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aulas TEORIA DO DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL

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Aula 1: Gestão do Conhecimento: 
IMD World Competitiveness Yearbook: Com sede na Suíça, trata-se de uma das melhores escolas de negócio do mundo que avalia o índice de competitividade das empresas.
INPI: Instituto Nacional de Propriedade Intelectual.
LNBio: Laboratório Nacional de Biociências.
NASDAQ: National Association of Securities Dealers Automated Quotation – Bolsa que negocia as ações das empresas de tecnologia nos Estados Unidos.
Natura: Maior empresa de cosméticos da América Latina.
Patentes: Registros de inventos.
P&D: Pesquisa e Desenvolvimento.
TICs: Tecnologias de Informação e Comunicação.
Importância do conhecimento: Atualmente, há uma distância muito grande entre o valor de mercado das organizações e o valor contábil de suas ações.
Esse fato pode ser percebido pela cotação das ações das empresas de tecnologia negociadas na NASDAQ, tais como: O Google, a Apple, a Amazon e o Facebook.
Por que essas empresas valem muito mais do que seus ativos tangíveis? A resposta a essa pergunta está pautada na eficiente Gestão do Conhecimento conduzida por tais corporações.
Seu desempenho positivo em ambientes que estão sob o forte impacto de mudanças deve-se à aplicação adequada dessa ferramenta de apoio empresarial.
Quanto maior o lastro desse ativo organizacional entre os colaboradores, melhores serão os indicadores de desempenho da empresa e maiores as perspectivas de retorno sustentável em seus negócios.
Em outras palavras: Conhecimento = Fator crítico de sucesso
Ao longo desta aula, você entenderá como chegamos a essa conclusão.
Processos de gestão: Diante dos impactos de um ambiente macroeconômico instável, o mundo do trabalho precisou se reconfigurar.
Por isso, as empresas começaram a investir em processos de gestão integrada que promovessem maior aprendizado e aquisição de novos conhecimentos – tanto entre as organizações quanto dentro delas.
Baseados na Gestão do Conhecimento, tais processos ajudariam a valorizar o patrimônio tangível das empresas.
Nesse sentido, a partir da criação de canais apropriados de comunicação interna, essa ferramenta passou a ser implementada no ambiente empresarial, de modo que os diversos tipos de conhecimento pudessem se disseminar, com frequência, pela organização.
Como resultado, as corporações foram favorecidas com as seguintes vantagens: A memorização de rotinas e de processos; A abertura para novas modalidades de processos; O aperfeiçoamento de processos em um espaço de troca constante de ideias; A melhoria de seu desempenho operacional.
A implantação desse mecanismo no ambiente de negócios levou as empresas a uma conclusão simples: Não é possível pensarmos em crescimento organizacional sem considerarmos o papel relevante de uma boa Gestão do Conhecimento, que deve ser acompanhada, de forma eficiente, pela área de Gestão de Pessoas.
Afinal, somente sobrevivem e se estabelecem no mercado as organizações que possuem programas de inovação tecnológica capazes de gerar diferenciais competitivos sustentáveis.
Mas em que consiste esse instrumento no mundo corporativo? Descubra-o a seguir!
Conceitos: Para que você compreenda a importância da ferramenta Gestão do Conhecimento no mundo dos negócios, é preciso entender, primeiramente, seu significado. Trata-se de um conceito amplo que envolve várias dimensões. Vamos nos ater a apenas algumas delas apontadas pelos seguintes autores: Bickerstaff e Morris (1999) - “Modelo empresarial que considera o conhecimento um ativo organizacional que cria valor”. “Conjunto de estratégias para a criação, a garantia e a disposição de ativos de conhecimento, de modo que estejam disponíveis para quem deles precise, a fim de agregar mais valor à organização”.; Davenport e Prusak (1998) - “Mistura fluida de experiência condensada de valores, informação e insight experimentado [...] que estão embutidos nos documentos, nas rotinas, nos processos, nas práticas e nas normas [da empresa]“.
Com base nas definições desse mecanismo, vamos identificar, adiante, quais são os tipos de conhecimento em que ele se fundamenta.
Tipos de conhecimento: De acordo com Nonaka e Takeushi (1997), o conceito central da Gestão do Conhecimento baseia-se na diferenciação entre dois tipos de saber: (conhecimento Tático – socialização: papo de bebedouro, ouvir/dizer coisas em conferencias) O conhecimento tácito ou informal é aquele que as pessoas possuem por natureza, mas que não está registrado ou escrito em nenhum lugar. Esse tipo de saber é difícil de ser articulado na linguagem formal. No entanto, configura-se como o mais importante no ambiente de negócios. Afinal, ele está incorporado à experiência individual dos trabalhadores e envolve valores intangíveis – tais como crenças pessoais e perspectivas. Suas fontes advêm do aprendizado interpessoal e das possibilidades de compartilhar vivências e ideias.; (conhecimento Explícito – externalização: escrever relatório, descrever processo, desenhar modelo ou digrama) O conhecimento explícito ou formal é aquele que está registrado de alguma maneira e pode articular-se na linguagem normativa, sendo facilmente transmitido entre os indivíduos e disponibilizado para toda a empresa. Sem as funções básicas conferidas a esse tipo de saber, as instituições públicas e privadas não teriam condições de operar seus negócios. Suas fontes advêm de: Documentos; Livros; Vídeos; Páginas da web etc.
Quando ocorre repetidamente a interação entre ambas as espécies de conhecimento, cria-se, em um processo espiral, o que denominamos conhecimento organizacional do qual o INDIVÍDUO é o principal agente – aquele que possui e processa o saber. Até porque: Todo tipo de conhecimento é transmitido POR e PARA as pessoas.
Em suas rotinas de trabalho, os funcionários se comunicam a todo instante – seja para fazer consultas formais ou informais – e, através do diálogo, acabam trocando informações e experiências valiosas que contribuem, de forma decisiva, para o melhor desempenho organizacional.
A sua maneira, cada organização emprega a Gestão do Conhecimento no ambiente de negócios, de modo a tornar-se ímpar no mercado. É justamente essa identidade que vai caracterizar sua forma de produzir um bem ou elaborar um serviço.
Inovação e tecnologia: Como vimos anteriormente, o conhecimento tem sido partilhado pelas pessoas há muito tempo nas empresas, seja de forma explícita ou tácita.
Com o advento da internet, as condições de compartilhamento de informações e de saberes cresceram substancialmente – até porque, sem o avanço da tecnologia, o volume, a quantidade e a capacidade de processamento e de análise de dados ficariam impossibilitados.
A partir do surgimento das TICs, foi possível, no padrão de operação atual, estruturar redes internas – tais como intranet e extranet – e compartilhar, quando necessário, informações com fornecedores, a fim de maximizar o desempenho operacional da cadeia de suprimentos das empresas.
Em outras palavras, a inovação tecnológica permitiu a consolidação e a geração de informações gerenciais, praticamente em tempo real, que pudessem orientar o processo decisório dentro das organizações.
Isso representou um grande avanço no mundo corporativo!
Nesse contexto, o conhecimento ganha papel de destaque, pois determina o potencial de competitividade das empresas.
Veja, a seguir, sua implicação positiva no ambiente de negócios.
Conhecimento: ativo intangível: A forma de a empresa competir e estruturar seus processos nos setores internos de negócios está na base das decisões estratégicas, gerenciais e operacionais por ela adotadas ao longo dos anos.
Entretanto, o reconhecimento de que o saber é um recurso que precisa ser gerenciado é relativamente recente.
Como vimos no início desta aula, um dos motivos que atraiu as empresas a compreenderem os conceitos atribuídos à teoria da Gestão do Conhecimento foi a constatação de que o valor de mercado de diversas organizações é muito maior do que seu patrimônio físico.
Os valores totais das ações dessas empresas incorporam intangíveis, taiscomo o talento dos funcionários, suas relações com os clientes etc. Um exemplo clássico de organização que segue essa vertente é o Google.
Investimento no saber: Através deste estudo, fica claro que a distribuição de conhecimento no mundo acompanha a distribuição de riquezas.
Por isso, as empresas que detêm maior conhecimento têm atraído maiores volumes de capitais para investimento.
Quer ver um exemplo? Leia o texto As economias norte-americana e brasileira e observe que, a capacidade de reversão da trajetória econômica dos Estados Unidos é muito maior em relação ao Brasil.
Diante da crise, o governo americano aumentou os investimentos em P&D, ou seja, na produção de conhecimento: o verdadeiro motor de propulsão de novos ciclos de capitais.
Atenção! De acordo com Teixeira Filho (2000 apud COLAUTO; BEUREN, 2003): “O interesse das organizações no conhecimento deve-se, entre outros aspectos, ao fato de o saber estar associado à ação. O conhecimento é avaliado pelas decisões que desencadeia. Logo, aquele que possui maior competência em termos de saber pode levar a melhores decisões em marketing, vendas, produção e distribuição.
Com o enfoque da Gestão do Conhecimento, as empresas passaram a se preocupar com seu capital intelectual e com sua inteligência competitiva”.
Capital intelectual e patentes: Vamos observar, agora, o ranking dos países que mais registraram patentes recentemente, dando destaque para os dois primeiros e para a posição do Brasil nessa lista: 1º lugar: China - Surpreendentemente, a China apresentou 400% de aumento de registro de novas patentes nos últimos cinco anos. Mesmo permanecendo em posições inferiores aos Estados Unidos durante muito tempo, o país deu uma forte guinada em sua política industrial de cópias de baixa qualidade, passando a desenvolver tecnologia própria – independente de terceiros.; 2º lugar: Estados Unidos - Junto à China, os Estados Unidos assumem papel de destaque nesse mercado, mesmo diante da crise financeira. A economia norte-americana se destaca pelos elevados investimentos em tecnologia e em pesquisas, realizados pelos setores públicos, privados e acadêmicos. Mesmo tendo seus próprios centros de pesquisa, é prática comum das empresas norte-americanas apoiarem pesquisas universitárias com investimentos de alto valor. Da mesma forma, as universidades utilizam sua grande capacidade de P&D para tornarem as organizações norte-americanas mais competitivas e inovadoras.; 9º lugar: Brasil - O Brasil, por sua vez, não tem a tradição de elevados gastos em P&D, em virtude dos baixos investimentos em Educação. Entre as 10 maiores economias do mundo, o país ocupa as últimas posições na relação: gastos com Educação X PIB. O resultado é a baixa produção de conhecimento que deixa de alimentar o combustível de P&D e, consequentemente, o processo de inovação – aspectos fundamentais à geração de vantagens competitivas superiores. Mas o Brasil tem procurado melhorar sua posição diante desse quadro. De acordo com o INPI, o país é o quinto colocado em termos de números de pedidos de registros de marcas e patentes. Em 2012, foram registrados 160 mil pedidos – um terço desse total veio de micro e pequenas empresas. A ação do Centro de Pesquisa da Petrobras tem contribuído fortemente para essa melhoria.
Como vimos anteriormente, para chegar aos níveis de quantidade de registro de patentes de outras nações, o Brasil precisa investir mais na área de P&D.
A passos curtos, mas importantes, o país vem tentando melhorar sua posição em termos de produção do conhecimento articulada ao desempenho organizacional.
Prova disso é a segunda posição ocupada pelas universidades brasileiras no ranking de pedidos de patentes, o que tem gerado maior aproximação com o setor empresarial.
Os resultados impactam diretamente na qualidade das pesquisas, possibilitando uma maior soma de recursos disponíveis no ambiente universitário e a modernização de laboratórios através da compra de equipamentos de ponta – utilizados por estudantes de Graduação e de Doutorado.
Dessa forma, ganham as empresas, as universidades, os consumidores e o país.
O fator que determinou o aumento no quantitativo de patentes por parte das universidades brasileiras foi a criação da Lei da Inovação que permitiu a realização de convênios e contratos entre as empresas e a academia.
O objetivo foi propiciar às instituições de ensino a exploração de múltiplas possibilidades de parcerias com o mundo empresarial.
Sendo assim, como já mencionado, houve uma maior aproximação entre aqueles que detêm o conhecimento – cientistas e doutores – e as organizações.
O Brasil ainda não chegou a patamares como os da Coreia do Sul, por exemplo, pois cerca de 70% dos cientistas brasileiros ainda estão no meio acadêmico.
Entretanto, o país vem buscando diminuir cada vez mais a distância entre as nações que ocupam a ponta do registro de patentes no mundo.
Até alcançarmos esse futuro distante, o nível de produção de conhecimento no Brasil continuará sendo considerado muito baixo em relação aos demais países. Veja, a seguir, por que isso acontece.
Produção de conhecimento no Brasil: O resultado do baixo nível de produção de conhecimento no Brasil se traduz pela posição que o país ocupa no relatório de competitividade elaborado pela IMD World Competitiveness Yearbook.
De acordo com esse documento, entre 2012 e 2013, o Brasil passou de 46º para 51º lugar. O principal motivo dessa mudança é a escolha do modelo econômico baseado no consumo – curto prazo – ao invés do investimento – longo prazo.
O governo brasileiro precisa entender que o padrão de economia pautado no investimento sustenta-se por fortes inversões em P&D: o verdadeiro caminho que resulta em inovações e depende diretamente do conhecimento.
Essas são as fontes primárias que geram vantagens competitivas sustentáveis a qualquer nação. Mas, para que isso ocorra, os recursos destinados à Educação – base e sustentação de todo esse processo – devem e PRECISAM ser elevados, continuados e bem aplicados.
Veja, a seguir, um exemplo de empresa que associa conhecimento a seu desempenho organizacional.
A Natura faz da articulação entre o conhecimento e o melhor aproveitamento da biodiversidade uma fonte de diferencial competitivo.
Por isso, em parceria com o LNBio, criou um laboratório de bioensaios. Para entender melhor o projeto, assista a este vídeo: O Laboratório de Bioensaios resulta de cooperação entre o Laboratório Nacional de Biociências (LNBio) e a empresa Natura para suprir a demanda da comunidade científica e industrial brasileira por triagem automatizada de alta performance na avaliação da eficácia e segurança de moléculas bioativas com potencial para aplicação como novos cosméticos, pesticidas e fármacos.
A precisão do conjunto automatizado de equipamentos, único no Brasil, permite miniaturização dos ensaios, reduzindo a demanda por material biológico.
Contribuições ao ambiente de negócios: Quando a sociedade percebeu que a produção intelectual estava conseguindo gerar mais riqueza do que a industrial, o interesse pela Gestão do Conhecimento aumentou.
Em um ambiente econômico caracterizado pela constante incerteza, a única fonte garantida de vantagem competitiva passou a ser, então, o CONHECIMENTO.
Por isso, os ativos baseados no saber expandiram, de forma exponencial, sua importância, convertendo-se em fatores críticos de sucesso para os negócios de qualquer empresa.
Nesse contexto, a contribuição das TICs foi decisiva para permitir a geração,a armazenagem e a disseminação do conhecimento nas organizações.
Veja na imagem ao lado um quadro de atividades essenciais para a construção do conhecimento organizacional.
A partir da plataforma da internet e de suas derivações nos ambientes internos das empresas, o acesso a várias modalidades de conhecimento foi ampliado e vários processos se tornaram mais simples.
Você conseguiria listar quais foram os resultados?
É possível observar como resultados: ganho de velocidade, reduções de custos, e melhoria dos mecanismosde controle e acompanhamento gerencial por meio dos indicadores de desempenho.
Em resumo, a Gestão do Conhecimento contribui para tornar o ambiente empresarial favorável: À identificação de competências; À ênfase aos saberes já adquiridos; À aprendizagem necessária; Ao compartilhamento de saberes na velocidade adequada.
Em outras palavras, essa ferramenta auxilia na maximização dos retornos esperados dos negócios.
Aula 2: Intraempreendedor: Coaching de vida: Expressão cuja origem vem do inglês: life coaching. Trata-se de uma técnica de desenvolvimento humano que tem como objetivo capacitar as pessoas à autorrealização, visando ao alcance de metas alinhadas com o equilíbrio entre os valores, a missão e o propósito de vida dos indivíduos.
DBM: Empresa global especialista em transformação e transição de pessoas no ambiente empresarial e líder global da prática de desenvolvimento de talentos.
Destruição criativa: Introdução de novos produtos ou serviços em substituição aos que eram utilizados (SCHUMPETER, 1934).
Empreendedor: Derivado do verbo empreender, trata-se de um neologismo que vem sendo amplamente utilizado no Brasil – tanto pela mídia leiga quanto pela academia.
Empreendedorismo: Expressão que se originou da junção dos seguintes termos: entrepreneur (francês) +ship (inglês) = entrepreneurship (inglês).
Trata-se da atividade que aponta para uma posição, um grau, uma relação, um estado, uma qualidade, perícia ou habilidade no mundo dos negócios.
Empreender: Do latim imprehendere, este verbo foi incorporado à língua portuguesa no século XV.
Escala global: O empreendedorismo que ocorre em escala global desencadeia uma força econômica significativa, porque consegue combinar, de maneira ótima: Gestão empreendedora; Inovação tecnológica; Busca pela eficiência; Trabalho com metas; Colaboradores motivados e bem preparados.
IBM: International Business Machines: Empresa que desenvolve as mais avançadas tecnologias de informação da indústria – tais como sistemas de computadores, software, sistemas de rede, dispositivos de armazenamento e microeletrônica –, traduzindo-as em negócios para seus clientes.
Intraempreendedorismo: Vocábulo cuja origem vem do termo em inglês: intrapreneurship. Também chamado de empreendedorismo interno, trata-se da inovação iniciada e implementada por empregados dentro das organizações.
Keynes: Em 1999, John Maynard Keynes foi considerado, pela revista londrina Times, uma das cem pessoas mais influentes do século XX.
Mainframes: Computadores de grande porte.
Premiação financeira: Como programa de incentivo de premiação financeira oferecido aos colaboradores, podemos citar a Participação nos Lucros (PL) da empresa.
Premiação não financeira: Como programas de incentivo de premiação não financeira oferecidos aos colaboradores, podemos citar: Viagens; Pontos para acelerar promoção; Cursos de aprimoramento no país ou no exterior etc.
Resiliência: Capacidade de resposta positiva por parte do ser humano ou das organizações às adversidades no decorrer de seu ciclo de vida. Diante do enfrentamento de tais situações complexas e de forte pressão, as organizações passaram a adotar um novo modelo de gerenciamento de risco: a engenharia da resiliência.
SEBRAE: Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
Sinergia: Ação conjunta de pessoas que se reúnem em prol de melhores resultados.
Importância da inovação: Atualmente, o verdadeiro motor da economia de mercado está pautado na NOVIDADE, o que vem provocando mudanças significativas no mundo corporativo.
Tomemos como exemplo o advento da internet: as inovações em tecnologia permitiram trazer à tona essa plataforma virtual que transformou o mundo e as possibilidades de fazer e de gerir negócio.
Uma das empresas que melhor representa esse novo paradigma é o Google. É quase impossível entrarmos na internet e, pelo menos por uma única vez, não utilizarmos esse mecanismo de busca. É assim que surge uma nova tendência.
A motivação e perseverança que sustenta até os dias de hoje as pessoas que estão à frente desse primado da novidade é a tarefa de EMPREENDER.
Por isso, o empreendedorismo é, de fato, a força que movimenta a inovação no sistema capitalista de produção.
Mas em que consiste essa atividade e de onde surgiu a noção de empreendedorismo? Vamos descobrir?
Veja, a seguir, quais foram os primeiros economistas a falar sobre empreendedorismo: Richard Cantillon (1680-1734) - De acordo com Hébert e Link (1988), o termo entreprendre ou empreender foi utilizado, pela primeira vez, por Richard Cantillon, na França, dentro das formulações da teoria econômica do século XVIII. Para Paiva (2004), ele foi o primeiro a perceber a função socioeconômica do empreendedor e a identificar que sua atividade envolve maiores níveis de incerteza por iniciar algo novo. Consequentemente, essa tarefa estaria sujeita a maiores riscos e perspectivas de lucro.; Jean-Baptiste Say (1767-1832) - De acordo com Filion (1999), Jean-Baptiste Say é considerado o pai do empreendedorismo. Em seus escritos, o economista já registrava que o empreendedor deve ter um perfil voltado para os negócios. Afinal, trata-se de um indivíduo que: “[...] tem uma ideia, adquire uma patente ou forma uma parceria com quem a possui, e parte para montar o negócio visando ao lucro”. Através dessa fala, observamos que Say anteviu a importante contribuição que o empreendedor teria no final do século XX.; Joseph A. Schumpeter (1883-1950) - Tomando como base as visões de Cantillon e Say, Joseph A. Schumpeter formou sua teoria que destacava o papel do empreendedor como fundamental à mudança positiva no mundo dos negócios. Para o economista, esse profissional fortaleceria o capitalismo – um sistema movido pela inovação tecnológica.
Como você percebeu, todos esses estudiosos destacaram, de alguma forma, o empreendedor como peça chave da atividade econômica.
A partir de agora, vamos conhecer algumas definições importantes a respeito dessa figura fundamental ao crescimento da economia.
Definições de empreendedor: Na prática, não basta que o empreendedor tenha uma boa ideia em mente – ele precisa saber transformá-la em um negócio de sucesso. Para isso, é necessário ter: Determinação; Persistência; Resiliência; Capacidade de inovação; Criatividade; Aptidão para construir relacionamentos.
Clique nas lâmpadas e veja como alguns autores definiram os empreendedores ao longo do tempo: Schumpeter (1934) - ”Pessoa que deseja e é capaz de converter uma nova ideia ou invenção em uma inovação bem-sucedida. Sua principal tarefa é a destruição criativa que ocorre através da mudança”.; Bruce (1976) - “Indivíduo que atua em organizações já existentes, cujas decisões determinam diretamente o destino da empresa. Trata-se da pessoa que assume todo o controle ou todo o risco do negócio”.; Amit, Glosten e Müller (1993) - “Criadores de empresas que perseguem o benefício e trabalham individualmente ou coletivamente. Trata-se de indivíduos que inovam, identificam e criam oportunidades de negócios, montando e coordenando novas combinações de recursos para extrair os melhores proveitos de suas inovações em um ambiente incerto”.; Gerber (1996) - “Grande estrategista, inovador, criador de novos métodos, produtos ou serviços, cujo objetivo é estabelecer novos mercados. Em outras palavras, trata-se do indivíduo criativo que lida com o desconhecido, imaginando o futuro, transformando possibilidades em probabilidades e caos em harmonia”.
Força empreendedora: O empreendedorismo ocorre em todas as escalas: desde iniciativas a pequenos negócios em comunidades carentes – objeto de estudo da economia solidária –, passando pelos micro e pequenos negócios até chegar às plataformas de negócios que operam em escala global.
Lembre-se de que várias empresas que são ou que estão entre as líderes de mercado começaram como pequenos projetos. Sua concretização só foi possível pela determinação de seus empreendedores – o grande diferencial para o sucesso mundial de taisorganizações.
Como exemplos de figuras fundamentais à criação de negócios de sucesso, podemos citar: Bill Gates – fundador da Microsoft; Larry Page e Sergey Brin – desenvolvedores do Google; Mark Zuckerberg – idealizador do Facebook; Steve Jobs – cofundador da Apple etc.
Independente do tamanho da operação, em todas essas modalidades de negócios, a força empreendedora precisa ser continuada.
Se, no início, ela serve como ponto de partida para o negócio, depois, ela deve ser estimulada nos ambientes internos das organizações, chegando ao que denominamos intraempreendedorismo.
Vamos entender melhor esse conceito?
Características do intraempreendedorismo: Sabemos que empreender externa ou internamente no ambiente das empresas constitui fonte de construção de diferencial competitivo. A contribuição para formar novos negócios gera, em grau macro, a melhoria do bem-estar social, pois impacta, de forma positiva, no aumento dos níveis de emprego.
Em função disso, o setor de Gente das organizações tem desenvolvido esforços para adotar programas que aumentem a motivação dos colaboradores para empreenderem em seus próprios ambientes de trabalho – o que representa o intraempreendedorismo.
Sendo assim, desenvolvem-se e implementam-se políticas e ações visando formar espaços mais favoráveis. Ao mesmo tempo, os funcionários recebem incentivos na forma de programas de premiação financeira e não financeira.
É muito importante que a organização comunique, de forma clara, a seus colaboradores que todo esse esforço é peça importante do planejamento estratégico da empresa. E é através dele que os diferenciais competitivos são fomentados e dificilmente copiados pela concorrência.
Em outras palavras, a organização deve enfatizar o intraempreendedorismo como parte de sua cultura, fazendo com que se torne um valor superior para todos os que dela participam.
Instabilidade no mundo dos negócios: Como vimos ao longo deste estudo, discorrer sobre o tema empreendedorismo é tratar das oportunidades de inovação decorrentes do uso de uma nova tecnologia, de um novo processo ou mesmo de um novo produto ou serviço. 
O importante é que esse projeto seja promissor e vire um negócio de sucesso!
Entretanto, sabemos que, em um mundo movido pelo conhecimento e pela informação – ativos considerados intangíveis –, o grau de instabilidade só aumenta.
Como o volume de informações disponibilizado é muito superior a nossa capacidade de absorção, todos somos impactados pela velocidade de mudança, mas os jovens são os que mais têm se ressentido quanto a isso.
Uma das principais questões que os afetam diz respeito à escolha da profissão: Este último caso implica, além da vontade, uma soma de recursos para dar início ao empreendimento.
De acordo com os estudiosos do assunto, parcela expressiva dos jovens têm se mostrado desinteressada por empregos oferecidos nos moldes tradicionais, ou seja, com vínculo salarial e horário rígido, sem novos desafios.
Além disso, as vagas de emprego estão cada vez mais escassas, devido às crises financeiras e à crescente automação que aumenta o desemprego estrutural e contribui para reduzir custos com a folha de pagamento.
Este é o grande problema enfrentado pelas empresas atualmente: elas são obrigadas a demitir pessoal para tentar manter as taxas de lucro esperadas, o que promove o agravamento da crise.
A solução para essas organizações está na ênfase à atividade de empreendedorismo.
Empreendedorismo = motor da geração de negócios e empregos: Diante dos estudos sobre a instabilidade a que nos referimos anteriormente, surge um ponto de consenso: a carreira profissional deve ser vista como um negócio. Para isso, você precisa direcionar suas perspectivas a um projeto de vida.
Se, atualmente, você não possui expectativas favoráveis no ambiente de trabalho ou no setor em que atua, considere as seguintes possibilidades: Mudar de emprego;Trocar de posição na empresa; Ser dono de seu próprio negócio.
É nesse momento que surge a figura do empreendedor – aquele que se baseia em uma espécie de coaching de vida para obter maior retorno, sucesso e satisfação pessoal. No filme, Coach Carter, treino para vida, Ken Carter ,um treinador de basquete, que além de treinar seus jovens para o bom desempenho do esporte, se preocupa com a posição social e acadêmica dos alunos, tomando até atitudes bastante ousadas e questionáveis.
Veja, a seguir, alguns exemplos de pessoas que seguiram essa filosofia, criando empresas de sucesso mundial.
Vamos retomar, agora, dois exemplos de negócios de sucesso, já mencionados no início da aula, que foram ancorados por grandes empreendedores: Bill Gates - Ao idealizar o sonho de que, no futuro, haveria um Personal Computer (PC) em cada mesa de escritório e de residências, Bill Gates fundou a Microsoft. Com isso, o empresário desbancou a IBM, que ainda navegava nas ondas dos mainframes, sem perceber a novidade promovida pelos computadores pessoais.; Sergey Brin e Larry Page - Já desenvolveram o Google: uma empresa que sintetiza bem o novo padrão de operação montado a partir da plataforma da internet. Não é por acaso que, hoje, seu valor de mercado é maior do que o da Microsoft.
Efeito multiplicador do intraempreendedorismo: Analisando os exemplos apresentados anteriormente, chegamos à conclusão de que o grande desafio do empreendedor é promover inovações que permitam iniciar um novo negócio ou fazer algo diferente.
No plano interno das organizações, essa atitude implica o intraempreendedorismo, cujo objetivo é construir algo que torne a empresa mais eficiente por meio da: Adoção de um novo processo; Melhoria incremental nos processos já adotados; Criação de um novo produto inspirado na ideia de um colaborador ou de um grupo de colaboradores estimulados pela sinergia.
É essa força motriz que favorece a geração de movimentos dinâmicos capazes de promover verdadeiros crescimentos nos negócios e que contribui para a melhoria da eficiência operacional da empresa, impactando, positivamente, em seus resultados financeiros. Para a economia do país, o intraempreendedorismo possibilita que projetos se tornem negócios e que empreendimentos sejam expandidos, o que acarreta o aumento do emprego e a geração de renda.
Consequentemente, a partir desse movimento no mundo corporativo, forma-se um círculo virtuoso de fomento a outras atividades. A isso, Keynes (1936) chamou de efeito multiplicador na economia.
O resultado do trabalho em conjunto é maior que a soma das partes. Paul Kordis e Lair Ribeiro, 2001
Se produz sinergia quando a combinação de dois membros de uma equipe seja maior do que a soma dos resultados que esses elementos teriam separadamente. Eduardo Bertucci, 2012
Empreendedorismo no Brasil: Os textos disponibilizados para a realização da Atividade proposta só mostram que a realidade do mundo atual tem exigido das corporações diferenciais competitivos sustentáveis.
Diante de um ambiente de negócios marcado por mudanças permanentes, as políticas destinadas a fomentar o intraempreendedorismo se converteram em um caminho possível adotado por diversas empresas para melhorar seu desempenho organizacional.
Isso é praticamente um consenso entre as organizações!
No Brasil, por exemplo, o governo disponibiliza, através do SEBRAE, vários programas direcionados à melhoria da capacidade empreendedora e de gestão para esse segmento de mercado tão importante à economia de qualquer país.
Considerando que esse setor é o que mais emprega os brasileiros, o governo reveste de importância todo trabalho de profissionalização, o que permite aumentar as taxas de geração de emprego e de renda – a base de melhoria do bem-estar social.
Realidade do mundo dos negócios: Como vimos nesta aula, em virtude da velocidade de inovações, a realidade atual do mundo dos negócios exige das empresas estruturas mais flexíveis que sejam capazes de se adequar, rapidamente, às mudanças. Por isso, a atividade empreendedora – seja no âmbito externo ou interno das empresas – constitui o motor do novo estágiodo capitalismo.
Essa nova era é marcada por grandes corporações mundiais que operam suas plataformas de negócios a partir de verdadeiros núcleos dinâmicos de inovação – aqueles que requerem colaboradores aptos a empreender. Esse é o grande diferencial competitivo que conduz as empresas aos lucros sustentáveis e crescentes em seus mercados de atuação. Se você pretende ser um empreendedor, pense nisso!
Aula 3: Engenharia da resiliência: Capitalismo financeiro: É um sistema econômico, subtipo do capitalismo, que surgiu no começo do século XX e apresenta como característica principal a subordinação dos meios de produção para a acumulação de dinheiro e obtenção de lucros através do mercado financeiro (ações, produtos financeiros, títulos, derivativos e mercado de câmbio). O capitalismo financeiro está presente na economia mundial até os dias de hoje. 
Financeirização: Fase do capitalismo em que as transações e mercados financeiros ganham força no sistema econômico mundial.
Política macroeconômica: Refere-se ao conjunto de medidas adotadas pelo Governo visando afetar agregados econômicos, como crescimento da economia, inflação, taxa de desemprego, balanço de pagamentos e distribuição de renda.
Mercados de crédito : É o nome dado a parte do sistema financeiro onde ocorre o processo de concessão e tomada de crédito.
Risco sistêmico: Em finanças, risco sistêmico refere-se ao risco de colapso de todo um  sistema financeiro ou mercado, com forte impacto sobre as taxas de juros, câmbio e os preços dos ativos em geral.
Origem da palavra resiliência: A palavra resiliência origina-se do latim: resílio, re + salio, significa ser elástico. Seu uso se iniciou pelas mãos de Thomas Young, físico inglês do início do século XIX, para designar a resiliência de um material, que de acordo com Yunes (2009), seria a energia de deformação máxima que ele é capaz de armazenar sem sofrer deformações permanentes.
Em outras palavras, seria a capacidade de um material absorver energia sem sofrer deformação plástica ou permanente.
Foi a partir de 1974, que a resiliência entrou no campo da Administração. O ponto de partida, surgiu quando consultores contratados para melhorar os indicadores de desempenho operacionais e financeiros, começaram a tentar identificar os fatores críticos de sucesso nas empresas-líderes.
Nesse esforço de trabalho, a capacidade de resiliência dessas corporações foi identificada e viram que havia algo diferente na disposição dos colaboradores que impregnava o ambiente, e refletia na postura da própria organização diante de situações difíceis.
Nesse contexto, quais aspectos relacionados a resiliência podiam ser observados?
O pessoal buscava se posicionar de forma proativa para tentar entender o problema e ver formas de superá-lo, buscando, dessa maneira, fortalecer os prováveis pontos fracos da corporação.
Fica claro que é um projeto integrado, onde o fato de alguma área detectar essa problemática, faz com que haja comitês internos (espaços qualificados e representativos) para apresentação e discussão do tema, com reflexos e repercussão para toda a organização.
Ou seja, uma problema ao ser identificado, entrava num processo que envolvia toda a cadeia de colaboradores, abrindo discussão e compartilhando os aperfeiçoamentos, de forma que pudesse virar um novo método, ou um processo.
Ao mapear e identificar esse processo, os consultores criavam condições de elaborar uma metodologia para que pudessem replicar em outras empresas, por meio de trabalhos de consultoria, desenvolvendo políticas de fomento a esse tipo de atitude, contribuindo assim na melhoria dos desempenhos operacionais e financeiros.
Logo, fica claro que as dificuldades e o processo de superação das organizações, passaram a ser excelentes oportunidades de aprimoramento das próprias corporações.
Assista ao vídeo do Sebrae MG e veja como algumas empresas conseguiram dar a volta por cima.
A engenharia da resiliência: Já vimos que Engenharia de resiliência é conhecida como a capacidade de uma organização resistir e se superar diante de situações de crises inesperadas. O fator mais importante nesse processo, é que as empresas consigam dar continuidade às suas operações nos momentos de maior risco e após a presença desses fatores de estresses.
A literatura que trata sobre o assunto destaca alguns autores que contribuem para confirmar essas ideias. São eles: Reiman e Oedewald (2008): afirmam de forma muita clara que: “um sistema resiliente deve ser capaz de sustentar suas operações necessárias e manter a sua capacidade para responder a surpresas e, também, na ausência de pressão externa ou stress.”; Rose e Liao (2005): dizem que resiliência “é a capacidade inerente de um sistema, em dar respostas adaptativas que lhes permitam evitar perdas potenciais”. Portanto, relaciona o quanto a resiliência pode contribuir para minimizar possíveis perdas; inclusive procurando se antecipar aos eventos desenvolvendo métodos de planejamento.; Woods (2005): seguindo a mesma linha do autor anterior, afirma que “a resiliência é a capacidade de um sistema prever, reconhecer e antecipar riscos, visando defender-se de mudanças adversas que possam ocorrer.”
O importante é compreender que a Engenharia de resiliência passou a integrar os processos destinados a realizar melhorias contínuas na organização.
Podemos dizer, inclusive, que passou a fazer parte dos sistemas de qualidade que sustentam as organizações, na medida em que torna cada gestor, mais qualificado para lidar com as situações difíceis de mercado. E, ao mesmo tempo, aprimora novas formas de melhoria no ambiente relacional, motivando os colaboradores e maximização de seus desempenhos.
Ambiente econômico: Sabemos que o fenômeno da financeirização da economia mundial mudou o eixo das prioridades no mundo dos negócios.
A velocidade na busca de resultados que geram riqueza, traduzido pelo aumento da cotação das ações da empresa na bolsa de valores, inverteu a prioridade da agenda macroeconômica que tinha como um dos objetivos a serem atingidos a geração de emprego e renda. Sendo assim, compreendemos que: A busca pelo bem-estar social colocava-se como um objetivo de política macroeconômica que se alinhava com as estratégias do setor produtivo. Cabia aos bancos gerar as condições de financiamento, que dava condições de permitir a alavancagem dos negócios, aumentando sua escala de produção e potencializando as perspectivas de lucro. Quando a prioridade passou a ser a geração da riqueza pelo aumento do valor de mercado das empresas, a agenda passou a ser subordinada ao objetivo determinado pelo capital financeiro. Isso significa que: aumenta a instabilidade nos mercados de crédito, de trabalho, dos fluxos de comércio, de investimento e de poupança, que são responsáveis por viabilizar a produção e sua destinação para atender às necessidades dos consumidores nos vários países. Este é o mercado real, onde as pessoas vivem e as empresas destinam os seus bens e serviços.
Sem trabalho não há renda disponível, com isto o consumo diminui e gera por efeito a diminuição das vendas do comércio, e, consequentemente, diminui as compras das indústrias. Veja a seguir como este processo ocorre: O comércio e a indústria reduzem o seu lucro >Demitem para reduzir custos e as perdas. Resultado final: Quanto mais demissões, maior a taxa de desemprego e, consequentemente, a insatisfação popular com a deterioração do ambiente econômico. O quadro político fica instável, as perspectivas de negócio deterioradas e as decisões para aumentar investimentos adiadas.
Veja, por exemplo, a situação pela qual estão passando os países da zona do euro. Considerado o segundo maior mercado mundial, a Europa atualmente vem contribuindo para gerar instabilidades no mundo dos negócios a nível mundial. Você sabe qual foi o motivo dessa crise? Clique aqui e veja como isso aconteceu.
Tomando como exemplo a crise da Europa, podemos compreender que nesse ambiente surge a capacidade de resiliência, cujo objetivo é buscar saídasem vários planos: político, econômico, social e ambiental. Este última tema cada vez mais afetará todo o ambiente mundial.
O papel da resiliência nas organizações: O atual cenário de choques originados nos ambientes marcados pelo crescente risco sistêmico aumenta incertezas para quem precisa tomar decisões em investimentos de vários mercados de atuação.
Mas qual é a solução das empresas para enfrentar isso?
As empresas precisam ter profissionais bem preparados para recuperar a organização em situações inesperadas, proveniente de obstáculo.
Ou seja, precisa ter forças e determinação para dar a volta por cima, reagindo mais forte do que antes da queda. E, isso é possível com o auxílio de colaboradores com atitudes proativas e positivas diante de situações difíceis.
Por isto, a resiliência se tornou uma competência altamente valorizada.
A capacidade de se manter centrado, equilibrado diante das adversidades, deve ser encarada como uma competência que pode ser desenvolvida, consolidando atributos para quem os têm e, despertando-a em outros que as têm adormecidas.
É importante atuar sobre as pessoas, para que as mesmas fiquem mais fortalecidas diante das possíveis ondas de choque.
O resultado se traduz na manutenção de um clima na organização mais favorável, maximizando indicadores de desempenho.
Resiliência na administração: Como já vimos, uma pessoa resiliente tem uma capacidade maior de se portar positivamente diante dos momentos de choque ou trauma.
E, nas organizações empresariais, elas devem ter a mesma atitude para superar dificuldades resultantes como, por exemplo, do fracasso de um novo produto ou dos prejuízos ocorridos em suas operações.
Não foi por outra razão que Yunes (2003) afirma que “resiliência é uma capacidade universal que permite que uma pessoa, grupo ou organização previna, minimize ou supere os efeitos nocivos das adversidades”.
Portanto, é extremamente importante para as empresas ter profissionais com algumas qualidades para ajudá-las e movê-las em caso de crise. Veja a seguir algumas dessas características: Autoconfiança; Criatividade; Inovação; Otimismo; Saúde (corporal e mentalmente); Eficácia; Interesse.
Atenção! A diretoria executiva é umas das áreas de encaminhamento de solução. Cabe a ela adotar uma postura resiliente no dia a dia da condução de seus negócios, para que repercuta entre os demais colaboradores e, assim, favoreça na formação de uma postura de toda a organização.
Aula 4: Arquitetura organizacional: Capital Humano: São os atributos adquiridos por um trabalhador por meio da educação, perícia e experiência e podem ser proporcionados nas organizações.
Logística: É a área da gestão responsável por prover recursos, equipamentos e informações para a execução de todas as atividades de uma empresa.
Canal de distribuição: É a forma por meio da qual o vendedor comercializa o produto ao consumidor ou usuário.
TICs: Tecnologias de Informação e Comunicação
Stakeholders: É qualquer pessoa ou organização que tenha interesse, ou seja afetado pelo projeto.
O que é Arquitetura Organizacional? Para iniciarmos este módulo, primeiramente, vamos observar a imagem abaixo e, em seguida, refletir com as perguntas em destaque.
O que você entende por Arquitetura organizacional? Como podemos relacionar Arquitetura organizacional com essa imagem? Qual é a função da Arquitetura organizacional na empresa?
Você percebeu que na imagem anterior há uma estrutura de divisões e funções de cargos em uma organização?
Por meio desta imagem, podemos ter uma ideia de como a arquitetura organizacional funciona no que diz respeito ao conjunto de normas, padrões, princípios e conhecimento, que dentro de uma estrutura organizacional, orientam todo um processo decisório, para que executem na empresa a estratégia escolhida.
Logo, podemos dizer que Arquitetura Organizacional é a ampla série de decisões que os administradores tomam sobre a organização, que permite controlar os processos internos, os sistemas de informação e o capital humano.
Assista ao vídeo sobre a Empresa Beleza Natural e observe como a mudança da arquitetura organizacional da empresa, viabilizou um simples salão de beleza se tornar um grande empreendimento.
Para tanto, deve-se considerar que a arquitetura permite a organização: realizar suas várias estratégias por meio dos trabalhos exigidos; harmonizar a arquitetura com as pessoas que lá trabalham, ou mesmo verificar o impacto sobre elas.
Por isto, os teóricos afirmam que a Arquitetura Organizacional contribuiu para se pensar sobre que tipo de formato uma organização deve possuir, sua evolução e otimização de relacionamentos em relação aos stakeholders (acionistas, colaboradores, clientes, fornecedores, governo, sindicato, ONGs e comunidades).
Atenção! De acordo com Nadler (1993), a arquitetura organizacional é definida como a forma de articulação ou o modus operandi dos vários sistemas, estruturas, processos e estratégias que constituem uma instituição. A arquitetura inclui a estrutura formal, o projeto de práticas de trabalho, a cultura organizacional (ou a natureza da organização informal), os estilos de operação e os processos de seleção, socialização e desenvolvimento de pessoas.
O papel da Arquitetura Organizacional: A arquitetura organizacional tem influência direta sobre o processo decisório dos executivos em suas organizações.
Deve-se considerar que: Ajuda a implementação das estratégias escolhidas; Cria um ambiente que permite mais harmonização entre os colaboradores, no qual impacta e sugestiona o comportamento de todos.
As mudanças que ocorrem no ambiente empresarial, acabam gerando impactos que tendem a afetar a condução dos negócios e exigir ajustes nas estratégias em curso.
Nesse sentido, cabe a arquitetura organizacional contribuir para viabilizar a escolha dos melhores caminhos e coordenar as ações visando manter a corporação na trajetória de competitividade e de retornos esperados.
Quanto mais a organização é bem sucedida em seus processos de ajustes internos, em função das ameaças externas, maior é o fator crítico de sucesso, na capacidade de se reposicionar e sair forte das situações difíceis. 
Paralelo a isso, aparecem como novos desafios impostos à organização, a viabilização de mecanismos por parte da alta administração de absorção do novo e eliminação do velho. O esforço desenvolvido é grande, pois se trata de evitar a perda de competitividade, que leva a empresa a se distanciar da busca pela maximização dos indicadores de desempenho.
Nesse sentido, podemos considerar a arquitetura organizacional como um modelo que facilita a transformação da estratégia corporativa em realidade operacional, a qual visa atingir os valores esperados de desempenho operacional e financeiros.
No que diz respeito às dimensões estratégicas, a primeira refere-se a como a arquitetura adotada permitirá à organização realizar sua estratégia, denominada de arquitetura-estratégia. A segunda é a dimensão de como a arquitetura se harmonizará com os indivíduos que trabalham na organização, chamada de arquitetura-cultura.
A seguir, tomaremos contato com vários conceitos e informações relevantes, que servirão para conhecermos como a visão baseada na arquitetura organizacional, contribui para entender, por exemplo, o papel das plataformas de negócios baseadas nas TICs e na internet.
Cabe aos executivos das organizações: Modelar formas arquitetônicas que lhes permitam alcançar condições para se atingir um alto desempenho operacional. Buscar pelo formato ótimo, considerando as duas dimensões estratégicas. chamada de arquitetura-cultura.
Inovações competitivas: Em um mundo de incertezas, a busca da vantagem competitiva impacta diretamente na formatação de novos desenhos organizacionais. As inovações tecnológicas passam a ditar a direção das empresas, separando-as da seguinte forma: Separam as mais rentáveis. Maior valor de mercado. Menos rentáveis. Não tem valor de mercado.
Para que a inovação competitiva ocorra, a empresa tem que possuirum desenho organizacional que permita o seu desenvolvimento. Isto porque a inovação não é um processo bem controlado. Ambientes organizacionais que são submetidos a controle severos, constitui um antídoto ao processo de inovação.
Controles burocráticos que limitam as ações e tomadas de decisões demoradas, acabam gerando um ambiente que desencoraja a inovação e contribuem com a perda de competitividade, impactando diretamente nos resultados financeiros.
As mudanças e a velocidade que elas ocorrem, têm ditado o ritmo das empresas que mais têm se destacado entre as de estratégias empresariais mais eficientes.
O indicativo de sucesso de empresas bem sucedidas apontam para a concentração nos negócios, que são percebidos pelos consumidores como geradoras de valor superior e, como tal, passam a receber maior afluxo de clientes, o que faz aumentar o faturamento e o lucro.
Nesse ambiente, o que predomina não é mais o tamanho, mas sim o crescimento com foco estratégico.
Existe uma onda de mudanças ocorrendo no mundo dos negócios, que têm exigido das empresas melhorias de desempenho por meio da adoção integral das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) e adesão plena às tecnologias e processos originárias da internet.
O padrão de competitividade a nível mundial fixou essas novas bases de funcionamento dos mercados da seguinte maneira: Ou as organizações aderem e se mantém em condições de continuar operando incorporando os novos padrão de competitividade. Ou simplesmente, elas acabam tendo decretadas seu fechamento pelo próprios consumidores.
Na reportagem ao lado, você pode observar um exemplo de uma empresa que adotou o uso da tecnologia como indispensável para o seu negócio.
Por meio deste exemplo, podemos compreender que um dos principais fatores críticos de sucesso de qualquer empreendimento, nas atuais condições de mercado, está relacionado a exigência da perfeita adequação entre a estratégia escolhida pelas empresas e sua arquitetura organizacional.
Novas estruturas da Arquitetura Organizacional: Os criadores de novas arquiteturas organizacionais devem considerar e prever em suas estruturas, liberdade e agilidade na tomada de decisões. Os desenhos das novas estruturas apontam, preferencialmente, para o formato modular, pois permitem ser implantadas com mais rapidez.
Tomemos como exemplo, a logística de uma empresa, especificamente, o canal de distribuição da Dell Computadores. Leia o texto da empresa Dell e observe que, a empresa trabalha com estoque zero, fazendo disso sua característica de arquitetura organizacional e diferencial competitivo.
O grau de sofisticação das operações e a necessidade de manter o foco no negócio, tem aumentado a importância da formação de parcerias.
A figura da empresa que cuida, apenas, do transporte, da entrega das compras feitas pelos clientes, tem sido ultrapassada pela necessidade imposta pela concorrência. O aparecimento do Operador Logístico é um sintoma disso, na medida em que passa a ser ele o responsável pela montagem final do produto e entrega ao cliente. A operação da Dell é um bom exemplo dessa nova arquitetura organizacional construída.
Aula 5: Ética nas organizações: Desenvolvimento sustentável: É um conceito sistêmico que se traduz num modelo de desenvolvimento global que incorpora os aspectos de desenvolvimento ambiental.
Economia dos Custos de Transação: Ronald Coase introduziu a noção ‘custo de transação’ dentro da análise e pesquisa econômica que decorreu de suas interrogações e proposições que abriu espaço para o desenvolvimento de ‘novas subdisciplinas’ – Economia dos Custos de Transação, Economia dos Direitos de Propriedade e a Economia do Direito – resumidamente e conjuntamente denominadas como sendo a Nova Economia Institucional (New Institutional Economics). 
Investimentos públicos: Investimentos Públicos são definidos como aplicações de capital totalmente detido pelo Estado, cujo objetivo principal é a melhoria de vida das pessoas, sem meta de lucro.
Licitação: É o procedimento administrativo formal para contratação de serviços ou aquisição de produtos pelos entes da Administração Pública direta ou indireta. 
Nova Economia Institucional: É um ramo recente da teoria econômica.
Patrimônio público: O conjunto de bens, direitos e valores, pertencentes a todos, forma o patrimônio público e social do Brasil.
Processos licitatórios: É composto de diversos procedimentos que devem ser efetuados com base nos princípios constitucionais como a legalidade, a impessoalidade, a moralidade, a publicidade e a eficiência, com o intuito de proporcionar à Administração a aquisição, a venda ou uma prestação de serviço de forma vantajosa, ou seja, menos onerosa e com melhor qualidade possível.
Ronald Coase: O economista explica que uma empresa deve ser capaz de fabricar os bens ou prestar serviços com máxima eficiência e menos custos de produção possíveis. Contudo, as imperfeições do mercado e a assimetria das informações aumentam os custos das transações da empresa com os agentes que contribuem para a produção.
Ética x moral: Nesta charge, podemos observar que a personagem poderia ter ficado com o troco, porém seus valores morais não permitiram que ela fizesse isso. A partir dessa ilustração, você saberia definir o que é moral? Qual é a diferença entre ética e moral?
Veremos as respostas a seguir.
A Ética trata dos valores coletivos que orientam o comportamento da sociedade. Ela está intimamente relacionada com a moral, no que diz respeito aos valores que formam o indivíduo. Veja a seguir os conceitos e as diferenças entre ética e moral.
Ética: De origem grega, ética é uma palavra com duas origens possíveis que pode ser traduzida por costume ou por caráter. O que a diferencia é o tipo de pronúncia. O autor Moore (1975) aborda com propriedade esses pontos. A ética tem por objetivo facilitar a realização das pessoas e contribuir para buscar a perfeição do ser humano. Para a Filosofia, ética é uma ciência que estuda os valores e princípios morais de uma sociedade e seus grupos. Ou seja, um conceito que remete ao coletivo.
Moral: A moral tem a ver com o conjunto das normas para o agir específico ou concreto. Ao contrário da Ética que se reporta ao coletivo, a Moral tem o foco no agir das pessoas. Segundo Augusto Comte (1798-1857), "a Moral consiste em fazer prevalecer os instintos simpáticos sobre os impulsos egoístas." Entende-se por instintos simpáticos aqueles que aproximam o indivíduo dos outros.
Fica clara, portanto, a importância de se entender corretamente o tratamento distinto que precisa ser dado tanto aos problemas morais individuais, quanto às questões éticas que são relacionadas às organizações.
Atenção! O estado por ser o guardião do patrimônio público, precisa que seus servidores se pautem por comportamentos éticos. Quando isto não acontece, deve haver punição exemplar, pois não houve a orientação por conduta ética, por ter sido frágil em seus princípios morais.
Comportamento ético: A questão do comportamento ético nas organizações tem ganhado notoriedade nos últimos tempos. Você sabe por quê?
A razão para isto, particularmente no Brasil, decorre, entre outros motivos, do grande peso que o Estado possui na alocação de recursos em políticas e programas por ele desenvolvido, que tem no setor privado o agente executor.
As empresas que participam de investimentos públicos a longo prazo, dentro de processos licitatórios corretos, garantem perspectivas de receitas sustentáveis. As licitações públicas constituem o caminho mais recomendável para a contratação de serviços de forma transparente e ética pelo Estado.
Contudo, as licitações públicas não têm inibido condutas antiéticas, como mostram as estatísticas de irregularidades dos Tribunais de Conta da União, Estaduais e Municipais. O que podemos observar é que os políticos/administradores não temem ser alcançados pela lei e, não se preocupam em ter sua conduta exposta para a família e sociedade nos processos nos campos: administrativo, civil e penal.Atenção! A participação da carga tributária no PIB é da ordem de 35%, ou seja, o peso dos gastos públicos na formação das receitas do setor privado é significativo.
Vivemos um certo paradoxo no mundo atual quando o assunto é comportamento ético. Enquanto no discurso e na teoria a sociedade temo o comportamento ético como um valor superior para os indivíduos , para as organizações, a sociedade e o Estado, ainda existem grandes falhas em suas condutas.
No filme é possível observar como as distorções e a ambição foram desviando as Corporações do seu papel social, acentuando a busca incessante pela maximização do lucro para os acionistas.
Em outra dimensão, a busca por mais desempenhos nas empresas Sociedades Anônimas (S.A.) que possuem ações nas bolsas de valores, faz com que seja grande o desejo por buscar informações e oportunidades de negócios que possam significar a perspectiva de bater as metas, levando a diretoria executiva das empresas, em muitas ocasiões, a agir apressadamente, e entrar em caminhos que não sejam éticos.
Outro ponto que tem sido objeto de pressões para levar a desvios de conduta, se refere às questões envolvendo os vários tipos de licenciamento que ocorrem nas esferas municipais, estaduais e federais. Um caso muito comum, infelizmente, envolve a fiscalização relativa a liberação de obras ou licenciamento ambiental.
As bases dos códigos de ética: Douglass C. North, prêmio Nobel de Economia de 1993, verificou a necessidade das organizações adotarem códigos de conduta estruturados: “A latência de conflitos na sociedade e, por consequência nas organizações, não são em muitas vezes resolvidos de forma benigna e espontânea, pois elas carecem de estruturas institucionalizadas que permitem evitar condutas aéticas e permitem orientar no caminho correto”. (North, 1993)
O autor fala também sobre os jeitinhos, muito comum no Brasil, de tentar resolver problemas, tais como: leis, normas, costumes, tradições e outros aspectos culturais que pautam a conduta das sociedades, organizações e dos indivíduos. Tal jeitinho pode gerar comportamentos desconectados da conduta ética recomendável. Clique aqui e veja um exemplo.
“As instituições possuem um papel fundamental para propagar comportamento ético, principalmente, envolvendo as relações entre setor público e privado. Essas ineficiências acabam aumentando os custos de transação. Por isto, a relevância da ética na condução dos negócios e relacionamentos. Pois, ao se erigir estruturas estáveis, reduz-se a insegurança que impacta diretamente em aumentos forçados de custos”. (North, 1993)
Nesse sentido, o autor sugere-se que as empresas adotem mecanismos de Governança Corporativa para proteção do negócio. Clique aqui para saber mais sobre este assunto.
Leia a matéria Após desabamento, engenheiro critica ‘jeito brasileiro’ de construir: “Deveríamos ter mais acidentes”.
Veja que, embora, o fiscal soubesse que a obra estava em andamento, não havia autorização da prefeitura para realizá-la. Isto configura um caso claro de, no mínimo, negligência profissional do fiscal municipal responsável. O fato, se comprovado, denotará desvio de conduta do servidor, por ter adotado um comportamento antiético.
Sendo assim, podemos concluir que quando as empresas desenvolvem códigos de ética, cultivam e disseminam os valores morais entre os seus colaboradores.
E é no plano individual onde a moral forma o cidadão de bem e estabelece as bases para um melhor desempenho profissional. Estando os profissionais no posto de alta direção e comprometidos com esses valores, eles passam a decidir com foco na sustentabilidade, permitindo agregar valor social e ambiental. Isto é a real agenda do Desenvolvimento Sustentável.
Nesse sentido, veremos a seguir um pouco mais sobre os pilares de sustentação da Ética nas organizações.
Pilares da ética – a Nova Economia Institucional: O tema ética nas organizações tem seguido as formulações teóricas propostas pela Nova Economia Institucional (NEI), cujas primeiras contribuições foram feitas por Coase (1937).
De acordo com essas teorias, o ambiente das organizações enquadra-se dentro de uma perspectiva econômica e sociológica. Disso resultam os seguintes pilares da ética: Sociologia Econômica - A sociologia econômica contribui para a formação do ambiente institucional, que envolve os contratos, as leis, as normas, os costumes, as convenções etc.; Teoria Econômica - A teoria econômica trata dos mecanismos de governança.
Sendo assim, agrega-se o conceito de eficiência econômica e seus indicadores operacionais e financeiros a uma abordagem humana das organizações.
Com base nesse viés teórico, o estudo das instituições considera: Os indivíduos; As organizações; As empresas; Os entes públicos e as normas sociais; O mercado, ou seja, o espaço relacional que resulta da interação complexa de todos esses agentes.
A NEI possui como principal eixo teórico, a Economia dos Custos de Transação (ECT). Nesse ponto, é bom que façamos uma distinção entre estes para ficar mais claro: NEI - A NEI, remete ao ambiente institucional. É o conjunto dos direitos políticos, sociais e jurídicos, e das regras que tornam possível o funcionamento do mercado, envolvendo as relações de produção, de distribuição e de consumo.; ECT: Já a ECT tem como foco as regras formais e informais: Regra formal: é o que torna possível a organização existir e é consolidada na constituição, nas leis, nos direitos de propriedade. Regra informal: envolve os costumes, as tradições e os códigos de conduta.
A medida que a NEI olha para fora da empresa, a ECT tem sua visão para dentro da empresa. Veja no esquema a seguir um exemplo deste processo.
E onde surge a relação da NEI com a ética?
Exatamente pelo fato de a ECT ter como pressupostos comportamentais básicos a racionalidade limitada e o oportunismo (busca do interesse próprio com malícia), ambas presentes nas ações dos agentes econômicos.
Veja a seguir, mais informações sobre os estudos desenvolvidos.
Williamson (1975, 1981 e 1985) a partir do artigo pioneiro de Coase (1937) sugere que: “Os formatos organizacionais ou estruturas de governança construídos nas organizações, são resultado da busca de minimização dos custos de transação por parte dos agentes econômicos”.
Um bom exemplo sobre o que Coase falou é o grande avanço que as organizações tiveram com o advento da Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) e pela Internet.
Tom Malone, professor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), publicou em 1987 um artigo que analisou o impacto da Tecnologia da Informação (TI) nos negócios e está foi a sua conclusão: “A TI ao promover a redução dos custos de coordenação, promoverá uma mudança do padrão global de funcionamento dos mercados, ao antever que no futuro (que já estamos vivendo) os modelos organizacionais baseados nas hierarquias serão substituídos pelos baseados na coordenação”. (MALONE, 1987)
Dessa forma, podemos esperar mudanças fundamentais na forma como as empresas e os mercados organizam o fluxo de bens e serviços em nossa economia.
Ética e Gestão de Pessoas: A área de Gestão de Pessoas possui um grande desafio: desenvolver e implementar políticas e programas dirigidos para promover mudanças nas atitudes dos indivíduos, e ética nas organizações.
O objetivo é modificar as pessoas e, com isto, mudar as atitudes profissionais.
As organizações alteram seus ambientes em direção à implantação de uma ética mais humanista, que abre a perspectiva concreta de uma sociedade mais justa e que, de fato, funcione para o bem-estar geral.
Aula 6: Ética das virtudes: Administração pública: É o conjunto de órgãos, serviços e agentes do Estado, bem como das demais pessoas coletivas, públicas (tais como as autarquias locais) que asseguram a satisfação das necessidades coletivas variadas, tais como a segurança, a cultura, a saúde e o bem-estar das populações. 
Aéticos: O que não é ético, ou seja, antiético.
Ex ante: É uma expressão neo-latina que significa antes do evento. 
Ex post: Éo oposto de ex ante. Realizado ou formulado depois de certo fato e com ação retroativa.
Michael Stocker: Professor da Faculdade de Ciências e Artes da Universidade de Syracuse na Austrália. seus trabalhos têm contribuído para revitalização dos estudos sobre psicologia moral.
Responsabilidade Social Corporativa: É o conjunto de ações que são tomadas pelas empresas que beneficiam a sociedade e as corporações, levando em consideração a economia, educação, meio ambiente, saúde, transporte, moradia, atividades locais e governo.
Ética x corrupção: Vimos, na aula 5 desta disciplina, que a Ética é um assunto que está mais do que nunca inserido em todas as discussões.
No entanto, mas do que discutir os seus aspectos filosóficos, que é de relevância central, é necessário relacionarmos ao crescimento dos casos de corrupção em todo o país e nas três esferas da administração pública: federal, estadual e municipal.
O que vemos?
A todo momento, estamos sendo assolados por casos envolvendo desvios de recursos. A primeira associação para esta abordagem, nos remete a problemas de educação. Porém, quando vemos pessoas ocupando altos cargos, e com formação superior, observamos que não se trata de formação profissional, mas algo mais profundo. E, aí que surge a moral que nos remete à ética.
O que esperamos?
Um comportamento virtuoso entre aqueles que se relacionam com os recursos públicos, seja os servidores públicos que são os operadores dos recursos arrecadados na forma de tributos, que constitui o orçamento da União; como também dos empresários e executivos que com suas empresas, operam os projetos definidos no âmbito das políticas públicas, através das licitações públicas, de forma a dar total transparência da forma como nossos recursos estão sendo utilizados.
Controladoria Geral da União: Em 2003, foi criada a Controladoria Geral da União (CGU), com os seguintes propósitos: Efetuar a defesa do patrimônio público; Monitorar o uso dos recursos arrecadados de todos os contribuintes pessoas físicas e pessoas jurídicas de todo o país; Prevenir irregularidades e combater a corrupção.
Entretanto, como toda a empresa que faz auditoria de contas nas empresas, a sua atuação ocorre ex post, ou seja, quando são detectados a irregularidade e o ato de corrupção, já foram realizados.
O grande desafio é passar a prevenção, atuando ex ante, de maneira a evitar a irregularidade na sua origem.
Por que mesmo com a apuração e punição de irregularidade, estes fatos não são inibidos?
Talvez pelo fato dos agentes corruptores acreditarem que a justiça não irá alcançá-los, ou alcançado-os, não irá puni-los da devida maneira. Ou seja, a morosidade de justiça, a precariedade do nosso sistema penal desatualizado em seus códigos de processos, tanto o penal quanto o cível, favorecem e acaba estimulando esses tipos de condutas, ao invés de inibi-las como acontece nos países desenvolvidos.
A seguir estudaremos a Ética aplicada como premissa para a construção de condutas virtuosas no dia a dia de nossas vidas.
A ética e o bem-estar social: Aristóteles, em seu livro Ética à Nicômaco, já discutia o assunto em 325 a. C., quando falava que a ética e o caráter devem caminhar juntos na vida dos homens. Ele fazia a seguinte pergunta: “Em que consiste o bem para o homem?”.
E respondia:
“É uma atividade da alma em conformidade com a virtude”, pois é o cultivo de comportamentos virtuosos que fará o homem se sentir mais feliz.
Mas para isto, ele precisa trabalhar no bem, melhorando-se moralmente, e dessa forma, trabalhar para o bem no âmbito do coletivo. Nesse ponto, o seu comportamento marcado pela virtude contribui para a melhoria das relações humanas no âmbito da convivência em sociedade. Observe que, neste ponto, já estamos no terreno da ética. Por isto, é importante associação entre virtude, moral e ética.
Sendo assim, com base na teoria de Aristóteles, a que conclusão podemos chegar?
Podemos entender que a construção de uma sociedade mais feliz passa necessariamente da melhoria individual e coletiva de todos e pela conduta daqueles que trabalham no governo, administrando recursos coletivos, que são de elevada responsabilidade, mas com o máximo desprendimento.
Mas, diante de tantos escândalos de corrupção, perguntamos: será isto possível? Muitos já respondem: não tem mais jeito. Isto não muda mais!
Ledo engano, pois sabemos que os profissionais que trabalham na iniciativa privada, são raros os casos que envolvem desvio de recursos. Vejamos o exemplo da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (ANBIMA).
De acordo com as informações no site da ANBIMA, o total de recursos de terceiros administrados pelas empresas atingiu a posição de R$ 2,3 trilhões em julho de 2013.
Para se ter uma ideia do tamanho dessa quantia, vamos comparar com o PIB de 2012, quando atingiu R$ 4,403 trilhões. Ou seja, os valores aplicados por investidores em fundos de renda fixa administrados por instituições financeiras, representa cerca de 52% do PIB (total de todos os bens e serviços produzidos pelo país em 2012).
E, sobre isso perguntamos: Alguém viu ou ouviu algum caso divulgado pela imprensa envolvendo desvio de recursos desse pessoal? Não.
As virtudes e os vícios da ética: A questão de uma sociedade ter mais virtude ou mais vício, está relacionada ao seu amadurecimento moral que vai orientando ou reorientando a adoção de comportamentos mais éticos (mais virtudes) do que mais aéticos (com predomínio dos vícios).
Vimos que na esfera do Governo, começou a ter uma pequena melhoria pelo fato de haver um órgão que se dedica a monitorar, por dentro, as contas de aplicação dos recursos. Percebemos que há uma resposta dos governantes, decorrente do amadurecimento da própria sociedade.
Em 2005, houve uma movimentação de pessoas que resolveram se juntar e construir o Contas Abertas.
Tendo em vista as limitações de sua estrutura operacional, física e financeira, o Contas Abertas só acompanha, regularmente, desde a fundação, a execução orçamentária da União (Executivo, Legislativo e Judiciário).
Sua contribuição tem sido inestimável, e é uma referência para toda a sociedade, pois ao publicar, um trabalho que vai além da CGU, contribui para o amadurecimento do cidadão, na sua dimensão de contribuinte, ou seja, do financiador e mantenedor de toda a estrutura de governo, que não pode ser maior do que a sociedade.
Atenção! A relevância do Contas Abertas fica clara quando lemos sobre a sua missão: “Oferecer permanentemente subsídio para o desenvolvimento, aprimoramento, fiscalização, acompanhamento e divulgação das execuções orçamentária, financeira e contábil da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de forma a assegurar o uso ético e transparente dos recursos públicos, preservando-se e difundindo-se os princípios da publicidade, eficiência, moralidade, impessoalidade e legalidade, previstos no artigo 37 da Constituição Federal”.
Uma solução para o problema das virtudes e dos vícios: Sobre o ponto de vista de referencial teórico, Edmund L. Pincoffs da Universidade do Texas, diz que o trabalho do educador e filósofo é muito interessante por sugerir que as virtudes e os vícios são qualidades a que nos referimos para decidir se alguém merece ser procurado ou evitado: “as particularidades na nossa lista (de virtudes e vícios) podem servir como razões para preferir ou evitar pessoas”.
Veja alguns exemplos sobre isto: Quando um proprietário de um automóvel tem algum problema mecânico, ele procura saber com alguém se conhece um bom mecânico para colher experiências e não ter que passar por dissabores. Está aí implícito que o tal profissional deve ser habilidoso, honesto e que dá bem conta do serviço.; Ao procurar um curso, vamos querer saber do valor da instituição em termos de qualidade e da qualificação de seus professores. Ou seja, se eles reúnem conhecimento, experiência e já têm reconhecimento pelo mercado. Suas virtudes serão relacionadas à qualidade do curso oferecido, grau de satisfaçãodaqueles que já fizeram e a retidão dos profissionais que lá trabalham.
Temos outras situações, pois a todo o momento estamos nos comunicando, construindo e mantendo relacionamentos de longo prazo.
Para que todos se sintam mais felizes, deveriam ser mais marcados pela virtude do que pelos vícios. Por isto, gostamos de ter pessoas boas, leia-se, pessoas virtuosas, de elevada moral, que nos fazem sentir melhores quando estão ao nosso lado.
Sobre isso, o professor Pincoffs diz: “as virtudes morais são as virtudes das pessoas enquanto pessoas”.
Dessa maneira, ele propõe como definição de virtude: “um traço de caráter, manifestado nas ações habituais, que é bom uma pessoa possuir”.
O programa de desenvolvimento de ética das virtudes: As organizações vêm adotando o Programa de Desenvolvimento de Ética das Virtudes (PDEV) por considerarem importante sustentar a longo prazo as suas atividades empresariais.
As empresas que têm adotado o programa, têm mostrado uma estratégia acertada, revelando ser um fator decisivo para o sucesso da implantação de uma cultura organizacional cooperativa e participativa. 
Dessa forma, o PDEV contribui para os seguintes aspectos: acelerar o envolvimento e comprometimento dos colaboradores; aumentar a produtividade e a capacidade empreendedora.
O resultado pode ser obervado por meio da formação de um ambiente mais favorável para aumentar a velocidade de absorção das novas tecnologias, que é um fator crítico de sucesso para os ganhos de competitividade.
Nesse sentido, o PDEV ampliou seu escopo e tem se constituído uma ferramenta importante para melhoria do clima organizacional e para motivação dos envolvidos nas atividades da empresa.
Contudo, há sempre resistência dos colaboradores para as novidades. A área de RH deve atuar com total competência e sabedoria, dosando energia e diálogo de convencimento, mostrando de forma clara que a organização e todos ganharão.
Clique aqui e leia o exemplo sugerido por Michael Stocker, num artigo muito influente publicado no Journal of Philosophy em 1976, que trata sobre a motivação moral.
O que podemos observar através desse texto?
Podemos ver o ponto que baseamos nossas relações com as pessoas na consideração mútua. Agir por interesses do tipo, fazer o que está certo, num sentido abstrato de dever, não é a mesma coisa de fazer algo baseado na amizade, no respeito e no amor. Ninguém gosta de viver entre pessoas que têm esse tipo de comportamento, portanto, nada mais justo que não sejamos assim.
Diante do exposto, existe uma forte inclinação para desenvolver teorias éticas que enfatizem as virtudes, ou seja, qualidades pessoais como o amor, a lealdade o respeito pelo próximo, ao invés de teorias que estão preocupadas apenas com a correção das ações, se distanciando do enfoque moral.
Assim são as pessoas no plano dos relacionamentos individuais, que se transbordam para os ambientes organizacionais. Cada um deve buscar comportamentos mais virtuosos nas nossas relações com as pessoas. Sejam nos relacionamentos pessoais na sociedade, sejam nos profissionais.
“A busca do ser uma pessoa mais ética, está ligada ao esforço de se incorporar práticas virtuosas na própria conduta diária; é preciso se conduzir com retidão e praticar o bem, elementos que são capazes de promover a felicidade dos homens e da humanidade” (Aristóteles, 325 a.C.)
Conduta ética: Percebemos que a construção de um comportamento ético está diretamente relacionada com o compromisso de cada pessoa, ao buscar em seu dia a dia, cultivar e se orientar por valores de elevada moral que conduzem a virtuosidade.
As organizações têm adotado cada vez mais códigos de Ética, demonstrando que estão atentas para a importância do comportamento entre os seus colaboradores e na identidade da organização.
Ao adotarem o PDEV, por exemplo, como um dos programas conduzidos pela área de Pessoas, demonstram que é necessário se trabalhar de forma profissional para a (re)construção dos valores virtuosos, visto que, nem todas as pessoas conseguiram desenvolver e receber isso de suas famílias.
Ou seja, existe certa heterogeneidade que precisa ser alinhada com os propósitos da conduta ética que os sócios e os executivos entendem que devam ser os pilares da organização.
Por essas razões crescem a adesão das empresas pela adoção dos respectivos códigos, sendo parte de um programa maior que envolve a implantação da Responsabilidade Social Corporativa e da Governança Corporativa na condução de suas atividades empresariais, como é um requisito exigido das empresas que possuem ações negociadas nas bolsas de valores dos países desenvolvidos.
Por outro lado, na administração pública já existe um código de ética de conduta dos servidores. Porém, ainda não foi possível inibir uma pequena parcela, que ainda se deixa ser corrompida em sua conduta na relação com o setor empresarial e do terceiro setor.
Talvez seja preciso melhorar não estes códigos, mas sua punição, criando ritos sumários que de fato inibam esses maus servidores, assim como os profissionais que participam da corrupção, mancham a imagem do setor público na sociedade e o país.
Aula 7: Clima organizacional: Indicadores: São instrumentos de gestão essenciais nas atividades de monitoramento e avaliação das organizações, assim como seus projetos, programas e políticas, pois permitem acompanhar o alcance das metas, identificar avanços, melhorias de qualidade, correção de problemas, necessidades de mudança etc. 
Oliveira e Campelo (2006): OLIVEIRA, J.S.G de, CAMPELLO, M. Clima Organizacional e Desempenho das Empresas. XIII SIMPEP, Bauru, SP, Brasil, 06 a 08 de novembro de 2006.
Definições de clima organizacional: A origem da palavra clima vem do grego klima, que expressa tendência ou inclinação. O conceito de Clima organizacional está relacionado diretamente com a forma como se comportam os colaboradores em seu ambiente de trabalho.
Flávio de Toledo e Benedito Milioni no Dicionário de Administração de Recursos Humanos, definiram clima organizacional como: “Um conjunto de valores, atitudes e padrões de comportamento, formais e informais, existentes em uma organização.”
A partir desta definição dos autores, percebemos que a definição está relacionada às dimensões do comportamento humano, nos ambientes de trabalho das organizações.
Fatores psicológicos e emocionais que influenciam o ambiente de trabalho: Diante da alta competitividade do mercado, as organizações têm cuidado com atenção da qualidade do ambiente de trabalho, no qual os seus colaboradores exercem as suas atividades diárias.
Qualquer que seja a atividade desenvolvida, a base de qualquer negócio envolve pessoas que são movidas por: Motivação; Vontade; Determinação.
Mas, sabemos que as dificuldades existem e exigem desses colaboradores também capacidade de resiliência e forte dose de motivação, principalmente porque as atividades de trabalho acontecem em grupo e, a boa convivência pode não ser tão fácil de ser mantida no cotidiano.
Situações de estresse podem ocorrer em vários níveis, pelas pressões envolvidas e pela necessidade de se atingir metas.
Atenção! É preciso identificar quais os fatores que afetam a atitude ou os sentimentos do homem em relação ao seu trabalho e os impactos que causam na produtividade e competitividade das organizações. Identificadas essas causas, deve-se aplicar políticas específicas e mais diretas para geração de melhores resultados.
Quando os indicadores revelam, na pesquisa de clima, a preponderância da satisfação, demonstra que as necessidades pessoais e profissionais estão sendo atendidas.
Contudo, quando o clima está sob muita pressão, a tendência é que os indicadores apontem para um alto grau de insatisfação, o que pode gerar desconfiança, insegurança e o descontentamento nos relacionamentos entre os colaboradores.
Portanto, deve existir todo o cuidado para delimitar o campo de atuação, buscando objetivar o espaço de análise com o desenvolvimento de métricas, que sejam capazes de captar atitudes, sentimentos e percepções

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