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ELBIO ROSS
Advogado
Graduado pela UFSM
Pós-Graduado em Direito Público – UNIFRA
Mestre em Integração Latinoamericana – MILA/UFSM
Doutorando em Direito das Novas Tecnologias – Universidade Pablo de Olavide – Sevilla/Espanha
Professor de DIP e D.Penal na URI/Santiago
Professor de DIP na FADISMA
Coordenador de Pós-Graduação do Curso de Direito da URI/Santiago 
Membro da Comissão da OAB sobre Processo Eletrônico
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DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
Prof. Ms. Elbio Ross
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 Objetivo(s) da disciplina
Tem com objetivo conhecer a ordem jurídica internacional, sua natureza, estrutura e processos; 
compreender as diferentes fontes do Direito Internacional e analisar as relações que se estabelecem entre estas e os diferentes sistemas e ordenamentos jurídicos; 
fornecer fundamentos teóricos necessários à compreensão sobre a formação e transformação do Direito Internacional Positivo; 
analisar os meios de resolução pacífica de controvérsias internacionais, bem como os aspectos jurídicos da guerra e suas conseqüências; 
estudar a proteção internacional dos direitos humanos, problematizando a questão local-global que se encontra na base de sua formulação devido às considerações dos diversos códigos de linguagem contemporânea.
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Conteúdo programático
NOÇÕES ELEMENTARES
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
PERSONALIDADE JURÍDICA INTERNACIONAL
Estado
Organizações internacionais
Indivíduo
Outros sujeitos fragmentários: organização não-governamental (ONG) e empresa multi ou transnacional.
ESPAÇOS INTERNACIONAIS
Mar
Rios, lagos e canais internacionais
Ar e espaço extra-atmosférico
CONFLITOS INTERNACIONAIS
Solução pacífica dos litígios
Meios coercitivos de solução de litígios
DIREITO DA INTEGRAÇÃO E DIREITO COMUNITÁRIO
COOPERAÇÃO JURÍDICA INTERNACIONAL EM MATÉRIA PENAL
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1.NOÇÕES PRELIMINARES
	CONCEITO:
		“É o conjunto de normas jurídicas que regulam as relações mútuas dos Estados e, subsidiariamente, as das demais pessoas internacionais, como determinadas organizações, e dos indivíduos.” (Silva e Accioly)
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PERSPECTIVA HISTÓRICA
 
Origem histórica e pluricultural do direito internacional: 
grupos sociais politicamente organizados se formaram, estabeleceram relações entre eles, e viram a necessidade de criar um direito.
O direito surge com estabelecimento de relações estáveis e duradouras entre sociedades dotadas de autodeterminação. 
-> o direito internacional é patrimônio da sociedade internacional (não tem criador ou alguém que seja responsável por ele).
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Muito embora boa parte dos juristas reconheça a existência do direito internacional	apenas a partir da Paz de Vestfália (1648) marco histórico do Estado-nação Moderno, é inegável que os povos da Antiguidade mantinham relações exteriores.
- Comerciavam entre si;
- Enviavam embaixadores;
- Vinculavam-se por meio de tratados.
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História
- Antiguidade 
				
- Idade Média 
- Idade Moderna
- Contemporânea
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	O tratado mais antigo registrado é o celebrado entre Lagash e Umma, cidades da Mesopotâmia;
	Mas o tratado internacional mais famoso da Antiguidade é o de Kadesh (século XIII a.c.)
Antiguidade:
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TRATADO EGÍPCIO-HITITA DE KADESH:
 tratado de paz celebrado entre o faraó egípcio Ramsés II e o rei hitita Hatusil III ca. 1 259 a.C., 
que marcou o fim oficial das negociações entre as duas grandes potências do Médio Oriente da altura, que se seguiram aos conflitos armados de grandes proporções que culminaram na célebre batalha de Kadesh, travada 16 anos antes. 
O acordo tinha como objetivo o estabelecimento de relações pacíficas entre as duas partes.
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	Da mesma forma que na Antiguidade remota, os gregos reconheciam e praticavam os institutos da inviolabilidade dos embaixadores, do respeito aos tratados e do recurso à arbitragem, a maioria dos juristas entende que a Roma antiga, ao longo de quase toda sua história, não se considerava sujeita a um direito internacional distinto do seu direito interno.
ROMANOS:
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ROMANOS:
Jus fetiale – normas sobre
 o começo e o fim da guerra. 
Paz imposta pelo vencedor.
Romano + Cristianismo = unidade global do ser humano.
Jus gentium – um direito romano aplicado a estrangeiros por um magistrado romano, o pretor peregrino.
Jus gentium + jus fetiale = direito das gentes.
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IDADE MÉDIA:
Príncipes, Barões – 
Papa / Imperador
Universalidade do
 cristianismo
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 A Igreja Católica foi a grande influência do direito internacional durante a Idade Média.
O papa era considerado o árbitro por excelência das relações internacionais e tinha a autoridade para liberar um chefe de Estado do cumprimento de um tratado. 
A grande contribuição da Igreja durante o período medieval foi a humanização da guerra.
Idade Média
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	Três conceitos, em especial, tiveram forte impacto naquela área: 
A PAZ DE DEUS (pela primeira vez, no mundo ocidental, distinguia-se entre beligerantes e não-beligerantes, proibindo-se a destruição de colheitas e exigindo-se o respeito aos camponeses, aos viajantes e às mulheres); 
A TRÉGUA DE DEUS (a suspensão dos combates durante o domingo e nos dias santos); e 
A NOÇÃO DE GUERRA JUSTA, desenvolvida principalmente por Santo Ambrósio, Santo Agostinho e São Tomás de Aquino. A guerra seria justa caso fosse declarada pelo príncipe, tivesse por causa a violação de um direito e pretendesse reparar um mal.
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GUERRA SANTA
 A ideia de guerra
 santa, pela cruz cristã,
 só veio a surgir na
 época das Cruzadas (1096).
 A reconquista de todo o território peninsular durou cerca de sete séculos, só ficando concluída em 1492 com a tomada do reino muçulmano de Granada pelos Reis Católicos
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ALHAMBRA
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jardins da Generalife
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Vista da Alcáçova 
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Pátio da Alberca
Palácio de Comares 
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Cúpula da Sala das Abencerragens
detalhe dos arabescos
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Inquisição na Espanha
 A Inquisição na
 Espanha atuou sob
 o controle dos reis 
 da Espanha 
 de 1478 até 1834. 
Esta Inquisição foi o resultado da Reconquista da Espanha das mãos dos muçulmanos, e da política de conversão de judeus e muçulmanos espanhóis ao catolicismo. 
A Inquisição foi um importante instrumento na política chamada limpeza de sangue contra os descendentes de judeus e de muçulmanos convertidos.
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 Nenhum príncipe antes dele concentrou sob sua autoridade vastidões de terra e mar tão extensas como Carlos de Gante, nascido em 24 de fevereiro de 1500.
 foi o 2º Rei de Espanha (Carlos I), logo depois de sua mãe, e Imperador do Sacro Império Romano (Carlos V)
Era filho de Joana "a Louca" e de Filipe "o Belo". Neto de Maximiliano I da Germânia ou de Habsburgo e de sua esposa Maria de Borgonha por via paterna e dos Reis Católicos por via materna.
Carlos V, o Imperador do Mundo
1519 -1556 
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O grande projeto 
de Carlos V de 
manter a cristandade
unida sob uma só 
coroa, a do 
Sacro Império Romano, e obediente a uma 
mesma Santa Madre Igreja Católica, fiel à autoridade do papado, naufragou. 
Carlos V teve que enfrentar quatro guerras.
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Os Frontes de Guerra do Império de Carlos V 
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Paz de Augsburg
Francisco I (França) e Lutero, foram adversários formidáveis de Carlos V e da sua política da cristandade unida.
Paz de Augsburg, de 1555, que ele assinou com seus súditos alemães, teve que concordar com o princípio Cujus regio, ejus religio (conforme a religião que o príncipe abraçava, esta seria a religião do seu povo), o que na prática dava liberdade religiosa
aos protestantes dentro do império. 
Abdicou em 1556 e passou o governo a seu filho, Filipe II, exceto o Sacro Império e suas terras austríacas, que entregou ao irmão Fernando.
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IDADE MODERNA:
O Direito Internacional Público surgiu a partir do século XVII, quando se formaram os Estados-Nação com as características atuais. 
O ponto limite foi o fim da Guerra dos 30 anos (em 1648), por meio do tratado de Vestfália, quando nasce a soberania nacional.
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SOBERANIA ESTATAL
	Surgem as noções de Estado nacional e de soberania estatal, conceitos consolidados pela Paz de Vestfália (1648). 
	A partir de então, os Estados abandonariam o respeito a uma vaga hierarquia internacional baseada na religião e não mais reconheceriam nenhum outro poder acima de si próprios (soberania). 
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1. DA REPÚBLICA CRISTÃ AO SISTEMA EUROPEU DE ESTADOS
Paz de Westfália (1648): 
Desintegrou a república Cristã;
deu fim a idéia imperialista de 
Carlos V; 
consagrou princípio da liberdade
 religiosa e o equilíbrio das
 Relações Internacionais
O Sistema Europeu de Estados amplia horizonte geográfico humano através da ocupação e europeização do continente americano. 
-> Se torna um sistema de Estados de civilização cristã fundamentado em tradição comum cultural.
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Paz de Vestifália: celebrou o fim da guerra dos trinta anos, demarcando:
(a) Soberania entre os Estados
(b) Obrigação de não intervenção nos assuntos internos
(c) Igualdade jurídica.
 Francisco de Vitória (1486-1546): teoria da Guerra, abominando as atrocidades do império de Carlos V(Direito das Gentes).
 Hugo Grócio: salienta a necessidade de regulamentar a guerra, de modo a evitá-la. Fundamenta no direito natural, enaltecendo os direitos fundamentais inerentes ao homem. Afirma que o mar é bem comum, não sendo passível de apropriação privada.
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DIREITO DAS GENTES
Francisco de Vitoria também influenciou a corrente moderna ao fazer a distinção entre a ordem natural e a ordem sobrenatural do mundo. 
A partir deste filósofo, criador da Escola de Salamanca, fica a idéia de que não faz sentido que o poder político (que elabora leis civis) não esteja subordinado à lei natural que configura direitos naturais. 
A convicção de que anterior ao direito natural há direitos naturais, tal como anterior ao Estado existe o indivíduo, promoveu o jusnaturalismo.
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Congresso de Viena (1814-1815)
Objetivo
O objetivo foi reorganizar as fronteiras europeias, alteradas pelas conquistas de Napoleão, e restaurar a ordem absolutista do Antigo Regime. 
Após o fim da época napoleônica, que provocou mudanças políticas e econômicas em toda a Europa, os países vencedores (Áustria, Rússia, Prússia e Reino Unido) sentiram a necessidade de selar um tratado para restabelecer a paz e a estabilidade política na Europa, já que momentos de instabilidade eram vividos e temia-se uma nova revolução.
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Congresso de Viena
Medidas:
Foram adotados uma política 
e um instrumento de ação:
Política: Restauração legitimista e compensações territoriais.
Instrumento de Ação: Santa Aliança - aliança político-militar reunindo exércitos de Russia, Prussia e Austria prontos para intervir em qualquer situação que ameaçasse o Antigo Regime, incluindo a hipótese de intervir nas independências da América. Contra isso foi criada a "Doutrina Monroe" (América para Americanos)
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Doutrina Monroe:
O seu pensamento consistia em três pontos:
a não criação de novas colônias nas Américas;
a não intervenção nos assuntos internos dos países americanos;
a não intervenção dos Estados Unidos em conflitos relacionados aos países europeus como guerras entre estes países e suas colônias.
A chamada Doutrina Monroe  (James Monroe (1817 a 1825) em sua mensagem ao Congresso em 2 de dezembro de1823.
AMÉRICA PARA OS AMERICANOS
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1a guerra mundial (1914 a 1918)
Tratado de Versalhes – dever de cooperação dentre velhos e novos Estados, a qual era antes contratual.
impôs a paz dos vencedores após a 1ª Guerra Mundial, criando a Liga das Nações. 
Também foi criada nesse período a OIT, Organização Internacional do Trabalho.
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2.       DO SISTEMA DE CIVILIZAÇÃO CRISTÃ AO SISTEMA DE SOCIEDADE DE ESTADOS CIVILIZADOS
A Revolução Industrial (século XIX) - expansão da cultura ocidental para resto do mundo. 
Que se tornou o chamado SISTEMA DE SOCIEDADE DE ESTADOS CIVILIZADOS. Esse sistema se baseava no eurocentrismo (humanidade gira ao redor da Europa). 
Isso quer dizer que para que uma nação fosse reconhecida como sujeita de D.I deveria aceitar princípios do direito ocidental imposto pela Europa.
A conseqüência desse sistema: hegemonia européia e a relação hegemônica dessa cultura com as demais. 
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Perspectivas de formação da sociedade internacional e do direito internacional
1ª Perspectiva - Chaumont (autor francês)Divide o processo de formação em dois:
Direito Internacional clássico: período entre a Idade Média e a 2ª Guerra Mundial, cuja principal característica é a coordenação entre os Estados. É constituído por um sistema europeu de Estados, depois de Estados de civilização européia e, por fim, uma sociedade de Estados civilizados.
Direito Internacional contemporâneo: período após a 2ª Guerra Mundial, cujas principais características são a coordenação (novamente) e a cooperação institucionalizada; é um momento de pluralismo de organizações internacionais.
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2ª Perspectiva – Carrión (autor espanhol)Divide o processo de formação em vários momentos.-
1º momento: sociedade internacional formada por Estados Católicos.
2º momento: sociedade internacional formada católica, após a reforma, expandiu-se,englobando os Estados não-católicos. Ela passou a ser formada pelos Estados Cristãos.
3º momento: a partir do século XIX, a sociedade internacional passou a ser formada pelos Estados Civilizados.
4º momento: a sociedade internacional passou a ser universal, compreendendo todos os Estados, não se faz a distinção entre civilizados, semi-civilizados e não-civilizados(bárbaros)
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Carrión, apesar de transmitir uma noção tipicamente eurocêntrica e ocidentalizada,consegue mostrar o avanço da expansão econômica e territorial. 
Somente no terceiro momento se formou o discurso do Direito Internacional na tentativa de delimitar cientificamente o Direito
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CARACTERISTICAS DESSA SOCIEDADE INTERNACIONAL
LIBERAL = respeito à soberania nacional
RADICALMENTE DESCENTRALIZADA = não havia organismos internacionais mediadores integracionistas.
OLIGOCRÁTICO = foi concebida para satisfazer interesses de um grupo específico.
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DIFERENTES ESTRUTURAS DA SOCIEDADE INTERNACIONAL
1. ESTRUTURA RELACIONAL = interestatal; descentralizada; paritária e fragmentada.
2. ESTRUTURA INSTITUCIONAL = cooperação institucionalizada através das OI’s (tentativa de aumentar integração de S.I)
3. ESTRUTURA COMUNITÁRIA = se demonstra no princípio da solidariedade, integração entre povos e Estados. Essa estrutura ainda está em processo de formação. (ex: U.E, cuja integração ainda não está completa, mas já tem um alto nível, já que nenhum outro “bloco” tem um nível integracionista como a U.E)
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2a Guerra Mundial (1939 a 1945)
Afirmação dos ideais de cooperação entre países;
Regulamentação da paz por meio da diplomacia multilateral;
Abertura do DIP além da Europa;
Criação da ONU;
Proliferação das ONGs.
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DIP – NOÇÕES PRELIMINARES
Pressupostos do Direito Internacional – bases sociológicas:
Pluralidade de Estados Soberanos
Comércio Internacional
Princípios Jurídicos Coincidentes
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CARACTERÍSTICAS DA NORMA INTERNACIONAL:
“são em pequeno número”;
“são extremamente abstratas, quase que se reduzem a um mero invólucro, sem conteúdo”;
são atributivas, no sentido de que dão “uma competência sem assinalarem a materialidade da ação a executar”; 
não há hierarquia entre as normas jurídicas internacionais;
seu processo de elaboração é lento; 
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OBRIGATORIEDADE
DA NORMA
JUS COGENS
	É “uma norma aceita e reconhecida pela Comunidade de Estados Internacionais em sua totalidade, como uma norma da qual não é permitida nenhuma derrogação e que só poderá ser modificada por uma subseqüente norma de lei internacional que tem o mesmo caráter legal”. (Convenção de Viena sobre a Lei dos Tratados)
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OBRIGATORIEDADE DA NORMA
JUS COGENS
	“Direito cuja aplicação é obrigatória pela parte e não pode ser afastado pela vontade de particulares”.
	“As normas de jus cogens criam obrigações internacionais erga omnes.”
	“É a ordem pública para a satisfação do interesse comum dos que integram a sociedade internacional.”
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NORMAS IMPERATIVAS (de JUS COGENS)
igualdade jurídica dos Estados e o princípio da não-intervenção;
a proibição do uso da força nas relações internacionais e a obrigação da solução pacífica das controvérsias;
o princípio da autodeterminação dos povos;
os direitos fundamentais do homem.
	(Carrillo Salcedo)
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APLICAÇÃO
Em razão do mecanismo de aplicação forçoso;
AUTO TUTELA:  O Estado que se considera afetado deve fazer a reclamação. A Auto tutela se aplica nas normas relacionais.
TUTELA ORGANIZADA: normas institucionais, e o  Estado afetado se dirige ao órgão responsável para reclamar.
TUTELA COLETIVA: Todos os Estados podem reclamar. Obrigações da Sociedade Internacional é ERGA OMNES / Em caso de descumprimento todos os Estados (qualquer Estado, não somente o afetado) podem reclamar perante autor da violação.
O D.I pode reger qualquer coisa, mas visa reger a soberania dos Estados, porém pela vontade dos Estados se estendeu a outros campos, como por exemplo, o meio ambiente.
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Fundamentos do DIP
Há duas teorias principais sobre ele: 
a Teoria Voluntarista e 
a Teoria Objetivista.
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1.   DOUTRINA VOLUNTARISTA
Essa teoria fundamenta o DIP na livre clara e desimpedida manifestação de VONTADE do Estado, no exercício regular de sua soberania, por intermédio do seu governo, quer seja ele legítimo, ou não.
A fundamentação do DIP se dá pela submissão voluntária do Estado ao sistema de normas jurídicas internacionais.
*Não é possível admitir essa doutrina quando não se visualiza um panorama internacional de liberdade e soberania dos estados.
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2.  DOUTRINA OBJETIVISTA
A doutrina objetivista nasceu nos últimos anos do século XIX, como reação de filósofos, sociólogos, internacionalistas contra as idéias voluntaristas. 
Ela afasta o elemento subjetivo da vontade (ou seja, afasta elemento volitivo), e fundamenta o DIP na existência de uma norma-base ou de princípios que se colocam em plano superior ao dos Estados. 
Então nos resta a norma-base, ou seja, conjunto de princípios internacionais que já eram praticados de alguma maneira, ainda que não dotados força coercitiva. (ou seja, usos e costumes internacionais).
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2.2   TEORIA DA NORMA “PACTA SUNT SERVANDA” (Anzilotti)
Leva-se em conta a vontade no momento de firmar o pacto; porém depois de firmado há que se considerar a obrigatoriedade do mesmo, e não mais a vontade.
“pacta sunt servanda” foi consagrado definitivamente em 1969, na convenção de Viena, sobre o direito dos tratados, que positivou a regra pacta sunt servanda no seu artigo 26: “todo tratado em vigor obriga as partes e deve ser cumprido por elas de boa fé”
Segundo essa concepção o DIP consubstancia-se num conjunto de regras jurídicas superiores à vontade dos Estados, que lhes impõe sua correta observância e o Seu fiel cumprimento, compondo-lhes e coordenando-lhes dentro de um sistema jurídico único.
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2.3 TEORIA DO DIREITO NATURAL
Idéia abstrata de direito; 
o ordenamento ideal, correspondente a uma justiça superior e anterior que corresponde a um sistema de normas que independe do direito positivo, ou seja, independe das variações do ordenamento de vida social que se originam no Estado. 
Fundamento se deriva da natureza de algo, de sua essência. 
Sua fonte pode ser a natureza, a vontade de Deus, ou a racionalidade dos seres humanos.
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RELAÇÕES DO DIREITO INTERNO COM DIP
COLOCAÇÃO DOS PROBLEMAS:
As controvérsias nas relações entre Direito Interno e DIP ainda não têm fim. 
ratificação do tratado x internalização X aplicação imediata
O conflito de T.I (tratados internacionais) X L.I (leis internas),  bem como qual das normas deve prevalecer em caso de confronto (lei aplicável).
Para tentar resolver esses problemas, surgiram duas concepções doutrinárias...
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Os juristas reconhecem três sistemas básicos quanto ao relacionamento entre o DI e o direito interno de determinado Estado:
dualismo (o DI e o direito interno são completamente independentes e a validade da norma de um não depende do outro);
monismo com supremacia do DI (a ordem jurídica é uma só, mas as normas de direito interno devem ajustar-se ao DI); e
monismo com supremacia do direito interno (o inverso do anterior).
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CONCEPÇÕES DOUTRINÁRIAS
1)      TEORIA DUALISTA (Triepel e Anzilotti)
Essa teoria diz que Direito Interno e DIP são dois sistemas independentes e distintos. Dois sistemas que constituem círculos que não se interceptam (são contíguos), embora sejam igualmente válidos.
Segundo a doutrina dualista, para que uma norma internacional seja aplicada na ordem interna de um Estado, este deve primeiramente transformá-la em norma de direito interno, incorporando-a ao seu ordenamento jurídico doméstico. Esta doutrina costuma ser chamada de teoria da incorporação.
Segundo esta teoria, não existiria a possibilidade de conflito entre as duas ordens jurídicas, por serem completamente independentes.
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2) TEORIA MONISTA
unidade do conjunto das normas jurídicas. 
Os dois ordenamentos jurídicos coexistem, mas se superpõem formando uma escala hierárquica onde Direito Internacional subordina Direito Interno, ou vice-versa.
(se estado assina tratado internacional é porque está se comprometendo a se submeter as regras do mesmo)
Se tal compromisso envolve atos e obrigações que podem ser exigidos no âmbito interno do Estado, não se faz necessário, só por isso, a edição de um novo instrumento que transforme a norma internacional em regra a ser aplicada pelo direito interno
Não há dois ordenamentos jurídicos, mas sim, um só, que rege a coletividade mundial em suas relações recíprocas.
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à Qual ordem deve permanecer em caso de conflito? A interna ou a Internacional?
1)Dando preferência à ordem jurídica internacional (monismo internacional)
sustenta a unicidade da ordem jurídica sob primado do direito externo a que se ajustariam todas as ordens internas. 
O direito interno deriva do D.I, que representa uma ordem jurídica hierarquicamente superior. 
é hoje a posição mais acertada
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2)Dando preferência à ordem jurídica interna de cada Estado. (monismo nacionalista)
Primado do Direito Nacional, e portanto a adoção de regras do Direito Internacional passa a ser uma faculdade discricionária do Estado. Essa doutrina é constitucionalista nacionalista, que segue bases filosóficas de Hegel, que vê Estado como ente de Soberania Absoluta. 
DI só tem valor internamente sob ponto de vista de ordenamento interno do Estado, pois é a constituição desse Estado que prevê quais os órgãos competentes para celebrar tratados e como esses órgãos podem obrigar internacionalmente ao cumprimento das normas dos T.I.
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Posição brasileira
1.O Brasil adota a Teoria da Incorporação ou Recepção, conhecida em nosso ordenamento (STF – Brasil) também como Dualismo Moderado.
2. CF/88: arts. 49, inciso I, e 84, inciso VIII.
 
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art. 49, inciso I, e art. 84, inciso VIII da CF
é da competência exclusiva do Congresso Nacional:
I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional
(...);
Compete privativamente ao Presidente da República: (...)
VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do
Congresso Nacional;
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3. A doutrina tem entendido que, em face do silêncio constitucional, o Brasil adota a corrente dualista, pela qual há duas ordens jurídicas diversas: 
a ordem interna e 
a ordem internacional. 
Para que o tratado ratificado produza efeitos no ordenamento jurídico interno, faz-se necessária a edição de um ato normativo nacional.
 Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:
        I - emendas à Constituição;
        II - leis complementares;
        III - leis ordinárias;
        IV - leis delegadas;
        V - medidas provisórias;
        VI - decretos legislativos;
        VII - resoluções.
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Tratado de direitos humanos
 Os tratados de direitos fundamentais e direito humanos, como normas de caráter constitucional e de aplicação imediata:
Os artigos 4º, II, e 5º, §1º e §2º:
(...) .
Prevalência dos direitos humanos;
(...) .
As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata;
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FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO 
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	Fontes 
	“modos pelos quais o Direito se manifesta; maneiras pelas quais surge a norma jurídica;” (Celso D. de A. Mello)
	“os documentos ou pronunciamentos dos quais emanam direitos e deveres das pessoas internacionais, configurando os modos formais de constatação do direito internacional.” (Silva e Accioly)
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FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
		Art. 7º de uma das Convenções de Haia (1907):
		“Se a questão de direito estiver prevista por uma Convenção em vigor entre o beligerante captor e a Potência que for parte do litígio ou cujo nacional for parte dele, o Tribunal (Internacional de Presas) se conformará com as estipulações da mencionada Convenção.
		Não existindo essas estipulações, o Tribunal aplica as regras de Direito Internacional. Se não existirem regras geralmente reconhecidas, o Tribunal decide de acordo com os princípios gerais de direito e da eqüidade.”
	
*
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
	Estatuto da Corte Internacional de Justiça – art. 38:
		“1 – A Corte, cuja função é decidir de acordo com o Direito Internacional as controvérsia que lhe forem submetidas, aplicará:
	a) as convenções internacionais, quer gerais, quer especiais, que estabeleçam regras expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes;
	b) o costume internacional, como prova de uma prática geral aceita como sendo o direito;
	
*
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
c) os princípios gerais de direito reconhecidos pelas nações civilizadas;
	d) sob ressalva da disposição do art. 59, as decisões judiciárias e a doutrina dos publicistas mais qualificados das diferentes nações, como meio auxiliar para determinação das regras de direito.”
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FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
	Principais Fontes:
convenções internacionais
costume internacional
princípios gerais de direito
	Fontes Auxiliares:
decisões judiciárias e doutrina
eqüidade
atos unilaterais
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FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
	Costume Internacional
		“...prova de uma prática geral aceita como sendo o direito;” (art. 38 ECIJ)
		“É o conjunto de normas consagradas pelo longo uso e observadas na ordem internacional como obrigatórias.” (Silva)
		
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FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
Costume Internacional
Elementos:
Material – uso geral; prática, multiplicação de precedentes;
Subjetivo – opinio júris; consciência coletiva da Sociedade Internacional aceitando o costume como um novo direito
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FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
Costume Internacional
Características:
Prática comum – repetição uniforme de certos atos da vida internacional;
Prática obrigatória – o costume é direito e deve ser respeitado por toda a Sociedade Internacional;
Prática evolutiva – possui plasticidade, que permite adequar-se às novas circunstâncias.
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FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
Costume Internacional
Prova:
		“Quem invocar o costume tem o ônus da prova” (Brownlie cit por Silva)
		“A parte que invoca um costume (...) tem que provar que este costume está estabelecido de tal modo que se tornou vinculativo para a outra parte, (...) que a norma invocada está de acordo com um uso constante e uniforme praticados pelos Estados em causa (...)” (Acórdão da CIJ – Asilo, 1950)
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FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
Costume Internacional
Interpretação:
Costume especial derroga o geral
Costume posterior derroga o anterior
O costume termina com a dessuetude (deixa de ser praticado), com um novo costume ou com um tratado que o codifica ou revoga.
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FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
Princípios Gerais de Direito
		São princípios gerais comuns à ordem interna e internacional que têm a finalidade de preencher lacunas do Direito, como elemento subsidiário para as decisões da Corte Internacional de Justiça.
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FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
Princípios Gerais de Direito Internacional
Abstenção de recorrer a ameaça ou uso da força;
Solução pacífica de litígios;
Não-intervenção em assuntos de jurisdição interna;
Cooperação;
Igualdade de direitos e livre determinação dos povos;
Igualdade soberana;
Cumprimento em boa-fé das obrigações contraídas.
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FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
Princípios comuns à ordem interna e externa
Relativos ao nascimento das obrigações – nascidas de atos unilaterais;
Relativos à execução das obrigações – pacta sunt servanda;
Relativos ao exercício dos direitos – abuso do direito; direito adquirido;
Relativos à extinção das obrigações – prescrição liberatória.
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FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
Princípios Específicos de Direito Internacional
Primado do Direito Internacional sobre a lei interna;
Respeito à independência dos Estados;
Continuidade dos Estados;
Responsabilidade Internacional – indenização apreciada a partir da data de realização efetiva do prejuízo;
Patrimônio comum da humanidade (Amazônia)
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FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
Jurisprudência e Doutrina
		“Não são normas de expressão de Direito, mas instrumentos úteis ao seu correto entendimento e aplicação, objetivando uma boa interpretação da norma internacional.” (Silva)
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FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
Eqüidade e Analogia
		“Não são propriamente fontes de direito, mas métodos de raciocínio jurídico, utilizados quando há lacunas nas normas ou inexistência de normas que disciplinem o assunto. Não são obrigatórias e são pouco utilizadas.” (Silva)
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FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
Atos Unilaterais
		Manifestações de vontade de um sujeito de Direito Internacional, encaminhada para produzir um efeito internacional (criação, modificação ou extinção de uma relação jurídica), feita por órgão estatal devidamente autorizado para tal, declarando-se de maneira expressa (Protesto – não aceita - e Renúncia/reconhecimento – aceita) ou tácita.
		Deve ser público e representar a intenção do Estado que o elabora em se obrigar.
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FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
Decisões das Organizações Internacionais
		“São normas originárias de uma Organização Internacional, que se tornam obrigatórias para os seus Estados-membros, independentemente de sua ratificação.” (Silva)
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FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
	Estatuto da Corte Internacional de Justiça – art. 38:
		“1 – A Corte, cuja função é decidir de acordo com o Direito Internacional as controvérsia que lhe forem submetidas, aplicará:
	a) as convenções internacionais, quer gerais, quer especiais, que estabeleçam regras expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes;
		...”
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FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
TRATADOS
INTERNACIONAIS
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FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
	Tratados Internacionais
		“Por tratado entende-se o ato jurídico por meio do qual se manifesta o acordo de vontades entre duas ou mais pessoas internacionais.” (Accioly)
		“Acordo entre dois ou mais
Estados sobre direitos próprios de soberania.” (von Liszt)
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FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
	Tratados Internacionais
		“Tratado é qualquer acordo internacional celebrado por dois ou mais Estados ou outras pessoas internacionais e que está regido pelo Direito Internacional.”
		“Tratado é um acordo formal concluído entre sujeito de direito internacional público e destinado a produzir efeitos jurídicos.” (Rezek)
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FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
	Tratados Internacionais
		Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados – artigo 2º:
		“Tratado é o acordo internacional celebrado por escrito entre Estados e regido pelo Direito Internacional, que conste de um instrumento único, quer de dois ou mais instrumentos conexos, qualquer que seja a denominação particular.”
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FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO 
	Tratados Internacionais – detalhamento do conceito
	Acordo internacional – âmbito de aplicação Sociedade Internacional;
	por escrito – maior precisão; maior certeza com relação ao conteúdo;
	por Estados – artigo 3º da própria Convenção de Viena – todos os sujeitos de Direito Internacional;
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FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
	Tratados Internacionais – detalhamento do conceito
	um ou mais instrumentos – tantos idiomas quantos forem os países que contratam; em geral, se dois Estados fazem um tratado, ele transcrito em três idiomas, sendo o terceiro fonte de interpretação.
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TRATADOS INTERNACIONAIS
	Classificação	
Bilaterais – são aqueles qu envolvem apenas duas partes:
Multilaterais – também chamados coletivos, participam três ou mais partes e, geralmente, são abertos à adesão de outros;
Abertos – possuem cláusula de adesão; outros sujeitos de Direito Internacional podem fazer parte:
Fechados – não contém cláusula de adesão, incluindo somente as partes contratantes;
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TRATADOS INTERNACIONAIS
	Classificação
Tratados-Lei – a vontade das partes contratantes tem conteúdo idêntico (Carta da ONU – todos queriam paz, melhoria de nível sócio-econômico-político da Comunidade Internacional);
Tratados-Contrato – as vontades dos Estados-partes têm conteúdos diferentes (Tratados comerciais de exportação/importação);
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TRATADOS INTERNACIONAIS
	Classificação
Tratados-Constituição – são celebrados pelos sujeitos da Sociedade Internacional; visam institucionalizar um processo de criação de uma entidade que possua órgãos e poderes próprios e vontade independente dos Estados que a originaram (Tratado de Assunção – MERCOSUL);
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TRATADOS INTERNACIONAIS
	Fundamentos	
Pacta sunt servanda – todos os tratados devem ser cumpridos; artigo 26 da Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados;
Rebus sic stantibus – as proporções devem se manter as mesmas durante todo o decorrer do Tratado; estabelece a manutenção do equilíbrio contratual, permitindo que uma das partes solicite revisão em caso de desequilíbrio.
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TRATADOS INTERNACIONAIS
	Efeitos
	Limitam-se às partes contratantes, não podendo, em regra, haver imposições a terceiros. Exceções:
Tratados Dispositivos ou Tratados Reais – abordam questões territoriais que trarão reflexos para a Sociedade Internacional;
Tratados Constitutivos ou Semilegislativos – concluídos por um grupo de Estados em nome do interesse internacional, tendo como objeto um terceiro Estado.
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Tipos de Tratados
1.DECLARAÇÃO
Acordos que não vinculam as partes. Ex: declaração universal dos direitos humanos.
2. PACTO INTERNACIONAL
Comum em acordos militares
3. PROTOCOLO
Protocolo conferência (ata de conferência – resultado final da conferência) e protocolo acordo (cria normas jurídicas complementares ao acordo principal). O Mercosul foi criado através do Tratado de Assunção, que faz parte do Tratado de Montevidéu.
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4. COMPROMISSO
É um acordo internacional que tratará da solução de litígios internacionais. 
Ex: compromisso arbitral. A arbitragem em DIP é extremamente utilizada.
5. CARTA/ESTATUTO
Carta da ONU. Estatuto da Corte Internacional de Justiça. 
Carta normalmente se aplica a tratados constitutivos de organizações internacionais. 
Quanto é de Tribunal Internacional, o nome aplicado é “estatuto”.
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6. CONVÊNIO
Acordos de matéria cultural. Os estudantes da África no Brasil vêm através de convênios.
7. EXECUTIVE AGREEMENTS
Acordos simplificados que não exigem ratificação. Assuntos menores, administrativos. Os chefes do executivo se utilizam dessa modalidade de tratado.
8. ARRANJO
É um acordo internacional que regulamenta um acordo preexistente.
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9. PACTO DE CONTRAHENDA
É um acordo concluído para a celebração de um acordo posterior. Preliminar. Se comprometem a, futuramente, celebrar um tratado mais consistente.
10. PACTO DE NEGOTIANDO
É uma obrigação que se assume para cumprir um acordo sob situação de conflito. Exemplo: Pacto de negociação entre árabes e palestinos. Camp David. Não deu em nada, mas era um início de uma longa e ainda interminável caminhada.
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11. GENTLEMEN AGREEMENTS
Acordo de Cavalheiros. Encontramos raramente. Normas morais relacionadas a um programa de relações conjuntas, realizadas por chefes de Estado.
12. MODUS VIVENDI
Acordo internacional temporário, entabulado por meio de trocas de notas diplomáticas, de cunho administrativo.
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TRATADOS INTERNACIONAIS
	Efeitos
	Não têm efeito retroativo, somente produzindo efeitos para um Estado após sua ratificação.
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TRATADOS INTERNACIONAIS
	Composição
Preâmbulo – enunciado das finalidades do tratado e enumeração das partes contratantes;
Parte Dispositiva – na forma de artigos, contém os direitos e deveres da partes, a data da celebração e a assinatura de todas as partes contratantes;
Anexos – termos interpretativos, equações ou fórmulas numéricas, gráficos, ilustrações, etc.
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TRATADOS INTERNACIONAIS
	Processo de Conclusão
Negociação – discussão sobre o objeto e os termos do tratado, encerra-se com a elaboração do texto final, que deverá ser aprovado por, no mínimo, 2/3 dos presentes, em conferências internacionais; dependendo da matéria pactuada, é preciso unanimidade;
Assinatura –serve para autenticar o texto dos tratados e para que se inicie a contagem dos prazos para troca ou depósito dos instrumentos de ratificação;
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TRATADOS INTERNACIONAIS
	Processo de Conclusão
Ratificação – ato unilateral com que o sujeito do Direito Internacional, signatário de um tratado, exprime definitivamente sua vontade de obrigar-se; tem por finalidade permitir aos Estados que avaliem a compatibilidade dos termos do tratado com o conjuntos dos compromissos e da política destes Estados, possibilitando-lhes a elaboração da legislação necessária para colocá-lo em vigor;
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TRATADOS INTERNACIONAIS
	Processo de Conclusão
Ratificação –há três sistemas:
Competência exclusiva do Executivo – comum nos Estados absolutistas;
Competência exclusiva do Legislativo – modelo britânico, necessita de um ato do Parlamento para que o tratado tenha eficácia interna; EUA – consentimento de 2/3 do Senado; 
Misto – há participação tanto do Executivo quanto do Legislativo.
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TRATADOS INTERNACIONAIS
	Processo de Conclusão
Ratificação – no Brasil:
		
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TRATADOS INTERNACIONAIS
	Processo de Conclusão
Ratificação – o tratado somente será válido para o Direito Internacional após a troca (tratado bilateral) ou o depósito (tratado multilateral) dos instrumentos de ratificação;
Registro – surgiu para abolir a diplomacia secreta, dando publicidade aos acordos para toda a Sociedade Internacional. Deve ser feito perante o Secretário-Geral da ONU, que emite um Certificado de Regitro.
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TRATADOS INTERNACIONAIS
	Execução dos Tratados
		Boa-fé – presume-se que as partes contratantes tenham interesse e vontade de celebrar os tratados.
		Ação de Responsabilidade Internacional – sujeita o Estado a julgamento por um tribunal internacional – condenação a pagar indenização ou sofrer outra sanção.
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TRATADOS INTERNACIONAIS
	Interpretação dos Tratados
		Há três sistemas básicos:
Interpretação autêntica – pelo governo dos contraentes. Não é unilateral. Acordos de Interpretação. Obrigatória para o direito interno;
Interpretação Jurisdicional –por um tribunal arbitral, para a solução de um conflito específico;
Interpretação Judiciária – organismos internacionais de jurisdição permanente – Corte Internacional de Justiça.
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TRATADOS INTERNACIONAIS
	Interpretação dos Tratados - Métodos
		
Interpretação literal – ipsi literis;
Hermenêutico – considera não só os artigos, o preâmbulo e anexos, mas também o contexto em que foi elaborado (pesquisa histórica);
Interpretação Judiciária – organismos internacionais de jurisdição permanente – Corte Internacional de Justiça.
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TRATADOS INTERNACIONAIS
	Extinção
Quando as partes não mais se encontram obrigadas. 
Execução integral do tratado;
Consentimento mútuo – a qualquer momento;
Termo – prazo determinado;
Condição resolutória – certo fato que se realiza ou não;
Redução do número de partes – inferior ao mínimo necessário à vigência;
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TRATADOS INTERNACIONAIS
	Extinção
		
Denúncia – ato unilateral pelo qual um Estado manifesta sua vontade de deixar de ser parte em determinado acordo internacional – exige cláusula a respeito – condicionada nos tratados por tempo indeterminado ao pré-aviso;
Ab-rogação por outro tratado -
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TRATADOS INTERNACIONAIS
Extinção
Teoria da imprevisão – cláusula rebus sic stantibus; (desequilíbrio)
Ruptura das relações Diplomáticas/consulares – indispensável à aplicação de tratados;
Guerra – entre os beligerantes - salvo disposições referentes ao caso de guerra;
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Fonte:
gedirj.files.wordpress.com/2009/03/direito-internacional2002.pp

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