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LICENCIATURA EM HISTÓRIA TRABALHO EM GRUPO – TG PROFESSOR (A): VINÍCIUS CARNEIRO DE ALBUQUERQUE ANÁLIESE ENTRE OS TEXTOS “ARQUIVOS FOTOGRÁFICOS DO TRABALHO” E “CIDADANIA E JUSTIÇA: NOVO PERFIL DO TRABALHO INFANTIL DEMANDA SOLUÇÕES INÉDITAS” SIMONE ZILMARA DE ARAÚJO RA 1532998 GUARUJÁ 2017 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO...................................................................................03 2. DESENVOLVIMENTO.......................................................................03 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................06 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................06 3 1. INTRODUÇÃO Este trabalho tem como objetivo analisar os aspectos que podem ser indicados recorrentes nos textos de Rodrigo Vasconcelos Machado “Arquivos Fotográficos do Trabalho” e “Cidadania e Justiça: Novo perfil do trabalho infantil demanda soluções inéditas”. Tem como objetivo também analisar uma diferença essencial entre o conteúdo exposto no artigo/fotografias de Sebastião Salgado e no texto apresentado acima e qual será a contribuição possível para as aulas que envolvam fotografia e história. 2. DESENVOLVIMENTO O texto “Arquivos Fotográficos do Trabalho” relata a indignação da exploração do trabalho do ser humano (homens, mulheres e crianças). Em vários países ao redor do mundo a mão de obra escrava é explorada desonestamente, fazendo crescer e prosperar economias que são responsáveis pelo abastecimento de vários mercados, tendo como participantes as pessoas que adquirem e utilizam extensivamente as mercadorias produzidas com o sangue e suor de seres humanos escravos modernos. A exploração do trabalho intenso, repugnante, envolve principalmente, crianças, jovens, desempregados, analfabetos e estrangeiros irregulares no país, não apenas na zona rural, mas também nas áreas urbanas, em atividades têxteis, domésticas etc. O texto “Cidadania e Justiça: Novo perfil do trabalho infantil demanda soluções inéditas” relata alguns avanços para acabar com o trabalho infantil, como por exemplo: Plano Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente Trabalhador e da Carta de Constituição de Estratégias em Defesa da Proteção Integral dos Direitos da Criança e do Adolescente. 4 Os Planos para erradicar a exploração do trabalho infantil, infelizmente não são suficientes, pois a realidade é outra, cada dia mais, crescem as atividades de explorações clandestinamente, dificultando a fiscalização para as devidas punições. Sebastião Salgado é um fotodocumentarista social contemporâneo cujo trabalho tem alcançado um amplo reconhecimento internacional. Brasileiro, nascido em Aimorés (MG), em 1994, formou-se em economia e posteriormente adotou a profissão de fotógrafo, trabalhou para importantes agências de fotografia e, atualmente, tem sua própria agência, a Imagens da Amazônia (fundada em 1994). Como descreve (SALGADO, 2013, pg. 30). Para alguns, sou um fotojornalista. Não é verdade. Para outros, sou um militante. Tampouco. A única verdade é que a fotografia é minha vida. Todas as minhas fotos correspondem a momentos intensamente vividos por mim. Todas elas existem porque a vida, a minha vida, me levou até elas. Porque dentro de mim havia uma raiva que me levou àquele lugar. Às vezes fui guiado por uma ideologia, outras, simplesmente pela curiosidade ou pela vontade de estar em dado local. Minha fotografia não é nada objetiva. Como todos os fotógrafos, fotografo em função de mim mesmo, daquilo que me passa pela cabeça, daquilo que estou vivendo e pensando. Através das imagens de Sebastião Salgado, que estão expostas do texto de Rodrigo Vasconcelos Machado “Arquivos Fotográficos do Trabalho” podemos perceber o sofrimento de um povo que luta por uma vida mais digna, pois ao buscar com que suas imagens provoquem uma reação, ele faz com que elas, só ganhem um sentido pleno numa relação dialógica e intersubjetiva entre diferentes agentes sociais. Os olhares e a postura dos sujeitos que as suas fotografias mostram respeitam inteiramente a dignidade das pessoas em condições decadentes, apresentando o trabalho manual e as árduas condições de vida dos trabalhadores em várias regiões do mundo, inclusive no Brasil. Nas palavras escritas por (Francq, 2013, pg. 5), Contemplar uma fotografia de Sebastião Salgado é ter uma experiência da dignidade humana. É compreender o que significa ser uma mulher, um homem, uma criança. Pois Sebastião nutre um profundo amor pelas pessoas que fotografa. Como explicar de outro modo o fato de elas se encontrarem tão presentes, vivas e confiantes em suas imagens? E 5 como explicar o sentimento de fraternidade despertado naquele que as contempla? Há tempos seu trabalho me comove. Admiro a estética barroca de suas imagens, suas luzes sempre extraordinárias, a força que emana delas, mas também a ternura que manifestam e que desperta o melhor de mim mesma. A fotografia é uma marca do real, é importante considerarmos este fato quando nos propomos a investigar a fotografia como meio de reconstrução do passado. As contribuições da fotografia para as aulas de história, segundo (BITTENCOURT, 2009, p. 366). Um primeiro problema com que os historiadores se defrontam na análise da fotografia como documento situa-se no seu status de reprodução do real: a máquina fotográfica registra cenas verdadeiras, a fotografia reproduz o que realmente aconteceu. Esse é o primeiro problema para explora-lá como documento, como marca do passado tanto para o historiador como para o professor de História. É preciso entender que a fotografia é uma apresentação do real. A fotografia garante este movimento relacional como parte integrante e, ao mesmo tempo, integradora do mundo, mostrando coisas até então não vistas por meio de elementos que não se isolam da vida social. Como um retrato do passado, a memória coletiva tem também relevância na construção da identidade do grupo. Os indivíduos se apresentam aos outros e se veem a si mesmos tendo como referencial básico as suas origens, fotografadas a partir de uma memória compartilhada e transmitida através das gerações, pois ali, no espaço público, todas as gerações se encontram. A explicação de (BITTENCOURT, 2009, p. 369), sobre a memória das fotografias. Tem sido usual recorrer ao uso da fotografia nas séries iniciais do ensino Fundamental, conforme atestam vários relatórios de alunos estagiários. As fotografias da criança em outras idades, da família, de amigos são utilizadas para o estudo da “história de vida do aluno”, “história da família”, “história do bairro”, temas importantes para criar o sentimento de identidade, de pertença a um grupo ou comunidade. As fotos, transformada em recursos didáticos, favorecem a introdução dos alunos no método de análise de “documentos históricos” e, em se tratando da fase 6 inicial da alfabetização, contribuem para que identifiquem ano, nome de lugares e de pessoas ou grupos sociais, além de favorecerem a compreensão do antes e depois e a interiorização do conceito de geração. 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS O trabalho coma a fotografia, torna a pesquisa sempre em execução e provisória, aberta a outras tantas camadas de significação que nascem a cada ponto de vista aplicado aos signos visuais. Portanto, é possível então assumirque há tantos outros elementos passíveis de interpretações diferentes que podem desempenhar leituras e interpretações variadas em torno das fotografias, a depender da reserva de conhecimentos do pesquisador. 4. REFERÊNCIAS BIBIOGRÁFICAS 1 BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. Ensino de História: fundamentos e métodos. 3ª ed. São Paulo: Editora Cortez, 2009. 2 SALGADO, Sebastião; FRANCQ, Isabelle. 2013. Da minha terra à Terra. Tradução: Julia da Rosa Simões. 1ª ed. São Paulo: Editora Paralela.
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