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DIREITO TRIBUTÁRIO

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DIREITO TRIBUTÁRIO
Imunidades Tributárias
“Imunidades são vedações absolutas ao poder de tributar certas pessoas ou certos bens.” – Aliomar Baleeiro.
“Imunidades são normas constitucionais que limitam a competência tributária afastando a incidência de tributos sobre determinados itens ou pessoas.”
Desse modo, reunindo os elementos fundamentais para o conceito de Imunidade Tributária, é importante lembrar que as Imunidades Tributárias:
São normas contidas no texto da CF (Mesmo que o texto constitucional empregue nomes como “isenção”, “não incidência”, ou termos correlatados para se referir a exclusão da incidência tributária, o fenômeno será imunidade);
Atuam limitando as regras de competência tributárias das entidades federativas;
Afastam a possibilidade de instituição de tributos sobre determinados atos, fatos e pessoas (embora os casos mais comuns sejam de imunidades que excluam somente a incidência de impostos, há casos de normas imunizantes atingindo as demais espécies tributárias, assim, não é mais correto afirmar que imunidade afasta somente impostos).
As imunidades tributárias possuem natureza jurídica dúplice, pois ao mesmo tempo em que são limitações constitucionais ao poder de tributar (título da Seção II do STN – “Das Limitações ao Poder de Tributar”), são também garantias fundamentais do contribuinte (art. 150, caput, CF).
Limitação constitucional ao poder de tributar
IMUNIDADES
Garantias fundamentais do contribuinte
Como consequência da natureza que as imunidades tributárias têm de garantias fundamentais e limitações do poder de tributar decorrem as seguintes consequências:
As imunidades tributárias constituem cláusulas pétreas: pois não é possível proposta de emenda constitucional tendente a abolir direitos e garantias fundamentais, ou seja, as imunidades tributárias não podem ser reduzidas ou supridas por emenda constitucional (art. 60, §4, IV, CF);
A regulamentação infraconstitucional das imunidades tributárias exige lei complementar: havendo qualquer necessidade de editar lei disciplinando, em nível infraconstitucional, uma imunidade tributária, tal lei obrigatoriamente deve ser lei complementar (art. 146, II, CF);
É vedada a edição de medida provisória para a regulamentação infraconstitucional de imunidade tributária: o art.62, §1, III, CF diz que “é vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: III – reservada a lei complementar”, assim, fica proibida a edição de medida provisória versando sobre a regulamentação de imunidade tributária.
As imunidades devem ser invocadas em favor do contribuinte, e não em favor do Fisco (Fazenda Pública/Estado).
Espécies de Imunidades
As espécies de imunidades mais importantes estão previstas no art.150 da CF, conhecidas como imunidades gerais, sendo elas:
Imunidade Recíproca (art.150, VI, a, CF): impede as entidades federativas de cobrarem impostos reciprocamente, garantindo o pacto federativo, já que as entidades não tem hierarquia entre eles (Ex: Não poderá cobrar de um edifício público o IPTU). A referida imunidade aplica-se somente aos impostos, de modo que as taxas, as contribuições de melhoria, contribuições sociais e empréstimos compulsórios são devidos normalmente pelos entes da federação (Ex: conta de luz).
A referência feita pelo art. 150,VI,a,CF, “patrimônio, renda e serviços” é um rol meramente exemplificativo, sendo que a imunidade afasta a possibilidade de cobrança de todos os impostos, sem exceção.
Além dos entes federativos, é estendido as autarquias e fundações, porém, de uma forma mais restrita, enquanto as entidade federativas não pagam nenhum imposto, as entidades públicas da administração indireta são imunes somente aos impostos que recaem diretamente sobre sua atividades finalísticas. Isso porque a atividade tem o objetivo não somente a isentar o imposto, mas preservar a atividade.
Imunidade Religiosa (art.150,VI,b,CF): imunidade de templos de qualquer culto, sendo para beneficiar todas as instituições religiosas, afastando a incidência de quaisquer impostos sobre patrimônio, renda e serviços relacionados com suas atividades essenciais. A imunidade só vale para impostos, quando praticar ações essenciais ou típicas do culto ou intimamente ligadas a ela, desde que não contrarie a moral e os bons costumes (Ex: estacionamento do templo não possui imunidade, exceto se comprovado que o valor é revertido para o tempo, que a quantia arrecadada está sendo aplicada nas funções do templo).
Arrecadar é um interesse público, mas não cobrar serve para não desestimular algo de suma importância, por este motivo é possível a cobrança para a entrada no templo, desde que comprovado que este valor é destinado a atividade fim do templo (Instituição Maçônica não possui imunidade, pois não é uma religião, e sim um ideologia de vida –STF).
Imunidade dos Partidos Políticos: são favorecidos pelo não recolhimento de todos os impostos, desde que preenchidos os requisitos legais:
Partidos Políticos e suas fundações: os partidos são pessoas jurídicas de direito privado que não integram a estrutura estatal, mas sua existência é indispensável para o funcionamento da república e da democracia representativa. Assim, a finalidade da norma imunizante é viabilizar, com a desoneração da atividade partidária, a o pleno desenvolvimento do sistema democrático. Como forma de incentivo à atuação dos partidos, a CF estendeu o benefício também para fundações instituídas pelos partidos.
Entidades Sindicais de Trabalhadores: por entidades sindicais, devemos entender sindicatos, federações sindicais, confederações sindicais e centrais sindicais. (Não abrange os sindicatos dos empregadores, como corrente majoritária).
Instituições de Educação e Assistência Social sem fins lucrativos: os requisitos para fruição da imunidade para essas instituições são os mesmo previstos no art.14, CTN: não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título; aplicarem integralmente, no país, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais; manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão (regularidade contábil).
Deve ser sem fins lucrativos, pois deve reinvestir as despesas para não obter lucro. A mensalidade de escolas não é proibida, desde que todo o valor arrecadado seja destinado a atividade fim.
As entidades assistenciais são beneficiadas por uma dupla imunidade, em que além de não pagarem nenhum imposto, são também imunes a contribuições sociais.
O STF estendeu essa imunidade para entidades de Saúde (hospitais), previdência social (plano de aposentadoria), para as previdências fechadas de empresas ou de órgãos governamentais, e para as contribuições sociais do art.195,CF.
Imunidade de Imprensa ou Cultural (art.150,VI,d,CF): livros, jornais, periódicos (revistas), e o papel para sua impressão não pagam nenhum imposto como forma de baratear a difusão cultural, tornando mais acessíveis tais itens, por meio da desoneração tributária, à população em geral. A imunidade afasta somente os impostos diretamente incidentes sobre os itens mencionados no dispositivo constitucional (IPI, ICMS, ISS, II, IE), razão pela qual editoras e livrarias pagam todos os impostos pessoais.
A imunidade se estende também para livros eletrônicos, CD-Rom, audiolivros, listas telefônicas, catálogos, propagandas, filmes e papel fotográfico para fins de jornais ou revistas.
Responsabilidade Tributária
O Responsável Tributário é o sujeito que não se enquadra na condição de contribuinte, mas é obrigatoriamente vinculado ao fato gerador, pois decorre de expressa disposição legal.
Para o CTN, todo o devedor, mesmo que não seja contribuinte, deve ser considerado responsável tributário, ou seja, deve ser uma terceira pessoa, alguém diverso do contribuinte, mas vinculado ao fato gerador.
Se o legislador escolhe como responsável alguém que não participa da relação jurídica que deu luz ao dever de pagar tributo, haverá ilegitimidade nadefinição do caso de responsabilidade ante o descumprimento da exigência prevista no art. 128, CTN.
Art. 128 - Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação.
Portanto, pode-se concluir afirmando que enquanto o contribuinte tem relação pessoal e direta com o fato gerador (pq realiza a conduta descrita na hipótese de incidência), o responsável tributário deve ter relação pessoal e INDIRETA com o fato gerador (está vinculado ao fato gerador sem realizá-lo).
É inadmissível a utilização de outros veículos normativos, como contratos, atos administrativos unilaterais, sentenças, acordos e etc., para definir ou modificar regras de responsabilidade, somente a lei pode deslocar do contribuinte para o responsável o dever de recolhimento de tributos.
Para melhor fixação:
	CONTRIBUINTE
	RESPONSÁVEL TRIBUTÁRIO
	realiza o fato gerador
	não realiza, mas é vinculado
	relação pessoal e direta com o fato gerador
	relação pessoal e indireta com o fato gerador
	definido em lei
	definido em lei
	sujeito passivo direto
	sujeito passivo indireto
As hipóteses de responsabilidade tributária definido em lei são para conveniências arrecadatórias e fiscalizatórias, e também para finalidades específicas, sendo elas:
Maior facilidade para arrecadar o tributo junto ao responsável;
Desaparecimento do contribuinte;
Praticidade na forma de cobrança;
Redução do risco de sonegação;
Inadimplemento do contribuinte.
Portanto, todos os casos de responsabilidade tributária são estabelecidos para defesa dos interesses do Fisco, e nunca do sujeito passivo.
Tipos de Responsabilidade Tributária:
A responsabilidade tributária ou sujeição passiva indireta pode ser de dois tipos, por:
Substituição ou Originária: quando, por expressa determinação legal, o dever de pagar tributo nasce para o substituto desde a ocorrência do fato gerador, assumindo tanto a obrigação principal quanto a acessória. (Ex: Imposto de Renda recolhido na fonte pelo empregador em nome do empregado.)
Transferência ou Derivada: surge na hipótese de o dever de pagar o tributo nascer vinculado à pessoa do contribuinte e deslocar-se para o responsável após a ocorrência de um fato novo.Esse tipo de Responsabilidade pode dar-se de 3 modos, por:
Solidariedade: quando por força de lei, duas ou mais pessoas são coobrigadas a pagar o mesmo tributo (art.124,CTN). Ex: IPTU de condomínio indiviso.
Sucessão: quando o primitivo devedor desaparece, deixando quem lhe faça às vezes. Ex: falecimento de contribuinte com dívidas, caso em que os herdeiros, após o evento morte, respondem pelo pagamento do tributo, até o limite da herança.
Responsabilidade Legal: quando a pessoa que tinha o dever legal de fiscalizar o recolhimento não o fez, o que produz, em determinadas situações, a obrigação de o responsável legal pagar. Ex: tabelião que não fiscaliza o recolhimento do ITBI no registro da escritura.
*No direito tributário, somente há solidariedade passiva e o pagamento efetuado por um dos coobrigados exonera os demais da obrigação (art.125,I,CTN).
Hipóteses de Responsabilidade:
Dos Sucessores: se tratando tanto de PF quanto de PJ (arts. 129 a 133, CTN). São pessoalmente responsáveis o adquirente ou remitente, pelo tributos relativos ao bem adquiridos ou remidos (quitados). Os créditos tributários acompanham o imóvel. Havendo arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o respectivo preço e não sobre a pessoa do arrematante, ao contrário do que ocorre com o adquirente de bens (sub-rogação na pessoa).
Em caso de falecimento do contribuinte, responde pelos tributos o sucessor a qualquer título, cônjuge meeiro (comunhão universal de bens, há a divisão de forma igualitária) e o espólio até a data da sucessão.
No caso de PJ, a PJ resultante de fusão, transformação incorporação, ou cisão (art.132,CTN não fala da cisão, ela foi inclusa pela jurisprudência – Resp 852.972) é responsável pelos tributos devidos até a data do ato pelas PJ fusionadas, transformadas ou incorporadas. O mesmo vale para os casos de extinção da PJ, quando a atividade seja continuada por qualquer sócio remanescente. Tudo isso para evitar mecanismo fácil de sonegação fiscal, impedindo que uma simples transformação empresarial seja capaz de eliminar a dívida tributária, por isso as empresas transformadas, por exemplo, é responsável pelas dívidas tributárias.
Responsabilidade no Trespasse (art. 133,CTN): trespasse é a alienação do estabelecimento comercial ou fundo de comércio.O art.133, caput, deixa claro que no Direito Brasileiro quem adquire um estabelecimento comercial, assume também todo o passivo tributário da empresa, no entanto, o próprio artigo também distingue casos em que o adquirente assume o passivo tributário sozinho (integralmente), de outros nos quais a responsabilidade é dividida com o alienante (subsidiariamente). A responsabilidade pelo recolhimento dos tributos na hipótese de trespasse será:
Integral do adquirente: se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade empresarial.
Subsidiária do adquirente e do alienante: se o alienante prosseguir na exploração ou iniciar dentro de 6 meses, a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão.
Exceção (afasta a responsabilidade do adquirente):se a alienação ocorrer em um processo de falência ou recuperação judicial, exceto se o adquirente for sócio da sociedade, parente até o 4° grau, agente do falido (laranja) ou do devedor em recuperação judicial.
De Terceiros: na impossibilidade de cumprimento da obrigação pelo contribuinte, são solidariamente responsáveis (art 134, CTN):
Os pais, pelos tributos de seus filhos menores.
Os tutores e curadores, pelos tributos de seus tutelados ou curatelados;
Os administradores de bens de terceiros, pelo tributos devidos por estes;
O inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;
O síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário;
Os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício.
Os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.
A responsabilidade tributária nas hipóteses acima somente ocorre se o 3° tiver participado diretamente da situação concreta que configura o fato gerador do tributo, assistindo o contribuinte ou em seu nome atuando. Ou então, se tinha o dever jurídico de assistir o contribuinte, mas deixou de fazê-lo, caso em que a responsabilidade tributária surge como decorrência de sua omissão.
O art. 134 estabelece um benefício de ordem, exigindo que primeiro o Fisco esgote as tentativas de cobrança junto ao contribuinte para depois acionar o responsável, então na verdade não se trata de responsabilidade solidária, mas subsidiária.
Desconsideração da Personalidade Jurídica do CTN (art.135, CTN): consagra a responsabilidade excepcional de diretores, sócios, gerentes, ou representantes por dívidas da empresa. Somente os atos praticados com excesso de poder ou infração de lei, contrato social ou estatutos têm o poder de afastar a autonomia patrimonial, autorizando o Fisco a redirecionar a cobrança contra os dirigentes da empresa.
Excesso de poder ou infração constituem sempre comportamentos dolosos, que exigem má-fé para sua caracterização, sendo inadmissível sua configuração na modalidade culposa. Trata-se das regras de desconsideração da personalidade jurídica em direito tributário.
Na prática, é cada vez mais comum a simples inclusão, sem critério e fora das hipóteses legais, dos dirigentes no polo passivo de execuções fiscais movidas contra a pessoa jurídica (redirecionamento da execução), manobra processual escusa e maliciosa como objetivo de ampliar as chances de satisfação do crédito fiscal. Comprovando o excesso de poder ou a infração, caracterizando comportamento doloso, a pessoa jurídica deixa de ser devedora principal do tributo.
OBS: Se na falência houver débitos tributários, em regra, o patrimônio dos sócios não respondem, pois a falência é um dos modos de extinção da PJ, exceto se a falência tiver um contexto criminal falimentar.
CULPA = SUBSIDIARIA
DOLO = SOLIDÁRIA
Por Infrações: a responsabilidade por infrações da legislação tributária, salvo disposição de lei em contrário, independe da intenção do agente, não importando se o ato infracional chegou a produzir todos os efeitos. Assim, são irrelevantes, nos casos de infração:
a intenção do agente; e
o resultado da conduta por ele praticado.
Diferente do Direito Penal, a responsabilidade por infrações tributárias classificam-se como “culposa” e de “mera conduta”.
Domicílio Tributário
Domicílio tributário é o local onde o contribuinte deve responder por suas obrigações tributárias. Em regra, esse local será o domicílio de eleição, ou seja, o próprio contribuinte escolhe onde deseja pagar seus tributos.
O CTN estabelece algumas regras a serem utilizadas caso o contribuinte não faça a eleição do domicílio tributário.
Pessoas naturais: será considerado domicílio tributário o local de sua residência habitual. Caso não seja possível sua definição considerará o centro habitual de suas atividades.
Pessoas jurídicas de direito privado e firmas individuais: será considerado domicílio tributário o local de sua sede. No caso de fatos praticados fora do local de sua sede e que derem origem a obrigações tributárias, considerará o local da prática dos atos ou ocorrência dos fatos.
Pessoas jurídicas de direito público: será domicílio tributário o local de qualquer uma de suas repartições que estejam situadas no território da entidade tributante.
Lançamento Tributário
Com a ocorrência do fato gerador nasce a obrigação tributária principal. Cabe lembrar que o fato gerador da obrigação principal é “a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência” (art.114,CTN).
O surgimento da obrigação tributária, entretanto, não é suficiente para que a dívida do contribuinte perante o Fisco possa ser paga. Isso, porque, com a simples ocorrência do fato gerador, ainda não se sabe quem deve pagar o tributo, qual o valor, onde, como e qual a data final para o pagamento.
A definição de todos esses elementos necessários para a quitação da dívida tributária é feita por meio do lançamento (boleto).
O fato gerador dá nascimento à obrigação tributária, ao passo que o crédito tributário (direito do Fisco cobrar) surge com o lançamento.
Conceito
É o ato administrativo unilateral, privativo do Fisco, plenamente vinculado, declaratória da ocorrência do fato gerador e constitutivo do crédito tributário. (É o procedimento que tem por objetivo identificar a ocorrência do fato gerador, o sujeito passivo, e determinar o valor devido. – Conceito do Professor).
O lançamento é vinculado, pelo fato da autoridade administrativa competente ser obrigada a realizar o lançamento, não tendo qualquer margem de liberdade para decidir se deve ou não realiza-lo, não sendo um ato discricionário.
Modalidades
O CTN reconhece três modalidades de lançamento (art.147 a 150):
Lançamento Misto ou por Declaração: é aquele em que o sujeito passivo ou o terceiro presta informações a autoridade administrativa sobre matéria de fato, indispensáveis a sua efetivação, ou seja, é aquele realizado a partir de informações fornecidas pelo próprio contribuinte ou responsável (art.147,CTN) – Ex: ITCMD, ITBI, IE.
Lançamento Direto ou de Ofício (ex officio): é aquele efetuado e revisto pela autoridade administrativa, sem participação do contribuinte (art.149,CTN) – Ex: IPTU, IPVA, taxas e contribuições de melhorias. Autolançamento ou Lançamento por Homologação: quando a legislação atribui ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, ou seja, é realizado inteiramente pelo contribuinte, ele apura e calcula o valor devido. – Ex: ICMS, ISS, IPI e COFINS. O prazo para homologação do pagamento será, salvo nos casos previstos de maneira diversa da lei, de 5 anos contados da ocorrência do fato gerador (prazo decadencial) (homologação tácita). Expirado o prazo sem que a Fazenda Pública tenha se pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação. (95% dos tributos hoje em dia é feito dessa forma). 
Com o pagamento, extingue-se o crédito. EM PROVA COLOCAR QUE NÃO É UM LANÇAMENTO, MAS UMA OBRIGAÇÃO.
Revisão e Anulação (art.150,CTN)
O lançamento ex officio pode ser revisto pela autoridade administrativa somente nas hipóteses taxativas do art. 149, devido ao chamado caráter substitutivo do lançamento de ofício, ou seja, se o lançamento misto ou por homologação falharem devido a erros do contribuinte, o Fisco descobrindo, realiza o lançamento de ofício, juntamente com um lançamento suplementar (multa e juros). É o que ocorre, por exemplo, se a fiscalização estadual constata que determinado estabelecimento não recolheu ICMS, será lavrado Auto de Infração, que equivale ao lançamento de ofício.
Quando ocorre a extinção do crédito por meio do pagamento, fica sob condição de futura homologação (autoridade irá verificar se o lançamento foi correto), conforme o §1° do art.150,CTN, 
Importante destacar que a revisão de ofício somente poderá ser levada a termo pelo Fisco em casos excepcionais. Se o erro no lançamento for imputável exclusivamente ao Fisco, é incabível a revisão. A revisão do lançamento somente poderá ser iniciada enquanto não extinto o direito da Fazenda Pública.
A anulação do lançamento por vicio formal, é valido para os lançamentos de oficio ou de declaração.
Crédito Tributário
(art.139 a 141)
O crédito tributário é o objeto da obrigação tributária. Para o devedor (contribuinte ou responsável), o conteúdo da obrigação consiste numa ordem de pagar, fazer ou não fazer, para o credor (Fisco), trata-se de direito de exigir o cumprimento daquilo que é devido.
Conceito
Desse modo, crédito tributário é o direito que o Fisco tem de exigir do devedor o cumprimento da obrigação tributária. (É o direito da fazenda pública de exigir do contribuinte ou responsável uma determinada quantia em dinheiro, decorrente de uma obrigação tributária principal ou de uma penalidade do descumprimento de uma obrigação acessória. – Conceito do Professor).
Embora a obrigação tributária surja com a ocorrência do fato gerador, somente com o lançamento é que ocorre a constituição definitiva do crédito tributário (art.142,CTN).
Resumidamente, o crédito tributário segue as seguintes diretrizes:
O crédito tributário decorre da obrigação principal;
O crédito e a obrigação tem a mesma natureza na medida em que integram uma única relação jurídica;
Circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua extensão ou seus efeitos, ou as garantias ou os privilégios a ele atribuídos, ou que excluem sua exigibilidades não afetam a obrigação tributária que lhe deu origem;
Somente lei complementar federa, pode prever ou modificar o regime das causas de suspensão, extinção ou exclusão do crédito tributário;
Qualquer hipótese de suspensão, exclusão, ou extinção do crédito instituído de ofício pela autoridade administrativa enseja responsabilidade funcional.
Suspensão, Extinção e Exclusão do Crédito
Os arts. 151 a 182, CTN disciplinam detalhadamente circunstâncias que interferem no regular exercício do direito que o Fisco tem de cobrar o devedor. São institutos que o legislador distribuiu em três categorias distintas:
causas de Suspensão do crédito (art.151 a 155-A): interrompem temporariamente o direito de cobrar o devedor. Ex: moratória, medida liminar, tutela antecipada;
causas de Extinção do crédito (art.156 a 174): eliminam definitivamente o direito de cobrar o devedor,após a constituição do crédito. Assim, como regra, ocorrem após o lançamento (exceto a decadência). Ex: pagamento, compensação, dação em pagamento, prescrição, decadência, conversão do depósito em renda;
causas de Exclusão do crédito (arts. 175 a 182): são circunstâncias que evitam a constituição do crédito, ocorrendo, desse modo, antes do lançamento. Ex: anistia e isenção
As causas de suspensão, extinção e exclusão do crédito tributário depende de reserva legal, ou seja, somente podem ser definidas e disciplinadas em lei. Qualquer hipótese de benefício concedido administrativamente enseja responsabilidade funcional (art.141,CTN) e constitui improbidade administrativa. Como a disciplina do crédito tributário está sob reserva de lei complementar, as alterações na matéria exigem lei complementar federal.
As leis que extinguem ou reduzem isenções somente produzirão efeitos após o primeiro dia do ano seguinte aquele em que foi publicada a lei. É que a revogação total ou parcial da lei isentiva, equipara-se na pratica, a criação ou ao aumento de tributo, razão pela qual o Princípio da Anterioridade deve ser aplicado.
Obs: quando se trata de contribuição social o prazo de decadência é de 10 anos.
Isenção ≠ Imunidade
Ambas possuem, do ponto de vista extrajurídico, uma grande semelhança, isso porque na prática as duas figuras liberam o contribuinte de efetuar o pagamento do tributo. Contudo, do ponto de vista tributário, são institutos inconfundíveis.
Isenção: é um benefício legal concedido pelo legislador que, excluindo o crédito tributário, libera o contribuinte de realizar o pagamento do tributo após a ocorrência do fato gerador (isenção tem previsão em lei).
Imunidade: opera no plano constitucional interagindo com as regras que definem a competência para instituição de tributos antes que o fato gerador ocorra. (imunidade é normal constitucional).
Diferença entre imunidade e isenção heterônoma
Isenção imprópria ou heterônoma é um tipo especial de isenção concedida por entidade diversa daquela competente para instituir o tributo.Trata-se de uma exceção à autonomia dos entes políticos para conceder benefícios aos próprios tributos, pois em regra, é vedado a União conceder a isenção de tributos de competência de outros entes federativos. Por isso, somente a CF pode prever isenções heterônomas.
Atualmente, a CF prevê apenas dois casos de isenções heterônomas, ambos em favor da União: art.155, §2°, XII,e; e art.156,§3°, II. Assim, nas isenções heterônomas atualmente existentes a União concede isenções de tributos estaduais (ICMS) e Municipais (ISS).
Mas se tanto a imunidade quanto a isenção heterônoma estão previstas na CF, qual a diferença entre os Institutos? Simples, embora prevista na CF, a isenção heterônoma, como toda isenção, é concedida por lei e não pela CF.
OBS: A revogação da isenção também deve ser por lei.
Isenção condicionada e por prazo determinado (art. 178,CTN)
A ressalva pela fala do art. 178 “salvo se concedida por prazo certo e em função de determinadas condições” estabelece hipótese de ultra-atividade da lei tributária, na medida em que se a isenção for condicionada e dada por tempo determinado, o contribuinte que cumprir a condição tem direito adquirido ao benefício fiscal pelo prazo prometido, ainda que a lei seja revogada. 
Para se beneficiar da isenção, o contribuinte tem que dar alguma contrapartida, cumprir alguma exigência ou condição, não podendo ser revogada, já que o contribuinte tem direito adquirido. Se for condicionada e por prazo indeterminado, esta pode ser revogada, desde que cumprido o principio da anterioridade.
Remissão ≠ Anistia
 	A remissão é o perdão total ou parcial da dívida tributária, ou seja, extingue-se o crédito na sua integralidade. Trata-se de um raríssimo benefício fiscal, que depende sempre de lei específica da entidade competente para instituir o tributo (art.172,CTN).
Já a anistia é um favor legal que exclui somente as infrações tributária (penalidades e multas), mantendo intacto o montante principal do tributo (art.180,CTN).
Garantias e Privilégios do Crédito Tributário
A legislação fiscal estabelece garantias e privilégios do crédito tributário com a finalidade de assegurar o cumprimento da obrigação tributária. Trata-se de um rol exemplificativo. 
É proteger ou aumentar a chances do crédito ser quitado.
A integralidade do devedor é a maior garantia que o Fisco tem para satisfazer os créditos de natureza tributária, razão pela qual existe uma presunção relativa de fraude na alienação ou oneração de bens do devedor após a inscrição do crédito em dívida ativa se não tiver reservado patrimônio suficiente para saldar os valores devidos (art.15,CTN).
Diante de qualquer ato do sujeito passivo, posterior à inscrição na dívida ativa, tendente a frustrar a satisfação do crédito, pode o Fisco propor judicialmente medida cautelar fiscal, visando produzir de imediato a indisponibilidade dos bens do requerido, até o limite da obrigação.
Concurso de credores
No processo de insolvência se tem a observância de uma ordem preferencial das classes de credores (art.186,CTN)
 créditos trabalhistas e decorrentes de acidente do trabalho. Parágrafo único – créditos quitados antes dos tributários
créditos extra concursais – dividas da massa falida que surgem no curso da falência. 
importâncias (dinheiro) passíveis de restituição – são importâncias que pertencem a terceiros que estão com a massa falida (ex. contribuição previdenciária dos empregados).
créditos com garantia real até o valor do bem (hipoteca, penhor, anticrese).
créditos tributários – somente o principal e não as multas. – preferencial diante do inventário e arrolamentos.
quirografários 
multa – somente vem antes dos créditos subordinados (ex. pró-labore), que são a ultima categoria para receber na falência.
Administração Tributária
É o conjunto de órgãos e entidades estatais encarregados de realizar as atividades de cobrança e fiscalização do pagamento de tributos, ou seja, trata-se de um sinônimo para designar o “Fisco” ou a “Fazenda Pública”.
Fiscalização
O poder de fiscalização das autoridades administrativas relacionado a cobrança de tributos aplica-se as pessoas físicas (naturais) ou jurídicas, públicas ou privadas, contribuintes ou não, inclusive as que gozem de imunidade tributária ou de insenção de caráter pessoal (art.124, p.u.,CTN)
Os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal, e os comprovantes dos lançamentos neles efetuados serão conservados pelo contribuinte até que ocorra a prescrição dos créditos tributários decorrentes das operações a que se refiram (art.195,p.u.,CTN).
Nos termo do art.197, são obrigados a prestar a autoridade administrativa, mediante intimação escrita, todas as informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros:
Tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício;
Bancos, casas bancárias, Caixas Econômicas e demais instituições financeiras;
Empresas de administração de bens;
Corretores, leiloeiros, despachantes oficiais;
Inventariantes;
Síndicos, comissários e liquidatários;
Quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe, em razão de seu cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão.
A referida obrigação não inclui a prestação de informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão.
Quanto a Fazenda Pública e seus servidores, estão proibidos de divulgar informações obtidas em razão do ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiro, e sobre a natureza e o estado de seus negócios ou atividades, exceto nos casos de (art.198,CTN):
Requisição de autoridade judiciária no interesse da justiça;
Solicitações de autoridade administrativa no interesse da Administração Pública, desde que seja comprovada a instauração regular no processo administrativo, no órgão ou na entidade respectiva, com o objetivo de investigaro sujeito passivo a que se refere a informação, por prática de infração administrativa.
Por terem natureza pública, não é vedada a divulgação de informações relativas a:
Representações fiscais para fins penais;
Inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública;
Parcelamento ou moratória
Dívida Ativa e CDA
Após a constituição definitiva do crédito tributário (lançamento), e não tendo o devedor realizado o pagamento, a inscrição do débito na dívida ativa é o passo seguinte no devido processo legal para cobrando do tributo.
Trata-se assim, de um requisito indispensável e preparatório para o ingresso com a ação de execução fiscal.
Em termos práticos, inscrever o débito em dívida ativa significa inserir o nome do contribuinte na lista dos inadimplentes frente ao Fisco, transformando o sujeito passivo da obrigação tributária em uma pessoa oficialmente em débito não negociado. Com isso, o patrimônio do inscrito passa a sujeitar-se a diversas limitações em razão da dívida.
Após inscrever na dívida ativa, o Fisco deve expedir a Certidão da Dívida Ativa (CDA), um ato administrativo enunciativo, praticado com o objetivo de viabilizar o controle de legalidade sobre o procedimento de inscrição.
O termo de inscrição (CDA) conterá obrigatoriamente (art.202,CTN):
Nome do devedor e domicílio ou residencial;
A quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos;
A origem e a natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que seja fundado;
A data em que foi inscrita;
O número do processo administrativo de que se originar o crédito.
A dívida regularmente inscrita goza de presunção de certeza e liquidez, caracterizando-se como prova pré-constituída contra o devedor.

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