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Soluções coloidais e tipos de colóides

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1 INTRODUÇÃO
As soluções coloidais (colóides) são misturas heterogêneas com partículas do tamanho manométricos, que possuem duas fases diferentes com uma das fases na forma finamente dividida (sólido, liquido ou gás) denominada de fase dispersa, misturada com a fase continua (sólido, liquido ou gás) denominada de meio de dispersão, em que as partículas são muito pequenas e não podem ser vistas a olho nu. 
O nome colóide vem do grego “kolas”, que significa “que cola” e foi criado pelo químico escocês Thomas Graham, descobridor desse tipo de mistura. Uma das características dos colóides é a movimentação rápida, aleatória, desordenada e caótica das partículas da fase dispersa. Este fenómeno denomina-se movimento browniano. Uma outra característica dos colóides é o efeito Tyndall, que é a capacidade que as partículas coloidais têm de dispersar a luz quando esta atravessa um meio coloidal, o que as permite distinguir das soluções.
Os colóides estão bastante presentes no nosso cotidiano tendo como exemplos o leite, a maionese, o nevoeiro, as nuvens, o sangue, a gelatina, a neblina, a pedra-pomes, a pasta de dente, entre outros.
2 SOLUÇÕES COLOIDAIS
Para se entender como é formado uma solução coloidal, deve-se primeiro compreender o que são dispersões. Dispersões é qualquer disseminação de uma substância ao longo de todo o volume de outra substância sendo formada por pelo menos um disperso (soluto) e um dispergente (solvente). Sua classificação é feita de acordo com o tamanho das partículas dispersas (soluto). 
De acordo com o tamanho das partículas dispersas, as dispersões se classificam em: Solução, Colóides e Suspensão.
As soluções verdadeiras são homogêneas, isto é, conseguimos observar a olho nu ou com um microscópio uma única fase, pois os tamanhos das partículas dispersas são menores que 1 nm. Ex.: água + sal.
As suspensões são misturas heterogêneas, pois as partículas dispersas têm mais de 1000 nm de diâmetro. Ex.: O leite de magnésia. 
Os colóides são misturas heterogêneas onde as pequenas partículas dispersas têm entre 1 nm e 1000 nm de diâmetro. São misturas que, a olho nu, aparentam ser homogêneas, mas com o auxílio de um ultramicroscópio, percebemos que são heterogêneas, pois suas partículas não se sedimentam com a ação da gravidade, mas apenas com ultracentrifugadoras. Ex.: Sangue humano.
Uma solução coloidal é formada por um disperso, que é a substância presente em menor quantidade, e um dispersante, presente em maior quantidade o resultado da soma do disperso mais o dispersante resulta em um colóide.
3 CLASSIFICAÇÃO DOS COLÓIDES
De acordo com a natureza das partículas, os colóides podem ser classificados como colóides liófilos (reversíveis) e colóides liófobos (irreversíveis).
Colóides liófilos são sistemas coloidais no qual a substância se dispersa espontaneamente no dispersante e podem se transformar em outro tipo de colóide. 
Colóides liófobos (irreversíveis) são sistemas coloidais em que a substância não se dispersa espontaneamente no dispersante, contudo não se transforma em outro tipo de colóide.
Os colóides podem ser também classificados de acordo com à sua composição e podem ser: micelares, moleculares ou iônicos.
Colóide micelares: Quando o colóide é formado por um disperso constituído por aglomerados de átomos, íons ou moléculas. Ex.: ouro coloidal na água.
Colóide moleculares: É quando o colóide é formado por um disperso constituído por macromoléculas, geralmente um polímero. Ex.: Solução aquosa de amido.
Colóides iônicos: É quando o colóide é formado por um disperso constituído por macro íons Ex.: Proteínas na água. 
4 PROPRIEDADE DOS COLÓIDES
Os colóides possuem duas propriedades que apenas eles apresentam em todos os ramos científicos. Esse sistema possui partículas grandes, porém seus tamanhos não são suficientes para que possamos visualizá-los a olho nu, apenas por um ultramicroscópico. No entanto, existem experimentos que permitem a identificação de um colóide, utilizando uma propriedade chamada Efeito Tyndall.
4.1 Efeito Tyndall
Os colóides dispersam fortemente a luz, pois as partículas dispersas têm tamanhos semelhantes ao comprimento de onda da luz visível. Este fenômeno é chamado de Efeito Tyndall e permite distinguir as soluções verdadeiras dos colóides, pois as soluções verdadeiras são transparentes, ou seja, não dispersam a luz. 
4.2 Movimento Browniano
Mediante a experiência do efeito Tyndall, é possível detectar também o movimento aleatório das partículas suspensas em um fluido líquido ou gás. Por causa da constante colisão com as moléculas do dispersante, as partículas coloidais se movimentam de forma constante, rápida e em ziguezague e esse tipo de movimento recebe o nome de movimento browniano.
5 COLÓIDES NO CORPO HUMANO
5.1 Albumina 
Albumina é um tipo de proteína, de alto valor biológico, formada exclusivamente por aminoácidos, sendo a proteína principal presente na clara do ovo, em que é chamada de ovoalbumina e no leite, chamado lactoalbumina, sendo frequentemente usada por praticantes de musculação como suplemento alimentar, pois auxilia na síntese proteica para o ganho de massa muscular. Tal proteína fornece grandes quantidades de aminoácidos, contribuindo para a reposição do conteúdo proteico dos músculos e para o processo de hipertrofia muscular.  Além do leite e do ovo, a albumina também está presente no plasma sanguíneo, sendo denominada seroalbumina. É sintetizada no fígado, pelos hepatócitos, possuindo grande peso molecular, o que impede sua passagem pela maioria das membranas do organismo humano. Com isso, ela permanece no plasma com várias funções, mas, a mais importante é a de manter constante o nível de líquido nos vasos sanguíneos, também chamado de pressão coloidosmótica.  Já que a albumina do plasma não é capaz de atravessar facilmente as paredes dos capilares, ela tende a permanecer no plasma sanguíneo, equilibrando a saída de água dos vasos para os tecidos, evitando o edema intersticial ou ascite, que é o acúmulo anormal de líquido no espaço intersticial. Assim, esta proteína também pode ser usada em situações graves, quando é preciso aumentar o volume de sangue ou diminuir o inchaço, como acontece nas queimaduras ou sangramentos graves.
5.2 Citoplasma
O citoplasma é constituído por uma massa semifluida, chamada hialoplasma, onde estão suspensas diversas organelas celulares responsáveis por diversas atividades celulares. Quimicamente, o hialoplasma é constituído por água, moléculas de proteínas, íons, formando uma dispersão a que os químicos chamam de colóide.
A região mais externa do citoplasma é o ectoplasma, onde é um colóide no estado Gel, pois as proteínas dispersas na água estão desordenadamente, dando aspecto mais fluido ao sistema. A região interna do citoplasma é o endoplasma ou citosol, onde é um colóide no estado gel, pois as proteínas apresentam um estado organizado dentro do líquido, dando um aspecto mais viscoso e gelatinoso.
5.3 Humor vítreo e Cristalino
O humor vítreo é uma substância incolor e gelatinosa, composta por aproximadamente 99% de água e 1% de colágeno e ácido hialurônico. Possui um aspecto de gel devido às moléculas de colágeno. O humor vítreo preenche o espaço entre o cristalino e a retina, importante para manter a forma do olho sendo fundamental que se mantenha transparente para que a imagem chegue em boas condições. O cristalino é uma lente natural que possuímos dentro dos nossos olhos, situado atrás da íris, responsável pela focalização das imagens.
6 TIPOS DE COLÓIDES E SUAS APLICAÇÕES COTIDIANAS
Os colóides são classificados conforme o estado físico das partículas dispersas e dispersantes. Os principais tipos de colóides são: aerossol, emulsão, espuma, gel e sol.
6.1 Aerossol
Aerossóis são caracterizados pela suspensão de partículas sólidas ou líquidas em um gás. A neblina, por exemplo, é um colóide do tipo aerossol líquido no qual seu meio de dispersão é um gás, e a sua fase dispersa é um líquido.Um exemplo de aerossol líquido são os desodorantes em spray.
 O aerossol sólido apresenta o disperso sólido, como no caso das fumaças que saem da chaminé e da nuvem de poeira. É nesse tipo de colóide que é notável o Efeito Tyndall, pois é possível observar a dispersão da luz pelas partículas coloidais provocado pela dispersão da luz do sol nas suas partículas. 
O aerossol é usado em inalações em casos de doenças pulmonares. O gás serve de veículo para medicamentos que agem no pulmão e sua absorção é quase imediata. Este é o modo prático de administrar vasoconstritores nasais (medicamentos descongestionantes nasais), ou broncodilatores (promove a dilatação dos brônquios). 
6.2 Sol
Sol é um colóide constituído de partículas sólidas dispersas em um meio dispersante líquido. Um exemplo é o sangue, porque os seus diferentes componentes não são visíveis a olho nu, mas sim a microscópio. 
 O colóide Sol também pode ser sólido pois sua fase dispersa e sua fase dispersante encontram-se no estado sólido. Como exemplo temos a porcelana e o vidro. Outro exemplo de Sol líquido se dá ao dissolver a gelatina na água fervendo, o que muitas vezes confundimos com uma solução verdadeira. Entretanto, quando a gelatina é resfriada, seu meio deixa de ser líquido e se torna então outro tipo de coloide denominado gel.
6.3 Gel 
O Gel é exatamente o contrário do Sol, nele o meio de dispersão é sólido e a fase dispersa é líquida. Nesse tipo de colóide as partículas formam uma complexa malha tridimensional, que mantém o dispersante em uma estrutura semirrígida. Dessa forma, ele passa a ter algumas propriedades macroscópicas parecidas com as dos sólidos, como a elasticidade e a manutenção do formato. 
 Os géis para cabelos são outro tipo de coloide gel, como o próprio nome indica. O queijo e a geleia também o são. Outros exemplos de colóides reversíveis são os coloides dos cremes dentais e as tintas (que, apenas por meio da agitação com o pincel, são transformadas de gel em sol. Quando se pinta a parede, após o repouso elas voltam a se tornar gel).
6.4 Espuma
A espuma é a mistura feita entre um dispersante sólido ou líquido e um disperso no estado gasoso. Quando um gás é borbulhado em um líquido, além de bolhas enormes e visíveis, são formadas também bolhas de dimensões coloidais. Um exemplo assim, o chantilly, que é feito batendo-se o creme de leite fresco. Isso significa que se misturou o ar (disperso gasoso) com um líquido (creme de leite), formando uma espuma líquida. 
No colóide espuma sólida, a mistura está em um gás que se espalha em um sólido. É o caso da pedra-pomes, onde pequenas bolhas de ar estão aprisionadas em um material sólido rochoso. Ela possui ar em microscópicos poros de dimensões coloidais. 
6.5 Emulsão
Uma emulsão consiste em um colóide no qual pequenas partículas de um líquido são dispersas em outro líquido. Geralmente, as emulsões envolvem a dispersão de água em óleo ou a dispersão de óleo em água e são estabelecidas por um emulsificador. 
A água e o óleo não se misturam e isso é justificado pelo fato da água ser um líquido polar, enquanto o óleo, formado por moléculas praticamente apolares. Agitando uma mistura de água e óleo em um liquidificador, gotas de óleo, de dimensões coloidais ficarão espalhadas na água por algum tempo. A esse sistema chamamos de emulsão. Porém, após alguns minutos, as gotas de óleo aglutinam-se e a fase oleosa é reconstituída voltando a flutuar sobre a água. Isso significa que a emulsão formada era instável. 
Contudo, a maionese, por exemplo, (gema de ovo batida vigorosamente com um óleo) é uma emulsão estável. A razão fundamental está na presença das proteínas da gema. As moléculas de proteínas envolvem as gotas de óleo, formando uma película hidrófila, ou seja, que possui afinidade com a água, a essas proteínas chamamos de agentes emulsificantes ou tensoativos.
Outro exemplo, é o leite, pois possuem basicamente na sua composição água e gordura que são imiscíveis. No entanto, o leite possui proteínas que atuam como agente emulsificante, como é o caso da caseína.
7 CONCLUSÕES
Desse modo, portanto, concluímos que os colóides estão altamente relacionados com o cotidiano da sociedade. Os sistemas coloidais possuem características e propriedades próprias sendo encontrados na natureza, no corpo humano e também podem ser sintetizados para o bem-estar do homem em forma de bens de consumo e processos em indústrias, que possibilitam melhores condições de vida, além de serem importantes no tratamento de doenças. Sendo assim, os colóides são indispensáveis para a vida.
REFERÊNCIAS
FALCÃO, Haroldo.; JAPIASSÚ, André Miguel. Uso da albumina em paciente graves: controvérsias e recomendações. Revista Brasileira de Terapia Intensiva. Rio de Janeiro, p. 88-95. Janeiro, 2011
FELTRE, Ricardo. Química. 6. ed. São Paulo: Moderna, 2004. 400 p. v.1
FOGAÇA, Jennifer Rocha Vargas. Tipos de Dispersões. Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/quimica/tipos-dispersoes.htm>. Acesso em 26 de outubro de 2017.
JAFELICCI JUNIOR, Miguel.; VARANDA, Laudemir Carlos. O mundo dos colóides. Química nova na escola, São Paulo, n.9, p. 1-5. 1999
SHAW, D.J. Introdução à química de colóides e de superfícies. Trad. De J.H. Maar. São Paulo: Edgard Blucher/Edusp, 1975.
SOUZA, Líria Alves de. Soluções Coloidais; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/quimica/solucoes-coloidais.htm>. Acesso em 26 de outubro de 2017.

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