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Aula de Doenças Intestinais I

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Dietoterapia para pacientes com 
distúrbios do intestino (parte I)
Profa Ms. Mariana Carvalho & Chris Barroso
Trato Gastrointestinal
 Maior órgão imunológico do corpo
 Funcoes de digestão, absorção; barreira contra patógenos,
prover tolerância às diferentes proteínas a que é exposto.
 Rede imunorregulatória: linfócitos intraepiteliais,
linfonodos mesentéricos, células imunes da lâmina
própria.
 A alteração de qualquer uma dessas
barreiras facilita a penetreção antigênica.
 Os intestinos completam a digestão, absorvem seletivamente os 
produtos da hidrólise e excretam o que não é necessário ao organismo
Intestinos - revisão
Duodeno: 
Aminoácidos, ácidos graxos, 
monoacilgliceróis, 
monossacarídeos, dissacarídeos 
(lactose), Vit A e B, glicerol e cálcio
Jejuno:
Proximal – Vit A e B, ácido fólico, 
ferro, lactose
Distal – dipeptídeos, isomaltose, 
maltose e sacarose
Jejuno inteiro – glicose, galactose, 
ác. ascórbico, aminoácidos, glicerol, 
ácidos graxos, monoacilgliceróis, 
ácido fólico, biotina, ácido 
pantotênico, zinco, potássio e cobre
Íleo:
Inteiro – cloreto, sódio
K+, dissacarídeos, maltose e 
sacarose
Distal – B12 (fator intríseco), sais 
biliares 
Todo jejuno e íleo:
Vit B1, B2, B3, B6, D, E, K, iodo, cálcio, 
magnésio e fósforo
Ceco: 
Água e eletrólitos
Cólon transverso:
Água e biotina
 Os fatores que regulam a função motora no intestino são:
Intestinos - revisão
Volume do conteúdo intestinal
Temperatura
Composição química dos alimentos
Atividade somática
Objetivos da dietoterapia
Normalizar o estado 
nutricional do indivíduo
Regularizar a função 
intestinal
Evitar e/ou minimizar 
os efeitos colaterais e as 
interações entre os 
nutrientes e os 
fármacos em uso
Reações Adversas a alimentos
 Qualquer reação anormal à ingestão de alimentos ou
aditivos alimentares
 Podem ser tóxicas e não tóxicas, dependendo da 
suscetibilidade individual
 Imunomediadas: alergia alimentar
 Podem ou não ter participação da IgE: sintomas
 Não imunomediadas: intolerância alimentar
Doença Celíaca
Espru não tropical, espru celíaco, enteropatia induzida por glúten
Síndrome de má absorção
Resposta de 
hipersensibilidade à gliadina
(porção ptn do glúten)
Doença Celíaca
 Atinge pessoas de todas as idades, principalmente crianças de 
seis meses a cinco anos (cerca de 1%). 
 Maior frequência entre mulheres: 2: 1
 Caráter hereditário
 Consenso em 2012
- Doença celíaca
- Alergia ao trigo
- Sensibilidade ao trigo não celíaca
Doença Celíaca
 Atualmente, é considerada uma doença auto-imune
 Indivíduos com suscetibilidade genética
 Característica: inflamação crônica da mucosa do intestino
delgado, com atrofia das vilosidades intestinais.
 Resulta em má absorção intestinal e suas manifestações
clínicas.
Doença Celíaca
 Frações resistentes: substrato para a transglutaminase
(TGt) = modificam os peptídeos do glúten
 Esses peptídeos de ligam em moléculas específicas da
superfície das células: produção e deslocamento de
linfócitos T
 Resposta inflamatória local, com secreção de potentes
citocinas, causando lesão intestinal.
Apresentação da Doença
 I Forma Clássica: diarréia crônica, distensão abdominal e
perda de peso. Pode apresentar diminuição do tecido
celular subcutâneo, atrofia da musculatura glútea, falta de
apetite, (irritabilidade ou apatia), vômitos e anemia. Pode
ter evolução grave, que ocorre quando há retardo no
diagnóstico e tratamento adequado.
Apresentação da Doença
 II Forma Atípica: caracteriza-se por quadro mono ou
oligossintomático, em que as manifestações digestivas estão ausentes
ou, quando presentes, ocupam um segundo plano.
 Manifestações isoladas: baixa estatura, anemia por deficiência de
ferro refratária, anemia por deficiência de vitamina B 9 e B12,
osteoporose, hipoplasia do esmalte dentário, artralgias ou artrites,
constipação intestinal refratária ao tratamento, atraso puberal,
irregularidade do ciclo menstrual, esterilidade, abortos de repetição,
ataxia, epilepsia (isolada ou associada à calcificação cerebral),
neuropatia periférica, miopatia, manifestações psiquiátricas –
depressão, autismo, esquizofrenia, úlcera aftosa recorrente, elevação
das enzimas hepáticas sem causa aparente, fraqueza, perda de peso
sem causa aparente, edema de aparição abrupta após infecção ou
cirurgia e dispepsia não ulcerosa.
 III Forma Silenciosa: caracterizada por alterações sorológicas e
histológicas da mucosa do intestino delgado compatíveis com DC,
na ausência de manifestações clínicas
 Doença celíaca ou enteropatia sensível ao glúten
 Doença imunológica intestinal
Resposta imune 
inadequada –
células T
Peptídeos do TRIGO, 
CENTEIO e CEVADA, 
aveia*
CITOCINAS 
Pró-inflamatórias
RESPOSTA INFLAMATÓRIA 
(Síntese de anticorpos 
antigliadina, transglutaminase e 
endomísio)
ATROFIA DA MUCOSA INTESTINAL
(achatamento das vilosidades e hipertrofia das 
criptas, com menor superfície de absorção
Doença Celíaca - Fisiopatologia
Cascata
ATROFIA DA MUCOSA INTESTINAL 
proximal e média do intestino delgado 
DISSACARIDASES
PEPTIDASES
CARREADORES NECESSÁRIOS PARA TRANSPORTE 
DE NUTRIENTES
SECREÇÕES REDUZIDAS DAS VESÍCULAS BILIARES
Doença Celíaca - Fisiopatologia
ATROFIA DA MUCOSA ENTERAL 
MACRONUTRIENTES
MICRONUTRIENTES
Doença Celíaca - Fisiopatologia
Obrigatório (lei federal nº 10.674, de 
16/05/2003) nos rótulos de todos os 
alimentos industrial –
“presença ou não de glúten?” 
– resguardar o direito à saúde dos celíacos
Doença Celíaca – Informação nutricional
Doença hereditária
(desenvolvimento fortemente associado – 90 a 95% dos casos 
– ao haplótipo DQw2 do HLA no cromossomo 6)
+
Fatores ambientais (exposição ao glúten)
Ex: prolaminas (frações de glúten - nocivas); gliadinas , , γ e 
Ω (trigo); hordeínas (cevada), secalinas (centeio), avidinas
(aveia)
• Errôneo – sintomatologia confusa com Síndrome do Intestino Irritável 
ou outros distúrbios do TGI
• Associada com dermatite herpetiforme e outras doenças autoimunes
(tireoidite e diabetes tipo 1)
• Pesquisa IgA – pesquisadas primeiramente no teste sorológico
• Padrão-ouro – Biópsia da mucosa intestinal (biópsia jejunal)
Doença Celíaca – Diagnóstico
Osteomalácia
Osteopenia
Artrite
Parestesias
Cãimbras
musculares
Fraqueza
Náuseas
Esteatose hepática
Dermatite 
herpetiforme
Ulcerações aftosas 
orais recorrentes
Anemia ferropriva
Alterações na 
menstruação
Sintomas 
neurológicos
Doença Celíaca – Sinais e sintomas
Diarreia Perda de peso
Astenia
(fraqueza orgânica/debilidade)
A doença celíaca é, talvez, a única doença entre transtornos GI em que a 
DIETA constitui o elemento essencial do tratamento
PRIMÁRIO
Exclusão de trigo, centeio, cevada, aveia e 
derivados para o resto da vida (dieta isenta de 
glúten)
Contaminação de aveia e derivados com grãos
(difícil de controlar)
Substituição: 
Milho, batata, arroz, soja, tapioca, araruta, mandioca, 
quinoa, amaranto e trigo sarraceno
Doença Celíaca – Tratamento Dietoterápico
Remoção do glúten da dieta é a prevenção do desenvolvimento tardio de neoplasias 
malignas (linfoma de cél T do intestino delgado, ca de esôfago e orofaringe)
Doença Celíaca – Tratamento Dietoterápico
Alimentos proibidos 
(obviamente contém glúten)
Alimentos permitidos
(obviamente isentos de glúten)
Alimentos que precisam explicitar 
que são isentos de glúten no rótulo
Pão e farinha de trigo, centeio,
cevada e aveia
Leite e outros laticínios Salsichas, patês, pasta de queijo, carnes 
para lanche, carnes e aves enlatadas
Bolos, doces, biscoitos, tortasou 
outros alimentos feitos com 
essas farinhas
Arroz, milho, painço, trigo 
sarraceno e qualquer alimentos 
feito com essas farinhas
Alimentos industrializados que podem 
conter farinhas de cereais como 
aditivos, espessantes ou aromatizantes
Massas italianas (espaguete,
macarrão...), sêmola de trigo
Qualquer tipo de carne fresca, 
peixes ou frutos do mar e ovos
Bebidas alcoólicas derivadas de cereais 
(uísque, vodka)
Produtos industrializados com 
essas farinhas (flan, creme, 
sorvete, geleia...)
Tapioca, soja Molhos para carne (molho de soja)
Molhos para saladas, mostarda, catchup, 
molho de tomate...
Alimentos maltados (ex: leite 
maltado)
Frutas, vegetais, batatas Nenhum produto com vestígio de glúten
Bebidas contendo cereais 
(cerveja, cerveja sem álcool)
Manteiga, margarina, óleos e outras 
gorduras
Sopas instantâneas ou enlatadas e 
caldos em cubos
Sal, pimenta, vinagre Café ou chá instantâneo
Café com grãos moídos, chá e 
infusões de ervas
Balas e achocolatados
Bolos e doces sem as farinhas 
proibidas
Em geral, todo alimento enlatado
Óstia de comunhão
SECUNDÁRIO
NA PRESENÇA DE SINTOMAS:
•Restrição também de 
lactose/polióis (retorno 
gradual)
•Reposição de líquidos e 
eletrólitos - diarréia grave
NA MÁ-ABSORÇÃO PERSISTENTE:
•Suplementação de vitaminas e 
minerais 
•TCM
Doença Celíaca – Tratamento Dietoterápico
Melhora histológica e 
clínica após a retirada do 
glúten da dieta
Doença Celíaca – Tratamento Dietoterápico
Melhora clínica evidente: depois de 1 ou 2 semanas
Recuperação completa: vários meses
Causa do fracasso do tratamento: 
Remoção incompleta do glúten na dieta
VCT: necessidades p/equilíbrio do EN
PTN: Hiperprotéica Suplementação (micro): complementar 
principalmente com Mg, Ca, Vit lipossolúveis, Fe, 
Ác Fólico, Tiamina, B12 e outras do complexo B
Monitorar tempo de protrombina: prolongado – vitamina K
↓ fibra insolúvel e caldos [purina], fontes de enxofre, fermentadores, 
extremos de T°C
Fracionamento ↑
Volume ↓
Vitaminas A e E e TCM -
esteatorréia
Doença Celíaca – Tratamento Dietoterápico
Líquidos: prevenir a 
desidratação
Intolerância a LACTOSE e a FRUTOSE?
Dieta baixo teor de LACTOSE e FRUTOSE
REINTRODUÇÃO LACTOSE E SACAROSE: na ausência de diarréia
Doença Celíaca – Tratamento Dietoterápico
Ler RÓTULOS
Doença Celíaca – Informações Nutricionais
http://www.fenacelbra.com.br/fenacelbra/
Doenças Inflamatórias Intestinais - DII
Duas formas mais comuns:
1) Retocolite ulcerativa inespecífica (RCUI)
2) Doença de Crohn (DC)
Epidemiologia e Prevalência
 Fatores genéticos
 Mesma exposição ambiental
 Mais incidente em lugares de renda mais alta
 Dieta, cigarro, sistema imunológico (?)
 Crescimento nos últimos anos
 Adolescentes e adultos jovens (10 – 40 anos)
Retocolite Ulcerativa Inespecífica e Doença de Crohn
Definição:
São doenças crônicas (TGI) multifatorial - origem desconhecida
Predisposição genética + resposta imune anormal/auto-imune na 
parede intestinal + microbiota + desencadeamento 
ambiental/infeccioso
Grau de severidade: duração, gravidade e localização são 
importantes para o tratamento
Doenças Inflamatórias Intestinais (DII)
 O sistema imune é responsável por todos os
fenômenos, desde os sintomas clínicos iniciais até seu
estágio crônico.
 Também: desenvolvimento de complicações e remissão
 Exacerbação da resposta humoral
 Anormalidades funcionais dos linfócitos T
 Citocinas e resposta inflamatória
Doenças Inflamatórias Intestinais (DII)
1 – genética
2 – fatores luminais, microbiota e seus produtos
metabólicos, antígenos alimentares
3 – barreira intestinal, imunidade inata e permeabilidade
intestinal(agcc, mucina, defensina, substancias
secretagogas e fator de crescimento TGF-β
4 – fatores relacionados a imunorregulação,com
imunidade adaptativa ou adquirida
– DC
– Complicação grave (DII)- estenose
Doença de Crohn - Características
Pode atingir qualquer parte do TGI (boca ao ânus) sendo mais 
comum no íleo distal e cólon
Sintomas + comuns: diarréia episódica, dor abdominal pós-
prandial e periumbilical, febre baixa, perda de peso, anorexia
– RCUI
Localizada no cólon descendente, no sigmóide e no reto 
Contínua; mucosa + submucosa
Sintomas + comuns: diarréia mucossanguinolenta, dor e cólica, mal 
estar, fraqueza, febre, perda de peso, alterações hemoeletrolíticas e 
desnutrição
RCUI - Características
Diagnóstico
 Clínico
 Endoscópico
 Achado histológico e sorológico
Doença de Crohn
• Ferro
• Folato
• Vitamina B12
• Calorias
• ProteínaRCUI
• Ferro
• Calorias
• Proteína
RCUI e DC – Deficiências Nutricionais
APÓS VÁRIOS ANOS COM EXACERBAÇÕES 
CÍCLICAS HÁ PERDA SIGNIFICATIVA DA 
FUNÇÃO DO TGI
IMPORTÂNCIA DA DIETOTERAPIA - PREVENÇÃO
RCUI e DC - Prevenção
DII
 Intolerâncias alimentares
 Diarréia e dor abdominal
 Febre
 Perda de peso, desnutrição
 Deficiência de crescimento
 Manifestações extra-intestinais
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Manifestações extra-intestinais
 Acometimento articular (artralgia, artrite periférica
aguda)
 Dermatológico
 Ocular
 Colangite esclerosante (mais comum em DC)
 Fratura óssea
• Corticosteróides (Ca e PTN)
• Sulfassalazina (folato)
• Coletiramina (gorduras e vitaminas)
Interações drogas-nutrientes
• Sepse, febre, fístula
• Aumento do turnover celular
• Repleção das reservas orgânicas
• Terapia com esteróides (catabolismo proteico)
Aumento nas necessidades 
nutricionais
DII - Fatores relacionados à deficiência nutricional
• Anorexia, náuseas, vômitos – dietas restritas
• Dor abdominal e diarréias
Diminuição da ingestão 
alimentar
• Diminuição da área absortiva (doença, ressecções)
• Supercrescimento bacteriano
• Deficiência de sais biliares
Má absorção
• Enteropatia perdedora de proteínas
• Fístulas: perda de eletrólitos, minerais e traços
• Sangramento GI
Aumento das perdas 
intestinais
Recuperar e/ou manter o 
estado nutricional
Adequação da ingestão de 
nutrientes
Manter o crescimento em 
crianças
Diminuir a atividade e 
aumentar o tempo de remissão 
da doença
DII – Objetivos da dietoterapia
Aplicar as recomendações nutricionais adequadas de acordo com o tipo 
de doença e grau de atividade
– Perda de peso? (Corticosteróides – edema → retenção 
hídrica)
– Hipoalbuminemia (processo inflamatório)
– Anemia? (níveis de Fe, Ác. Fólico, B12), Ca
– Taxa de crescimento de crianças
DII – Avaliação Nutricional
 Tratamento Nutricional
25 a 30 kcal/kg/dia* ou 35 – 40 kcal/kg de PI/dia**
1-1,5g (até 2g para desnutridos)/Kg PI/dia
Hipolipídica* < 20% VCT (↓ sais biliares → diarréia)
VCT
PTN
LIP
DII – Recomendações Nutricionais
Fase aguda – Ø lactose; Ø mono/dissacarídeos 
(↑osmolaridade)
↑fibra solúvel* (AGCC – colonócitos), ↓insolúvel 
(diarreia)
CHO
NE 
NP
*Cuppari 2014, **Chemin-Mura, 2010
Fase remissão
– alimentação 
anti-
fermentativa
Evoluir 
progressiva-
mente o teor 
de fibras
CHO
DII – Recomendações Nutricionais
VO
Nutrientes específicos
ativador ++ de linfócitos T
3 – 5g/dia - ↓RI - ++ na RCUI
Vias de administração: 
TNE – dieta elementar/semi-elementar (??)– absorção nos 100cm de 
delgado; sem translocação bacteriana 
TNP - enteral = secreção hormonal
ARGININA
AG ω3
DII – Recomendações Nutricionais
 Tratamento Nutricional (CUPPARI, 2014)
 Tratamento Nutricional (CUPPARI, 2014)
– Vias de administração: 
TNE – dieta elementar/semi-elementar –
< oferta de alérgenos; custo, atividades normais 
NPT
 ↓palatabilidade (sonda necessário → complicações: RGE,osmolalidade)
 ++ coadjuvante na fase aguda (se ↓ tolerância/contra-indicação 
de TNE: fístula > 500ml)
 complicações mecânicas, metabólicas, infecciosas
DII – Recomendações Nutricionais
 Tratamento Nutricional (LAMEU, 2005)
 VCT manutenção: 25 - 35 kcal/kg de PI
 VCT ganho ponderal : 45 Kcal/kg de PI
 Proteína: 1,2 a 1,5 g/kg de PI
 Micronutrientes: suplementação medicamentosa –
B12 (acometido ressec. de íleo distal); 
Ca - 1,5-2g (corticóide); 
Vit D medir e suplementar (2500-5000 UI/dia se SIC)
DII – Recomendações Nutricionais
 Tratamento Nutricional (LAMEU, 2005)
 F. solúvel: AGCC – substrato p/colonócitos; absorção de Na e H2O; 
estímulo enzimas de reparo; ++ butirato → inibe f. nuclear kappa-β
(++RCUI)
 Probióticos: inflamação x microbiota 
“Bifidobacterium”/“Lactobacillus” (competição MO patogênicos); 
↓permeabilidade; ↓atividade da doença; amenizam intol a lactose, evita 
recidivas, evita diarreia aguda
DII – Recomendações Nutricionais
 Imunossupressão
 Osteopenia
 Comprometimento da cicatrização
 Risco cirúrgico aumentado
 Transporte deficiente das drogas
 Redução do trofismo da mucosa intestinal
DII – Consequências da nutrição insuficiente
Síndrome do Intestino Curto
(SIC)
SIC
 Estado de má absorção global 
 Alterações na anatomia e fisiologia normal do intestino
 Diversas repercussões metabólicas, nutricionais e 
infecciosas
 Sintomas:
- Diarréia crônica
- Desidratação
- Distúrbios eletrolíticos
- Perda ponderal e desnutrição
Causas da SIC
 Grandes ressecções intestinais
 Pós traumas
 Condições abdominais vasculares e inflamatórias
 Câncer
 Infarto mesentérico
 Volvos
 Enterocolites necrotizante
Fisiopatologia
 Adultos (850 cm)
- Jejuno (240 cm)
- Íleo (360 cm)
 Suporta perda de até 50% do seu tamanho
 Ressecções de 50 – 75%: modificações específicas na
dieta, uso de NPT, farmacoterapia
 Ressecções de 75% (70 - 100 cm): falência
 Esfincter íleo-cecal: favorece adaptação
Fisiopatologia
 Ressecção distal: perda da capacidade de absorver sas
biliares e B12
- Deficiência de K, D e A
- Refluxo ileal de conteúdo colônico bacteriano
- Válvula íle-cecal: regula fluidos, alimentos e bactérias
 Ressecção jejunal: compensada pelo intestino
remanescente
- Menor estímulo ao pâncreas e vesícula (secretina e cck)
- Secreção de HCl, FI e pepsina: elevada
Fisiopatologia
 Capacidade adaptativa progressiva
 Hiperplasia da mucosa do delgado e do cólon
 Aumento do número de trasnportadores por célula
 Fatores tróficos
- Presença de alimentos
- Hormônios de resposta à alimentação
- Arginina, glutamina
- Fibras, agcc
- Secreções biliares e pancreáticas, gastrina
Fases da SIC
Fase inicial
(3 meses)
• Distúrbios
hidroeletrolíticos
• Diarréia maciça
• Diarréia após v.o
(NPT)
Fase
intermediária
• Adaptação do 
intestino
remanescente
• Diarréia e dist. 
Reduzidos
• Tentativas de 
v.o
Fase tardia
(3 a 24 meses)
• v.o.adequada e 
recuperação de 
EN
• Nem todos
chegam a essa
fase
Complicações
 Desnutrição
 Sepse
 Falência hepática
Translocação bacteriana e 
permeabilidade intestinal 
aumentada
Terapia Nutricional na SIC
 Objetivo
- Manter/ recuperar EN
- Melhorar processo de adaptação intestinal
- Reduzir quadros diarreicos
- Melhorar qualidade de vida
Terapia Nutricional na SIC
 Fase inicial:
- Reposição de fluidos (K, Ca, P, Mg)
- NPT: 3º/4º DPO
- Monitorar estado nutricional
- Suplementar com agcc e glutamina: possível
Terapia Nutricional na SIC
 Fase intermediária
- Iniciar com líquidos claros (1 mês)
- Progredir com amidos
- Proteínas pobres em purinas (frango, ovo, peixes frescos)
- Alimentos pouco fermentativos
- Isenta de dissacarídeos
- Adicionar caldo de leguminosas, folhas tenras, frutas cruas
a partir do 3º mês
Terapia Nutricional na SIC
 30 – 40 kcal/ peso ideal, podendo chegar a 60%*
 1,5 – 2g proteína/ dia
 Dieta hipolipídica (< 30%)
 Carboidratos: em torno de 60%
 Glutamina: 0,5g/kg/dia ou 30g/dia
 Se SNE: posição gástrica
 Teoria: fórmulas elementares mais indicadas, embora na
prática as poliméricas tenham bons resultados.
*Chemin-Mura, 2010
Terapia Nutricional na SIC
 Fase tardia
- Pode chegar a 24 meses após cirurgia
- Fracionamento (6 – 8 x)
- Rica em fibras solúveis
- Hipercalórica, hiperproteica, hipolipídica
- Sem sacarose e lactose
ALERGIAS ALIMENTARES
Definições e conceitos importantes
Aversão Intolerância Alimentar
↓
Reações alérgicas
Defeitos enzimáticos
Reações farmacológicas
Respostas não-definidas
Intoxicação
(Bactérias, vírus, 
mofo, toxinas, 
alimentos 
irritantes)
Incluem grande variedade de 
reações de diferentes tipos 
que os indivíduos podem 
apresentar após consumo de 
alimentos e seus ingredientes 
Alergia alimentar
Alergia alimentar ou hipersensibilidade alimentar
• Alergias são definidas como uma reação de hipersensibilidade desencadeada por
mecanismos imunológicos específicos
World Allergy Organization (2003)
 Envolvem mecanismos imunológicos com imunoglobulinas
 Podem ser imediatas mediadas por IgE, mediadas por células, ou mistas
 Esses mecanismos induzem mastócitos e
outras células imunes a liberar produtos inflamatórios
 Os mastócitos estão presentes:
Pele e olhos Nariz
Trato 
respiratório
Intestino e 
mucosas 
“O corpo está trabalhando de forma 
inapropriada, não esperada”
Alergia Alimentar
• “Alergias ocorre quando uma proteína ou parte de sua molécula capaz de induzir
adversidades entra nos tecidos corporais sem ter sido digerida. O sistema
imunológico reage a estas moléculas (antígenos) provocando em resposta a
liberação de anticorpos, histamina e outros defensivos”
ANGELIS (2005)
“Alergia é uma reação adversa à saúde que envolve o sistema imunológico. Tende a 
ocorrer em pessoas que estão predispostas a distúrbios alérgicos”
Definição para as RAA que envolvem mecanismos imunológicos onde há 
variadas manifestações clinicas
↓
Ocorrem devido a proteínas que geram uma reação imune
↓
Substâncias estranhas penetram no corpo, formam-se anticorpos ou 
imunoglobulinas, que se ligam a substâncias estranhas (alérgenos ou 
antígenos) impedindo-as que circulem livremente e causem possíveis 
danos
Lactentes e neonatos
Nesta fase da vida, a barreira intestinal é imatura e mais permeável,
tornando o epitélio mais vulnerável à penetração dos diferentes
antígenos, portanto, mais vulnerável à sensibilização alérgica. Há
produção diminuída de anticorpos IgA secretores específicos, o que
favorece a penetração de alérgenos e consequentemente a ocorrência de
alergia alimentar.
 Importância da IgA secretora – inibir adesão e trofismo bacteriano.
Como ocorre e por que ocorre?
Em indivíduos saudáveis, a ingestão de alimentos determina um estado de
tolerância, o que não ocorre em indivíduos que são suscetíveis, nos quais
há uma resposta bem definida com produção de IgE, ligação aos mastócitos
e liberação de mediadores inflamatórios (histamina).
Após nova exposição ao mesmo antígeno, ocorre a ativação de linfócitos
T de memória que secretam mais IL e levam a maior produção de IgE.
Tolerância oral
Alergia alimentar
Alergia alimentar – fatores de risco:
– Antígeno mais comuns –
CRIANÇAS: ovo, leite de vaca, amendoim, soja, peixe, trigo
ADULTOS: mariscos e amêndoas (fator tempo)
Em crianças 50% a alergia desaparece no primeiro ano de vida, 70% no
segundo ano de vida e 85% no terceiro
Cerca de 5 a 8% das crianças e de 1 a 2% dos adultossão afetados por reações
alérgicas
Alimentos que mais causam reações alérgicas
 Ovos
 Leite de vaca
 Soja 
 Cereais com glúten
 Crustáceos
 Amendoim
 Nozes
 Amêndoas
 Castanhas
 Pinha
 Pistache
 Peixes
 Moluscos
Investigação
 Antecedentes familiares
 Modo de prepado do alimento
 Reincidências
 Idade do início dos sintomas
 Descrição dos sintomas
 Associação a outros fatores
 Exame fisico
Observar a presenca de dermatites, irritações, edemas, distensão
abdominal
Dieta de eliminação / exclusão
 Base do tratamento dietético
 Fundamental para o diagnóstico da alergia alimentar
OBJETIVOS
 Eliminar os alimentos relacionados as reações ou os
alimentos de alta alergenicidade
 Evitar alimentos de desconhecida composicão
 Promover oferta necessária de nutrientes
 Reintroduzir gradativamente os alimentos excluídos
conforme resposta
Dieta de eliminação / exclusão
 Necessidades normais
 Macro e micro adequados
 Usar suplementos se necessários (Ca, Vit D)

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