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ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA ADMINISTRAÇÃO Revolução Agrícola Entre 10.000 e 8.000 A C, surgiram as primeiras aldeias, ao redor das quais foram organizadas as áreas de cultivo agrícola e pastoreio. Foram os primeiros indícios da administração da produção rural, divisão do trabalho e profissões especializadas (Mesopotâmia e Egito). 1 Prof. Paulo Argolo - MSc. ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA ADMINISTRAÇÃO 2 Prof. Paulo Argolo - MSc. Revolução Urbana - Povos antigos: Sumérios, Babilônios, Assírios, Hebreus, Egípcios, Gregos, Romanos, Chineses. - Primeiras cidades e Estados. - Formação da classe de dirigentes profissionais (reis-sacerdotes). - Formação da classe de funcionários públicos. - Invenção da contabilidade primitiva. - Legislação (código de Hamurábi – Babilônia). - Planejamento de longo prazo (egípcios – cheia do Nilo). - Administração de grandes projetos de construção (egípcios- romanos). - Grandes empresas privadas (romanos). - Organizações militares. - Igreja católica. - Planejamento e controle das finanças públicas (romanos). ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA ADMINISTRAÇÃO 3 Prof. Paulo Argolo - MSc. Revolução Industrial (1780 a 1914) Conjunto de transformações tecnológicas, econômicas e sociais ocorridas na Europa (inicialmente Inglaterra) nos séculos XVIII e XIX e que deram origem ao sistema fabril e ao modo de produção capitalista. Evento Inicial Invenção da máquina a vapor, em 1776, por James Watt e sua aplicação à produção. ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA ADMINISTRAÇÃO 4 Prof. Paulo Argolo - MSc. 1ª Revolução Industrial (1780 a 1860) e suas 4 fases: 1ª Fase: MECANIZAÇÃO DA INDÚSTRIA E DA AGRICULTURA Máquina de fiar, tear hidráulico, tear mecânico e descaroçador de algodão. 2ª Fase: APLICAÇÃO DA FORÇA MOTRIZ À INDÚSTRIA Máquinas a vapor. 3ª Fase: DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA FABRIL Surgimento das indústrias em detrimento da atividade rural. 4ª Fase: CRESCIMENTO DOS TRANSPORTES E DAS COMUNICAÇÕES Favoreceu a velocidade com que as transformações e mudanças ocorreram (navegação a vapor, locomotiva a vapor, telégrafo elétrico e telefone). ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA ADMINISTRAÇÃO 5 Prof. Paulo Argolo - MSc. 2ª Revolução Industrial (1860 a 1914): Desenvolvimento de novo processo de fabricação de aço (1856); Aperfeiçoamento do dínamo (1873); Invenção do motor de combustão interna (1873) por DAIMLER. Características da 2ª Revolução Industrial: Substituição do ferro pelo aço como material básico da indústria; Substituição do vapor pela eletricidade e derivados do petróleo como fontes de energia; Ampliação das ferrovias; 1880, DAIMLER e BENZ constroem automóveis artesanais na Alemanha; 1888, DUNLOP aperfeiçoa o pneumático; 1908, HENRY FORD inicia a produção do modelo “T”; 1906, SANTOS DUMONT faz a 1ª experiência com avião; Surgimento do capitalismo financeiro; Expansão da industrialização. ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA ADMINISTRAÇÃO 6 Prof. Paulo Argolo - MSc. A Fase Pré-Científica da Administração Aceitação das teorias dos economistas clássicos liberais: . ADAM SMITH Divisão do Trabalho e Estudos dos Tempos e Movimentos. Livro: A Riqueza das Nações (1776). . JAMES MILL Estudos dos Tempos e Movimentos. Livro: Elementos de Economia Política (1826). . DAVID RICARDO Trabalho, Capital, Salário, Renda, Produção, Preços e Mercado. Livro: Princípios Econ. Pol. Tributação (1817). ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA ADMINISTRAÇÃO 7 Prof. Paulo Argolo - MSc. Agigantamento do capitalismo - final do século XIX: Produção em larga escala a partir de grandes concentrações de maquinaria e mão de obra; Problemas de organização de trabalho, de ambiente, de concorrência econômica, de padrão de vida, etc; O socialismo e o sindicalismo obrigam o capitalismo e enveredar pelo caminho do aperfeiçoamento de todos os fatores de produção envolvidos e na sua adequada remuneração, surgindo os primeiros esforços nas empresas para implantação de métodos e processos de racionalização do trabalho; ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA ADMINISTRAÇÃO 8 Prof. Paulo Argolo - MSc. Este contexto favoreceu às condições para o aparecimento dos grandes organizadores da empresa moderna e para a busca de bases científicas para a melhoria da prática empresarial e para o surgimento da Teoria Administrativa. ABORDAGEM CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO 1 Prof. Paulo Argolo - MSc. Abordagem Clássica da Administração Administração Científica Teoria Clássica Taylor Fayol Ênfase nas Tarefas Ênfase na Estrutura ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA OU ESCOLA MECANICISTA Objetivo: Aumentar a eficiência da organização a partir do nível operacional. Principal característica: Ênfase nas tarefas De baixo para cima, partindo das partes (operários e seus cargos) para o todo (empresa). 2 Prof. Paulo Argolo - MSc. ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA OU ESCOLA MECANICISTA Frederick Winslow Taylor (1856-1915): Livro: Shop Management (Administração de Oficinas) - 1903 Pagar melhores salários. Reduzir custos de produção. Controlar operações pela aplicação de métodos científicos e padronização de processos. Seleção adequada de empregados para cumprimento das normas. Treinamento de empregados para cumprir uma produção normal. Cooperação entre administração e trabalhadores para garantir bom ambiente psicológico. 3 Prof. Paulo Argolo - MSc. ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA OU ESCOLA MECANICISTA Frederick Winslow Taylor (1856-1915): Livro: Princípios da Administração Científica - 1911 A ORT (Organização Racional do Trabalho) foi concebida, principalmente, para sanar as indústrias de 3 males: a) Vadiagem sistemática dos operários que reduziram a produção para manter seus empregos; b) Desconhecimento, pela gerência, das rotinas e tempos de trabalho; c) Falta de uniformidade das técnicas e métodos de trabalho. ORT- Substituição dos métodos empíricos e rudimentares por métodos científicos. 4 Prof. Paulo Argolo - MSc. ADMINISTRAÇÃO PLANEJAMENTO SUPERVISÃO ASSISTÊNCIA CONTÍNUA TRABALHADOR EXECUÇÃO DO TRABALHO ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA OU ESCOLA MECANICISTA Bases da ORT: . Análise do trabalho e estudo do tempo e movimentos; . Estudo da fadiga humana; . Divisão do trabalho e especialização do operário; . Desenho de cargos e tarefas; . Incentivos salariais e prêmios de produção; . Conceito de Homo Economicus; . Condições de trabalho; . Padronização; . Supervisão Funcional. 5 Prof. Paulo Argolo - MSc. O TRABALHO DE TAYLOR TEVE COMO FOCO O CHÃO DE FÁBRICA / PRODUÇÃO Prof. Paulo Argolo - MSc. 6 Decompôs atividades complexas Em atividades simples as quais denominou de TAREFA Prof. Paulo Argolo - MSc. 7 Entregou cada tarefa a um operário que, treinado em seus métodos científicos, tornava-se especialista Prof. Paulo Argolo - MSc. 8 Princípios da Administração Científica de Taylor (para a gerência). Planejamento: IMPROVISAÇÃO PLANEJ. MÉTODO CIÊNCIA. . Preparo: Selecionar e treinar trabalhadores adequadamente, conforme método planejado. . Controle: Certificar-se que a execução está de acordo com os métodos e planos. . Execução: Distribuir atribuições e responsabilidades para execução disciplinada do trabalho. Princípio da Exceção Foco nas exceções ou desvios dos padrões normais. Desvios positivos ou negativos que fogem aos padrões normais devem ser rapidamente identificados e localizados para a tomada de providências. Prof. Paulo Argolo - MSc. 9 Henry Ford (1863-1947) • Um dos maiores entusiastas do modelo de Administração Científica. • Embora não tenha inventado o carro, sem dúvida inventou o conceito de carro popular. • Fundou a Ford Motor Company em 1903. • Tornar os carros mais baratos e acessíveis a todos os americanos era sua obsessão. Prof. Paulo Argolo - MSc. 10 Henry Ford (continuação) Prof. Paulo Argolo - MSc. 11 Revolucionou a gestão empresarial Pagou os mais altos salários da época. Reduziu a jornada de trabalho para 8 h. Distribuiu lucros aos operários. Criou o conceito de vendas em concessionárias. Em 1926 tinha 88 fábricas, 150.000 empregados e produziu 2.000.000 carros/ano. Henry Ford (continuação) Prof. Paulo Argolo - MSc. 12 Revolucionou a própria produção Desenvolveu a linha de montagem móvel. Reduziu o tempo de produção de 12h para 98min. Diminuiu o esforço do operário que não precisava circular pela fábrica. Racionalização da produção - Linha de Montagem - produção em série - U$ 500/carro. HENRY FORD NO BRASIL • Em 1927, Ford esteve no Brasil e adquiriu uma área de 10 mil km² no Pará, próximo ao rio Tapajós onde fundou a Fordlândia. • Pretendia extrair borracha para fabricação de pneus. • Depois de muitos conflitos entre a gestão e os nativos, Ford abandona a área e adquire outra a cerca de 80km da anterior. Funda Belterra em 1934. • Seu empreendimento terminou em 1946, depois que a borracha sintética inventada na Alemanha em 1929 substituiu definitivamente a borracha das seringueiras. Prof. Paulo Argolo - MSc. 13 FORDLÂNDIA Prof. Paulo Argolo - MSc. 14 CRÍTICAS Mecanicismo Teoria da Máquina. Superespecialização do Operário Fragmentação das tarefas. Visão Microscópica do Homem Apêndice isolado da máquina industrial. Ausência de Comprovação Científica Método empírico. Refere-se ao COMO e não ao PORQUE da ação do operário. Abordagem Incompleta de Organização Omite a organização informal e seus aspectos humanos. Limita-se à fábrica. Limitação do Campo de Aplicação Não considera demais aspectos da empresa. Só a produção for abordada. Abordagem Prescritiva e Normativa Receituário para todas as circunstâncias. Abordagem de Sistema Fechado Somente visualiza aquilo que acontece na organização. Prof. Paulo Argolo - MSc. 15 TEORIA CLÁSSICA OU NORMATIVISTA Objetivo: Aumentar a eficiência da organização, a partir do todo organizacional e da sua estrutura. Principal característica: Ênfase na estrutura. De cima para baixo, partindo do todo (empresa) para as suas partes (diferentes áreas ou departamentos). Prof. Paulo Argolo - MSc. TEORIA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO Jules Henri Fayol (1841-1925) Em seu livro Administração Industrial e Geral de 1916, Fayol imprime uma abordagem diferente da de Taylor. Prof. Paulo Argolo - MSc. Fayol afirmava que a organização deveria ser entendida como um todo complexo e integrado. O autor se preocupou com a estrutura que a organização deveria ter e com a gestão para que fosse eficiente. Prof. Paulo Argolo - MSc. TEORIA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO Funções Básicas da Empresa Prever Organizar Comandar Coordenar Controlar FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS FUNÇÕES TÉCNICAS FUNÇÕES COMERCIAIS FUNÇÕES FINANCEIRAS FUNÇÕES DE SEGURANÇA FUNÇÕES CONTÁBEIS Prof. Paulo Argolo - MSc. Prof. Paulo Argolo - MSc. Para Fayol Administrar é: Prever Visualizar o futuro e traçar o programa de ação; Organizar Constituir o duplo organismo material e social da empresa; Comandar Dirigir e orientar o pessoal; Coordenar Ligar, unir, harmonizar todos os esforços; Controlar Verificar que tudo ocorra de acordo com as regras e as ordens dadas. Estes 5 elementos da Administração constituem o Processo Administrativo. Prof. Paulo Argolo - MSc. Princípios Gerais de Administração para Fayol “Nada existe de rígido ou absoluto em matéria administrativa”. Os princípios são maleáveis e se adaptam a qualquer circuns- tância, tempo ou lugar. 1 - Divisão do trabalho. 2 - Autoridade e responsabilidade. 3 - Disciplina. 4 - Unidade de Comando. 5 - Unidade de Direção. 6 - Subordinação dos interesses individuais aos gerais. 7 - Remuneração do pessoal. 8 - Centralização. 9 - Cadeia escalar. 10- Ordem. 11- Equidade. 12- Estabilidade do pessoal. 13- Iniciativa. 14- Espírito de equipe. CRÍTICAS Prof. Paulo Argolo - MSc. Abordagem simplificada da organização formal Os autores clássicos descrevem a organização apenas em termos lógicos, formais, rígidos e abstratos e não consideram o seu conteúdo psicológico e social. Ausência de trabalhos experimentais Método empírico. Seus conceitos são fundamentados na observação e no senso comum. O extremo racionalismo na concepção da administração Os autores se preocuparam com a apresentação racional e lógica de suas proposições, sacrificando a clareza das ideias. Teoria da máquina Considera a organização sob o prisma do comportamento de uma máquina. Abordagem incompleta de organização Preocupou-se apenas com a organização formal. Abordagem de sistema fechado Somente visualiza aquilo que acontece na organização. Teoria das Relações Humanas A Teoria das Relações Humanas (USA), surge como consequência imediata da Experiência de Hawthorne (Elton Mayo) e era um movimento de reação e oposição à Abordagem Clássica. Origens: • Necessidade de se humanizar e democratizar a administração; • Desenvolvimento das ciências humanas - (psicologia e sociologia); • Conclusões da Experiência de Hawthorne. 1 Prof. Paulo Argolo - MSc. Teoria das Relações HumanasLinha de produção da Western Electric Fachada da Western Electric 2 Prof. Paulo Argolo - MSc. Teoria das Relações Humanas Conclusões da experiência de Hawthorne • As recompensas e sanções sociais Os operários que produziam muito acima ou abaixo das normas determinadas perdem o respeito e afeição dos colegas. • Grupos Informais A empresa passou a ser visualizada como uma organização social composta de diversos Grupos Sociais Informais. •Relações Humanas Cada indivíduo é uma personalidade altamente influenciada e influenciadora no comportamento e atitudes daqueles que mantém contato. 3 Prof. Paulo Argolo - MSc. Teoria das Relações Humanas Conclusões da Experiência de Hawthorne • A importância e o conteúdo do cargo Verificou-se que o conteúdo e a natureza do trabalho tem enorme influência sobre a moral do trabalhador. Trabalhos simples e repetitivos tendem a se tornar monótonos e maçantes afetando negativamente as atitudes e logo reduzindo a eficiência. • Ênfase nos aspectos emocionais Os elementos emocionais, não planejados e mesmo irracionais do comportamento humano passam a merecer um aspecto especial na administração e nas relações humanas. 4 Prof. Paulo Argolo - MSc. Teoria das Relações Humanas A empresa torna-se um Sistema Social. Produz bens ou serviços (Função Econômica) e distribui satisfação (Função Social) entre os seus participantes. Torna-se indispensável conciliar e harmonizar as duas funções básicas da Organização Industrial: Função Econômica e Função Social. A colaboração humana é determinada mais pela organização informal do que pela formal. Para a maioria dos operários os estímulos psicológicos e sociais são mais importantes que as condições de ordem material ou econômica. 5 Prof. Paulo Argolo - MSc. Teoria das Relações Humanas O Homo Economicus cede lugar ao Homem Social, motivado, não por estímulos econômicos e salariais, mas por recompensas sociais, simbólicas e não materiais. Passou-se a estudar a influência da Motivação no comportamento das pessoas. Foi constatado a enorme influência da Liderança informal sobre o comportamento das pessoas. A Liderança é necessária em todos os tipos de organização humana, principalmente nas empresas e em cada um de seus departamentos. 6 Prof. Paulo Argolo - MSc. Teoria das Relações Humanas “Liderança é a influência interpessoal exercida em uma situação e dirigida através do processo da comunicação humana para a consecução de um ou diversos objetivos específicos.” Influência interpessoal é uma força psicológica, uma transação interpessoal na qual uma pessoa age de modo a modificar ou induzir o comportamento de outra de algum modo intencional. Geralmente a influência envolve conceitos como poder e autoridade. 7 Prof. Paulo Argolo - MSc. Teoria das Relações Humanas Estilo Autocrático Estilo Democrático Estilo Liberal Líder Ênfase no Líder Ênfase no Líder e nos Subordinados Ênfase nos Subordinados Subordinados Líder Subordinados Líder Subordinados 8 Prof. Paulo Argolo - MSc. Teoria das Relações Humanas Na prática os líderes utilizam os três processos de liderança, de acordo com a situação, com as pessoas e com a tarefa a ser executada. O líder , tanto manda cumprir, como consulta seus subordinados antes de tomar uma decisão. A questão principal é saber quando aplicar qual processo, com quem e dentro de que circunstâncias e atividades. 9 Prof. Paulo Argolo - MSc. Teoria das Relações Humanas O enfoque das Relações Humanas impôs ao administrador novas posturas: a) Assegurar a participação das pessoas dos escalões inferiores na solução dos problemas da empresa. b) Incentivar maior franqueza e confiança entre os indivíduos e os grupos nas empresas. A Comunicação é uma atividade administrativa que tem dois propósitos principais: • proporcionar informação e compreensão necessária para que as pessoas possam se conduzir nas suas tarefas. • proporcionar as atitudes necessárias que promovam a motivação, cooperação e satisfação nos cargos. 10 Prof. Paulo Argolo - MSc. Teoria das Relações Humanas A comunicação entre chefes e subordinados torna-se peça fundamental na avaliação de desempenho e habilidades, fundamenta -das em três pontos: • O homem trabalha melhor quando conhece os padrões de seu trabalho. • A organização opera mais eficientemente quando um homem e seu chefe têm um entendimento comum das suas responsabili-dades e padrões de desempenho esperado. • Cada homem pode ser auxiliado a dar a máxima contribuição e a utilizar o máximo de suas habilidades. 11 Prof. Paulo Argolo - MSc. Teoria das Relações Humanas Principais críticas à Teoria das Relações Humanas: • Visão inadequada dos problemas de relações industriais; • Limitação no campo experimental; • Concepção romântica e ingênua do funcionário; • Enfoque manipulativo e demagógico. 12 Prof. Paulo Argolo - MSc. TEORIA COMPORTAMENTAL (BEHAVIORISTA) ÊNFASE: • NAS PESSOAS, DENTRO DE UM CONTEXTO ORGANIZACIONAL. ORIGENS Oposição (atualização) à Teoria das Relações Humanas. Crítica à Abordagem Clássica, da qual considera-se verdadeira antítese. Publicação do livro Comportamento Administrativo, em 1947, por Herbert A Simon. 1 Prof. Paulo Argolo - MSc. TEORIA COMPORTAMENTAL (BEHAVIORISTA) IDÉIA CENTRAL A Teoria Comportamental fundamenta-se no comportamento individual das pessoas, para poder explicar o comportamento organizacional, através da motivação humana. 2 Prof. Paulo Argolo - MSc. HIERARQUIA DAS NECESSIDADES DE MASLOW • Somente quando um nível inferior de necessidade está satisfeito é que o nível imediatamente mais elevado surge no comporta mento da pessoa. • Toda necessidade está relacionada com o estado de satisfação ou insatisfação de outras necessidades. 3 Prof. Paulo Argolo - MSc. Teoria dos Dois Fatores de Frederick Herzberg Explicam o comportamento das pessoas em situação de trabalho. - Fatores Higiênicos (Extrínsecos) São fatores de contexto e se situam no ambiente externo que cercam o indivíduo. Ex: Salário, benefícios sociais, tipo de chefia, condições físicas e ambientais, regulamentos. EVITAM A INSATISFAÇÃO INSATISFACIENTES - Fatores Motivacionais (Intrínsecos) Relacionam-se com aquilo que o empregado faz e desempenha. Ex: Reconhecimento profissional e auto realização. PROVOCAM A SATISFAÇÃO SATISFACIENTES 4 Prof. Paulo Argolo - MSc. Enriquecimento de Tarefas de Frederick Herberg É a Motivação Contínua no Trabalho. 1 - Enriquecimento Vertical de Tarefas - Tarefas Simples + Tarefas Complexas 2 - Enriquecimento Horizontal de Tarefas + Tarefas Diferentes de mesma complexidade 5 Prof. Paulo Argolo - MSc. Teorias X e Y de Douglas McGregor Teoria X É a concepção tradicional de administração (Abordagem Clássica). Estilo duro, rígido e autocrático.Teoria Y É a moderna concepção de administração (sem preconceituoso a respeito da natureza humana). Estilo participativo e baseado nos valores humanos. 6 Prof. Paulo Argolo - MSc. Sistemas de Administração Rensis Likert aponta quatro modelos de sistemas administrativos: Sistema Autoritário Coercitivo Empresas que utilizam mão de obra intensiva, tecnologia rudimentar, pessoal desqualificado. Ex: Área de construção civil. É autoritário, forte, coercitivo, arbitrário, com controles rígidos, duro e fechado, possuindo as seguintes características: Processo Decisorial: é totalmente centralizado, deixando o nível institucional sobrecarregado. Sistema de Comunicações: é precário, ocorrendo sempre verticalmente, sob forma de ordem, raramente de orientação. As pessoas não são ouvidas. Relacionamento Interpessoal: considerado prejudicial à empresa. Conversas informais são mal vista e coibidas. Sistema de Recompensas e Punições: ênfase nas punições e medidas disciplinares, criando ambiente de medo e desconfiança. Recompensas são raras e, quando ocorrem, são materiais e salariais. 7 Prof. Paulo Argolo - MSc. Sistemas de Administração Sistema Autoritário Benevolente Empresas que utilizam Utilizado por empresas industriais, com tecnologia e mão de obra especializadas e possuem as seguintes características: Processo Decisorial: é centralizado na cúpula, com pequena delegação de autoridade para resolver assuntos de pouca importância. Sistema de Comunicações: privilegia as comunicações verticais descendentes, considerando algumas informações vindas de baixo como avaliação das decisões tomadas. Relacionamento Interpessoal: tolerado pela organização de uma forma condescendente. A interação é pequena e a organização informal é insignificante. Sistema de Recompensas e Punições: ainda enfatiza as punições, mas é um sistema menos arbitrário, utilizando recompensas materiais e salariais mais frequentes, e raras recompensas simbólicas ou sociais. 8 Prof. Paulo Argolo - MSc. Sistemas de Administração Sistema Consultivo Utilizado por empresas de serviços, como bancos e financeiras, e nas áreas administrativas de umas poucas empresas industriais e possuem as seguintes características: Processo Decisorial: é participativo-consultivo, porque as decisões específicas são delegadas por meio de políticas e diretrizes que por sua vez são oriundas muitas vezes das opiniões dos níveis inferiores. Sistema de Comunicações: é constituído por fluxos verticais, no sentido descendente (orientação para ação), ascendente (coleta de informações) e fluxos laterais (troca de informações). Relacionamento Interpessoal: é estimulado e bem aceito pela empresa, existindo um clima de confiança. Sistema de Recompensas e Punições: enfatiza as recompensas materiais (incentivos salariais e promoções) e simbólicas (prestígio e status), eventualmente ocorrendo punições e castigos. 9 Prof. Paulo Argolo - MSc. Sistemas de Administração Sistema Participativo Utilizado em empresas que trabalham com tecnologia sofisticada, mão de obra extremamente especializada, tais como empresas de serviços, propaganda e consultorias. É democrático e representa o mais aberto dos sistemas e possui as seguintes características: Processo Decisorial: o nível institucional delega decisões a todos os níveis organizacionais, após ter definido as políticas e diretrizes, controlando apenas resultados. Sistema de Comunicações: estimula o fluxo de informações em todos os sentidos promovendo a flexibilidade e eficiência. Relacionamento Interpessoal: estímulo ao trabalho em equipes e a responsabilidade. Sistema de Recompensas e Punições: ênfase nas recompensas, principalmente simbólicas, havendo também recompensas materiais e salariais. As punições são raras. 10 Prof. Paulo Argolo - MSc. Processo Decisorial Decisão Processo de análise e escolha entre alternativas disponíveis que a pessoa deverá seguir. Etapas do Processo Decisorial • Percepção da situação que envolve algum problema. • Análise e definição do problema. • Definição dos objetivos. • Procura de alternativas de solução. • Escolha (seleção) da alternativa adequada ao alcance dos objetivos. • Avaliação e comparação das alternativas. • Implementação da alternativa escolhida. 11 Prof. Paulo Argolo - MSc. TEORIA DA BUROCRACIA Origem do termo Burocracia • Do francês bureau, que significa “escritório” ou “espaço de trabalho”; • kratia (ou kratos), sufixo grego que significa poder, governo ou regra. * É o mesmo sufixo encontrado na palavra Democracia, por exemplo. 1 Prof. Paulo Argolo - MSc. Maximillian Carl Emil Weber Sociólogo e Economista (1864-1920) Origem do termo Burocracia Karl Marx estudou o surgimento da burocracia como forma de dominação estatal na antiga Mesopotâmia, China, anti- go Egito, etc. Segundo Marx, ela serviu para mediação entre os interes ses gerais e particulares, isto é, da sociedade e do indiví- duo. O autor descreveu a burocracia como uma forma de governo não democrático, mas também como forma de organização da so- ciedade civil. Prof. Paulo Argolo - MSc. 2 MAX WEBER E A BUROCRACIA • Seu trabalho ficou conhecido nos EUA somente depois que o sociólogo norte-americano Talcott Parsons o tra- duziu para língua inglesa e o publicou em 1930. • Somente a partir da década de 1940 é que o trabalho de Weber começou a ser aceito fora da Europa. Talcott Edgar Frederick Parson (1902-1979) Prof. Paulo Argolo - MSc. 3 TEORIA DA BUROCRACIA BUROCRACIA Organização humana que se baseia na racionalidade. RACIONALIDADE Adequação dos meios aos fins (objetivos), para garantir a máxima eficiência. ORIGENS (década de 1940) - Fragilidade das teorias anteriores onde seus pontos de vista eram antagônicos e parciais; - Necessidade de um modelo racional que envolvesse todas as variáveis estruturais e ao comportamento das pessoas, aplicável à qualquer tipo de organização; - O tamanho e a complexidade das organizações exigia modelos organizacionais mais bem definidos; - Ressurgimento da Sociologia da Burocracia com a descoberta dos trabalhos de Max Weber; - Novo conjunto de normas sociais e morais denominada “Ética Protestante”. 4 Prof. Paulo Argolo - MSc. Características da Burocracia segundo Weber “A Burocracia é a organização eficiente por excelência”. 1 - Caráter Legal das Normas e Regulamentos: A organização se baseia em legislação própria. Ex: A Constituição para o Estado. O Estatuto para as Empresas. 2 - Caráter Formal das Comunicações: Tudo é feito por escrito. 3 - Caráter Racional e Divisão do Trabalho: Adequado aos objetivos a serem atingidos (cargo, função, competência e responsabilidade específicos). 4 - Impessoalidade nas Relações: As pessoas são ocupantes de cargos e funções. 5 - Hierarquia da Autoridade: Nenhum cargo fica sem controle ou supervisão. 5 Prof. Paulo Argolo - MSc. Características da Burocracia segundo Weber 6 - Rotinas e Procedimentos Padronizados: O funcionário faz o que está estabelecido em seu cargo. 7 - Competência Técnica e Meritocracia: Critérios que medem a competência, o mérito e a capacidade em relaçãoao cargo (admissão, transferência, promoção). 8 - Especialização da Administração: Os administradores burocratas não são os donos dos meios de produção e sim um profissional especializado. 9 - Profissionalização dos Participantes: Cada funcionário é um profissional. 10- Completa Previsibilidade do Funcionamento: Para alcançar a eficiência da organização todos devem se comportar de acordo com as normas e regulamentos. 6 Prof. Paulo Argolo - MSc. AS DISFUNÇÕES DA BUROCRACIA SEGUNDO MERTON São anomalias de funcionamento responsáveis pelo sentido pejorativo que o termo burocracia assumiu junto aos leigos no assunto. São consequências imprevistas e que levam à ineficiência e às imperfeições. 7 Prof. Paulo Argolo - MSc. Características da Burocracia Disfunções da Burocracia 1. Caráter legal das normas 1. Internalização das normas 2. Caráter formal das comunicações 2. Excesso de formalismos e papelório 3. Divisão do trabalho 3. Resistência a mudanças 4. Impessoalidade no relacionamento 4. Despersonalização do relacionamento 5. Hierarquização da autoridade 5. Categorização do relacionamento 6. Rotinas e procedimentos 6. Superconformidade 7. Competência técnica/mérito 7. Exibição de sinais de autoridade 8. Especialização da Administração 8. Dificuldades com clientes 9. Profissionalização Previsibilidade de Funcionamento Imprevisibilidade de Funcionamento CRÍTICAS À TEORIA DA BUROCRACIA O Excessivo Racionalismo. Mecanicismo e as Limitações da “Teoria da Máquina”. Conservantismo da Burocracia. Abordagem de Sistema Fechado. Abordagem Descritiva e Explicativa. Posição dentro da Teoria das Organizações. 8 Prof. Paulo Argolo - MSc. TEORIA ESTRUTURALISTA PROF. PAULO ARGOLO 1 Prof. Paulo Argolo - MSc. ORIGENS DO ESTRUTURALISMO Teoria Tradicional X Teoria das Relações Humanas Síntese da Abordagem Clássica (formal) e Relações Humanas (informal), com inspiração na Teoria da Burocracia. Organização vista como uma Unidade Social grande e complexa, na qual interagem grupos sociais. Influência do Estruturalismo Movimento europeu de caráter filosófico que tentava obter a interdisciplinaridade das ciências. Conceito de Estrutura A Estrutura se mantém mesmo que haja alteração em um de seus elementos ou relações. 2 Prof. Paulo Argolo - MSc. ORIGENS DO ESTRUTURALISMO Sociedade de Organizações Para os estruturalistas, a sociedade moderna e industrializada é uma sociedade de organizações, das quais o homem passa a depender para nascer, viver e morrer. As Organizações Unidade Social na qual as pessoas alcançam relações estáveis entre si, para facilitar o alcance de um conjunto de objetivos ou metas. O Homem Organizacional Desempenha papéis em diferentes organizações. 3 Prof. Paulo Argolo - MSc. AMITAI ETZIONI Ocupou-se em analisar os fundamentos das escolas de administração até então conhecidas. Julgou que eram insatisfatórias para explicar e compreender as organizações. “Formulou uma síntese do que considerava válido, ao que denominou de estruturalismo”. [Silva, Reinaldo O. 2008, p.257] Etzioni nasceu na Alemanha em 1929. Foi para os EUA em 1950 onde vive até hoje. 4 Prof. Paulo Argolo - MSc. 5 Prof. Paulo Argolo - MSc. ANÁLISE DAS ORGANIZAÇÕES (ABORDAGENS MÚLTIPLAS) Formal e Informal Integração das relações dentro e fora da organização. Recompensas Salariais/Materiais e Recompensas Sociais/Simbólicas Combinação dos conceitos das teorias Clássica e Relações Humanas. Os Níveis da Organização A diferenciação do poder é feita através dos níveis institucional, gerencial e operacional. A diversidade de Organizações Ampliou o campo de análise das organizações para além das fábricas. Análise Interorganizacional Abordagem de sistema aberto pelas análises intraorganizacional e interorganizacional. Objetivo Organizacional Situação desejada que a organização tenta atingir. Objetivo Atingido = Organização Eficiente Ambiente Organizacional É constituído pelas outras organizações da sociedade. Existe dependência entre as organizações para atingir seus objetivos e interação com o ambiente. Prof. Paulo Argolo - MSc. 6 Conflitos Organizacionais Conflito ideias, sentimentos, atitudes ou interesses antagônicos que podem se chocar. O Conflito gera mudanças e provoca inovação à medida que as soluções são alcançadas. Não existe harmonia de interesse entre patrões e empregados. Prof. Paulo Argolo - MSc. 7 CRÍTICAS Convergência de várias abordagens diferentes Tentativa de integração e ampliação de conceitos. Ampliação da abordagem Ênfase total na Estrutura. Dupla tendência teórica (integrativo x conflito) As duas abordagens poderiam ser combinadas. Integrativa analisa a organização como um todo (juntar) Conflito analisa somente os conflitos (divisão) Análise organizacional mais ampla Concentrou estudos nas organizações complexas (universidades, hospitais, sindicatos ...). Prof. Paulo Argolo - MSc. 8 CRÍTICAS Inadequação das tipologias organizacionais Se baseiam numa única variável ou aspecto básico. Teoria de Crise Mais se falou sobre os problemas do que sobre sua normalidade. Teoria de Transição e Mudança Tentativa de conciliação e integração dos conceitos clássicos e humanísticos à luz da visão crítica do modelo burocrático ampliado até o contexto ambiental. Prof. Paulo Argolo - MSc. 9 TEORIA NEOCLÁSSICA Prof. Paulo Argolo Prof. Paulo Argolo - MSc. 1 TEORIA NEOCLÁSSICA Idalberto Chiavenato • Termo introduzido no Brasil por Chiave- nato; • Não constitui propriamente uma teoria • Grupo de autores pós 1950, não formam uma escola bem definida, mas um movi- mento heterogêneo que revisitou as Teo- rias Clássica e Científica. Prof. Paulo Argolo - MSc. 2 TEORIA NEOCLÁSSICA Principais Características • Ênfase na prática administrativa: busca resultados concretos e palpáveis. A teoria precisa ser aplica- da na prática • Reafirmação relativa dos postulados clássicos: critica o excesso da influência das ciências do comportamento na gestão sobrepondo os aspectos econômicos e concretos Prof. Paulo Argolo - MSc. 3 TEORIA NEOCLÁSSICA Principais Características • Ênfase nos princípios gerais da administração: considera que os fundamentos da administração, entendidos como „leis‟ pelos clássicos, são critérios flexíveis. • Ênfase nos objetivos e resultados: todas as organi zações existem para um fim, ou seja, para alcançar objetivos e produzir resultados. Prof. Paulo Argolo - MSc. 4 TEORIA NEOCLÁSSICA Três Funções do Administrador • Tornar economicamente produtivos os recursos or- ganizacionais ,minimizando riscos e maximizando oportunidades • Tornar produtivos os recursos humanos fazendo as pessoas trabalharem juntas. • Desempenhar uma função pública: exercer sua fun ção na sociedade, pois constitui o elemento de lide rança na comunidade. Prof. Paulo Argolo - MSc. 5 TEORIA NEOCLÁSSICA Conceito de Eficiênciapara Herrington Emerson • Voltada para a melhor maneira pela qual as coisas devem ser feitas ou executadas. • Eficiência preocupa-se com os meios, com os méto dos e procedimentos. Prof. Paulo Argolo - MSc. 6 TEORIA NEOCLÁSSICA Conceito de Eficácia para Herrington Emerson • Voltada para o resultado esperado de um processo. • Eficácia é fazer a coisa bem-feita, ou seja, fazer certo as coisas que devem ser feitas. Prof. Paulo Argolo - MSc. 7 TEORIA NEOCLÁSSICA Conceito de Autoridade • É alocada em alguma posição, ou cargo, da organi- zação, e não a uma pessoa. • É aceita pelos subordinados, pois acreditam que os seus superiores possuem o direito de dar ordens. • Flui de cima para baixo (top down) por meio da hie- rarquia. Prof. Paulo Argolo - MSc. 8 TEORIA NEOCLÁSSICA Conceito de Responsabilidade • Dever de desempenhar a tarefa para a qual foi de- signado. • É delegada ao subordinado de modo que este res- ponda pelo resultado daquilo que realizou. • Deve ser delegada junto com a autoridade. Prof. Paulo Argolo - MSc. 9 TEORIA NEOCLÁSSICA Conceito de Delegação • Processo de transferir autoridade e responsabilida- de ao subordinado. • Delegar reduz a concentração de atividades em um só indivíduo, além de promover a descentralização. • Permite atender mais rapidamente às demandas do cliente e adaptar-se ao ambiente externo. Prof. Paulo Argolo - MSc. 10 • Define o número de subordinados que cada gestor poderá supervisionar; • Esse número depende de diversos fatores como tec- nologia, qualificação do trabalhador, tipo de trabalho, etc. Prof. Paulo Argolo - MSc. 11 Amplitude de Controle ou Amplitude Administrativa As pequenas amplitudes de controle se caracterizam pela rigidez de comando do gestor (supervisor) sobre seus subordinados. De modo geral, se dá em razão da baixa qualificação do empregado, que necessita maior supervisão. Amplitude de Controle ou Amplitude Administrativa Prof. Paulo Argolo - MSc. 12 Amplitude de Controle ou Amplitude Administrativa Nas grandes amplitudes há maior delegação de poder aos subordinados, em geral por possuírem maior qualificação e experiência para agir e tomar decisões. Necessitam, portanto, de pouca supervisão. Prof. Paulo Argolo - MSc. 13 Amplitude de Controle ou Amplitude Administrativa A tendência nas modernas organizações é a de amplitudes baixas, ou seja, estruturas achatadas aproximando a base da cúpula melhorando o fluxo de informações e de decisões. Poucos níveis hierárquicos Prof. Paulo Argolo - MSc. 14 CENTRALIZAÇÃO X DESCENTRALIZAÇÃO Amplamente discutido pela Teoria Neoclássica. Referem-se ao nível hierárquico no qual as decisões devem ser tomadas. Prof. Paulo Argolo - MSc. 15 CONCEITO DE CENTRALIZAÇÃO • As ordens são emanadas de um só lugar ou de uma só pessoa; • Decisões são do tipo top-down; • Os níveis intermediário e operacional são meros repetidores de ordens; • Os níveis inferiores não possuem autonomia para decisões, tampouco inovação. Fluxo de Decisão Pirâmide Hierárquica Prof. Paulo Argolo - MSc. 16 CONCEITO DE DESCENTRALIZAÇÃO • O processo decisório é delegado aos níveis intermediários e operacional, dentro de suas áreas de atuação; • O empowerment é um exemplo de descentralização; • Estimula a iniciativa dos participantes nos níveis inferiores; • É um meio de treinar e avaliar gestores por dar-lhes espaço para atuar e decidir. Prof. Paulo Argolo - MSc. 17 TEORIA NEOCLÁSSICA • Maior expoente deste período. • Considerado o “Pai da Administração Moderna”. • Afirmou que a Administração não é de empresas, mas pertinente a qualquer empreendimento huma no. Peter Drucker Prof. Paulo Argolo - MSc. 18 TEORIA NEOCLÁSSICA • Durante pesquisa na General Motors, Drucker sugeriu a Sloan uma mudança na linha de mon tagem (+/- 1950). • Considerava que a linha se movia no ritmo do operário mais lento, tornando os demais impro- dutivos e desmotivados. Alfred Sloan Jr Presidente da GM 1875-1966 Prof. Paulo Argolo - MSc. 19 TEORIA NEOCLÁSSICA Segundo Peter Drucker, a Administração trata de seres humanos, e tem como tarefa capacitar as pessoas a funcionar em conjunto, exaltando suas qualidades e tornando irrelevantes suas fraquezas. Prof. Paulo Argolo - MSc. 20 Administração por Objetivos – APO • Idealizada por Peter Drucker. • Tira a ênfase das atividades, dos meios (eficiência). • Passa a dar ênfase no resultado/objetivos (eficácia). • Passa a dar importância a “o que” fazer, ao invés de se preocupar em “como” fazer. Prof. Paulo Argolo - MSc. 21 - Estabelecimento de conjunto de objetivos entre o executivo e seu superior. - Estabelecimento de objetivos para cada departamento. - Integração dos objetivos departamentais. - Elaboração de planos táticos/operacionais. - Mensuração e controle dos resultados. - Sistema contínuo de avaliação. - Revisão e reciclagem do plano. - Participação atuante da chefia. - Apoio intensivo do staff. Características – APO Prof. Paulo Argolo - MSc. 22 - Devem traduzir claramente o que deseja a organização. - Devem agregar todos os órgãos da organização de forma que todos contribuam para atingi-los. - Devem considerar alternativas. - Devem ser comunicados aos envolvidos e que se garanta que estes compreenderam. - Devem ser periodicamente reexaminados e reformulados. Administração por Objetivos – APO Sobre os Objetivos Prof. Paulo Argolo - MSc. 23 TEORIA GERAL DOS SISTEMAS (Abordagem Sistêmica da Administração) Prof. Paulo Argolo - MSc 1 2 Prof. Paulo Argolo - MSc TEORIA GERAL DOS SISTEMAS Interdisciplinar Proporciona princípios gerais (físicos, biológicos, químicos, etc.) e modelos gerais para todas as ciências envolvidas, de modo que as descobertas efetuadas em cada uma pudessem ser utilizadas pelas demais. Os vários ramos do conhecimento passaram a tratar os seus objetivos de estudo como sistemas, incluindo-se aí a Administração. 3 Prof. Paulo Argolo - MSc 1 – ORIGENS: Administração Científica Ênfase nas Tarefas Teoria Clássica Ênfase na Estrutura Abordagem Comportamental Ênfase nas Pessoas Cada Escola trata um aspecto de cada vez e estão voltadas quase que exclusivamente para dentro da empresa, simplificando (especializando) o estudo das variáveis internas (endógenas). 4 Prof. Paulo Argolo - MSc 2 – ENFOQUE SISTÊMICO O Pensamento Sistêmico parte do princípio que tudo é complexo, extrapola os limites da empresa e estuda, além das variáveis internas, as externas (exógenas), que influenciam profundamente os seus aspectos estruturais e comportamentais. Complexidade Grande número de problemas e variáveis presentes em uma situação. 5 Prof. Paulo Argolo - MSc 3 – SISTEMA Do grego SUN = COM e ISTEMI = COLOCAR JUNTO. Reunião de objetos ou funções unidas por interação ou interdependência, consistindo em dois ou mais fatores que tem uma relação mútua definida e entre os quais a ação de um provoca a reação no outro. 3.1 – Tipos de Sistemas Físicos ou Concretos equipamentos, peças e instalações. Conceituais ouAbstratos conceitos, ideias, símbolos, procedimentos, manifestações do comportamento intelectual ou emocional. OBS: Os Sistemas sempre combinam os seus dois tipos, podendo haver predominância de um deles. 6 Prof. Paulo Argolo - MSc 3.2 – Estrutura dos Sistemas Entradas (Inputs) São os elementos físicos e abstratos de que o sistema é feito e, todas as influências do meio ambiente. Ex: Sistema de Produção de Veículos: . Sistema de projeto; . Fornecimento de peças; . Máquinas e equipamentos; . Trabalhadores especializados; . Instalações. 7 Prof. Paulo Argolo - MSc 3.2 – Estrutura dos Sistemas Processamento Interliga os componentes e transformam os elementos de entrada em resultados . O Processo define o Sistema. Saídas (Outputs) São os resultados do Sistema, os objetivos que o sistema atinge. Retroação (Feedback) É a reentrada ou retorno no Sistema de parte de suas saídas ou de seus resultados, que possam influenciar o seu funcionamento, realimentando-o ou alterando-o. 8 Prof. Paulo Argolo - MSc 4 – PRINCIPAIS TEORIAS E SEUS AUTORES 4.1 – TEORIA DA FORMA (GESTALT) 1912 a 1940 Autor: Max Wertheimer (psicólogo alemão) Ideia Central: A natureza de cada elemento de um conjunto é definida pela estrutura e pela finalidade desse mesmo conjunto. OU O todo é maior que a soma das partes. Ex: A roda do carro é vista como parte do carro, não como elemento isolado. 9 Prof. Paulo Argolo - MSc 4 – PRINCIPAIS TEORIAS E SEUS AUTORES 4.1 – TEORIA DA FORMA (GESTALT) 1912 a 1940 Autor: Max Wertheimer (psicólogo alemão) Ideia Central: A natureza de cada elemento de um conjunto é definida pela estrutura e pela finalidade desse mesmo conjunto. OU O todo é maior que a soma das partes. Ex: A roda do carro é vista como parte do carro, não como elemento isolado. A ideia central da Teoria da Forma conduz a um raciocínio integrativo, que considera qualquer objeto, evento ou sistema do ponto de vista do conjunto a que pertence. SINERGIA (TRABALHO CONJUNTO) Quando o resultado da interação das partes é maior do que a simples soma das partes. 10 Prof. Paulo Argolo - MSc 4.2 – CIBERNÉTICA Década de 40 KYBERNYTIKY (grego) = GOVERNAR NAVIOS É a ciência da comunicação e do controle, no homem, animal ou máquina e seu campo de estudo são os sistemas. COMUNICAÇÃO torna os sistemas integrados e coerentes; CONTROLE regula (corrige) seu comportamento (conceito de retroação). Autor: Norbert Wiener (matemático americano) IDEIA CENTRAL: Um Sistema pode controlar seu comportamento, com base em informações sobre esse mesmo comportamento e sobre o objetivo que pretende atingir. Consequências da Cibernética na Administração Automação e Informática. 11 Prof. Paulo Argolo - MSc 4.3 - TEORIA MATEMÁTICA OU PESQUISA OPERACIONAL (quando aplicada aos problemas administrativos) Ferramenta utilizada no processo decisório, tratando-o de modo lógico e racional. ORIGENS: Concebida da PO durante a II Guerra Mundial, foi utilizada para melhoria dos armamentos e técnicas militares. Após a guerra (1945) passou a ser utilizada nas empresas públicas e privadas. IDEIAS CENTRAIS: Pretende criar uma Ciência da Administração em bases lógicas. Ênfase na Tomada de Decisão e julgamento objetivo; Construir modelos matemáticos capazes de simular situações reais na empresa. PRINCIPAIS AUTORES: Von Neumann e Morgenstern Teoria dos Jogos (1947); Wald e Savage Teoria Estatística da Decisão (1954); Herbert Simon Teoria das Decisões. 12 Prof. Paulo Argolo - MSc 4.4 - TEORIA DE SISTEMAS Década de 60 ORIGEM: É um dos ramos da Teoria Geral dos Sistemas. Além das divisões por Tipos (Concretos/Abstratos) e por Estrutura ou Parâmetros (Entrada/Processamento/Saída/Retroação/Ambiente), os Sistemas também podem ser classificados quanto à sua Natureza, a saber: Sistemas Fechados Não apresentam intercâmbio com o ambiente que os circunda; Sistemas Abertos Apresentam relações de intercâmbio com o ambiente, através de entradas e de saídas, constituindo um todo sinérgico. Novas denominações surgidas a partir da TS: Sistema Solar Astronomia; Sistema Social Sociologia; Sistema Monetário Economia; Sistemas Nervoso, Digestivo e Respiratório Fisiologia. 13 Prof. Paulo Argolo - MSc O conceito de sistemas dominou as ciências e, principalmente, a Administração. A TS introduziu-se na Teoria Administrativa por várias razões: Necessidade de uma síntese e integração das teorias que a precederam, pois todas tinham um ponto fraco que era a microabordagem; A Cibernética permitiu o desenvolvimento e operacionalização das ideias que convergiam para uma teoria de sistemas aplicada à Administração; Os bem sucedidos resultados da aplicação da TS nas demais ciências (abordagem holística). Principal Autor: Ludwig Von Bertalanffy (biólogo alemão) TEORIA DO DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL Prof. Paulo Argolo - MSc 1 Prof. Paulo Argolo - MSc 2 DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL O mundo em constante mudança DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL Origens 1 – Ambiente Mundial (Macro) A década de 60 foi descrita como a “década da explosão”, considerando que o ambiente geral era altamente dinâmico: Explosão do Conhecimento - novos conhecimentos tecnológicos foram desenvolvidos, em número maior do que em toda a história; Explosão Tecnológica - aceleração da obsolescência do conhecimento científico; Explosão das Comunicações - o mundo começa a se transformar numa aldeia global; Explosão Econômica - alteram-se as relações de trabalho com a elevação nível de profissionalismo. 3 Prof. Paulo Argolo - MSc DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL 4 Prof. Paulo Argolo - MSc 2 – ORGANIZACIONAL (Micro) Internacionalização dos Mercados - alargam-se as fronteiras empresariais. Firmam-se as grandes multinacionais. Vida mais curta dos produtos - concorrência acirrada e clientes mais exigentes fizeram surgir a “obsolescência planejada”; Crescente importância do Marketing - organizações produtivas se transformaram em organizações voltadas para técnica e marketing; Relações de Linha e Staff - surgimento da automação e os sofisticados sistemas de informações fizeram aumentar as funções de staff; Participações múltiplas - novas estruturas organizacionais exigem profissionais com perfil e habilidades variadas. DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL 5 Prof. Paulo Argolo - MSc 3 - As diferentes e conflitantes abordagens das diversas teorias (Adm. Científica, Clássica, Relações Humanas e Burocracia) que dificultavam a operacionalização de seus conceitos. 4 - Resultante da Teoria Comportamental, na tentativa de colocar em prática seus conceitos para obter mudança e flexibilidade organizacional. 5 - Integração dos estudos da estrutura e do comportamento humano nas organizações, à luz da visão sistêmica. Somente a mudança da estrutura não leva à mudança da organização. Deve-se mexer na cultura organizacional. DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL 6 Prof. Paulo Argolo - MSc Conceito Esforço de modificação planejado, que abrange toda a organização, é administrado do alto escalão, visando aumentar e tornar a eficiência da organização auto sustentada, através de intervenções planejadas nos sistemas humano e técnico e usando os conhecimentos das ciências do comportamento.Mudanças Organizacionais 7 Prof. Paulo Argolo - MSc É a absorção de uma nova ideia ou de um novo comportamento por uma organização. Os esforços sistemáticos de mutação planejada (Desenvolvimento Organizacional) surgiram a partir da constatação de que o dinamismo do ambiente (macro e micro) exige que a organização tenha uma elevada capacidade de adaptação como condição básica de sobrevivência. As etapas da Mudança Organizacional 8 Prof. Paulo Argolo - MSc Competição globalizada, clientes, concorrentes, fornecedores, etc. Análise dos Definição das Utilização da aná- problemas e mudanças neces- lise de campo de necessidades sárias em tecnolo- forças, táticas de Missão, objetivos, planos, (diagnóstico) logia, produtos, ultrapassar resis- problemas e necessidades estrutura e cultura tência à mudança da organização A v a l i a ç ã o Forças Ambientais Forças Internas Necessidade de Mudança Formulação da Estratégia Implementação da Mudança Processo de Mudança de Kurt Lewin 9 Prof. Paulo Argolo - MSc Descongelamento Mudança Recongelamento Forças Atuantes na Mudança 10 Prof. Paulo Argolo - MSc Forças Impulsionadoras (positivas) • Desejo de mudar • Vontade de melhoria • Criatividade • Inovação • Inconformismo Forças Atuantes na Mudança 11 Prof. Paulo Argolo - MSc Forças Restritivas (negativas) • Desejo de ficar (não mudar) • Vontade de manter a situação atual • Conservadorismo • Rotina • Conformismo Críticas 12 Prof. Paulo Argolo - MSc Utiliza descobertas e princípios das Teorias das Relações Humanas e Comportamental com novos rótulos. Não existe uma definição precisa para o Desenvolvimento Organizacional, considerando que seus programas e atividades são oriundos de várias tendências e escolas, ou seja, o campo de atuação do D O é impreciso. O D O, com sua ênfase na Educação Emocional, visa facilitar o progresso organizacional à custa do indivíduo, adaptando o homem ao ambiente técnico. TEORIA DA CONTINGÊNCIA Prof. Paulo Argolo - MSc 1 Teoria da Contingência 2 Prof. Paulo Argolo - MSc CONTINGÊNCIA Algo incerto ou eventual, que pode suceder ou não. ÊNFASE: Nada é absoluto nas organizações ou na teoria administrativa. Tudo é relativo. Tudo depende. Relação Funcional: “SE-ENTÃO” Variáveis Independentes Variáveis Ambientais Variáveis Dependentes Técnicas Administrativas Teoria da Contingência 3 Prof. Paulo Argolo - MSc ORIGENS Pesquisas feitas para verificar se os modelos de estruturas organizacionais mais eficazes, em determinados tipos de empresas, seguiam os pressupostos da Teoria Clássica (divisão do trabalho, amplitude de controle, etc.). IDÉIAS CENTRAIS/PRINCIPAIS AUTORES 4 Prof. Paulo Argolo - MSc ALFRED CHANDLER JR, em 1962, realizou uma das mais sérias investigações históricas sobre as mudanças estruturais de 4 grandes empresas americanas (DU PONT, GENERAL MOTORS, STANDARD OIL CO. e SEARS ROEBUCK CO.), concluiu que a estrutura organizacional das grandes empresas americanas foi sendo gradativamente determinada pela sua estratégia mercadológica ou que diferentes ambientes levam às empresas a adotar novas estratégias e as novas estratégias exigem diferentes estruturas organizacionais. IDÉIAS CENTRAIS/PRINCIPAIS AUTORES 5 Prof. Paulo Argolo - MSc TOM BURNS e G. M. STALKER, em 1961, pesquisaram 20 indústrias inglesas com o objetivo de verificar relação existente entre as práticas administrativas e o ambiente externo dessas indústrias, classificaram-nas em Organizações Mecanísticas e Orgânicas, e concluíram que: A forma mecanística de organização é apropriada para condições ambientais estáveis; A forma orgânica de organização é apropriada para condições ambientais de mudança e inovação. O consenso dos dois pesquisadores foi de que existe um imperativo ambiental, ou seja, é o ambiente que determina a estrutura e o funcionamento das organizações. IDÉIAS CENTRAIS/PRINCIPAIS AUTORES 6 Prof. Paulo Argolo - MSc PAUL R. LAWRENCE e JAY W. LORSCH, em 1972, fizeram uma pesquisa que marcou o aparecimento da Teoria da Contingência. Estavam preocupados com as características que as empresas devem ter para enfrentar com eficiência as diferentes condições externas, tecnológicas e de mercado. Pesquisaram 10 empresas em 3 diferentes meios industriais: plásticos, alimentos empacotados e recipientes. Eles concluíram que os problemas organizacionais básicos são a diferenciação (divisão da organização em subsistemas ou departamentos) e a integração (esforço convergente e unificado para atingir os objetivos organizacionais) e que a empresa que mais se aproxima das características requeridas pelo ambiente tem mais sucesso do que aquela que se afasta muito deles. IDÉIAS CENTRAIS/PRINCIPAIS AUTORES 7 Prof. Paulo Argolo - MSc JOAN WOODWARD, em 1958, fez uma pesquisa com 100 empresas para saber se os princípios de administração propostos pelas teorias administrativas se relacionavam com o êxito do negócio. Foram classificadas em 3 grupos de tecnologia de produção: 1 - Produção unitária ou oficina (Produção em pequenas quantidades ou unidades, com pouca padronização e automatização). Ex: navios, aviões, locomotivas, etc. 2 - Produção em massa ou mecanizada (Produção em grandes quantidades, operários trabalham em linha de montagem, com muita padronização). Ex: montadora de automóveis, fábrica de brinquedos, etc. 3 - Produção em processo ou automatizada (Produção em processamento contínuo onde a participação humana é mínima). Ex: plataformas de petróleo, cimento, siderúrgicas, etc. A conclusão foi de que a tecnologia extrapola a produção e influencia toda a organização empresarial, ou seja, há um imperativo tecnológico onde a tecnologia adotada pela empresa determina a sua estrutura e o comportamento organizacional. AMBIENTE 8 Prof. Paulo Argolo - MSc É tudo aquilo que envolve externamente uma organização (ou um sistema). É o contexto dentro do qual uma organização está inserida. a) Ambiente Geral É o macroambiente, o ambiente genérico e comum à todas as organizações. Tudo que ocorre no Ambiente Geral afeta direta ou indiretamente todas as organizações e é constituído de condições (Tecnológicas, Legais, Políticas, Econômicas, Demográficas, Ecológicas e Culturais) semelhantes para todas as organizações. b) Ambiente de Tarefa É o ambiente mais próximo e imediato de cada organização e de onde extrai as suas entradas e deposita as suas saídas. Também é conhecido como o ambiente de operações de cada organização, sendo constituído por Fornecedores, Clientes ou Usuários, Concorrentes e Entidades Reguladoras.AMBIENTE 9 Prof. Paulo Argolo - MSc AMBIENTE 10 Prof. Paulo Argolo - MSc O Ambiente de Tarefa é classificado em: Quanto à sua Estrutura: . Homogêneo Fornecedores, clientes e concorrentes são semelhantes. Possui pouca diferenciação dos mercados. . Heterogêneo Ao contrário do homogêneo, possui muita diferenciação mercados. Quanto à sua Dinâmica: . Estável Pouca ou nenhuma mudança. É um ambiente tranquilo e previsível. . Instável Caracteriza-se por muitas mudanças. É um ambiente que gera a incerteza para a organização. Tecnologia 11 Prof. Paulo Argolo - MSc •É a outra variável independente (além do Ambiente) que influencia as características organizacionais. •Utilizada pelas organizações para executar operações e realizar suas tarefas, podendo ser rudimentar ou sofisticada, permeando toda a atividade industrial como também todo tipo de atividade humana em todos campos de atuação. •Desenvolve-se nas organizações através de conhecimentos acumulados e desenvolvidos sobre o significado e execução de tarefas (know-how) e pelas suas manifestações físicas (máquinas e equipamentos). MATERIAIS MATÉRIAS-PRIMAS DADOS INFORMAÇÕES TECNOLOGIA BENS SERVIÇOS Clima Organizacional 12 Prof. Paulo Argolo - MSc É a qualidade ou propriedade do ambiente organizacional que é percebida ou experimentada pelos participantes da organização e que influencia o seu comportamento. As propriedades do ambiente organizacional são os aspectos internos que provocam motivação para determinados comportamentos (Estrutura Organizacional, Responsabilidade, Riscos, Recompensas, Calor e Apoio e Conflito. Clima Organizacional 13 Prof. Paulo Argolo - MSc O Homem Complexo 14 Prof. Paulo Argolo - MSc Na concepção contingencial, o homem é focalizado como um sistema complexo de valores, percepções, características pessoais e necessidades. É com a Teoria da Contingência que se passou a aceitar a enorme variabilidade humana dentro das organizações: em vez de selecionar as pessoas e padronizar o comportamento humano passou-se a realçar as diferenças individuais e a respeitar a personalidade das pessoas, aproveitando e canalizando as suas diferentes habilidades e capacidades.
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