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TCC - Crime Organizado

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Nome: Amanda dos Santos Silva.
Modulo 2 – Curso de Serviços Jurídicos
TCC: Crime Organizado
Crime Organizado 
Origem e desenvolvimento do Crime Organizado no Brasil
De acordo com autores que abordam a origem do crime organizado, existem diversas controversas. Dentre elas o promotor de justiça do Ministério Público de São Paulo Eduardo Araújo Silva, diz que a origem do crime organizado no Brasil vem do cangaço e a primeira infração penal foi o jogo do bicho.
 Segundo ele, o cangaço que se situou no sertão nordestino, no final do século XIX, é o antecedente da criminalidade brasileira. Que trouxe com ele o líder Virgulino Ferreira da Silva, o lampião, que ao decorrer do tempo constituiu seu bando e a atuar em extorsão de dinheiro, ataques, saques e seqüestros de pessoas importantes da cidade. Assim como a disponibilidade de armamentos e munições dos policiais corruptos, fazendeiros e parte da classe política.
Porém, a primeira infração penal com sinais de crime organizado no Brasil é a do “jogo do bicho” iniciada no Século XX, no qual era arrecadado dinheiro a fim de salvar os animais do Jardim Zoológico do Rio de Janeiro. Mas, com a corrupção de policiais e políticos passaram a monopolizar essa atividade. 
O autor ainda diz que nas décadas de 80 e 90 surgiram nas penitenciarias do Estado do Rio de Janeiro e do Estado de São Paulo, organizações chamadas de “Falange Vermelha” chefiada por quadrilhas especializadas em roubos de bancos, o “Comando Vermelho” formada por lideres do tráfico de drogas e o “Terceiro Comando” em que presos que não concordavam com o seqüestro e crimes comuns na área do Comando Vermelho. E em São Paulo sua principal organização criminosa é denominada “PCC- Primeiro Comando da Capital” e em diversos Estados a forma da pratica criminosa é diferente.
Entretanto, apesar da ineficácia de dados da criminalidade organizado do Brasil, é possível dizer que ela é extremamente ligada ao tráfico de entorpecente e armas de fogo, a corrupção de policiais e políticos, furtos e roubo de locais, automóveis e cargas. Alem de existir entre eles a total organização em seus atos, a hierarquia, a divisão de trabalho, a demarcação do território, os lucros e o poder da organização criminosa.
Organizações criminosas brasileiras 
Primeiro Comando da Capital (PCC)
O Primeiro Comando da Capital, ou 15.3.3 (por causa da posição das letras P e C no alfabeto), ou mais conhecido por PCC é uma organização criminosa surgida nos anos 90 no Centro de Reabilitação Penitenciaria de Taubaté, conhecida como a prisão mais segura do Estado naquela época, pois a rigidez no tratamento dos presos era totalmente reprimida, os detentos permaneciam nas celas durante 22 horas diárias e tendo apenas 2 horas para o banho de sol. Assim, foi constituída para combater a opressão do sistema prisional paulista e também por vingar da morte de 111 presos, no episodio retratado como massacre do Carandiru.
Essa organização ao passar do tempo cresceu e começou a mostrar sua força em diversas ações, como resgates de presos, ataques a distritos policiais em todo o Estado de São Paulo, fugas, assaltos, seqüestros, assassinatos e principalmente o tráfico de drogas onde contem o seu maior faturamento.
Apesar de seu surgimento em São Paulo, onde se tem o maior poder, o PCC também se expandiu em diversas fronteiras e esta em vários estados brasileiros, como o Rio de Janeiro, Bahia, Alagoas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Minas Gerais e Rondônia.
Alem de ser uma grande organização criminosa, nela existem varias formas de se obter o que eles querem, com criatividade, inteligência e tendo em si um principal aliado que sempre está consigo. Uma dessas diversas formas é de pagar curso de direito para estudantes, para que assim que se formassem eles venham a ser advogado dos próprios integrantes do PCC. O principal aliado é o telefone celular, presente em quase todas as cadeias paulistas, para o comando dos chefes em passar ordens aos integrantes.
O PCC tem um estatuto a ser seguido, que contem 16 itens seguintes: 
1. Lealdade, respeito, e solidariedade acima de tudo ao Partido.
2. A Luta pela liberdade, justiça e paz.
3. A união da Luta contra as injustiças e a opressão dentro da prisão
4. A contribuição daqueles que estão em Liberdade com os irmãos dentro da prisão, através de advogados, dinheiro, ajuda aos familiares e ação de resgate.
5. O respeito e a solidariedade a todos os membros do Partido, para que não haja conflitos internos, porque aquele que causar conflito interno dentro do Partido, tentando dividir a irmandade será excluído e repudiado do Partido
6. Jamais usar o Partido para resolver conflitos pessoais, contra pessoas de fora. Porque o ideal do Partido está acima de conflitos pessoais. Mas o Partido estará sempre Leal e solidário a todos os seus integrantes para que não venham à sofrerem nenhuma desigualdade ou injustiça em conflitos externos.
7. Aquele que estiver em Liberdade 'bem estruturado' mas esquecer de contribuir com os irmãos que estão na cadeia, serão condenado à morte sem perdão.
8. Os integrantes do Partido têm que dar bom exemplo a serem seguidos e por isso o Partido não admite que haja: assalto, estupro e extorsão dentro do Sistema.
9. O partido não admite mentiras, traição, inveja, cobiça, calúnia, egoísmo, interesse pessoal, mas sim: a verdade, a fidelidade, a hombridade, solidariedade, e o interesse comum ao Bem de todos, porque somos um por todos e todos por um.
10. Todo o integrante tem que respeitar a ordem e a disciplina do Partido. Cada um vai receber de acordo com aquilo que fez por merecer. A opinião de Todos será ouvida e respeitada, mas a decisão final será dos fundadores do Partido.
11. O Primeiro Comando da Capital - PCC fundado no ano de 1993, numa luta descomunal e incansável contra a opressão e as injustiças do Campo de concentração "anexo" à Casa de Custódia e Tratamento de Taubaté, tem como tema absoluto "a Liberdade, a Justiça e a Paz".
12. O Partido não admite rivalidades internas, disputa do poder na Liderança do Comando, pois cada integrante do Comando sabe a função que lhe compete de acordo com sua capacidade para exercê-la.
13. Temos que permanecer unidos e organizados para evitarmos que ocorra novamente um massacre, semelhante ou pior ao ocorrido na Casa de Detenção em 02 de outubro de 1992, onde 111 presos foram covardemente assassinados, massacre este que jamais será esquecido na consciência da sociedade brasileira. Porque nós do Comando vamos sacudir o Sistema e fazer essas autoridades mudar a prática carcerária, desumana, cheia de injustiça, opressão, torturas, massacres nas prisões.
14. A prioridade do Comando no montante é pressionar o Governador do Estado a desativar aquele Campo de Concentração "anexo" à Casa de Custódia e Tratamento de Taubaté, de onde surgiu a semente e as raízes do comando, no meio de tantas lutas inglórias e a tantos sofrimentos atrozes.
15. Partindo do Comando Central da Capital do KG do Estado, as diretrizes de ações organizadas e simultâneas em todos os estabelecimentos penais do Estado, numa guerra sem trégua, sem fronteira, até a vitória final.
16. O importante de tudo é que ninguém nos deterá nesta luta porque a semente do Comando se espalhou por todos os Sistemas Penitenciários do Estado e conseguimos nos estruturar também do lado de fora, com muitos sacrifícios e muitas perdas irreparáveis, mas nos consolidamos à nível estadual e à médio e longo prazo nos consolidaremos à nível nacional. Em coligação com o Comando Vermelho - CV e PCC irão revolucionar o país dentro das prisões e o nosso braço armado será o Terror "dos Poderosos" opressores e tiranos que usam o Anexo de Taubaté e o Bangú I do Rio de Janeiro como instrumento de vingança da sociedade, na fabricação de monstros. Conhecemos a nossa força e a força de nossos inimigos Poderosos, mas estamos preparados, unidos e um povo unido jamais será vencido.
LIBERDADE! JUSTIÇA! E PAZ! O Quartel General do PCC, Primeiro Comando da Capital, em coligação comComando Vermelho 
CV. UNIDOS VENCEREMOS
Esse estatuto foi criado para manter as ordens na organização criminosas, seguidos com total fidelidade, sob pena de morte a quem não obedecer e acrescentando-se a relação entre o partido e o Comando Vermelho, do Rio de Janeiro.
Comando Vermelho (CV)
O Comando Vermelho é umas das mais antigas organizações criminosas do país, surgiu nos anos 80 na ditadura militar, dentro da prisão Cândido Mendes, na Ilha Grande, com presos políticos e criminosos comuns, a fim de melhorar a situação dos detentos. Seus fundadores foram Willian de Silva Lima chamado por “professor”, José Carlos dos Reis Encina chamado por “escadinha”, José Carlos Gregório chamado por “Gordo” e Francisco Viriato de Oliveira chamado por “Japonês”, porem a maioria desses lideres estão presos ou mortos.
Com o passar dos anos, se tornou cada vez mais forte, tomando conta do comércio de substancias ilícita no Estado do Rio de Janeiro, até meados dos anos 90, onde sua principal fonte de renda é o trafico, exclusivamente o de drogas, mas o de armas também é bastante utilizado dentro da criminalidade. A essa época, a organização fundada, foi por Rogério Lemgrüber que dedicava exclusivamente a atividades criminosas.
Nesta mesma época, após um conflito surgiu o Terceiro Comando, onde foi dado um período de perdas para o Comando Vermelho, principalmente por conta das guerras pelo controle de substancias ilícitas.
Entre os integrantes da organização que se tornaram notórios depois de suas prisões, são Fernandinho Beira-Mar, Marcinho VP e Elias Maluco. A medida adotada pelo comando foi o “caixa comum”, alimentado pelo dinheiro arrecado dos crimes feitos pelos integrantes em liberdade, onde eram aplicados em tentativas de fugas, e também para amenizar as condições de vida dos presos, tendo ainda a autoridade e respeito do Comando Vermelho dentro da prisão.
Terceiro Comando (TC)
O Terceiro Comando é uma organização criminosa que tem sua origem questionada, mas acredita-se que tenha surgido a partir da Falange Jacaré, que se opunha ao Comando Vermelho nos anos 80. Outros, dizem que foi após um conflito com o Comando Vermelho e por milícias.
Esta organização criminosa dominou favelas e comunidades da Zona Norte e Oeste do Rio de Janeiro. E em 1998, se aliou a outra organização criminosa denominada Amigos dos Amigos (ADA). Com isso, o Terceiro Comando ganhou ainda mais forças.
Por conta de disputas dentro das facções integrantes acabam criando novas facções e que acabam sendo rivais uma das outras e com o Terceiro Comando não foi diferente. E em 2002, o Terceiro Comando tem um conflito e então surge o Terceiro Comando Puro liderado por Nei da Conceição Cruz, Facão e Robson André da Silva, Robinho Pinga (morto em 31 de dezembro de 2007).
Em Setembro de 2002, Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, um dos líderes do Comando Vermelho, articulou uma rebelião no presídio de Bangu I, em que foram mortos os principais líderes do TC, dentre eles o traficante Ernaldo Pinto Medeiros, o Uê. Celsinho da Vila Vintém, da ADA, foi acusado de traidor, o que gerou a divisão entre TC e ADA. Desde então as principais lideranças do Terceiro Comando migraram para a ADA ou para o Terceiro Comando Puro.
Amigos dos amigos (ADA)
O Amigos dos amigos (ADA) surgiu dentro dos presídios do Rio de Janeiro, entre 1994 a 1998 e que logo se aliou ao Terceiro Comando. Seu fundador foi Ernaldo Pinto de Medeiros conhecido por Uê, que era membro do Comando Vermelho, mas foi expulso após planejar e executar a morte do líder da organização, Orlando Conceição.
Após ter sido preso, Ernaldo Pinto de Medeiros se alia a José Carlos dos Reis Encina, que foi um dos fundadores e lideres principais do Comando Vermelho, assim como a Celso Luiz Rodrigues, o Celsinho da Vila Vintém fundando a organização criminosa Amigos dos Amigos (ADA).
Diferente de outros lideres das organizações criminosas Ernaldo Printo de Medeiros tinha um conceito diferente sobre o trafico de drogas, pois acreditava que o comercio ilícito de drogas era algo empresarial. Quando foi preso, o traficante e a organização ADA já tinham uma grande estrutura de fornecimento de drogas, e também contatos com produtores de cocaína nas fronteiras do Brasil.
Em 11 de setembro de 2003, em uma rebelião no Complexo de Gericinó, Fernandinho Beira-Mar e seus comparsas matam Uê e ameaçam Celsinho da Vila Vintem, que para escapar da morte teria que se aliar ao Comando Vermelho, sendo por isso acusado, por parte dos membros do Terceiro Comando, de traidor. Este fato decretou o fim do Terceiro Comando e a debandada de todos os seus membros, ou para a ADA, ou para o TCP (Terceiro Comando Puro).
Em 2004, a facção passa a controlar a Rocinha, maior favela do Rio de Janeiro, após a guerra entre os traficantes Lulu e Dudu da Rocinha, ambos do Comando Vermelho. Sentindo-se traídos pela organização, o grupo de Lulu, morto pela polícia após os confrontos, decide migrar para o ADA.
A Rocinha só foi perdida pela organização em 2011, com a instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). 
A organização criminosa Amigos dos Amigos (ADA) controla ainda as seguintes comunidades: Complexo do Caju/Nossa Senhora da Penha, Complexo da Maré (Vila dos Pinheiros), Jorge Turco, Querosene, Fazenda Botafogo/Costa Barros, Morro do Urubu, Cruzada São Sebastião, Morro Azul, Vila Vintém, Curral das Éguas, assim como comunidades em outros municípios do Estado do Rio de Janeiro como Teresópolis, Niterói, Itaboraí, Cabo Frio, Itaperuna, Angra dos Reis, Macaé, Volta Redonda, Petrópolis, Campos dos Goytacazes, São Gonçalo e Nova Friburgo, e também
no Estado de Minas Gerais, na cidade de Ipatinga. 
Organizações criminosas de outros países
Máfia Russa
A máfia russa, por sua vez, a mais perigosa. Teve sua origem na extinta União Soviética, no final dos anos de 1980. 
Em meio de um período de grande truculência e desordem da União Soviética em seus anos finais, o crime organizado se desenvolveu, mais fortemente em 1988, quando o governo realizava políticas de aberturas em varias esferas, inclusive na economia.
A máfia russa foi conhecida pelas operações e transações obscuras, pelo seu forte poder de guerra e por sua facilidade em driblar os sistemas de lei do país. Alem, de que os chefes das máfias costumavam, nos anos 1990, ter assombrosa influencia na legislação do país, como contestar as leis que fossem contra seus negócios.
As organizações criminosas russas tinham tanto poder no país que não era raro encontrar pessoas comuns e de baixa renda que realizassem serviços para elas, e ainda neste tempo a corrupção gerada era tanta que os criminosos chegavam a empregar o próprio presidente russo, Boris Leltsin, para obter benefícios em troca de favores e apoio ao cargo. 
Apesar deste tempo de grande mérito, a máfia russa viveu uma crise sem procedentes com a chegada do presidente Vladmir Putin, em 2000, já que ele, que não contava com o cego apoio dos criminosos, manteve em torno de si mesmo, uma força que reprimia o poder judiciário e conseguindo assim conter a poderosa máfia russa. 
Com a queda de diversos oligarcas e agentes corruptos da policia, a máfia perdeu muitos de seus contatos internos, assim transferiu seu centro de atividades para o estrangeiro, agindo principalmente na Grã-Bretanha, enquanto as ditas associações migraram para atividades licitas ou para a própria prisão. Devido a esse fenômeno, o ano de 2007 é considerado, inclusive por antigos membros, como o ano da ruína da Máfia Russa.
Máfia Italiana
A máfia surgiu no sul da Itália na época medieval. Os membros eram os lavradores arrendatários de terras pertencentes a poderosos senhores feudais da época, mas, eles pretendiam dividir as terras e, para isso, começaram a depredar o gado e as plantações. Quem quisesse evitar esse vandalismo deveria fazer um acordo com a máfia. 
Uma das mais importantes, entre diversas outras máfias da Itália é a “Casa Nostra” (em português "nosso assunto" ou "nossa coisa"), de origem siciliana.Contem a maior família mafiosa italiana, que era conhecida por dar fim em outras famílias e pelo seu temperamento frio. Foram responsáveis pela exterminação de família consagrada como Cordopatri, Gallo, Fallicci, Mammoliti e outras. Em meados de 1980 Don Vito matou seu próprio irmão por conta de disputa do cargo. Don Vito acabou sendo morto em 1983 com 6 tiros por um capanga da Familia Mammoliti do qual o nome não foi identificado. O Carlos Cosa Nostra foi o mais poderoso chefe da família Cosa Nostra responsável pela guerra entre as Familias Ballucci, Corleone, Turin, Brelloti e em 1955 do qual os Cosa Nostra venceram.
Máfia Japonesa 
A origem da máfia japonesa vem de um grupo chamado Yakuza, é uma das mais poderosas organizações do Japão, que tem origem na era do Japão feudal, século XV, no inicio dos anos 1600, sendo conhecido pelas pessoas comuns como kabukimono (“os insanos”). Vestiam-se de forma excêntrica para a época e eram temidos por seu comportamento violento e por portarem espadas desmedidamente grandes. Possuíam um forte código de honra e lealdade entre si, dispostos a se protegerem contra qualquer um que ameaçasse a integridade de um dos integrantes do grupo. Movimenta aproximadamente 47 bilhões de dólares anualmente e comanda diversos setores da segunda economia mundial. Dedicado à extorsão, tráfico, lavagem de dinheiro e a inúmeras atividades criminosas ligada ao crime organizado. 
No século XVII, durante a era Tokugawa, época em que o país saía de um longo período de guerra civil e entrava em um período de paz, entretanto, significava o desemprego para mais de 500.000 mil samurais e artesões especializados na fabricação de armamento de guerra. Alguns deles se juntaram com apostadores ambulantes e deram inicio ao grupo que hoje tem aproximadamente 83,1 mil imigrantes comandados por 3 famílias principais: Yamaguchi, Inagawa e Samiyoshi. 
Os Yakuzas são muito conhecidos por suas tatuagens. Geralmente com desenhos de dragões, flores, paisagens montanhosas e etc. Esta tradição da máfia japonesa tem sua origem nos anéis negros que eram tatuados por cada crime cometido. Embora agora nos tempos modernos os Yakuzas nãos usarem mais espadas, sua organização ainda é forte e temida nos países em que age. 
Conceito
Durante um longo período e a amplitude de seu campo de atuação que dificultou em conceituar o Crime Organizado, agora temos o conceito legal que define e dispõe sobre a investigação criminal, os meios de obtenção da prova, infrações penais correlatas e os procedimentos criminais. No art. 1º § 1º e § 2º da lei Nº 12.850, de Agosto de 2013, diz que:
§ 1º Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional.
§ 2º Esta Lei se aplica também:
I - às infrações penais previstas em tratado ou convenção internacional quando, iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente;
II - às organizações terroristas internacionais, reconhecidas segundo as normas de direito internacional, por foro do qual o Brasil faça parte, cujos atos de suporte ao terrorismo, bem como os atos preparatórios ou de execução de atos terroristas, ocorram ou possam ocorrer em território nacional.
Características
O crime organizado é qualquer grupo que tenha uma estrutura formalizada cujo objetivo seja a busca de lucros através de atividades ilegais. Alem de terem diversas organizações criminosas com diferentes características de estrutura e a atuação de em cada crime, para terem a maior facilidade em seu território. 
A academia Nacional de Polícia Federal do Brasil enumera algumas características do crime organizado:
Planejamento empresarial; 
Antijuridicidade;
Diversificação de área de atuação;
Estabilidade dos seus integrantes;
Cadeia de comando;
Pluralidade de agentes;
Compartimentação;
Códigos de honra;
Controle territorial;
Fins lucrativos.
Citando essas características, ainda existe a participação de agentes estatais para a corrupção, alto numero de operabilidade por conta de diversas pessoas que são qualificadas em inúmeras áreas onde podem atuar, alem de ganharem um bom salário e mudanças constantes do lugar onde a organização costuma atuar em suas ações. 
Reale Junior (1996, p. 184) defende que:
É possível, portanto, fixar os dados elementares caracterizadores da delinqüência organizada tradicional, sendo de se ater ao aspecto institucional da associação, com planejamento estratégico e hierarquia, que se organiza sob uma férrea disciplina de comando, valendo-se da violência para impor obediência e servilismo, sempre sob a exigência da lei do silêncio, e fazendo da corrupção de agentes oficiais o instrumento garantidor de impunidade e facilitador de suas ações delituosas.
Estrutura Hierárquica
O crime organizado tem uma grande estrutura que é adotada. Existe uma arquitetura engenhosamente construída para que a engrenagem do crime funcione adequadamente de modo que todas as etapas seguintes sejam perfeitamente concluídas, sem nenhum erro durante o percurso. Edemundo Filho apresenta uma “estrutura criminosa composta de cinco escalões, com fortes elos de interligação entre si. Eles são: I) ((Centro de Comando (Preto); II) Centro de Inteligência (Vermelho); III) Coordenação e Controle (Amarelo); IV) Unidades Periféricas (Verde). As cores referem-se a uma faixa de cor cuja tonalidade está a indicar a natureza da atividade e os riscos de interferência que ela sofre. “Trata-se de um código amplamente utilizado pelas organizações criminosas mais poderosas economicamente.” (O. FILHO, 2002, p.102-105). 
O Centro de Comando (órgão Maximo) compõe-se de um único membro, ou um número menor de pessoas. É onde todas as decisões primordiais, suas diretrizes de comando e ordem de execução são tomadas. O Centro de Inteligência possui um maior número de membros, porém limitados. Serve de amparo para o Centro de Comando, com o objetivo de barrar ao máximo a tomada de decisões e evitando que sejam colhidas informações estratégicas pela polícia. Tem a cor vermelha por bloquear, fechar e impossibilitar qualquer acesso. A Coordenação e Controle se localizam no meio de todos os escalões para a interligação entre a parte superior e a parte inferior, que uni inúmeros agentes que vão exercer a tarefa de criminalidade, e na qual exigem menos qualificação intelectual. Além, de ter a função de alertar os órgãos superiores de algum perigo avistado, por isso a cor amarela. As Unidades Periféricas são aquelas que desenvolvem as operações criminosas da organização. Nela existem os tais chamados de “testas de ferro” ou “laranjas”, pessoas expostas a uma atuação e observação dos órgãos componentes do Sistema de Justiça Criminal. Essas unidades seja operacional ou periférica, são servidas por pessoas dotadas de baixa capacitação técnica para a realização de operações fraudulentas.
É importante entender que esse tipo de organização criminosa, possui grande e pequeno poder de influência. Aqueles que derivam de grande poder e boa estrutura poderá se relacionar com o poder estatal, através da corrupção de agentes que dão apoio na ampliação e na sustentação das atividades criminosas, aqueles que têm o pequeno porte e iniciantes no ramo, mais difícil será o apoio estatal, pelo fato de ser mais fácil de ser derrubado.
Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco)
O GAECO existe desde 1995, mas teve sua eficácia em 1998 pela sua completa estruturação. O grupo tem como função o combate ao crime organizado e se caracteriza pela atuação direta dos promotores na prática de investigações, seja ela de forma direta ou em conjunto de outros demais organismos.
A grande atribuição do GAECO é ser responsável em identificar,combater, reprimir, diminuir e prevenir todas as ameaças em que as organizações criminosas representarem para a sociedade.
A sociedade tem o poder de reclamar das organizações criminosas dentro deste grupo, de uma forma mais minuciosa para o bem do mesmo e dos demais atingidos ao seu redor. 
O grupo tem maior operabilidade para as execuções investigatórias, e também é uma atividade inovadora e difere de cada atuação de promotores em casos que haja a possibilidade de existência da organização criminosa.
Em 1998 foram criados GAERCOS (Grupo de Atuação Especial Regional para a Prevenção e Repressão ao Crime Organizado) regionais, que serviram para investigar crimes como a lavagem de dinheiro, roubos de cargas, tráficos de entorpecentes e outros. 
Esses delitos alem de serem um grande potencial em investigações, tem a melhor estrutura para maiores repercussões como o crime organizado, que acaba atingindo grandemente a sociedade. A GAECO traz todo e qualquer esclarecimento de crime e responsabilização de autores dos delitos, seja ele de menor ou maior porte. A atuação do Ministério Publico, tem colocado grandes chefias dessas organizações no banco dos réus, o que só beneficia o combate ao crime organizado.
Infiltrações de Agentes Públicos
A Infiltração de agentes dentro da organização criminosa deve ser precedida com circunstanciadas, motivada e sigilosa autorização judicial, que estabelecerá seus limites, e somente pode admitir que se trate de infiltração realizada por membro integrante da corporação policial. O art. 2º, inciso V da lei nº10. 217/01 retrata o seguinte procedimento:
Art. 2º Em qualquer fase de persecução criminal são permitidos, sem prejuízo dos já previstos em lei, os seguintes procedimentos de investigação e formação de provas:
V – infiltração por agentes de polícia ou de inteligência, em tarefas de investigação, constituída pelos órgãos especializado pertinentes, mediante circunstanciada autorização judicial.
Parágrafo único. A autorização judicial será estritamente sigilosa e permanecerá nesta condição enquanto perdurar a infiltração.
Com relação ao limite de ação desse agente, ressalta-se o que é previsto no art. 13 da Lei 12.850/13: 
Art. 13: O agente que não guardar, em sua atuação, a devida proporcionalidade com a finalidade da investigação, responderá pelos excessos praticados.
Parágrafo único. Não é punível, no âmbito da infiltração, a prática de crime pelo agente infiltrado no curso da investigação, quando inexigível conduta diversa.
Este artigo afirma que se o agente infiltrado não agir com cautela para a finalidade da investigação, ele responderá pelos atos praticados. E nesses abrangentes de não punibilidade não se torna claro os limites dispostos a esses agentes, o que torna sua atividade arriscada em torno de criminosos.
O que se torna defesa, e que se utilize na infiltração, integrantes da própria organização criminosa. Que, sequiosos de colaboras com a justiça para a obtenção de benesses legais, possíveis de atenuar os castigos legais que lhe seriam impostos em caso de condenação, estariam dispostos a servirem de agentes infiltrados para colaborar na investigação.
Delação Premiada
A delação premiada é um meio alternativo para que o delator denuncie e revele ações da organização criminosa, deste modo ajudando a policia em mapear as ações das facções e capturá-los de uma forma mais exata, sem que passem despercebidos de atos dos criminosos. 
Esta delação premiada não é uma confissão, por ser declarada voluntariamente por parte do delator. Portanto, para que seja uma confissão é necessário que atinja o próprio, porém esses atingem terceiros. Ela também não pode ser chamada de testemunho, por conta de o delator ser parte e ter interesse à finalidade do processo, por ser beneficiário.
Deste modo, a delação premiada são se encaixa em nenhum ordenamento jurídico, porém têm uma grande qualidade de prova para fins de investigações, que cabe ao juiz analisar em conjuntos outros diversos meios de provas.
Ao delator cabem algumas benesses, mas deverá prescrever os requisitos instituídos no art. 4º da lei 12.850/2013.
Art. 4º O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o perdão judicial, reduzir em até 2/3 (dois terços) a pena privativa de liberdade ou substituí-la por restritiva de direitos daquele que tenha colaborado efetiva e voluntariamente com a investigação e com o processo criminal, desde que dessa colaboração advenha um ou mais dos seguintes resultados:
I - a identificação dos demais co-autores e partícipes da organização criminosa e das infrações penais por eles praticadas;
II - a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da organização criminosa;
III - a prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da organização criminosa;
IV - a recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais praticadas pela organização criminosa;
V - a localização de eventual vítima com a sua integridade física preservada. Para as benesses destes delatores, dependerá exclusivamente da conclusão do caso, que será uma das duas ou nenhuma, que caberá ao juiz identificar a colaboração por ser eficiente ou não. Mas conforme retrata o art. 14 e 15, dão benefícios como medidas especiais de segurança e proteção a sua integridade física.
 Para uma investigação de maior clareza no âmbito de crimes organizados a delação premiada é mais uma para a eficiência penal e a obtenção de provas, se bem organizada é um excelente instrumento para o combate ao crime organizado em seus diversos ramos de atuação.
Lavagem de Dinheiro
As organizações criminosas escondem a origem ilegal dos ativos financeiros, de maneira que permitam reutilizar para influenciar as suas praticas criminosas ou para acumular patrimônio, Esse processo, envolve múltiplas transações financeiras, em nível local e global. A lavagem de dinheiro fornece aos criminosos a liquidez e os capitais para reinvestirem. Atualmente, ainda se valem a pratica de empresas de fachada com a intenção de “lavar o dinheiro sujo”.
A origem do nome “Lavagem de Dinheiro”, segundo Isidoro Cordero Blanco, em seu livro “El delito de blanqueo de capitales”, advém da pratica da máfia italiana, nos Estados Unidos da América do Norte (EUA), de utilizar redes de lavanderias para “limpar” e justificar contabilmente os ganhos patrimoniais da organização. Outros, dizem que advém de “limpar o dinheiro sujo”.
Tigre Maia (1999, p. 12) dá uma visão panorâmica do assunto:
A chamada “lavagem de dinheiro” (money laundering), ou ocultação de bens, direito e valores provenientes de crimes, constitui hoje um complexo e cambiante processo sócio-econômico, ocorrente em quase todas as nações do mundo, cuja apreensão e valoração em um estalão normativo são recentes (a primeira legislação incriminando especificamente esta prática data do final dos anos 80).
Sterling (1997, p. 231) retrata que:
Descobrir e tomar dinheiro criminoso significa tornar crime o ato de lavá-lo; apanhá-lo no ponto de ingresso no sistema bancário; rastreá-lo pelo sistema desde a entrada e no seu reinvestimento em alguma empresa legal; identificar o movimentador; identificar o dono por trás do movimentador; identificar a fonte do dinheiro; recorrer aos instrumentos legais para apreender o dinheiro e prender o dono assim como o movimentador; garantir investigações, apreensões e prisões através de fronteiras nacionais; e fazer isso tudo sem violar o direito legítimo à privacidade do indivíduo. (...) Reconciliar a última com o resto talvez jamais seja possível.
No Brasil, a lavagem de dinheiro foi considerada crime a partir da Lei 9.613, de 3 de março de 1998, que dispõe sobre a ocultação de bens, direitos e valores, a prevenção da utilização do sistema financeiro para os ilícitos nela previstos. Criou o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), que foi feita para prevenir a utilização dos setores econômicos para a lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo.
Em 2003 foi criada a ENCCLA (EstratégiaNacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro), como forma de promover a articulação dos órgãos, entidades, instituições e associações envolvidas no enfrentamento da criminalidade. Anualmente, os integrantes da Estratégia reúnem-se para elaborar e aprovar ações voltadas à prevenção e combate à corrupção e à lavagem de dinheiro, a fim de que sejam executadas no ano seguinte, de acordo com plano de trabalho igualmente predefinido.
Tráfico de Substâncias Entorpecentes
Segundo o inciso I do art. 1º da Lei n.º 9.613, de 1998, considera-se delito antecedente ao crime de “lavagem de dinheiro”:
Art. 1º Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de crime:
 I – de tráfico ilícito de substâncias entorpecentes ou drogas afins;
Marco Antônio de Barros nos esclarece que se tem atribuído ao trafico de drogas o germe catalisador do que atualmente se denomina “crime transnacional”. Nos termos do parágrafo 2 do art. 3º da Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado transnacional, adotada em Nova York, em 2000, e ratificada pelo Decreto nº 5.015, de 2004, considera-se caráter transnacional a infração se:
For cometida em mais de um Estado;
For cometida num só Estado, mas uma parte substancial da sua preparação, planejamento, direção e controle tenham lugar em outro Estado;
For cometida num só Estado, mas envolva a participação de um grupo criminoso organizado que pratique atividades criminosas em mais de um Estado; ou
For cometida num só Estado, mas produza efeitos substanciais noutro Estado.
Marco Antônio traçou um esquema simplificado da rota do trafico de cocaína no Brasil. Segundo ele, são suas rotas principais: uma proveniente da Colômbia, que tem como destino final o mercado externo e o consumo em nosso País, e a outra rota é pela Bolívia, destinada ao consumo interno no Brasil.
O autor retrata que, em relação ao mercado externo, o Brasil faz parte da “rota do Atlântico”, onde Pilotos brasileiros são utilizados pelos traficantes colombianos para transportar a droga, que tem 98% de pureza, até o Suriname. Cada vôo custa, em média, US$ 10 mil. Alguns pilotos recebem o pagamento em cocaína e vendem para traficantes brasileiros, inclusive no Rio de Janeiro. A droga sai da Colômbia também em pequenas embarcações e a cocaína é enviada para a Europa pelos portos de cidades do Norte e Nordeste. E quanto ao mercado interno, a cocaína colombiana que abastece as favelas do Rio de Janeiro chega ao Brasil via Paraguai. Os traficantes brasileiros compram armas e munições no Paraguai e vão até a Colômbia trocar por cocaína. Eles retornam ao País pelo Paraguai e distribuem a droga por grandes centros de consumo como o interior do Estado de São Paulo (Ribeirão Preto, Bauru e São José do Rio Preto), Triângulo Mineiro e Rio de Janeiro. Nesses locais, os aviões pousam em pistas clandestinas localizadas em propriedades rurais privadas ou então fazem arremessos da droga em regiões de canaviais. Em relação ao mercado interno, entra no país pelas vias terrestres, pela fronteira dos Estados do Mato Grosso e de Rondônia percorrendo cidades como Cáceres, Corumbá, Ji-Paraná e Porto Velho. Desses locais ela é transportada para o Rio de Janeiro e São Paulo.
A lei brasileira de combate ao tráfico de drogas
A legislação brasileira de repressão ao trafico de drogas foi alterada, a qual institui uma nova sistemática repressiva concernente às ilicitudes envolvendo substâncias estupefacientes. Esta Lei nº 11.343/06 expõe claramente em seu parágrafo único o conceito de “drogas” para os efeitos da lei: 
Parágrafo único. Para fins desta Lei, consideram-se como drogas as substâncias ou os produtos capazes de causar dependência, assim especificados em lei ou relacionados em listas atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo da União.
Portanto, a lei brasileira declara que drogas, serão todas as substâncias ou produtos com potenciais de causar dependência, com a condição de que estejam relacionados em dispositivos legais específicos ou relacionados ao poder Executivo. Enquanto, a lei anterior não definia claramente este conceito. 
Para a aplicação de algumas penas diante dos crimes expressos no capitulo II, art. 33:
Art. 33.  Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa.
§ 1o  Nas mesmas penas incorre quem:
I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas;
II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima para a preparação de drogas;
III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse, administração, guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas.
§ 2o  Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 (cem) a 300 (trezentos) dias-multa.
§ 3o  Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das penas previstas no art. 28.
Dentre todas essas eventualidades e conceitos das penas utilizadas pela lei brasileira, o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), pesquisou e considerou um Relatório Mundial sobre Drogas em que no período de 2001 – 2014 divulgaram que o Brasil serve de corredor para a droga produzida nos países e é onde conteve a maior quantidade de cocaína apreendida no mundo. Além, de ocorrer à fragilidade, insuficiência, corrupção e precariedade de todos os órgãos interessados a redução do trafico de drogas e ao uso de entorpecentes no Brasil.
O Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (SISNAD) consiste em seu art. 1º e parágrafo único:
Art. 1º Esta Lei institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - Sisnad; prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas e define crimes.
Parágrafo único. Para fins desta Lei, consideram-se como drogas as substâncias ou os produtos capazes de causar dependência, assim especificados em lei ou relacionados em listas atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo da União.
Portanto, este sistema ajuda aos procedimentos correrem de forma devida, seguindo seus princípios e objetivos, a prevenção ao uso indevido, a atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas. Desde a vigência desta lei as ações governamentais vêm tentando colocar em pratica todos os planos concedidos na SISNAD, mas enfrentando resistências dos órgãos responsáveis e dos próprios usuários no combate ao uso ilegal de drogas ilícitas. 
Diante de todas as medidas utilizadas para a diminuição do trafico e uso de entorpecentes no Brasil, não se teve grande alteração significativa positiva, de modo que houvesse um vislumbro em consideração do antigo ao atual cenário.
Demarcações de territórios
Em busca de um local seguro, o crime organizado consiste na necessidadede manter um domínio de certo território, onde ele tem o controle e dominação daquela região, como um “quartel general”. Em geral, esses locais que são de total controle das organizações criminosas consistem em favelas e periferias das grandes cidades, habitados por uma imensa população pauperizada.
Amorim (1993) e Arbex Jr (1993) elencam uma serie de pontos específicos onde declara o surgimento de um verdadeiro “Estado paralelo” ao Estado democrático, para constatar esta tese, foram resumidos nos seguintes pontos: 
1) disposição das organizações criminosas de uma força armada própria; 2) controle da vida social de todo um território, impondo regras de conduta à população; 3) realização de ações assistencialistas normalmente realizadas pelo Estado; 4) influência direta ou indireta na escolha de lideranças locais que ocupam cargos representativos em entidades locais ou até mesmo apoio à candidatura de parlamentares; 5) existência de burocracia organizacional; 6) afirmação de poder independente do reconhecimento formal do Estado, com quem se confronta frequentemente.
Nestes pontos fica clara a total soberania do crime organizado dentro do seu território, onde impõe regras e contem a total liderança dos atos que cada indivíduo subordinado deverá realizar. 
Os nomes dados a esses territórios são o nome do comandante da facção.
 
Violência
A violência no mundo do crime organizado esta intimamente ligada, sendo a principal ferramenta para a manutenção de sua existência. Tendo em si diversas possibilidades para ser efetuada, como a queima de arquivo, de testemunhas ou para punir alguma desobediência hierárquica. 
Entretanto, algumas destas violências acarretam as intenções vingativas a muitos jornalistas, magistrados, promotores e policiais que acabam sendo mortos pela organização por darem diversas informações sigilosas, isso em si não só trás mortes aos que dão a informação, muitas vezes acarretam aos seus familiares ou amigos próximos. Por isso, muitas vezes, ao falar sobre um assunto sigiloso é usado a mudança de voz e o embaçar no rosto do individuo que esta relatando o caso.
Algumas facções empregam em seu domínio a violência como seu modus operandi, onde acontecem diversas ações criminosas para a soltura de presos ou para eliminação daqueles que não cumprem a lei do silencio (“caguetas”) e estupradores.[2: Modus operandi: modo com que a facção opera em suas ações.]
Esclarece Beck (2004) que enquanto houver a possibilidade de garantir o lucro, o poder e a impunidade, o crime organizado evitará a utilização de medidas mais preocupantes como a violência e a intimidação. Mas, caso haja este desacordo entre os integrantes ou aliados essa violência será priorizada para os que essa organização não tenha fim e os seus métodos de execução de serviço sejam sempre realizados com perfeitas condições.
Interceptação Telefônica
- https://jus.com.br/artigos/4692/crime-organizado-e-interceptacao-telefonica
-http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,o-fenomeno-da-interceptacao-ambiental,42988.html
Documentação e valor probante
Gravações clandestinas
Gravação de imagens
Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas (PROVITA)
http://www.esg.br/images/Monografias/2012/FERRAZ.pdf

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