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semana 13 pratica

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR RELATOR DO RECURSO EM SENTIDO ESTRITO n º...., da 1ª CÂMARA CRI MINAL DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. 
 Autos nº. ................. 
 ANTONIO BANDERAS DA SILVA, já qualificado nos autos de recurso em sentido estrito de nº. ____, por seu advogado ao final firmado, não se conformando com o venerando acórdão que, por decisão não unânime manteve a acusação por homicídio doloso, julgou procedente o recurso, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, dentro do prazo legal, opor Embargos infringentes e de nulidade não são interpostos, como ocorre nos demais recursos, mas sim opostos.
EMBARGOS INFRINGENTES,
Com fulcro no artigo 609, parágrafo único do Código de Processo Penal.
A denominação do recurso depende do assunto a ser tratado. Em se tratando de matéria de mérito, embargos infringentes; recorrendo-se de matéria exclusivamente processual, embargos de nulidade.Requer seja recebido e processado o presente recurso com as inclusas razões de inconformismo.
As razões recursais devem seguir inclusas, pois não haverá abertura de vista para tal finalidade.
Nestes termos,
Pede deferimento.
São Paulo, data.
Advogado
OAB nº. ____
RAZÕES DE EMBARGOS INFRINGENTES
EMBARGANTE: “A”
EMBARGADO: MINISTÉRIO PÚBLICO.
RECURSO EM SENTITO ESTRITO N. ____.
Egrégio Tribunal de Justiça,
Colenda Câmara,
Douto Procurador de Justiça,
Em se tratando de competência da Justiça Federal:
Egrégio Tribunal Regional Federal,
Colenda Turma,
Douto Procurador da República,
Em que pese o notório conhecimento jurídico da Colenda Câmara Criminal deste Egrégio Tribunal de Justiça, a reforma do venerando acórdão é medida que se impõe pelas razões de fato e de direito a seguir expendidas:
I – DOS FATOS:
“A”, ora Embargante, foi denunciado como incurso nas penas do art. 121, caput, do Código Penal, porque, irritado com a conduta de dois adolescentes, efetuou um disparo de arma de fogo para o alto, assim agindo no sentido de assustar aqueles que julgou portarem-se de maneira inconveniente. Efetuado o disparo, o projétil, após chocar-se com um poste, ricocheteou atingiu um dos jovens, sendo a lesão causa eficiente de sua morte.
O magistrado proferiu sentença desclassificatória, por entender tratar-se de homicídio culposo. O Ministério Público recorreu em sentido estrito, requerendo fosse o ora Embargante processado nos exatos termos da exordial acusatória.
A 1ª Câmara deste Tribunal, por decisão não unânime, reformou a decisão recorrida, sendo certo...
DO DIREITO 
Excelências, o embargante não deve ir à Júri.
Como muito bem observado pelo voto vencido, deve haver a 
desclassificação, pois o homicídio ocorreu na forma culposa, e como se sabe tal 
homicídio não está elencado no rol de competência do Júri, consoante o disposto no 
artigo 74, § 1º: 
“Compete ao T ribunal do Júri o j ulgamento dos crimes previstos 
nos arts. 121, §§ 1º e 2º, 122, parágrafo único, 123, 124, 125, 126 e 
127 do Código Penal, consumados ou tentados.” 
Dessa forma, o embargante não praticou o homicídio previsto 
nos parágrafos 1º e 2º do Código Penal, e sim o do § 3º (homicídio culposo), e, por 
conseguinte, tal crime não é de competência do Tribunal do Júri, devendo então os autos 
serem remetidos ao juízo competente para julgar a demanda , e em consequência todos 
os atos praticados são considerados nulos, conforme o entendimento do artigo 573, § 1º: 
“A nulidade de um ato, uma vez declarada, causará a dos atos que 
dele diretamente dependam ou sejam consequência”. 
Ademais, nota-se pelos fatos que o embargante além de não 
ter a intenção de matar os adolescentes, atuou em legítima defesa de sua honra, tendo 
em vista que os mesmos proferiram palavras ofensivas e desrespeitosas. Segue o 
conceito de legítima defesa trazido pelo artigo 25 do Código Penal: 
“Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos 
meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a 
direito seu ou de outrem”. 
Por conseguinte, r esta demonstrado que o embargante queria 
apenas assustá -los, tanto que efetuou disparo de sua arma de fogo para cima e não em 
direção a eles, todavia o projétil ricocheteou e acertou fatalmente um deles. 
Logo, nos termos do voto vencido pleiteia-se a 
desclassificação para homicídio culposo consoante a sentença do magistrado de 1instância.
DO PEDIDO 
Diante do exposto, requer sejam conhecidos e a colhidos os 
embargos opostos, para desclassificar o crime para homicídio culposo, nos termos do r. 
voto vencido, bem como para reconhecer a nulidade dos atos praticados e remeter os 
autos ao juízo competente, por ser medida de JUSTIÇA! 
LOCAL, DATA 
Advogado... 
OAB/SP n

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