coisa no projeto dele? Não, pelo mesmo motivo que o judiciário quando faz controle de 
constitucionalidade não pode. O judiciário não pode atuar como legislador positivo e o executivo também não, 
porque isso é função do legislativo. Quando o presidente veta, ele veta para suprimir a lei. 
Se o presidente vetar, o projeto de lei volta para o CN, porém, volta somente o veto. A lei o 
presidente promulga e publica e entre em vigor com os dispositivos não vetados. Aquele objeto de veto volta 
para o CN e se esse derrubar o veto, o artigo vai entrar em vigor num momento posterior. O CN analisa em 
conjunto (as duas casas) o veto. Se em 30 dias não analisar, o veto tranca pauta no CN e não se analisa 
mais nada.Medida Provisória e Processo Legislativo Sumário também trancam pauta no CN. Na EC não 
existe a fase de deliberação extraparlamentar, ou seja, depois que o CN aprova, o senado aprova, vai direto 
para promulgação ou publicação. 
Há hipóteses em que o vício é de iniciativa. Quando a iniciativa era para ser do presidente e um 
deputado que a apresentou, por exemplo. Este não tinha competência para isso. Nesses casos, existem dois 
tipos de nulidades, Relativa e Absoluta. Nulidade relativa é aquela que tem um vício convalidável, gera 
efeitos ex nunc – não retroage. Já na nulidade absoluta gera efeitos ex tuc – retroage e a nulidade é 
conhecida de ofício e o vício é insanável, não dá para corrigir. Toda vez que o ato jurídico contrariar a CF, é 
nulidade absoluta, pois não existe nada mais grave no ordenamento jurídico que você contrariar uma norma 
constitucional. Se a nulidade é absoluta, dá para convalidar essa nulidade, saná-la? Não. Então o vício é 
insanável. De modo que, mesmo o presidente da república sancionando o projeto de lei, não convalido o vício 
de inconstitucionalidade. A lei continua inconstitucional. A sanção do Presidente da República não supre / 
sana o vício de iniciativa. 
3. Por Ação / Por Omissão: Por Ação decorre de um agir positivo do legislador. O legislador faz a lei 
e a lei contraria a CF. Então a inconstitucionalidade decorre de uma conduta positiva do legislador. Essa é a 
forma mais comum de inconstitucionalidade. A maioria das inconstitucionalidades é por ação. Na Por 
Omissão, o que é ou vai ser inconstitucional é a inércia do poder público, que deixou de fazer a lei quando 
deveria ter feito. Por que eu não disse que a omissão é do legislador? Porque tem leis que são de iniciativa 
do Poder Executivo. Ex. por omissão: Lei de greve no serviço público que não existe até hoje. 
Mas existe uma ação constitucional que serve para discutir a inconstitucionalidade por omissão 
quando eu tenho uma norma constitucional que eu não consigo aplicar, não consigo exercer o direito da 
norma, porque falta uma lei infraconstitucional para regulamentar essa norma. O Mandado de Injunção, que 
serve para discutir inconstitucionalidade por omissão. Usa-se diante de uma norma de eficácia limitada. 
 Norma de eficácia Plena: eu tenho uma norma constitucional que prevê um direito. Eu posso 
exercer esse direito plenamente. Uma norma infraconstitucional não pode criar exceções, só uma outra 
norma constitucional pode; 
 Norma de eficácia Contida: eu tenho uma norma constitucional que prevê um direito, eu posso 
exercer esse direito. Só que a lei infraconstitucional pode criar exceções. Ex.: Livre Iniciativa, onde eu permito 
que a lei infraconstitucional com base no interesse público, crie exceções; 
 Norma de eficácia Limitada: eu tenho uma norma constitucional que prevê um direito, mas eu 
não consigo exercer esse direito enquanto não vier uma norma infraconstitucional regulamentando. 
Essa omissão, essa inconstitucionalidade Por Omissão pode ser parcial. Imagine que a lei existe, 
mas só regulamenta parte da CF. Então apesar de existir a lei, a conduta do legislador continua sendo 
omissa, ainda que em parte. Ex.: Art. 7, XXI, CF – é direito do trabalhador celetista o aviso prévio por tempo 
de serviço. O que é esse direito? Celetista eu posso mandar embora a qualquer momento, porque ele não 
tem estabilidade. Só que ele tem direito de ser avisado previamente. Diz a CLT que o trabalhador tem o 
direito de aviso prévio de 30 dias. Só que a CF diz que o trabalhador tem direito a aviso prévio proporcional 
ao tempo de trabalho. Então a CLT em tese, tem regulamentado no dispositivo a data do aviso prévio. 
Regulamentou em parte o dispositivo. Porque na parte em que a CF diz que tem que ser proporcional, a CLT 
não fez essa proporcionalidade. O STF julgando uma ação de controle de inconstitucionalidade diz o 
seguinte: a proporcionalidade vai ser assim – 30 dias acrescido de 3 dias por ano de trabalho. O STF supriu a 
omissão do legislador. Ex.: A CF fala da aposentadoria especial. A lei irá regulamentar a aposentadoria 
especial (atividades insalubres, etc). A lei veio e disse que no regime geral, tem direito de se aposentar 5 
anos antes porque exerce atividade insalubre. Só que não falou do servidor público. Se este exerce atividade 
insalubre, pode se aposentar 5 anos antes? A lei não falou nada. Essa lei decorre de um agir positivo do 
legislador, só que eu detenho uma inconstitucionalidade parcial por omissão. 
4. Direta / Indireta: Na Direta, o pressuposto de validade da norma discutida é a CF. Na Indireta, 
entre a norma analisada e a CF, existe uma lei ou ato normativo que se constitui no pressuposto de validade 
da norma analisada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Segundo Kelsen, uma norma é válida ou inválida de acordo com seu pressuposto de validade. Para 
saber qual é o pressuposto de validade de uma norma, é só ir até ela e o que estiver acima é o seu 
Ato Normativo Primário 
 
 
Ato Normativo Secundário 
 
CF 
pressuposto de validade. Isso até chegar na CF. E para o Kelsen existia uma norma que estava acima da CF, 
que era a Grund Norm (Norma Hipotética Fundamental). Esta era a norma pressuposto de validade da CF. 
esse processo de busca pelo pressuposto de validade, Kelsen chamava de Silogismo jurídico. Este nada 
mais é do que Controle de Constitucionalidade. Neste eu busco o pressuposto de validade da norma na CF. 
Eu vou ver na CF se essa norma é válida. É a busca pelo pressuposto de validade da norma. 
A inconstitucionalidade pode ser direta ou indireta. Ela vai ser direta, quando o pressuposto de 
validade da norma for a CF. Então, na direta, uma norma é imediatamente abaixo da CF, de modo que se 
essa norma violar a CF, ela vai ser diretamente inconstitucional. Na indireta, entre a norma analisada e a CF, 
existe uma lei ou ato normativo que é o pressuposto de validade da norma analisada. De modo que se essa 
norma analisada violar a CF, ela vai violar indiretamente. Mas diretamente ela vai violar o pressuposto de 
validade dela. Na direta se está analisando Ato Normativo Primário, a lei está logo abaixo da CF. Na indireta 
se está analisando Ato Normativo Secundário, aquele que entre ele e a CF existe uma outra lei ou ato 
normativo. 
Ato Normativo Primário é aquele que inova no mundo jurídico, que cria algo de novo, que cria 
direitos ou impõe obrigações ou proibições. Por excelência a lei é ato normativo primário. Outro exemplo é a 
EC. A regra é que o ato normativo primário vem do Legislativo. Exceção: Ex. de quando não vem do 
legislador – Medida Provisória: não é lei, mas tem força de lei. Inova no mundo jurídico, mas quem baixa 
medida provisória é o chefe do executivo; Art. 84, VI, CF: Decreto ou Regulamento Autônomo. 
O STF entende que só cabe ADI contra ato normativo primário, ou seja, eu só posso discutir ADI em 
Inconstitucionalidade Direta, contra lei, medida provisória, EC. 
Ato Normativo Secundário é aquele que está abaixo da lei. Ex.: decreto, portaria, resolução, etc. 
Serve para regulamentar a lei, para permitir que a lei possa ser aplicada, cumprida. Não criam e não podem 
criar nada de novo. Os atos normativos que vem do Judiciário, do Executivo são secundários. 
 Objeto e Parâmetro: o objeto é contra o que eu proponho a ação, é o que eu quero ver declarado 
inconstitucional. O parâmetro é a CF, podendo pegar qualquer norma como parâmetro. Qual é o parâmetro 
de Controle de Constitucionalidade de EC? Cláusula Pétrea e os Princípios Constitucionais Sensíveis. A EC 
não pode contrariar estes dois. 
Posso fazer controle de constitucionalidade em Tratado internacional? 
Tratado internacional comum ratificado pelo Brasil, é incorporado, ingressa

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