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PROTEÍNAS Luciana Mansur UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ (UNESA) DISCIPLINA: BROMATOLOGIA Proteínas Definição São polímeros constituídos de aminoácidos interligados por ligações peptídicas. Proteínas Composição das proteínas As proteínas são formadas por aminoácidos unidos entre si por ligações peptídicas Ao todo, existem 20 aminoácidos nos alimentos (o número e a sequência de aminoácidos na molécula é que irá definir a diversidade de proteínas existentes) Aminoácidos essenciais: Adquiridos através da alimentação. Aminoácidos Não essenciais: Sintetizados pelo nosso organismo. Aminoácidos A quantidade d e p roteína recomendada pel o mini stério da saúde é d e 75 gramas p or dia, mas isso vária de aco rdo c om o tipo fí sico d a pess oa (sua altura, peso, i dade, se pratica exercí cio fí sico, etc.). ANEXO 4 Proteínas Aminoácidos Aminoácidos existentes em alimentos: Alanina Arginina Asparagina Ácido aspártico Cisteína Glutamina Ácido glutâmico Glicina Histidina Prolina Serina Tirosina Isoleucina Leucina Valina Triptofano Lisina Metionina Fenilalanna Treonina Essenciais Fontes de proteínas Origem animal: carne ,ovos, leite Origem vegetal: cereais, soja, raízes e tubérculos Não-convencionais: leveduras e algas. Proteínas Funções Exercem função estrutural (colágeno), contrátil (actina e miosina), biocatalisadora (enzimas), hormonal (insulina), de transporte (hemoglobina), de proteção (anticorpos) e nutricional no nosso organismo Função estrutural - participam da estrutura dos tecidos. Exemplo: colágeno, actina e miosina, queratina, etc. Função enzimática – as enzimas (proteínas) são fundamentais como moléculas reguladoras das reações biológicas. Exemplo: lipases. FUNÇÕES DAS ENZIMAS Amadurecimento (formação de aroma e sabor) e escurecimento de frutas; Transformação do músculo em carne (Rigor Mortis) Leites sem lactose Amaciamento de carnes Clarificação de sucos Maturação do coalho por reações bioquímicas envolvendo enzimas do leite, das bactérias e lipases → queijos ENZIMAS DE ORIGEM ANIMAL Renina (coalho) Utilizada na fabricação de queijos e no preparo de pudins ENZIMAS DE ORIGEM VEGETAL Papaína •Na clarificação da cerveja (“chillproofing”) – evita a turbidez durante o armazenamento da bebida em temperaturas abaixo de 10ºC •Amaciamento de carne (“meat tenderizing”) – as carnes não apresentam modificação de aroma e sabor, porém ficam de 3 a 4 vezes mais macias •Auxiliar da digestão – pré-digestão de alimentos para pessoas que têm deficiência de enzimas proteolíticas Bromelina Utilizada para o amaciamento de carnes e eliminação da turbidez da cerveja Ficina Semelhanças à papaína e à bromelina, tendo as mesmas aplicações • Hidratação: Retenção de água → Pontes de hidrogênio • Formação de géis → Formação de matriz proteica • Aumento da viscosidade → Espessante, Pontes de hidrogênio • Emulsificação da gordura → Formação e estabilização de emulsões • Desnaturação: aquecimento, agitação, radiação UV; raio X e compostos químicos como H+ e OH- fortes; metais pesados causam transformações na molécula sem afetar a estrutura de aminoácidos. PROPRIEDADES DAS PROTEÍNAS PROTEÍNAS DE ALTO VALOR BIOLÓGICO Contém todos os AAE e esses estão em uma relação de proporção, entre si, ideal para os tecidos que podem formar. O arroz possui o aminoácido metionina (que é um aminoácido fundamental para nosso organismo, pois ajuda a preservar a função hepática e a processar gorduras ). O arroz, por exemplo, é pobre em lisina, mas o feijão tem esse aminoácido em abundância e é pobre em metionina. O arroz possui o aminoácido metiona (A metionina é um aminoácido fundamental para nosso organismo, pois ajuda a preservar a função hepática e a processar gorduras ). O arroz, por exemplo, é pobre em lisina, mas o feijão tem o aminoácido em abundância. Já o feijão é pobre em metionina, um aminoácido encontrado de sobra no arroz. 12 Proteínas da carne A carne de mamíferos contém de 15 a 25% de proteínas. Proteínas miofibrilares (actina e miosina) complexo actomiosina Enrijecimento – “rigor mortis” Coloração da carne Processo de Rigor-mortis: Abate Parada da circulação sanguínea Parada do transporte de O2 Glicólise continua (anaeróbica) Ácido lático Ácido lático =abaixamento do pH(de 7,5 para 5,1) Actina + miosina = actomiosina Alto grau de enrijecimento (Rigor Mortis) A falta de oxigenação escurece a carne - Não é possível o consumo da carne em Rigor Mortis - Esperar o Rigor Mortis desaparecer (maturação) - Maturação: estocagem por vários dias em baixas temperaturas Proteínas da carne Proteínas do tecido conjuntivo: Elastina Cor amarelada União de músculos e ossos (tendões) Rica em lisina Em aquecimento com água: incha mas não dissolve Colágeno Mantém fibras musculares unidas Rico em prolina Responsável pela resistência da carne à mastigação. Gelatina O colágeno à temperaturas de 80ºC, converte-se em gelatina, solúvel em água. Perda da estrutura organizada do colágeno Forma gel rígido ao resfriar Proteínas do ovo Proteínas do ovo são encontradas na clara e na gema Particularidades dos ovos: Clara (barreira protetora – água e proteína) Gema (lipoproteínas e lipídios) ADITIVOS: NITRATOS E NITRITOS Função: mantém a cor vermelha da carnes (corantes), impede a oxidação da mioglobina e bactericida: NO + MIOGLOBINA NITROSOMIOGLOBINA OU OXIMIOGLOBINA VERMELHA PROTEÍNAS DO LEITE Principais Proteínas: Caseína: Maior componente proteico do leite (cor branca) Precipitada por ação enzimática ou ácida Fabricação de queijos (precipitada pela renina originando a paracaseína) Lactoglobulina e lactoalbumina Facilmente desnaturada pelo calor Albumina responsável pela “nata” Proteínas do trigo GLÚTEN Responsável pela elasticidade e consistência das massas Formado por gliadinas e glutenina Farinha de trigo + água + homogeneização mecânica = hidratação das proteínas = complexo proteico (rede) através de pontes de hidrogênio, ligações de Van der Waals e pontes S-S –> GLÚTEN. Metodologia para determinação O procedimento mais comum para determinar proteína é através da determinação de um elemento ou grupo pertencente à proteína. As proteínas possuem a porcentagem de N quase constante, em torno de 16%, o que se faz normalmente é determinar o N e, por meio de um fator de conversão, transformar o resultado em proteína bruta. Fórmula: N x 6,25% Método de Kjeldahl Este método determina N orgânico total, isto é, o N protéico e não protéico orgânico. Método de Kjeldahl Digestão da amostra Ácido sulfúrico até completa digestão matéria orgânica Adição de metais como Cu, Se e Hg (acelerar digestão) Nitrogênio da amostra sulfato de amônia Destilação do nitrogênio Adiciona-se NaOH concentrado e aquece-se Sulfato de amônia borato de amônia Titulação da amônia Titulação com ácido clorídrico (HCl) Pelo volume gasto de HCl obtém-se o % nitrogênio total Outras determinações Método por biureto; Método por fenol; Método por espectrofotometria de ultravioleta; Método turbidimétrico; Método dye-binding; Métodos físicos: índice de refração, densidade específica, viscosidade,tensão superficial, condutividade e polarização.
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